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Roberto Consentino

Entrevista realizada por Dilene Raimundo do Nascimento, em Cuiabá (MT), nos dias 12 e 13 de abril de 2006.

Waldir Alves Balduino

Entrevista realizada por Dilene Raimundo do Nascimento, em Cuiabá (MT), no dia 13 de abril de 2006.

Monika Barth

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Bianca Cortes, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 24 de setembro, 01, 22 e 29 de outubro e 05 de novembro de 2004.

Álvaro Moncayo Medina

Entrevista realizada por Marília Coutinho e Nara Britto no dia 11 de novembro de 1993.

Sumário
Fita 1
O início de sua participação no TDR - Programa Especial de Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais -, como secretário do Comitê Orientador de Pesquisa em Doença de Chagas. As agências das Nações Unidas patrocinadoras do programa. As doações voluntárias. A vinculação entre as comunidades científicas dos países desenvolvidos e dos países em desenvolvimento na gestão do programa. Os dois objetivos fundamentais do TDR. A especificidade da pesquisa em doença de Chagas: contrariamente ao que acontece com as outras doenças, tem uma tradição muito forte nos países diretamente afetados. O motivo do seu recrutamento para esse posto no TDR. O início das atividades do TDR relacionadas à pesquisa em doença de Chagas, em 1977. Formação acadêmica e primeiras atividades profissionais. O contexto de criação do programa TDR: a preocupação em aplicar os novos conhecimentos da biologia molecular ao estudo das doenças parasitárias. A Organização Mundial de Saúde. A predominância da pesquisa em doença de Chagas nos países em que a doença é endêmica. A concentração nos países desenvolvidos das pesquisas nas outras doenças parasitárias: o exemplo da malária. Os resultados da indução do TDR ao desenvolvimento de pesquisas em doenças parasitárias nos países pobres. A reorganização atual do programa. Os objetivos desta mudança. A nova estrutura do programa: a divisão em três áreas. As prioridades de cada área. O receio de que essa reorganização prejudique a pesquisa em doença de Chagas. Os critérios de recrutamento para o comitê de pesquisa estratégica. O desequilíbrio, nesse comitê, entre representantes dos países desenvolvidos e dos países em desenvolvimento. A forma de se garantir um equilíbrio nessa representação. Os motivos desse redirecionamento do TDR. A questão dos recursos. As novas conjunturas internacionais. As novas forças geopolíticas a partir de 1991. A importância do TDR para a pesquisa em doença de Chagas.

Fita 2
A notícia da reorganização do TDR. A organização do documento-base apresentado ao comitê científico do programa. As críticas ao documento. As consequências do fim da Guerra Fria na realocação dos investimentos em ciência nos diferentes países. As consequências do neoliberalismo. Pela formação de novos laços de solidariedade e cooperação entre os países. Os fatores que geram desigualdades na competição científica entre os países. A importância de se aproveitar as vantagens da relação com instituições dos países desenvolvidos. A importância das relações entre instituições brasileiras e instituições americanas no caso da pesquisa em doença de Chagas. A iniciativa do Cone Sul quanto à eliminação, até o fim da década, das formas vetorial e transfusional da doença de Chagas. As formas de se obter essa eliminação. Os recursos para isso. Previsões de datas para esse resultado em cada país. A reação da comunidade científica aos excessos de sofisticação da área de biologia molecular: a tendência a não se preocupar mais com a solução concreta do problema da doença. O grande interesse, na reunião de Caxambu, por uma mesa sobre pesquisa aplicada. O questionamento, pela geração mais jovem, dos paradigmas científicos atuais. A preocupação dos jovens cientistas em proporcionar solução aos problemas reais de seus próprios países. Agradecimento a Carlos Morel pela presidência da mesa da qual participou na reunião de Caxambu. A tendência da comunidade científica em ter cada vez mais consciência da necessidade de aplicar os conhecimentos básicos para se obter as soluções dos problemas. A responsabilidade social do cientista, inclusive daquele de pesquisa básica. A inclusão na reunião de Caxambu, a partir de 1985, de temas de controle. Recursos do TDR para a reunião anual de pesquisa aplicada em doença de Chagas, em Uberaba. A tendência ao fim dos investimentos do TDR em pesquisa clínica. A necessidade de se fazer uma reunião de pesquisa em doença de Chagas onde se cruzem as duas perspectivas, a básica e a clínica e aplicada. O predomínio dos investimentos do TDR na área de pesquisa básica em doença de Chagas. Os critérios do TDR para a alocação de recursos em pesquisa básica e pesquisa aplicada.

Anis Rassi

Entrevista realizada por Wanda Hamilton (WH) e Simone Kropf (SK) nos dias 05 e 07 de junho de 2001.

Celina Roitman

Entrevista realizada no dia 18 de agosto de 1995.

Maria Martha Barbosa

Entrevista realizada nos dias 09 de setembro e 02 de outubro de 2003.

Fernando Correa

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Simone Kropf no dia 20 de maio de 2002.

Eloi de Souza Garcia

Entrevista realizada por Nara Britto e Marília Coutinho nos dias 09 e 10 de dezembro de 1992 e 14 de julho de 1995.

Sumário
Fita 1
Nascimento e família. A saída da cidade natal. O curso no Ginásio Agrícola de Inconfidentes: os primeiros trabalhos com tecnologia científica. O segundo grau numa escola agrotécnica em Barbacena: a continuidade da formação voltada para agricultura e zootécnica. O sucesso no vestibular para veterinária na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em 1964. A sólida base da formação anterior. O desejo da fazer biologia. O impacto dos professores das disciplinas básicas. A vontade de conhecer e trabalhar em Manguinhos. O despertar da vontade de fazer pesquisa. O encanto pelas aulas de Fernando Braga Ubatuba na Universidade Rural. A bolsa de iniciação científica com. Ubatuba. Os primeiros contatos com a Fiocruz. O primeiro contato com o trabalho de pesquisa nos laboratórios. A importância da convivência entre o pesquisador e o estudante e do trabalho experimental para o aprendizado da ciência. O trabalho com Ubatuba e Jorge Guimarães em pesquisa sobre metabolismo de oligo elementos em animais. A atração, desde o início, por trabalhos de manipulação tecnológica. Os irmãos. A saída de casa, com 11 anos. A mãe. O desenvolvimento da eletrônica na cidade. A relação com o irmão que também se formou em veterinária. O trauma da saída de casa. O primeiro contato com barbeiros, ainda na graduação, através de uma colega de turma. A polêmica entre Ubatuba e Herman Lent sobre o barbeiro. A invenção de uma nova forma de alimentar os barbeiros, a ecomembrana. A Experiência com hormônio juvenil de insetos como estímulo para a reprodução. A cassação de Ubatuba, em 1969. A pressão do Exército na Rural. A forte influência exercida por Ubatuba. A situação difícil na Rural depois da revolução de 64. O trabalho com Ubatuba no Ministério da Agricultura sobre nova legislação de controle de medicamentos de uso veterinário, em 1968. Atividade política na época. A necessidade de liberdade e independência do cientista. A importância de se questionar os próprios dados da pesquisa científica. O conservadorismo da produção científica. A dificuldade de publicar os trabalhos mais inovadores. O trabalho no Ministério da Agricultura. O predomínio do enfoque de fisiologia de Ubatuba. A identificação maior com a fisiologia do que com a bioquímica ou a biologia molecular. O trauma da cassação de Ubatuba. A polêmica entre Ubatuba e Herman Lent sobre a muda do barbeiro. A descoberta da importância da glândula salivar no processo de sucção do barbeiro. O concurso para a Universidade Federal Fluminense, em 1970. A criação do laboratório de fisiologia de insetos.

