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Gênero e ciência: carreira e profissionalização no IOC, Museu Nacional e Instituto de Biofísica

Reúne 14 entrevistas de História Oral. O projeto visou identificar a presença e a contribuição das mulheres cientistas, vis-à-vis a de seus colegas homens, para o desenvolvimento das ciências naturais no Instituto Oswaldo Cruz (IOC), no Museu Nacional e no Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho da UFRJ, no período 1939-1969.

Anna Kohn Hoineff

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Bianca Cortes nos dias 01 e 06 de dezembro de 2004 e 01 de fevereiro de 2005.

Darcy Fontoura de Almeida

Entrevista realizada nos dias 10 e 27 de dezembro de 2002, 28 de março, 11, 23 e 30 de abril e 06 e 18 de junho de 2003.

Leda Dau

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Bianca Antunes Cortes nos dias 14 e 28 de abril de 2004.

Luiza Krau

Entrevista realizada por Magali Romero e Nara Azevedo no dia 14 de maio de 2014.

Neusa Feital Wöhrle

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Bianca Cortes, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 11 e 18 de julho de 2005.

Carlos Roberto Strauch Ribeiro

Entrevista realizada por Dilene Raimundo do Nascimento e Alex Varela, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 08 de junho de 2006.

Ester Garson Passi

Entrevista realizada por Dilene Raimundo do Nascimento e Alex Varela, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 26 de maio de 2006.

Francesco Serricella

Entrevista realizada por Alex Varela e Dilene Raimundo do Nascimento, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 30 de maio de 2006.

George Bittencourt Doyle Maia

Entrevista realizada por Dilene Raimundo do Nascimento e Alex Varela, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 19 de abril de 2006.

Jesus Calhao Esteves

Entrevista realizada por Dilene Raimundo do Nascimento, em Cuiabá (MT), no dia 14 de abril de 2006.

Mario Bruno Lobo Neves

Entrevista realizada por Dilene Raimundo do Nascimento e Alex Varela, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 09 de maio de 2006.

Ney Abrantes Lucas

Entrevista realizada por Dilene Raimundo do Nascimento e Alex Varela, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 05 de junho de 2006.

Roberto Consentino

Entrevista realizada por Dilene Raimundo do Nascimento, em Cuiabá (MT), nos dias 12 e 13 de abril de 2006.

Waldir Alves Balduino

Entrevista realizada por Dilene Raimundo do Nascimento, em Cuiabá (MT), no dia 13 de abril de 2006.

Monika Barth

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Bianca Cortes, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 24 de setembro, 01, 22 e 29 de outubro e 05 de novembro de 2004.

Álvaro Moncayo Medina

Entrevista realizada por Marília Coutinho e Nara Britto no dia 11 de novembro de 1993.

Sumário
Fita 1
O início de sua participação no TDR - Programa Especial de Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais -, como secretário do Comitê Orientador de Pesquisa em Doença de Chagas. As agências das Nações Unidas patrocinadoras do programa. As doações voluntárias. A vinculação entre as comunidades científicas dos países desenvolvidos e dos países em desenvolvimento na gestão do programa. Os dois objetivos fundamentais do TDR. A especificidade da pesquisa em doença de Chagas: contrariamente ao que acontece com as outras doenças, tem uma tradição muito forte nos países diretamente afetados. O motivo do seu recrutamento para esse posto no TDR. O início das atividades do TDR relacionadas à pesquisa em doença de Chagas, em 1977. Formação acadêmica e primeiras atividades profissionais. O contexto de criação do programa TDR: a preocupação em aplicar os novos conhecimentos da biologia molecular ao estudo das doenças parasitárias. A Organização Mundial de Saúde. A predominância da pesquisa em doença de Chagas nos países em que a doença é endêmica. A concentração nos países desenvolvidos das pesquisas nas outras doenças parasitárias: o exemplo da malária. Os resultados da indução do TDR ao desenvolvimento de pesquisas em doenças parasitárias nos países pobres. A reorganização atual do programa. Os objetivos desta mudança. A nova estrutura do programa: a divisão em três áreas. As prioridades de cada área. O receio de que essa reorganização prejudique a pesquisa em doença de Chagas. Os critérios de recrutamento para o comitê de pesquisa estratégica. O desequilíbrio, nesse comitê, entre representantes dos países desenvolvidos e dos países em desenvolvimento. A forma de se garantir um equilíbrio nessa representação. Os motivos desse redirecionamento do TDR. A questão dos recursos. As novas conjunturas internacionais. As novas forças geopolíticas a partir de 1991. A importância do TDR para a pesquisa em doença de Chagas.

Fita 2
A notícia da reorganização do TDR. A organização do documento-base apresentado ao comitê científico do programa. As críticas ao documento. As consequências do fim da Guerra Fria na realocação dos investimentos em ciência nos diferentes países. As consequências do neoliberalismo. Pela formação de novos laços de solidariedade e cooperação entre os países. Os fatores que geram desigualdades na competição científica entre os países. A importância de se aproveitar as vantagens da relação com instituições dos países desenvolvidos. A importância das relações entre instituições brasileiras e instituições americanas no caso da pesquisa em doença de Chagas. A iniciativa do Cone Sul quanto à eliminação, até o fim da década, das formas vetorial e transfusional da doença de Chagas. As formas de se obter essa eliminação. Os recursos para isso. Previsões de datas para esse resultado em cada país. A reação da comunidade científica aos excessos de sofisticação da área de biologia molecular: a tendência a não se preocupar mais com a solução concreta do problema da doença. O grande interesse, na reunião de Caxambu, por uma mesa sobre pesquisa aplicada. O questionamento, pela geração mais jovem, dos paradigmas científicos atuais. A preocupação dos jovens cientistas em proporcionar solução aos problemas reais de seus próprios países. Agradecimento a Carlos Morel pela presidência da mesa da qual participou na reunião de Caxambu. A tendência da comunidade científica em ter cada vez mais consciência da necessidade de aplicar os conhecimentos básicos para se obter as soluções dos problemas. A responsabilidade social do cientista, inclusive daquele de pesquisa básica. A inclusão na reunião de Caxambu, a partir de 1985, de temas de controle. Recursos do TDR para a reunião anual de pesquisa aplicada em doença de Chagas, em Uberaba. A tendência ao fim dos investimentos do TDR em pesquisa clínica. A necessidade de se fazer uma reunião de pesquisa em doença de Chagas onde se cruzem as duas perspectivas, a básica e a clínica e aplicada. O predomínio dos investimentos do TDR na área de pesquisa básica em doença de Chagas. Os critérios do TDR para a alocação de recursos em pesquisa básica e pesquisa aplicada.

Anis Rassi

Entrevista realizada por Wanda Hamilton (WH) e Simone Kropf (SK) nos dias 05 e 07 de junho de 2001.

Celina Roitman

Entrevista realizada no dia 18 de agosto de 1995.

Maria Martha Barbosa

Entrevista realizada nos dias 09 de setembro e 02 de outubro de 2003.

Fernando Correa

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Simone Kropf no dia 20 de maio de 2002.

Eloi de Souza Garcia

Entrevista realizada por Nara Britto e Marília Coutinho nos dias 09 e 10 de dezembro de 1992 e 14 de julho de 1995.