Fita 2
O doutorado em Medicina, em São Paulo, com tese sobre o sistema digestivo do barbeiro. O início das publicações no exterior. A volta para Niterói. A orientação a estudantes de mestrado e doutorado. O trabalho com José Marcos Chaves Ribeiro sobre glândulas salivares de insetos: o surgimento de uma nova linha em fisiologia de insetos, a farmacologia de insetos. As dificuldades de publicação. O caráter inovador desse trabalho. A bolsa da OPAS para ir a um laboratório nos EUA trabalhar com Trypanosoma cruzi, em 1979. Os casamentos. O trabalho com um americano sobre clones de Trypanosoma cruzi: a publicação mais citada. O encontro com Coura nos EUA. A volta para a UFF, em 1980. O convite do Coura para ir para o Departamento de Entomologia da Fiocruz. A espera por uma vaga durante um ano. A ida para a Fiocruz em 1981. Os interrogatórios do setor de segurança da Fiocruz. A contratação para o Departamento de Entomologia. O período no laboratório nos EUA em 1979. O contato nos EUA com outros pesquisadores da área de doença de Chagas. A especificidade da comunidade científica de Chagas. O apoio que recebeu na UFF do Programa Integrado de Doenças Endêmicas (PIDE). A importância fundamental do PIDE para a pesquisa em doença de Chagas. O apoio do PIDE a vários grupos de pesquisadores. O fortalecimento da comunidade de Chagas e a projeção no exterior. A convivência agradável no laboratório americano. A origem do PIDE na primeira reunião de Caxambu. A primeira participação na reunião de Caxambu. O convite de Firmino de Castro para participar do PIDE. A participação na reunião de Caxambu. O contraste entre as linhas mais tradicionais e as linhas mais modernas na reunião. A iniciativa de se organizar a reunião de Caxambu. O PIDE como forma de conseguir recursos para áreas específicas de pesquisa em doenças como Chagas. O PIDE como o grande salto científico da comunidade de Chagas, principalmente a nível internacional. A estratégia do governo militar de controlar os pesquisadores através da concessão de recursos. A solidariedade entre os pesquisadores da geração que viveu a implantação da ditadura. A geração que perdeu os “pais” por causa da ditadura. As diferenças em relação à geração atual.

Fita 3
A competitividade. A profissionalização da comunidade de Chagas. A situação institucional no momento. A consciência da dimensão social da doença de Chagas. O predomínio do enfoque médico sobre a doença de Chagas. A descoberta da doença e a importância do trabalho de Carlos Chagas em 1909. As temáticas das pesquisas em doença de Chagas no momento. As perguntas teóricas na área de biologia molecular. A importância do trabalho de Carlos Chagas. A contratação para o Departamento de Entomologia da Fiocruz. A falta de espaço no Departamento. A relação com Carlos Morel. O convite de Morel para trabalhar em seu laboratório. O avanço nos trabalhos. O aumento das publicações. A média da produção de trabalhos da comunidade de Chagas. Os grupos que trabalham com Chagas na Fiocruz. A transferência para o Departamento de Bioquímica, em 1985. O período dividido entre o Departamento de Entomologia e o de Bioquímica. O doutorado em biologia celular na Escola Paulista de Medicina. A importância da titulação. A importância do aprendizado com o Prof. Ubatuba. A importância da relação estudante/pesquisador. O sentido da pós-graduação. O número atual de cientistas no Brasil. O tempo médio de formação do pesquisador. A filosofia do curso de pós-graduação de biologia celular e molecular do IOC. Outros cursos de pós-graduação no Brasil que seguem a mesma filosofia. As resistências que sofreu para a implantação deste curso no IOC. A divisão do IOC em duas linhas contrastantes. A Fiocruz no período após as cassações. A volta de Morel e dos outros que tinham saído da Fiocruz. A luta pela abertura da Fiocruz. A importância da presidência de Sérgio Arouca para esta abertura. A implantação do curso de pós-graduação em biologia celular e molecular, em 1989.

Fita 4
A contratação para o Departamento de Entomologia da Fiocruz. A falta de espaço para trabalhar. O encontro com Morel e o convite para trabalhar no Departamento de Bioquímica. A organização do laboratório de Bioquímica de insetos. O primeiro trabalho desenvolvido no Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular com Patrícia Azambuja, sobre seleção de cepas de trypanosoma cruzi. O crescimento do laboratório de Bioquímica de insetos. O crescimento do Departamento de Bioquímica. As atividades de orientação de estudantes. Os cursos do IOC oferecidos naquele momento. A relação com os orientandos. O trânsito entre a área de Fisiologia de insetos e a de biologia molecular. Opinião sobre biologia molecular. A integração no Departamento de Bioquímica. As tentativas de conseguir a transferência do Departamento de Entomologia para o de Bioquímica. A colaboração com o Instituto de Max Planck em Munique. A viagem para a Alemanha em 1985. A convivência com os alemães no laboratório. A volta e o entusiasmo pela presidência de Arouca. A idéia de organizar um simpósio internacional de Fisiologia e Bioquímica de insetos. A realização do simpósio em 1987. A eleição para a Academia Brasileira de Ciências. A posição em relação à temática de Chagas e à temática de Fisiologia de insetos. A Academia Brasileira de Ciências. O conservadorismo da Academia. A postura omissa da Academia quanto às cassações na década de 60. Os pesquisadores da Fiocruz que são membros da Academia. As consequências do Simpósio Internacional de Fisiologia e Bioquímica de Insetos. O projeto de formação de um grupo de pesquisa de produtos naturais na Fiocruz. A interação com várias áreas e temáticas. A colaboração com um pesquisador americano. A colaboração com um pesquisador alemão. O rompimento com esse pesquisador alemão.

Fita 5
O rompimento com o pesquisador alemão do Instituto Max Planck. O relacionamento entre pesquisadores. A criatividade do cientista brasileiro. As melhores instituições científicas do Brasil em termos de competitividade internacional. A Fiocruz. As temáticas que congregam mais pesquisadores dentro da comunidade de Chagas. Os principais pólos de atração da pesquisa em biologia molecular na área de doença de Chagas. A pesquisa em doença de Chagas na Argentina. A comunidade internacional de Chagas. A experiência do trabalho com pesquisadores americanos. As idéias genuinamente brasileiras. O exemplo do laboratório de Carlos Morel. A tradição de pesquisa de insetos na Fiocruz. A tese de Emanuel Dias. A sofisticação atual dos métodos para identificação da presença do Trypanosoma cruzi. Grandes saltos na pesquisa em doença de Chagas. Os últimos avanços do seu grupo de pesquisa. A contribuição inigualável de Carlos Chagas. A responsabilidade social do cientista, principalmente no Brasil. A possibilidade de se falar sobre ciência com qualquer pessoa. A simplicidade de seu trabalho. A visão multidisciplinar de Carlos Chagas. A correspondência entre o seu trabalho e o de Carlos Chagas. O trabalho científico. As rupturas da sua trajetória de pesquisa em doença de Chagas. A riqueza do aprendizado com o prof. Ubatuba. A resistência à implantação do Curso de Pós-graduação de Biologia Celular e Molecular do IOC. A força do seu grupo no IOC. A origem na universidade e a trajetória de lutas desse grupo. O poder desse grupo. O respaldo da comunidade. A resistência a esse grupo por parte dos grupos mais antigos do IOC.

Fita 6
O contraste entre o grupo que Elói representa e o grupo que ficou na Fiocruz depois das cassações. A importância social da Fiocruz. O papel social do pesquisador da Fiocruz. A necessidade de dar um retorno de suas atividades à sociedade. A idéia de criar um dia de visitação pública na Fiocruz. O medo que o pesquisador mais fechado tem das críticas. A importância do respaldo da comunidade científica. O embate entre os segmentos mais dinâmicos e questionadores e os segmentos mais conservadores. O exemplo do dinamismo da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular. O predomínio do grupo mais dinâmico e questionador na comunidade de Chagas. A força da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular. A preocupação com a prestação de contas para a sociedade como característica desse grupo. A influência da Sociedade de Bioquímica na eleição de Morel para a presidência da Fiocruz. A resistência da Fiocruz ao governo Collor. Os apoios distintos que tiveram os dois candidatos nessa eleição para a presidência da Fiocruz. O apoio que garantiu a vitória de Morel. A política para ciência e tecnologia do governo Collor. As perspectivas de melhorias com o fim do governo Collor. A boa receptividade do presidente Itamar Franco quanto às reivindicações da comunidade científica. O otimismo com as perspectivas na área de ciência e tecnologia. A eleição para a presidência da Fiocruz, na qual Morel foi vencedor. O apoio dos candidatos. A opção por não criar uma sociedade para a pesquisa básica em doença de Chagas. O funcionamento da reunião anual de Caxambu. A resistência no IOC à transformação das Memórias numa revista internacional com artigos em inglês. A responsabilidade pela nova editoria. O sucesso dessa transformação.

Fita 7
O conhecimento do Programa Integrado de Doenças Endêmicas (PIDE) através do contato com o prof. Firmino de Castro. Os recursos que obteve do PIDE para o financiamento de seu laboratório. A ajuda do PIDE para seu doutorado na Escola Paulista de Medicina. O pioneirismo no estudo sobre barbeiros. A actuação de Celina Roitman como coordenadora do PIDE. A criação do PIDE. Os recursos do CNPq para seus projetos. O staff de seu laboratório na FIOCRUZ. A exclusividade na pesquisa sobre barbeiros e a interação a nível molecular. O capítulo de sua autoria sobre a importância econômica dos triatomíneos, para um livro a ser publicado por uma editora americana. A abrangência de sua experiência pessoal no assunto. A contribuição para um livro financiado pela OMS, em que relata detalhes de sua prática pessoal de pesquisa. O esquema de segurança para o trabalho com barbeiros. A pesquisa com colônias de barbeiros fora do Brasil. Os estudos sobre glândula salivar de barbeiro. As dificuldades para se trabalhar com barbeiros. O memorial apresentado para concurso de titular na Universidade Federal Fluminense. A continuidade de sua produção científica paralelamente às atividades na vice-presidência de pesquisa da FIOCRUZ. Os trabalhos mais recentes. O trabalho de seu ex-aluno José Marcos Chaves Ribeiro. A experiência com decapitação de barbeiros. A experiência com o T. cruzi “aleijadinho”. Outros trabalhos recentes. A importância da visão do biólogo.

Fita 8
A visão que deve ter um biologista. A relação biologista molecular e biologista geral. A importância do ecossistema nas pesquisas específicas. O aumento de temperatura interferindo no Vetor. O exercício de várias tarefas burocráticas e os trabalhos no laboratório. A origem dos recursos e divisões do RHAE. Os recursos e programas na alçada da vice-presidência. A origem do PAPES. A distribuição dos recursos. Como exercer os diversos trabalhos e as formas de lazer. As dificuldades de trabalhar em Niterói (Uff). A Necessidade do concurso para o reconhecimento. A questão do TDR, suas divisões internas, memorando regulador e funcionamento. A questão da doação e sua repercussão nos favorecimentos ao Brasil e a Fiocruz. A presidência do JCB. A defesa dos interesses. Terceiro mundistas na reunião do TDR. A repercussão disto para chegar a presidência do JCB. O STAC. A política do JCB a partir de 88 e o direcionamento de novas formas de pesquisa.

Fita 9
A tendência do programa TDR (Tropical Diseases Research) para a pesquisa básica. A preocupação do JCB em estimular pesquisas que tragam resultados práticos. Os interesses na distribuição dos recursos. A atuação do Comitê de Chagas. A distribuição de recursos pelo JCB para os comitês. O Standing Committee e o STAC. Sua participação como representante do Brasil no TDR. A representação dos países. O processo de decisão no JCB. Sua participação no Comitê de Chagas. O trabalho do comitê nas áreas endêmicas. O contato com o ministro Francisco Resek e a indicação para ser representante do Brasil no TDR.

Fita 10
A indicação para ser representante do Brasil no TDR. A atuação de Carlos Morel no programa. A FIOCRUZ como instituição representante do Brasil no TDR. A importância do trabalho de Morel no TDR. Projetos da FIOCRUZ financiados pelo programa. O orçamento da FIOCRUZ para a pesquisa. Os recursos do TDR para a pesquisa na FIOCRUZ. O processo decisório nas reuniões do JCB. O grande poder do chairman.

Carlos Médicis Morel

Entrevista realizada por Nara Britto , Marília Coutinho e Luiz Otávio Ferreira nos dias 08 e 09 de dezembro de 1992.

Sumário
Fita 1
A escolha do curso de Medicina na Universidade Federal de Pernambuco. Influências da família. O vestibular em 1962. O convite para a monitoria na cadeira de Bioquímica. O estímulo à pesquisa no Departamento de Bioquímica. A decisão de fazer pós-graduação fora de Pernambuco. O curso de radioisótopos feito no Rio de Janeiro durante a graduação. O início do interesse pela Biologia Molecular. O curso de Biologia Molecular de Mauri Miranda. A leitura de revistas especializadas. Novidades importantes da época na área de Biologia Molecular. A participação no movimento estudantil. A família. A intimação para responder a um IPM. As atividades no diretório da faculdade. O interrogatório no IPM. A vontade de ir para o Rio de Janeiro. A viagem para a Europa e o encontro com a futura esposa. A vinda para o Rio de Janeiro no último ano da graduação, para a pós-graduação no Instituto de Biofísica. Os cursos da graduação. A família. O contato com a realidade social do Nordeste.

Fita 2
A opção pela pesquisa básica. O casamento em 1968. A escolha do projeto de tese. Os estudos sobre ricoceara. A retomada da participação política. A falta de perspectivas para a pesquisa no Rio de Janeiro. O encontro com Klaus [Scherrer]. O convite para trabalhar na Suíça. O convite para trabalhar na Universidade de Brasília. A ida para Brasília por um ano. A bolsa “sanduíche” do CNPq para fazer a tese na Suíça. Os cursos práticos que deu na UnB. A invasão da UnB em 1968. O corte da bolsa pelos militares às vésperas da viagem. A ajuda do pai e de Luiz Carlos Galvão Lobo. A bolsa da OMS. A ida para a Suíça. A ambientação em Lausane. A situação do Instituto de Biofísica do Rio de Janeiro na década de 60. A UnB e repressão política à universidade. A universidade como projeto dos governos militares. O grupo de Klaus [Scherrer] na Suíça. Os experimentos com isolamento de RNA mensageiro de células animais. A bolsa da European Molecular Organization. As colaborações e publicações. O curso em Cold Spring Harbor nos Estados Unidos em 1971. A competição na comunidade científica americana. O surgimento da Engenharia Genética. O contato com grandes nomes da Biologia Molecular. A consciência da necessidade de descobrir um sistema próprio. Trabalhos marcantes dessa época.