Sumário
Fita 1
Nascimento e família. A saída da cidade natal. O curso no Ginásio Agrícola de Inconfidentes: os primeiros trabalhos com tecnologia científica. O segundo grau numa escola agrotécnica em Barbacena: a continuidade da formação voltada para agricultura e zootécnica. O sucesso no vestibular para veterinária na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em 1964. A sólida base da formação anterior. O desejo da fazer biologia. O impacto dos professores das disciplinas básicas. A vontade de conhecer e trabalhar em Manguinhos. O despertar da vontade de fazer pesquisa. O encanto pelas aulas de Fernando Braga Ubatuba na Universidade Rural. A bolsa de iniciação científica com. Ubatuba. Os primeiros contatos com a Fiocruz. O primeiro contato com o trabalho de pesquisa nos laboratórios. A importância da convivência entre o pesquisador e o estudante e do trabalho experimental para o aprendizado da ciência. O trabalho com Ubatuba e Jorge Guimarães em pesquisa sobre metabolismo de oligo elementos em animais. A atração, desde o início, por trabalhos de manipulação tecnológica. Os irmãos. A saída de casa, com 11 anos. A mãe. O desenvolvimento da eletrônica na cidade. A relação com o irmão que também se formou em veterinária. O trauma da saída de casa. O primeiro contato com barbeiros, ainda na graduação, através de uma colega de turma. A polêmica entre Ubatuba e Herman Lent sobre o barbeiro. A invenção de uma nova forma de alimentar os barbeiros, a ecomembrana. A Experiência com hormônio juvenil de insetos como estímulo para a reprodução. A cassação de Ubatuba, em 1969. A pressão do Exército na Rural. A forte influência exercida por Ubatuba. A situação difícil na Rural depois da revolução de 64. O trabalho com Ubatuba no Ministério da Agricultura sobre nova legislação de controle de medicamentos de uso veterinário, em 1968. Atividade política na época. A necessidade de liberdade e independência do cientista. A importância de se questionar os próprios dados da pesquisa científica. O conservadorismo da produção científica. A dificuldade de publicar os trabalhos mais inovadores. O trabalho no Ministério da Agricultura. O predomínio do enfoque de fisiologia de Ubatuba. A identificação maior com a fisiologia do que com a bioquímica ou a biologia molecular. O trauma da cassação de Ubatuba. A polêmica entre Ubatuba e Herman Lent sobre a muda do barbeiro. A descoberta da importância da glândula salivar no processo de sucção do barbeiro. O concurso para a Universidade Federal Fluminense, em 1970. A criação do laboratório de fisiologia de insetos.

Fita 2
O doutorado em Medicina, em São Paulo, com tese sobre o sistema digestivo do barbeiro. O início das publicações no exterior. A volta para Niterói. A orientação a estudantes de mestrado e doutorado. O trabalho com José Marcos Chaves Ribeiro sobre glândulas salivares de insetos: o surgimento de uma nova linha em fisiologia de insetos, a farmacologia de insetos. As dificuldades de publicação. O caráter inovador desse trabalho. A bolsa da OPAS para ir a um laboratório nos EUA trabalhar com Trypanosoma cruzi, em 1979. Os casamentos. O trabalho com um americano sobre clones de Trypanosoma cruzi: a publicação mais citada. O encontro com Coura nos EUA. A volta para a UFF, em 1980. O convite do Coura para ir para o Departamento de Entomologia da Fiocruz. A espera por uma vaga durante um ano. A ida para a Fiocruz em 1981. Os interrogatórios do setor de segurança da Fiocruz. A contratação para o Departamento de Entomologia. O período no laboratório nos EUA em 1979. O contato nos EUA com outros pesquisadores da área de doença de Chagas. A especificidade da comunidade científica de Chagas. O apoio que recebeu na UFF do Programa Integrado de Doenças Endêmicas (PIDE). A importância fundamental do PIDE para a pesquisa em doença de Chagas. O apoio do PIDE a vários grupos de pesquisadores. O fortalecimento da comunidade de Chagas e a projeção no exterior. A convivência agradável no laboratório americano. A origem do PIDE na primeira reunião de Caxambu. A primeira participação na reunião de Caxambu. O convite de Firmino de Castro para participar do PIDE. A participação na reunião de Caxambu. O contraste entre as linhas mais tradicionais e as linhas mais modernas na reunião. A iniciativa de se organizar a reunião de Caxambu. O PIDE como forma de conseguir recursos para áreas específicas de pesquisa em doenças como Chagas. O PIDE como o grande salto científico da comunidade de Chagas, principalmente a nível internacional. A estratégia do governo militar de controlar os pesquisadores através da concessão de recursos. A solidariedade entre os pesquisadores da geração que viveu a implantação da ditadura. A geração que perdeu os “pais” por causa da ditadura. As diferenças em relação à geração atual.