Fita 3
O interesse de Klaus em assumir o projeto. A recusa ao convite de Klaus para trabalhar em Paris. A decisão de voltar ao Brasil. A necessidade de desenvolver um projeto próprio. Os preconceitos na Europa contra estrangeiros. A composição do grupo de Klaus. A importância do trabalho na Suíça para sua carreira. A necessidade de ter liberdade e autonomia intelectual. As dificuldades do início do trabalho na Suíça. A volta para a UnB. O início da redação da tese e da formação de um grupo de pesquisa. A transferência para o Instituto de Biologia. A disponibilidade de recursos na Universidade. Trabalhos de orientandos. O interesse pela Engenharia Genética. O contanto com Isaac Roitman e o início dos trabalhos com Trypanosoma cruzi em 1974. A notícia do PIDE e da disponibilidade de recursos. A primeira participação na Reunião Anual de Pesquisa Básica em doença de Chagas em Caxambu em 1975. A idéia de trabalhar com caracterização de cepas de T. cruzi. As dificuldades para obter as enzimas de restrição. Os primeiros experimentos. A apresentação dos resultados em Caxambu. O grande interesse de Agda Simpson. A publicação do trabalho. As reações ao trabalho. O curso em Paris sobre Engenharia Genética. A invasão e repressão na UnB em 1977. A decisão de sair da UnB. Os convites para a Fiocruz, para a Escola Paulista de Medicina e para o Instituto de Biofísica. A decisão de ir para a Fiocruz. O veto do SNI. A luta pela autorização da contratação. As pressões dos colegas para não ir para a Fiocruz. O pedido de demissão da UnB.

Fita 4
A competição no exterior. A opção por não abrir mão da criatividade intelectual. A preocupação em trabalhar num tema que, além de permitir o desenvolvimento de uma boa pesquisa básica, tivesse resultados práticos para a área de saúde. A formação do grupo de pesquisa básica de doença de Chagas. As “agenedas” para a escolha do tema de pesquisa. As pessoas que tiveram influência nesta escolha. O interesse dos pesquisadores pela doença de Chagas. O estímulo fundamental dos recursos do PIDE. A influência do PIDE na sua escolha do tema. O grupo da Reunião Anual de Pesquisa Básica em Doença de Chagas. A primeira reunião. A relação entre o momento da descoberta da doença de Chagas, em 1909, e a pesquisa nos anos 70. A idéia de publicar os resumos da reunião de Caxambu como volume especial das Memórias. A relação com os pesquisadores mais velhos do grupo do congresso de Chagas. O PIDE. A importância do PIDE para sua escolha do tema e para a montagem de seu grupo de pesquisa. O TDR. O trabalho dos exilados nesse período. A interação com estas pessoas. Suas primeiras referências sobre Manguinhos. Os primeiros contatos com a obra de Carlos Chagas. A admiração pelo trabalho de Carlos Chagas e a atração por Manguinhos. As mudanças nas “Memórias’. A luta para indexar as Memórias no [Current Contents].

Fita 5
Resistências à sua ida para a Fiocruz. O início da montagem do laboratório. A epidemia de meningite e os recursos para a aparelhagem do laboratório. A colaboração com Larry Simpson. O veto do SNI à viagem para os Estados Unidos. A luta pela liberação. A criação da Associação dos Docentes, Pesquisadores e Tecnologistas da Fundação Oswaldo Cruz. O discurso em homenagem aos cassados de Manguinhos. A viagem para os Estados Unidos. Os experimentos no laboratório de Larry Simpson. Os experimentos com Erney Camargo sobre clones de T. cruzi. A publicação em uma importante revista científica.

Fita 6
Experimentos no início dos anos 80. O projeto para o TDR. A legitimação e o reconhecimento. O convite para a chefia do Departamento de Bioquímica. As perspectivas abertas com as novas tecnologias de sequenciamento de DNA. A colaboração com um pesquisador belga na área de Engenharia Genética. Os ex-estudantes. A diversificação e ampliação da pesquisa no departamento. O financiamento do TDR para a montagem de um curso internacional no departamento. O manual do curso. A influência do curso em Cold Spring Harbor. A originalidade do manual. Os desenhos de seu filho para o manual. A importância do curso.

Fita 7
A repercussão do curso. O reconhecimento do departamento. A indicação para a diretoria do IOC. A indicação e a campanha de Sérgio Arouca para a presidência da Fiocruz. A vitória na eleição da lista tríplice para a diretoria do IOC. O apoio à campanha de Arouca. As dificuldades para assumir a direção do IOC. O convite de Arouca para a vice-presidência de pesquisa. A oposição a Arouca no IOC. A reformulação do IOC. A luta contra a corrupção. A demissão de Ivanildo da [ASSAG]. A conjuntura atual. Seu cargo como presidente da Fiocruz. As perspectivas favoráveis do governo Itamar Franco. Sua divisão entre o trabalho acadêmico e as atividades administrativas. A estrutura dos departamentos na época em que assumiu a direção do IOC e atualmente. A saída do Departamento de Bioquímica. A escolha de Samuel Goldemberg para substituí-lo como chefe do departamento. A volta para a chefia do departamento. A liderança do departamento em produtividade no IOC. A campanha para a presidência da Fiocruz. A dificuldade de voltar para o departamento. A dúvida quanto a deixar novamente as atividades de pesquisa do departamento para assumir a presidência. A importância e os desafios do cargo de presidente da Fiocruz. Os investimentos na área de informação em ciência e tecnologia. A participação no Task Force do Health Research for Development. A preocupação com o incentivo a pesquisas que levem em conta as prioridades de cada país. A continuidade de seu grupo de pesquisa no departamento. A projeção, em cargos-chave, de membros da comunidade científica de Chagas. A importância do apoio da comunidade científica. A trajetória de sucesso do grupo da temática de Chagas. Os primeiros sinais de seu perfil de liderança. Sua vivência em atividades políticas. A importância da gestão Arouca. A especificidade do grupo de Manguinhos na comunidade científica de Chagas. A dinamização institucional com a gestão Arouca. O congresso interno da Fiocruz. A revitalização da Fiocruz. Sugestões para novas entrevistas. A estrutura de organização do grupo do congresso anual de Chagas em Caxambu.

Fita 8
Os critérios para a escolha dos organizadores do Congresso Anual de Doença de Chagas. Nomes para outras entrevistas. A 20ª Reunião Anual de Pesquisa Básica de doença de Chagas. A influência da experiência no Congresso de Chagas na sua atuação nos comitês da OMS. A participação nos comitês da OMS. Sua concepção de novos mecanismos de fortalecimento da pesquisa científica. A importância das sociedades científicas e dos mecanismos coletivos de fortalecimento. A necessidade de programas de pesquisa que abordem questões relevantes para a realidade do país. As instituições financiadoras da pesquisa em doença de Chagas. A ideia de uma rede de financiamento interno na Fiocruz.

Erney Camargo

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Simone Kropf, em São Paulo (SP), nos dias 20 e 21 de maio de 2002 e 28 e 29 de setembro de 2004.

Joffre Marcondes de Rezende

Entrevista realizada por Simone Kropf e Wanda Hamilton, no Centro de Gastroenterologia em Goiânia (GO), nos dias 04 e 06 de junho de 2001.

José Carvalheiro

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Simone Kropf, em São Paulo (SP) no dia 21 de maio de 2002.

José Rodrigues Coura

Entrevista realizada nos dias 08 de janeiro de 1998, 09 e 22 de dezembro de 1999 e 03 de abril de 2000.

Larry Simpson

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Marília Coutinho no dia 11 de novembro de 1994.

Ricardo Ribeiro Santos

Entrevista realizada por Nara Britto e Luiz Otávio Ferreira nos dias 25 e 30 de maio, 13 de junho e 06 de julho de 1995.

Sumário

Fita 1
A militância política no movimento estudantil. A influência dos líderes na formação do pesquisador. A importância de Samuel Pessoa. O trabalho em laboratório no Instituto Adolfo Lutz. O pai. As origens da família. A prática de esportes na juventude. O interesse pela Medicina. O ingresso na Faculdade de Farmácia da USP. A mudança para a Faculdade de Medicina da Unicamp. O curso de Protozoologia Médica em Londres. A tese de doutorado sobre um novo modelo de vacina para doença de Chagas. A polêmica causada por esse modelo. O primeiro contato com a temática de doença de Chagas. O trabalho com animais isogênicos. O primeiro contato com Ribeirão Preto. O contato com Köberle. O convite de Köberle para montar o departamento de imunopatologia em Ribeirão. A vinda de Köberle para o Brasil. O projeto de Zeferino Vaz para Ribeirão. O contato de Köberle com a temática de Chagas. A pesquisa sobre os mecanismos de destruição dos neurônios. O conceito de auto-imunidade da doença de Chagas. A importância de Köberle na pesquisa sobre doença de Chagas no Brasil. A importância de Ribeirão na pesquisa sobre doença de Chagas.

Fita 2
A influência do pai em sua visão da política. A participação no movimento estudantil. Mudanças em sua concepção política. A ciência como atividade voltada para o social. A consciência social da doença de Chagas. A importância da formação e do trabalho em clínica médica. A doença de Chagas como um problema social global. A reunião de Caxambu. A influência do PIDE na opção de muitos pesquisadores por doença de Chagas. Os poucos resultados da pesquisa “high-tech” em doença de Chagas. A contribuição de Morel. A utilidade dos kits diagnósticos. Sua pesquisa em Produtos Naturais para obter novas drogas para doença de Chagas. A produção de kits pela Fiocruz. As diferenciações internas na comunidade científica de Chagas. As reuniões de pesquisa básica e de pesquisa aplicada em doença de Chagas. O impacto social da doença de Chagas hoje.

Fita 3
A falta de consciência social da doença de Chagas por parte de alguns pesquisadores. A ida das lideranças de pesquisa para o exterior. A mudança nas relações estudante-mestre. A falta de uma visão global da doença de Chagas por parte dos pesquisadores “high-tech”. A pesquisa “high-tech” e o reconhecimento institucional da comunidade de Chagas. A reunião de pesquisa básica em Caxambu. O desvirtuamento da pesquisa com a utilização de tecnologias e metodologias de ponta. As primeiras reuniões de Caxambu. A finalidade da reunião de Caxambu. O aumento de interesse por doença de Chagas em função do PIDE. A influência de Aluizio Prata durante o período do regime militar e na implantação do PIDE. A polêmica entre Zinton Andrade e Köberle. A trajetória de Zilton. A posição de Aluizio Prata durante o regime militar. O acidente pelo qual se infectou antes de viajar para a Inglaterra. O vínculo com a pesquisa logo depois de formado. Os irmãos. A primeira viagem para a Inglaterra. A importância de Köberle em sua formação.

Fita 4
A relação com Köberle. A dificuldade em se definir em termos de formação. A formação em parasitologia. O concurso para titular em imunologia em Ribeirão Preto. A livre-docência em parasitologia. O ambulatório de chagásicos. A vontade de sair de Ribeirão. A vinda para a Fiocruz. A direção do Hospital Evandro Chagas. As dificuldades de trabalho na Fiocruz. As duas linhas de pesquisa desenvolvidas: a investigação sobre os mecanismos da não-doença e o trabalho de avaliação de atividade biológica.

Fita 5
O encontro com Morel na UnB e em Caxambu. O Prêmio Isaac Roitman em Caxambu. Os objetivos da criação da reunião de Caxambu. A competição entre os grupos na comunidade de Chagas. O grupo de Goiânia. O sentido da criação de Caxambu. A cristalização de grupos a partir de Caxambu. O grupo de Ribeirão Preto. O público de Caxambu. As consequências da pós-graduação na pesquisa em doença de Chagas. A pouca quantidade de teses publicadas. O crescimento da comunidade de Chagas a partir de Caxambu. O mercado para a biologia molecular no Brasil. Os grupos de biologia molecular na Fiocruz. Os grupos de biologia molecular em Caxambu. Os grupos de imunologia. A importância do trabalho de Borges, da Fiocruz, em comunidades endêmicas em Chagas. O trabalho no ambulatório de chagásicos do Hospital Evandro Chagas. Os pesquisadores do IOC que trabalham em pesquisa aplicada no Hospital Evandro Chagas.

Fita 6
A dificuldade da maioria dos pesquisadores básicos em trabalhar com pacientes. A dificuldade de interação entre a área básica e a clínica. O esvaziamento, na Fiocruz, dos contingentes de pesquisadores com formação médica. O convite para ir para a Fiocruz. O mito da Fiocruz. O contato com Arouca. A imagem idealizada da Fiocruz. O departamento de imunologia da Fiocruz. A organização do laboratório de T. cruzi. A mudança do laboratório para o Hospital Evandro Chagas. Os recursos para sua pesquisa no hospital. O convite de Morel para ir para o departamento de bioquímica e biologia molecular. A falta de infraestrutura para a pesquisa no Brasil e a consequente necessidade de viajar periodicamente para o exterior para concluir os trabalhos. As parcerias com grupos estrangeiros. A particularidade da imunologia da doença de Chagas. Os atrativos da pesquisa em doença de Chagas para os grupos no exterior. As dificuldades para o gerenciamento da pesquisa científica no Brasil. A ajuda financeira da família. A lista da Folha de São Paulo sobre os mais citados na produção científica nacional. A falta de integração entre os pesquisadores e os técnicos da parte burocrátic-administrativa.

Fita 7
O problema de gerenciamento na Fiocruz. O papel de BioManguinhos no fornecimento de material para pesquisa. Os altos custos da pesquisa “high-tech”. O aproveitamento das novas tecnologias enquanto instrumento para outras pesquisas. A importância dos líderes formadores de grupos. A dificuldade destes líderes em voltar para o Brasil. A continuidade do perfil ideológico da Fiocruz. O documento da Fiocruz para a conferência sobre ciência e tecnologia em saúde, de 1994. O projeto atual para a privatização de certas áreas da Fiocruz.

Fita 8
Seu trabalho de pesquisa na Fiocruz. A especificidade da cardiopatia chagásica. O problema do transplante de coração em chagásicos. A continuidade com a pesquisa iniciada em Ribeirão Preto. A originalidade da pesquisa e a falta de competição com outros grupos. Os riscos de acidente. Os interesses pela comercialização do produto de sua pesquisa. Os testes para diagnóstico de Chagas. A técnica do PCR. O kit-diagnóstico. A representação de um dado científico. A situação de mercado para o kit-diagnóstico.