Fita 3
A competitividade. A profissionalização da comunidade de Chagas. A situação institucional no momento. A consciência da dimensão social da doença de Chagas. O predomínio do enfoque médico sobre a doença de Chagas. A descoberta da doença e a importância do trabalho de Carlos Chagas em 1909. As temáticas das pesquisas em doença de Chagas no momento. As perguntas teóricas na área de biologia molecular. A importância do trabalho de Carlos Chagas. A contratação para o Departamento de Entomologia da Fiocruz. A falta de espaço no Departamento. A relação com Carlos Morel. O convite de Morel para trabalhar em seu laboratório. O avanço nos trabalhos. O aumento das publicações. A média da produção de trabalhos da comunidade de Chagas. Os grupos que trabalham com Chagas na Fiocruz. A transferência para o Departamento de Bioquímica, em 1985. O período dividido entre o Departamento de Entomologia e o de Bioquímica. O doutorado em biologia celular na Escola Paulista de Medicina. A importância da titulação. A importância do aprendizado com o Prof. Ubatuba. A importância da relação estudante/pesquisador. O sentido da pós-graduação. O número atual de cientistas no Brasil. O tempo médio de formação do pesquisador. A filosofia do curso de pós-graduação de biologia celular e molecular do IOC. Outros cursos de pós-graduação no Brasil que seguem a mesma filosofia. As resistências que sofreu para a implantação deste curso no IOC. A divisão do IOC em duas linhas contrastantes. A Fiocruz no período após as cassações. A volta de Morel e dos outros que tinham saído da Fiocruz. A luta pela abertura da Fiocruz. A importância da presidência de Sérgio Arouca para esta abertura. A implantação do curso de pós-graduação em biologia celular e molecular, em 1989.

Fita 4
A contratação para o Departamento de Entomologia da Fiocruz. A falta de espaço para trabalhar. O encontro com Morel e o convite para trabalhar no Departamento de Bioquímica. A organização do laboratório de Bioquímica de insetos. O primeiro trabalho desenvolvido no Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular com Patrícia Azambuja, sobre seleção de cepas de trypanosoma cruzi. O crescimento do laboratório de Bioquímica de insetos. O crescimento do Departamento de Bioquímica. As atividades de orientação de estudantes. Os cursos do IOC oferecidos naquele momento. A relação com os orientandos. O trânsito entre a área de Fisiologia de insetos e a de biologia molecular. Opinião sobre biologia molecular. A integração no Departamento de Bioquímica. As tentativas de conseguir a transferência do Departamento de Entomologia para o de Bioquímica. A colaboração com o Instituto de Max Planck em Munique. A viagem para a Alemanha em 1985. A convivência com os alemães no laboratório. A volta e o entusiasmo pela presidência de Arouca. A idéia de organizar um simpósio internacional de Fisiologia e Bioquímica de insetos. A realização do simpósio em 1987. A eleição para a Academia Brasileira de Ciências. A posição em relação à temática de Chagas e à temática de Fisiologia de insetos. A Academia Brasileira de Ciências. O conservadorismo da Academia. A postura omissa da Academia quanto às cassações na década de 60. Os pesquisadores da Fiocruz que são membros da Academia. As consequências do Simpósio Internacional de Fisiologia e Bioquímica de Insetos. O projeto de formação de um grupo de pesquisa de produtos naturais na Fiocruz. A interação com várias áreas e temáticas. A colaboração com um pesquisador americano. A colaboração com um pesquisador alemão. O rompimento com esse pesquisador alemão.

Fita 5
O rompimento com o pesquisador alemão do Instituto Max Planck. O relacionamento entre pesquisadores. A criatividade do cientista brasileiro. As melhores instituições científicas do Brasil em termos de competitividade internacional. A Fiocruz. As temáticas que congregam mais pesquisadores dentro da comunidade de Chagas. Os principais pólos de atração da pesquisa em biologia molecular na área de doença de Chagas. A pesquisa em doença de Chagas na Argentina. A comunidade internacional de Chagas. A experiência do trabalho com pesquisadores americanos. As idéias genuinamente brasileiras. O exemplo do laboratório de Carlos Morel. A tradição de pesquisa de insetos na Fiocruz. A tese de Emanuel Dias. A sofisticação atual dos métodos para identificação da presença do Trypanosoma cruzi. Grandes saltos na pesquisa em doença de Chagas. Os últimos avanços do seu grupo de pesquisa. A contribuição inigualável de Carlos Chagas. A responsabilidade social do cientista, principalmente no Brasil. A possibilidade de se falar sobre ciência com qualquer pessoa. A simplicidade de seu trabalho. A visão multidisciplinar de Carlos Chagas. A correspondência entre o seu trabalho e o de Carlos Chagas. O trabalho científico. As rupturas da sua trajetória de pesquisa em doença de Chagas. A riqueza do aprendizado com o prof. Ubatuba. A resistência à implantação do Curso de Pós-graduação de Biologia Celular e Molecular do IOC. A força do seu grupo no IOC. A origem na universidade e a trajetória de lutas desse grupo. O poder desse grupo. O respaldo da comunidade. A resistência a esse grupo por parte dos grupos mais antigos do IOC.

Fita 6
O contraste entre o grupo que Elói representa e o grupo que ficou na Fiocruz depois das cassações. A importância social da Fiocruz. O papel social do pesquisador da Fiocruz. A necessidade de dar um retorno de suas atividades à sociedade. A idéia de criar um dia de visitação pública na Fiocruz. O medo que o pesquisador mais fechado tem das críticas. A importância do respaldo da comunidade científica. O embate entre os segmentos mais dinâmicos e questionadores e os segmentos mais conservadores. O exemplo do dinamismo da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular. O predomínio do grupo mais dinâmico e questionador na comunidade de Chagas. A força da Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular. A preocupação com a prestação de contas para a sociedade como característica desse grupo. A influência da Sociedade de Bioquímica na eleição de Morel para a presidência da Fiocruz. A resistência da Fiocruz ao governo Collor. Os apoios distintos que tiveram os dois candidatos nessa eleição para a presidência da Fiocruz. O apoio que garantiu a vitória de Morel. A política para ciência e tecnologia do governo Collor. As perspectivas de melhorias com o fim do governo Collor. A boa receptividade do presidente Itamar Franco quanto às reivindicações da comunidade científica. O otimismo com as perspectivas na área de ciência e tecnologia. A eleição para a presidência da Fiocruz, na qual Morel foi vencedor. O apoio dos candidatos. A opção por não criar uma sociedade para a pesquisa básica em doença de Chagas. O funcionamento da reunião anual de Caxambu. A resistência no IOC à transformação das Memórias numa revista internacional com artigos em inglês. A responsabilidade pela nova editoria. O sucesso dessa transformação.

Fita 7
O conhecimento do Programa Integrado de Doenças Endêmicas (PIDE) através do contato com o prof. Firmino de Castro. Os recursos que obteve do PIDE para o financiamento de seu laboratório. A ajuda do PIDE para seu doutorado na Escola Paulista de Medicina. O pioneirismo no estudo sobre barbeiros. A actuação de Celina Roitman como coordenadora do PIDE. A criação do PIDE. Os recursos do CNPq para seus projetos. O staff de seu laboratório na FIOCRUZ. A exclusividade na pesquisa sobre barbeiros e a interação a nível molecular. O capítulo de sua autoria sobre a importância econômica dos triatomíneos, para um livro a ser publicado por uma editora americana. A abrangência de sua experiência pessoal no assunto. A contribuição para um livro financiado pela OMS, em que relata detalhes de sua prática pessoal de pesquisa. O esquema de segurança para o trabalho com barbeiros. A pesquisa com colônias de barbeiros fora do Brasil. Os estudos sobre glândula salivar de barbeiro. As dificuldades para se trabalhar com barbeiros. O memorial apresentado para concurso de titular na Universidade Federal Fluminense. A continuidade de sua produção científica paralelamente às atividades na vice-presidência de pesquisa da FIOCRUZ. Os trabalhos mais recentes. O trabalho de seu ex-aluno José Marcos Chaves Ribeiro. A experiência com decapitação de barbeiros. A experiência com o T. cruzi “aleijadinho”. Outros trabalhos recentes. A importância da visão do biólogo.