Fita 9
O trabalho de Samuel Goldemberg como biologista molecular na Fiocruz. A motivação de um biologista molecular. O trabalho de Morel. A crítica ao desvirtuamento da pesquisa em biologia molecular. A tentativa da Fiocruz em promover-se através da pesquisa de Samuel sobre um novo teste para diagnóstico em doença de Chagas. As dificuldades para a comercialização e produção desse teste pela Fiocruz. Outros grupos que trabalham com antígenos recombinantes em Chagas no Brasil. As perspectivas de aproveitamento do trabalho que vem desenvolvendo na Fiocruz. A parceria com um químico orgânico vindo de Harvard. A importância da multidisciplinaridade na pesquisa científica. As dificuldades de integração entre pesquisadores de áreas diferentes. A importância da informática para a pesquisa. O seu conhecimento e prática de informática. A idéia de fazer um programa multimídia sobre a pesquisa em doença de Chagas.

Rodrigo Zeledón Araya

Entrevista realizada nos dias 09 de setembro de 1997 e 14 de setembro de 2004.

Zigman Brener

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Luiz Otávio Ferreira, em Belo Horizonte (MG). nos dias 09 e 10 de maio de 1995.

Francisco Ferrioli Filho

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Simone Kropf, em Ribeirão Preto (SP), no dia 24 de maio de 2002.

Carlos Chagas Filho

Entrevista realizada por Nara de Azevedo Brito, Paulo Gadelha, Luiz Fernando Ferreira e Rose Ingrid Goldschmidt, no Instituto de Biofísica (UFRJ), entre os dias 18 de fevereiro de 1987 e 30 de setembro de 1988.
Sumário
Fita 1 a Fita 3

O ingresso na faculdade de medicina; o encontro com Walter Oswaldo Cruz e Emanuel Dias no curso médico; a personalidade e inteligência de Walter Oswaldo Cruz; a penetração da literatura francesa no Brasil no início do século; A reforma de ensino Rocha Vaz e as repercussões no curso de medicina; o ingresso em Manguinhos com Walter Oswaldo Cruz e Emanuel Dias; a experiência como adjunto de serviço de autópsia de Magarino Torres no Hospital São Francisco; o método e a dedicação do pai à atividade docente; a boemia nos tempos da juventude com os amigos Walter Oswaldo Cruz e Emanuel Dias; o interesse de Walter Oswaldo Cruz pelo estudo de anemia; a opção pela universidade em detrimento de Manguinhos; a iniciativa da Fundação Ford em estabelecer cursos de pós-graduação no Brasil a partir de 1964; o perfil progressista de Walter Oswaldo Cruz; visão crítica sobre Rocha Lagoa; as gestões Francisco Laranja e Antonio Augusto Xavier no IOC; a decadência de Manguinhos; os conflitos internos gerados com a nomeação de Rocha Lagoa para a direção do IOC; o convite do presidente Castelo Branco para representar o Brasil na UNESCO; a reprovação de Rocha Lagoa no concurso promovido pelo Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) para biologista de Manguinhos; a presença de militares no IOC durante a gestão de Rocha Lagoa; o último encontro com Walter Oswaldo Cruz em 1965 e o choque causado por sua morte em 1967; a atual superioridade científica de São Paulo sobre o Rio de Janeiro; o perfil profissional dos filhos de Oswaldo Cruz.

Fita 4 a Fita 5

A infância na rua Paissandú (RJ); os banhos de mar com o pai na Praia do Flamengo (RJ); a admiração de Carlos Chagas por Oswaldo Cruz e o choque provocado por sua morte; a divisão política do IOC depois da morte de Oswaldo Cruz e a luta pela direção de Manguinhos; as dificuldades financeiras do IOC com o fim da verba da vacina contra a manqueira; o esvaziamento do IOC após a criação das universidades e centros de pesquisa a partir da década de 30; comentários sobre as causas da morte de Oswaldo Cruz; a crença positivista da família e o forte sentimento religioso; a educação voltada para as diversas manifestações culturais e artísticas; a influência estrangeira no desenvolvimento científico brasileiro; as leituras preferidas do pai; o questionamento da Academia Nacional de Medicina a respeito da descoberta da doença de Chagas; o desprestígio da carreira universitária no início do século; a fundação de um centro de pesquisa em universidade brasileira; o caráter centralizador da gestão de Carlos Chagas no IOC.

Fita 6 a Fita 7

Os primeiros contatos com Manguinhos e com Joaquim Venâncio; a personalidade de Adolpho Lutz; a amizade com Francisco Gomes no laboratório de Astrogildo Machado; a experiência profissional adquirida no contato com Osvino Pena, Magarino Torres e Burle Figueiredo no Hospital São Francisco de Assis; a vida boêmia de alguns cientistas do IOC; o perfil profissional de Carneiro Felipe; a relação paternalista dos cientistas do IOC com seus estagiários; a personalidade autoritária de Álvaro Osório de Almeida; a forte influência científico-cultural francesa nos fundadores de Manguinhos; comparações entre as questões sociais do início do século e as atuais; o crescimento das favelas do Rio de Janeiro após o Estado Novo; ausência de discriminação racial em Manguinhos; a participação na Aliança Liberal em 1930; o equívoco das políticas de saúde de Getúlio Vargas; resistência do pai à incorporação do IOC pelo Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP); o perfil político de Belisário Pena e sua relação com Carlos Chagas; ausência de grupos de esquerda organizados antes da década de 30; o mecenato de Guilherme Guinle e o financiamento ao SEGE dirigido por Evandro Chagas; o perfil profissional de Felipe Neri Guimarães e a coesão do grupo de cientistas do SEGE; a desvalorização da ciência por parte das autoridades brasileiras; inexistência de um período de decadência na história de Manguinhos; comentários sobre a baixa qualidade da penicilina produzida por Manguinhos na década de 40; a dificuldade da gestão Aragão em visualizar o futuro desenvolvimento do IOC.

Fita 8 a Fita 9

Perfil do professor Pacheco Leão; a experiência profissional na expedição à Lassance e o contato com lepra e malária no interior do país; as condições de vida do povo brasileiro; as qualidades e carências do Curso de aplicação do IOC; a convivência com o arquiteto Luiz de Morais, com o bibliotecário Overmeer e o fotógrafo J. Pinto; as diversas fontes de financiamento do laboratório de biofísica; o nascimento da microscopia eletrônica brasileira; a formação de profissionais competentes no Instituto de Biofísica; os motivos da opção pela universidade em detrimento do IOC; a dificuldade na escolha da banca examinadora do concurso na Universidade do Brasil; o pedido para sua permanência em Manguinhos feito por Evandro Chagas; o desgosto de Evandro Chagas ao ser reprovado no concurso para a cátedra de doenças tropicais da Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil; a nomeação para chefia do SEGE em 1942 após a morte de Evandro Chagas; as diversas origens das verbas do IOC e o incentivo à pesquisa brasileira com a criação do CNPq; o auxílio da fundação Rockefeller para o desenvolvimento da pesquisa em radioisotopia no Instituto de Biofísica; a personalidade de Miguel Osório de Almeida; a prisão de Carlos Chagas na Revolução de 1930; Pedro Ernesto e a tentativa de democratizar o governo Vargas; defesa da formação interdisciplinar do médico e do sanitarista brasileiro.