Fita 8
A visão que deve ter um biologista. A relação biologista molecular e biologista geral. A importância do ecossistema nas pesquisas específicas. O aumento de temperatura interferindo no Vetor. O exercício de várias tarefas burocráticas e os trabalhos no laboratório. A origem dos recursos e divisões do RHAE. Os recursos e programas na alçada da vice-presidência. A origem do PAPES. A distribuição dos recursos. Como exercer os diversos trabalhos e as formas de lazer. As dificuldades de trabalhar em Niterói (Uff). A Necessidade do concurso para o reconhecimento. A questão do TDR, suas divisões internas, memorando regulador e funcionamento. A questão da doação e sua repercussão nos favorecimentos ao Brasil e a Fiocruz. A presidência do JCB. A defesa dos interesses. Terceiro mundistas na reunião do TDR. A repercussão disto para chegar a presidência do JCB. O STAC. A política do JCB a partir de 88 e o direcionamento de novas formas de pesquisa.

Fita 9
A tendência do programa TDR (Tropical Diseases Research) para a pesquisa básica. A preocupação do JCB em estimular pesquisas que tragam resultados práticos. Os interesses na distribuição dos recursos. A atuação do Comitê de Chagas. A distribuição de recursos pelo JCB para os comitês. O Standing Committee e o STAC. Sua participação como representante do Brasil no TDR. A representação dos países. O processo de decisão no JCB. Sua participação no Comitê de Chagas. O trabalho do comitê nas áreas endêmicas. O contato com o ministro Francisco Resek e a indicação para ser representante do Brasil no TDR.

Fita 10
A indicação para ser representante do Brasil no TDR. A atuação de Carlos Morel no programa. A FIOCRUZ como instituição representante do Brasil no TDR. A importância do trabalho de Morel no TDR. Projetos da FIOCRUZ financiados pelo programa. O orçamento da FIOCRUZ para a pesquisa. Os recursos do TDR para a pesquisa na FIOCRUZ. O processo decisório nas reuniões do JCB. O grande poder do chairman.

Carlos Médicis Morel

Entrevista realizada por Nara Britto , Marília Coutinho e Luiz Otávio Ferreira nos dias 08 e 09 de dezembro de 1992.

Sumário
Fita 1
A escolha do curso de Medicina na Universidade Federal de Pernambuco. Influências da família. O vestibular em 1962. O convite para a monitoria na cadeira de Bioquímica. O estímulo à pesquisa no Departamento de Bioquímica. A decisão de fazer pós-graduação fora de Pernambuco. O curso de radioisótopos feito no Rio de Janeiro durante a graduação. O início do interesse pela Biologia Molecular. O curso de Biologia Molecular de Mauri Miranda. A leitura de revistas especializadas. Novidades importantes da época na área de Biologia Molecular. A participação no movimento estudantil. A família. A intimação para responder a um IPM. As atividades no diretório da faculdade. O interrogatório no IPM. A vontade de ir para o Rio de Janeiro. A viagem para a Europa e o encontro com a futura esposa. A vinda para o Rio de Janeiro no último ano da graduação, para a pós-graduação no Instituto de Biofísica. Os cursos da graduação. A família. O contato com a realidade social do Nordeste.

Fita 2
A opção pela pesquisa básica. O casamento em 1968. A escolha do projeto de tese. Os estudos sobre ricoceara. A retomada da participação política. A falta de perspectivas para a pesquisa no Rio de Janeiro. O encontro com Klaus [Scherrer]. O convite para trabalhar na Suíça. O convite para trabalhar na Universidade de Brasília. A ida para Brasília por um ano. A bolsa “sanduíche” do CNPq para fazer a tese na Suíça. Os cursos práticos que deu na UnB. A invasão da UnB em 1968. O corte da bolsa pelos militares às vésperas da viagem. A ajuda do pai e de Luiz Carlos Galvão Lobo. A bolsa da OMS. A ida para a Suíça. A ambientação em Lausane. A situação do Instituto de Biofísica do Rio de Janeiro na década de 60. A UnB e repressão política à universidade. A universidade como projeto dos governos militares. O grupo de Klaus [Scherrer] na Suíça. Os experimentos com isolamento de RNA mensageiro de células animais. A bolsa da European Molecular Organization. As colaborações e publicações. O curso em Cold Spring Harbor nos Estados Unidos em 1971. A competição na comunidade científica americana. O surgimento da Engenharia Genética. O contato com grandes nomes da Biologia Molecular. A consciência da necessidade de descobrir um sistema próprio. Trabalhos marcantes dessa época.

Fita 3
O interesse de Klaus em assumir o projeto. A recusa ao convite de Klaus para trabalhar em Paris. A decisão de voltar ao Brasil. A necessidade de desenvolver um projeto próprio. Os preconceitos na Europa contra estrangeiros. A composição do grupo de Klaus. A importância do trabalho na Suíça para sua carreira. A necessidade de ter liberdade e autonomia intelectual. As dificuldades do início do trabalho na Suíça. A volta para a UnB. O início da redação da tese e da formação de um grupo de pesquisa. A transferência para o Instituto de Biologia. A disponibilidade de recursos na Universidade. Trabalhos de orientandos. O interesse pela Engenharia Genética. O contanto com Isaac Roitman e o início dos trabalhos com Trypanosoma cruzi em 1974. A notícia do PIDE e da disponibilidade de recursos. A primeira participação na Reunião Anual de Pesquisa Básica em doença de Chagas em Caxambu em 1975. A idéia de trabalhar com caracterização de cepas de T. cruzi. As dificuldades para obter as enzimas de restrição. Os primeiros experimentos. A apresentação dos resultados em Caxambu. O grande interesse de Agda Simpson. A publicação do trabalho. As reações ao trabalho. O curso em Paris sobre Engenharia Genética. A invasão e repressão na UnB em 1977. A decisão de sair da UnB. Os convites para a Fiocruz, para a Escola Paulista de Medicina e para o Instituto de Biofísica. A decisão de ir para a Fiocruz. O veto do SNI. A luta pela autorização da contratação. As pressões dos colegas para não ir para a Fiocruz. O pedido de demissão da UnB.

Fita 4
A competição no exterior. A opção por não abrir mão da criatividade intelectual. A preocupação em trabalhar num tema que, além de permitir o desenvolvimento de uma boa pesquisa básica, tivesse resultados práticos para a área de saúde. A formação do grupo de pesquisa básica de doença de Chagas. As “agenedas” para a escolha do tema de pesquisa. As pessoas que tiveram influência nesta escolha. O interesse dos pesquisadores pela doença de Chagas. O estímulo fundamental dos recursos do PIDE. A influência do PIDE na sua escolha do tema. O grupo da Reunião Anual de Pesquisa Básica em Doença de Chagas. A primeira reunião. A relação entre o momento da descoberta da doença de Chagas, em 1909, e a pesquisa nos anos 70. A idéia de publicar os resumos da reunião de Caxambu como volume especial das Memórias. A relação com os pesquisadores mais velhos do grupo do congresso de Chagas. O PIDE. A importância do PIDE para sua escolha do tema e para a montagem de seu grupo de pesquisa. O TDR. O trabalho dos exilados nesse período. A interação com estas pessoas. Suas primeiras referências sobre Manguinhos. Os primeiros contatos com a obra de Carlos Chagas. A admiração pelo trabalho de Carlos Chagas e a atração por Manguinhos. As mudanças nas “Memórias’. A luta para indexar as Memórias no [Current Contents].