Fita 10 e Fita 11

A luta pelo progresso da ciência brasileira; a elevação do custo de vida e as dificuldades financeiras durante o Estado Novo; o contato com grandes cientistas europeus na década de 40; a formação inicial do quadro de profissionais do Instituto de Biofísica; as dificuldades do desenvolvimento científico na sociedade brasileira; a tentativa de Barros Barreto de transformar o IOC em uma instituição de saúde pública; a prática de interdisciplina no Instituto de Biofísica; o incentivo do CNPq ao desenvolvimento científico; perfil do Almirante Álvaro Alberto; o desenvolvimento da física brasileira; defesa da autonomia de pesquisa nas universidades; os riscos provenientes da privatização das instituições de pesquisa; considerações sobre a importância da tecnologia no desenvolvimento científico do Terceiro Mundo.

Fita 12 a Fita 14

Os principais problemas do Terceiro Mundo; o caráter colonial do desenvolvimento científico brasileiro; a necessidade de harmonia cultural para o desenvolvimento econômico e social de um país; a valorização da ciência e tecnologia após a Segunda Guerra Mundial; crítica ao comportamento das elites brasileiras; comparação entre o ensino médico do início do século e da década de 60; os obstáculos à pesquisa criados pela Reforma Universitária de 1964; defesa do ensino religioso nas universidades brasileiras.

Fita 15 a Fita 16

A inconveniente privatização da biotecnologia; ausência de políticos voltados para a defesa do desenvolvimento da ciência e tecnologia nacional; a necessidade de diferenciação entre prática médica e atividade científica; histórico da criação do CNPq e o trabalho desenvolvido na Divisão de Ciência e Biologia; o preconceito do CNPq em relação às ciências sociais; comentários sobre a soma de recursos do CNPq investidas em Manguinhos; o aproveitamento de cientistas europeus exilados durante a Segunda Guerra Mundial por instituições de pesquisa de São Paulo; definição de vocação científica e a diferenciação entre cientistas e “empregados da ciência”; comentários sobre a obrigatoriedade de publicação regular de artigos científicos; as disputas internas no CNPq durante o governo Café Filho e a demissão do Almirante Álvaro Alberto; o controle da ciência e da tecnologia pelos militares a partir de 1964.

Fita 17 a Fita 18 - Lado A

O contato com o Instituto Pasteur e com Emile Marchou em 1937; a equiparação tecnológica do IOC com o Instituto Pasteur na década de 30; comentário sobre a atuação de pesquisadores do Instituto Pasteur na Resistência Francesa durante a Segunda Guerra Mundial; perfil de Eráclides de Souza Araújo; Olympio da Fonseca e a tentativa de criar a área de microscopia eletrônica no IOC; o perfil acadêmico das universidades francesas.

Fita 18 - lado B a Fita 19

O trabalho da Academia Brasileira de Ciências na década de 60; as reuniões científicas com Álvaro Alberto e Arthur Moses; a questão da propriedade das patentes de vacina no IOC na década de 30; a supremacia do grupo biomédico na Academia Brasileira de Ciências a partir da década de 40; a valorização da saúde pelas autoridades públicas após a Reforma Carlos Chagas em 1921; a importância das academias científicas no desenvolvimento social e econômico dos países europeus; o trabalho desenvolvido como delegado do Brasil na UNESCO; o trabalho pela paz mundial; a importância de sua atuação como secretário geral da Conferência das Nações Unidas para a Aplicação da Ciência e Tecnologia ao Desenvolvimento realizada em 1962; a nomeação para presidente da Academia Pontifícia de Ciências.

Fita 20 a Fita 21

Perfil da bibliotecária Emília de Bustamante; o distanciamento entre os avanços da ciência nos países desenvolvidos e nos subdesenvolvidos; a necessária priorização da educação pelos futuros governantes brasileiros; o caráter predatório das elites brasileiras; a luta empreendida pela Academia Pontifícia de Ciências contra a guerra nuclear e a destruição da camada de ozônio da atmosfera; a defesa pela Igreja do sistema Ptolomáico ameaçado por Copérnico; as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Vaticano; comentários sobre a fé católica brasileira; a singular combinação entre ciência e religião e sua concepção de religiosidade; defesa da origem divina do universo; a forte religiosidade dos cientistas judeus; os méritos e defeitos da “Tecnologia da Libertação”; visão sobre o papel da ciência no desenvolvimento humano.

Manuel Isnard Teixeira

Entrevista realizada por Carlos Roberto Oliveira, Flávio Edler e Rose Ingrid Goldschmidt, na Santa Casa de Misericórdia (RJ), entre os dias 16 de junho e 04 de novembro de 1987.
Sumário
Fitas 1 a 3
A infância no interior do Ceará; o coronelismo e a disputa pelo poder em Itapipoca; o antigo costume da alfabetização doméstica; a formação escolar em Fortaleza; a paixão pelo futebol; o curso preparatório; o apoio familiar na escolha profissional; a participação em movimentos políticos na faculdade; a organização do 1º Congresso Leigo Acadêmico do Brasil realizado na Bahia em 1933; a formação político-ideológica; a participação no movimento Ala Médica Reivindicadora organizado em 1934; impressões sobre a Revolução de 1930; a atuação na Juventude Comunista da Bahia; a penetração da ideologia comunista na classe operária baiana; a participação do PCB na Revolução de 1930 e o posicionamento teórico de seus dirigentes; observações sobre a prisão de Luís Carlos Prestes em 1936 e a posterior perseguição aos comunistas; a passagem pela Aliança Nacional Libertadora (ANL) em 1935; as influências francesa e inglesa no curso médico; referência à reforma de Rocha Vaz; avaliação das reformas curriculares do curso de medicina; o perfil acadêmico da Faculdade de Medicina da Bahia; a influência do jornal Gazeta de Notícias em sua saída da prisão; a indicação para o cargo de chefe de laboratório de Inspetoria de Defesa Sanitária Animal de Fortaleza em 1936; impressões sobre a Constituinte de 1934; a experiência como preso político e a candidatura a deputado federal pela União Sindical da Bahia; defesa da medicina previdenciária.

Fitas 4 e 5
O ingresso no Curso de Aplicação do IOC; impressões sobre o curso de medicina tropical ministrado por Carlos Chagas; a fragilidade dos movimentos sociais na década de 30; a participação no Socorro Vermelho antes do ingresso no PCB; o aperfeiçoamento em bacteriologia no IOC; a pesquisa em leishmaniose realizada na Fundação Gonçalo Moniz; o desenvolvimento da medicina legal na Bahia; a baixa frequência feminina no curso médico nas décadas de 1930 e 1940; o difícil acesso a Manguinhos; comentários sobre a rotina de trabalho de um estagiário no IOC.

Fitas 6 a 8
O ingresso no IOC; a projeção internacional do IOC na primeira metade do século XX; a perda de autonomia científica do IOC com a reforma administrativa do ministro Gustavo Capanema; as diferenças pessoais e ideológicas entre Carlos Chagas e Cardoso Fontes; o perfil de alguns cientistas mineiros do IOC; a administração Carlos Chagas e sua relação com a comunidade científica de Manguinhos; o acelerado ritmo de trabalho dos cientistas do IOC até os anos 1950; o processo de especialização do trabalho técnico nos laboratórios do IOC; as dificuldades financeiras do IOC com o fim da verba da vacina contra a manqueira na década de 1930; a alienação da ciência pura e o processo de aristocratização da ciência no IOC; a influência americana nas medidas sanitárias implantadas por João Barros Barreto; os interesses econômicos da Fundação Rockefeller no Brasil; a reprovação no concurso promovido pelo Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) por motivos políticos; a experiência como aluno do Curso de Aplicação do IOC e o aproveitamento dos alunos desse curso por organismos públicos e privados; o perfil profissional de Genésio Pacheco; o trabalho do DNSP nos anos 1940; a importância de Barros Barreto na formação dos profissionais da área de saúde pública; o perfil político e profissional de Mário Magalhães.

Fitas 9 a 11
O perfil profissional de Evandro Chagas e o desenvolvimento do Serviço de Estudos de Grandes Endemias (SEGE) com o apoio financeiro de empresas privadas; o vandalismo cultural do poder público denunciado pela destruição de prédios públicos; a desistência do exercício da medicina liberal; a expulsão de Carlos Lacerda da Juventude Comunista; a participação na Comissão Jurídica e Popular responsável pela apuração de crimes políticos; o alto índice de tuberculose no Brasil desde o início do século XX; a relação entre a Ordem dos Médicos e o Sindicato dos Médicos; a receptividade às ideias fascistas no meio intelectual e em Manguinhos; a alienação política dos cientistas do IOC; a separação entre ciência pura e ciência aplicada e o consequente declínio de Manguinhos; o fracasso acadêmico da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP); o encontro com a futura esposa em Manguinhos e seu perfil profissional; avaliação da experiência na School of Higiene of Johns Hopkins University como bolsista do Institute of American Affairs; a participação no manifesto pela legalização do PCB em 1945; o convite para dirigir o Instituto Evandro Chagas em Belém; o ingresso no Instituto de Nutrição e a nomeação para assistente de microbiologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1944; o trabalho em saúde pública no Nordeste; o trabalho no laboratório Eduardo Bezerra S.A.; a bolsa de estudos para os Estados Unidos; a arcaica tecnologia na preparação da vacina contra a febre aftosa; a supremacia de São Paulo no desenvolvimento da saúde pública brasileira; o contato com Amilcar Vianna Martins e Otávio Magalhães no Instituto Biológico de São Paulo; a nomeação para chefe de laboratório do Serviço Nacional de Tuberculose em 1961; comentários sobre o modelo de pesquisa do Instituto Biológico em São Paulo e do Instituto Ezequiel Dias em Minas Gerais; a influência científico-tecnológica europeia e norte-americana sobre o IOC.

Fitas 12 a 14
A rotina de trabalho na Inspetoria Sanitária de Defesa Animal de Fortaleza; o contato com Raimundo Arraes em Crato (CE) em 1932; observações sobre o clima de guerra fomentado pelo interventor do Ceará durante o Estado Novo; a identificação política do ministro Gustavo Capanema sobre questões sanitárias; perfil de Gustavo Capanema e o brilho intelectual de seus assessores; a diferença entre as atuações de Gustavo Capanema e Barros Barreto; observações sobre a conjuntura política brasileira no pós-64; a convivência com o imperialismo nos anos 1940; Barros Barreto e o projeto de formação de enfermeiras especialistas em saúde pública; o interrogatório sofrido no Departamento de Imigração em sua viagem aos Estados Unidos.

Fita 15
O perfil político do PC americano; o papel desempenhado pelo Institute of Interamerican Affairs durante a Segunda Guerra Mundial; a experiência adquirida na visita a diferentes laboratórios e cursos nos Estados Unidos; a utilização inicial da penicilina no combate ao pneumococo; observações sobre a divisão técnica do trabalho nos laboratórios norte-americanos na década de 1940; o perfil profissional dos professores Adauto Botelho e Jorge Bandeira e Mello.

Fitas 16 e 17
O trabalho no instituto Evandro Chagas nos anos 1940; o programa de combate à malária desenvolvido pelo Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) no Norte do Brasil e a utilização do DDT no combate aos focos da malária no fim da década de 1940; o caráter imperialista do SESP no Brasil; o perfil profissional dos funcionários do SESP; o interesse americano pela borracha brasileira durante a Segunda Guerra Mundial; a descontinuidade entre o trabalho sanitário desenvolvido pelo IOC no início do século e o programa do SESP nos anos 1940; o trabalho no Instituto Nacional de Nutrição com Josué de Castro.

Fitas 18 e 19
O perfil profissional de Marcolino Gomes Candau e Ernani Braga; os acordos políticos na obtenção de recursos para o desenvolvimento de programas de saúde pública; o oportunismo político do SESP; críticas às reformas empreendidas por Miguel Couto Filho nos cargos de direção da área de saúde; a atuação de Roberval Cordeiro de Farias na Secretaria Nacional de Fiscalização da Medicina; a candidatura a deputado federal na Assembléia Constituinte de 1946 e a atuação da corporação médica na defesa dos interesses da saúde; o discurso de Alcedo Coutinho na Assembléia Constituinte sobre a organização da saúde pública; a alienação política das associações médicas brasileiras; o estoicismo dos comunistas brasileiros; a grande aceitação popular do movimento comunista brasileiro após a Segunda Guerra Mundial; o trabalho como professor assistente da cadeira de microbiologia da Faculdade Nacional de Medicina.

Fitas 20 e 21
A atuação na campanha de helmintoses dirigida pela Divisão de Organização Sanitária de 1947 a 1954; o levantamento epidemiológico de helmintoses nas escolas nordestinas; o impacto do desenvolvimento da indústria farmacêutica sobre a saúde pública na década de 1940; a formação de quadros na área de saúde pública como obstáculo à burocratização dos serviços; a defesa da medicina liberal pelos médicos conservadores; a criação da AMDF, em 1950, com a participação de comunistas e previdenciários.

Fitas 22 e 23
A constituição dos institutos de aposentadoria e pensões nos anos 1930; Castelo Branco e a unificação da assistência médico-previdenciária com a criação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS); o perfil profissional de Erlindo Salsano na direção do DNSP; a importância social do Serviço Nacional de Lepra; a falta de especialização do corpo profissional da Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM); a experiência como chefe de laboratório do Serviço Nacional de Tuberculose; o perfil profissional de Bichat de Almeida Rodrigues; a tese do professor José Oliveira Coutinho sobre a semelhança entre malária e esquistossomose; o trabalho de Mário Pinotti no Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu); os gastos do Serviço Nacional de Tuberculose; a renúncia de Jânio Quadros.

Fitas 24 e 25
Os vínculos com a OMS e as viagens ao Canadá, Estados Unidos e México para estudar a técnica de produção de vacina BCG; o contato com a China maoísta como representante da OMS; a importância da medicina popular para o desenvolvimento das instituições médicas da China comunista; o posicionamento do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) quanto às políticas de saúde pública; o perfil profissional de Carlos Gentile de Mello; o golpe militar de 1964; o aparecimento do Movimento Médico Renovador em 1968; a impossibilidade ideológica e prática de trabalhar em Manguinhos; a constante alienação política do pesquisadores do IOC em função da total dedicação ao trabalho; a influência norte-americana na ENSP; o inquérito administrativo do Ministério da Saúde em 1964; a aposentadoria compulsória por motivos políticos; avaliação de sua trajetória de vida; perspectivas em relação ao futuro do país.

Anita Ivoni Camilotti Monteiro

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida e Laurinda Rosa Maciel no dia 07 de agosto de 2001, no Rio de Janeiro (RJ).

Ciro de Quadros

Entrevista realizada por Dilene Raimundo do Nascimento, Eduardo Maranhão, Laurinda Rosa Maciel, Nísia Trindade, Jayme L. Benchimol e Carlos Fidélis da Ponte no dia 12 de março de 2001, no Rio de Janeiro (RJ).

Cláudio Amaral

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida e Laurinda Rosa Maciel nos dias 01 de junho, 13 e 19 de julho e 27 de setembro de 2001, em Niterói (RJ).

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