Fita 5
Resistências à sua ida para a Fiocruz. O início da montagem do laboratório. A epidemia de meningite e os recursos para a aparelhagem do laboratório. A colaboração com Larry Simpson. O veto do SNI à viagem para os Estados Unidos. A luta pela liberação. A criação da Associação dos Docentes, Pesquisadores e Tecnologistas da Fundação Oswaldo Cruz. O discurso em homenagem aos cassados de Manguinhos. A viagem para os Estados Unidos. Os experimentos no laboratório de Larry Simpson. Os experimentos com Erney Camargo sobre clones de T. cruzi. A publicação em uma importante revista científica.

Fita 6
Experimentos no início dos anos 80. O projeto para o TDR. A legitimação e o reconhecimento. O convite para a chefia do Departamento de Bioquímica. As perspectivas abertas com as novas tecnologias de sequenciamento de DNA. A colaboração com um pesquisador belga na área de Engenharia Genética. Os ex-estudantes. A diversificação e ampliação da pesquisa no departamento. O financiamento do TDR para a montagem de um curso internacional no departamento. O manual do curso. A influência do curso em Cold Spring Harbor. A originalidade do manual. Os desenhos de seu filho para o manual. A importância do curso.

Fita 7
A repercussão do curso. O reconhecimento do departamento. A indicação para a diretoria do IOC. A indicação e a campanha de Sérgio Arouca para a presidência da Fiocruz. A vitória na eleição da lista tríplice para a diretoria do IOC. O apoio à campanha de Arouca. As dificuldades para assumir a direção do IOC. O convite de Arouca para a vice-presidência de pesquisa. A oposição a Arouca no IOC. A reformulação do IOC. A luta contra a corrupção. A demissão de Ivanildo da [ASSAG]. A conjuntura atual. Seu cargo como presidente da Fiocruz. As perspectivas favoráveis do governo Itamar Franco. Sua divisão entre o trabalho acadêmico e as atividades administrativas. A estrutura dos departamentos na época em que assumiu a direção do IOC e atualmente. A saída do Departamento de Bioquímica. A escolha de Samuel Goldemberg para substituí-lo como chefe do departamento. A volta para a chefia do departamento. A liderança do departamento em produtividade no IOC. A campanha para a presidência da Fiocruz. A dificuldade de voltar para o departamento. A dúvida quanto a deixar novamente as atividades de pesquisa do departamento para assumir a presidência. A importância e os desafios do cargo de presidente da Fiocruz. Os investimentos na área de informação em ciência e tecnologia. A participação no Task Force do Health Research for Development. A preocupação com o incentivo a pesquisas que levem em conta as prioridades de cada país. A continuidade de seu grupo de pesquisa no departamento. A projeção, em cargos-chave, de membros da comunidade científica de Chagas. A importância do apoio da comunidade científica. A trajetória de sucesso do grupo da temática de Chagas. Os primeiros sinais de seu perfil de liderança. Sua vivência em atividades políticas. A importância da gestão Arouca. A especificidade do grupo de Manguinhos na comunidade científica de Chagas. A dinamização institucional com a gestão Arouca. O congresso interno da Fiocruz. A revitalização da Fiocruz. Sugestões para novas entrevistas. A estrutura de organização do grupo do congresso anual de Chagas em Caxambu.

Fita 8
Os critérios para a escolha dos organizadores do Congresso Anual de Doença de Chagas. Nomes para outras entrevistas. A 20ª Reunião Anual de Pesquisa Básica de doença de Chagas. A influência da experiência no Congresso de Chagas na sua atuação nos comitês da OMS. A participação nos comitês da OMS. Sua concepção de novos mecanismos de fortalecimento da pesquisa científica. A importância das sociedades científicas e dos mecanismos coletivos de fortalecimento. A necessidade de programas de pesquisa que abordem questões relevantes para a realidade do país. As instituições financiadoras da pesquisa em doença de Chagas. A ideia de uma rede de financiamento interno na Fiocruz.

Erney Camargo

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Simone Kropf, em São Paulo (SP), nos dias 20 e 21 de maio de 2002 e 28 e 29 de setembro de 2004.

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