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Dely Noronha

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida, Laurinda Rosa Maciel e Nathacha Regazzini Bianchi Reis, na Fiocruz (RJ), no dia 01 de fevereiro de 2000.
Sumário
Fita 1 – Lado A
Origem familiar e o fascínio pelo pai; os primeiros estudos; a sensação quando pela primeira vez foi ao Teatro Municipal; o prêmio recebido do presidente Dutra; resultado de um concurso promovido entre estudantes de jardim de infância; lembranças da infância; o desejo de fazer um concurso para integrar o corpo do balé do Teatro Municipal e a reação da família; as disciplinas durante o curso básico e seu interesse por História e, principalmente, Química, a partir da vivência em laboratórios; as aulas de ciências com Domingos Arthur Machado Filho, pesquisador do IOC; o primeiro pré–vestibular em Química e o motivo de sua desistência; a segunda opção, História; a opção por Medicina e as aulas de Biologia com Fritz de Lauro.

Fita 1 - Lado B
Influência de Fritz de Lauro e o primeiro contato com uma coleção científica; a desistência da Medicina e a escolha por História Natural; comentários sobre o estágio no Departamento de Bacteriologia do IOC e a importância de Arthur Machado Filho; o convite de Lauro Travassos para trabalhar na coleção de borboletas e o início de sua carreira em pesquisa científica; a reação da família por sua opção pelo trabalho no IOC e pelo vestibular em História Natural; o trabalho na coleção de borboletas e sua relação com Lauro Travassos, Hugo de Souza Lopes e outros pesquisadores, neste período; a experiência como aluna na Faculdade de História Natural no período do golpe militar de 1964; as várias disciplinas e os professores da faculdade; comentários sobre as diferenças entre História Natural e Biologia; as bolsas de estudo para pesquisa; a repressão política na Faculdade Nacional de Filosofia.

Fita 2 – Lado A
Comentários sobre a repercussão do período de repressão política na década de 1960, no IOC; o início do trabalho na helmintologia junto a João Ferreira Teixeira de Freitas e o aprendizado com desenhos microscópicos; as atividades como professora de ciências na rede particular e estadual de ensino; o trabalho no IOC ainda como bolsista; comentários sobre as atividades de Delir Corrêa Gomes na Coleção Helmintológica e sobre a situação dos pesquisadores bolsistas no IOC; a contratação efetiva em 1983 para trabalhar com Míriam Tendler no Laboratório de Esquistossomose Experimental; o trabalho como responsável pelo moluscário; a difícil situação das Coleções Científicas na mudança do IOC para Fundação Oswaldo Cruz, na década de 1970 e o desejo da transferência para o Museu Nacional; mulheres cientistas no IOC e dificuldades do campo profissional feminino em ambiente majoritariamente masculino; as reuniões realizadas mensalmente para discussão de trabalhos na Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro; a publicação de trabalho próprio nas Atas da Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro, sua importância como periódico de divulgação científica e o processo de extinção; detalhamento das rotinas de trabalho no moluscário, cuidados com a temperatura ambiente e a cloração da água; o retorno para a helmintologia e o trabalho de rotina na manutenção da coleção; a atividade docente no IOC.

Fita 2 – Lado B
Continuação da abordagem sobre a atividade docente no IOC e a predileção pela área de pesquisa em laboratório; considerações sobre o início da constituição da Coleção Helmintológica com Adolpho Lutz e Gomes de Faria; importância histórica e científica das amostras do Instituto Bacteriológico de São Paulo, do Instituto Pasteur, do Butantan e da Escola Baiana de Medicina, incorporadas posteriormente à coleção do IOC; depósitos, empréstimos e doações entre instituições e o trabalho de agregar novas amostras coletadas nas excursões científicas à Coleção Helmintológica; informatização das coleções e o trabalho do curador; viagens para coleta de novas amostras; a divulgação e o envio de material das coleções para outras instituições; as condições ideais para a existência e manutenção de uma coleção; o apoio do IOC às coleções; a falta de quadros na Fiocruz e a necessidade de realização de concurso público.

Fita 3 – Lado A
A carência de funcionários para um tratamento adequado à Coleção Helmintológica; a descontinuidade nas atividades cotidianas de bolsistas e seu vínculo precário com a Fiocruz; a utilização da coleção por um pequeno grupo de pesquisadores do departamento; o apoio do IOC na participação em congressos e o incentivo às publicações; diversidade e particularidade da Coleção Helmintológica; considerações sobre o nome da coleção e sua correta designação como Coleção Parasitológica; trabalhos desenvolvidos em equipe e seus resultados; os procedimentos de informatização e acondicionamento da coleção; a abrangência da formação de Lauro Travassos; comentário sobre as metas de trabalho dos pesquisadores; a importância da informatização das lâminas e dos cadernos da coleção; breve comentário sobre o período pós-64 e o trabalho na Coleção Helmintológica.

Correspondência com Dirigentes Políticos e da Saúde no Brasil

  • BR RJCOC OC-COR-PA-03
  • Dossiê
  • 31/08/1906-20/04/1909
  • Parte de Oswaldo Cruz

Documentos enviados ao presidente da República Afonso Pena agradecendo a distinção de ter seu nome batizando o Instituto Soroterápico Federal, em vez de transformá-lo em Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos; telegramas enviados às autoridades sanitárias dos portos a respeito de casos suspeitos de peste bubônica, difteria e cólera; aos delegados dos distritos sanitários do Rio de Janeiro sobre casos de varíola e, aos cientistas Carlos Chagas e Belisário Penna, que se encontravam em Lassance, Minas Gerais, realizando pesquisas sobre a recém descoberta doença de Chagas.

Mostra Amazônia Segundo Adrian Cowell - 50 Anos de Cinema

Em 2008, quando o acervo de filmes do diretor Adrian Cowell chega ao Brasil, foram organizadas Mostras de Filmes com mesas de debates para sua divulgação, no Rio de Janeiro e em Brasília. Os debates foram gravados e transcritos (decupados).

CAIXA CULTURAL – Rio de Janeiro – 25 DE NOVEMBRO A 07 DE DEZEMBRO DE 2008
Debate: O DOCUMENTARISTA ADRIAN COWELL
Com participação de Carlos Alberto Mattos, Vincent Carelli (VÍdeo nas Aldeias), Carlos Alberto de Mattos (crítico de cinema), Adrian Cowell (documentarista).
Coordenador: Beth Formaggini

Debate: MEMÓRIA E PRESERVAÇÃO DE ACERVOS FÍLMICOS INDÍGENAS
Participação de Mario Arruda (Centro de Documentação do Instituto Goiano de Pré-História e Antropologia da Universidade Católica de Goiás), Mauro Domingues (Arquivo Nacional), Hernani Heffner (MAM) e Denise Portugal (Museu do Índio).
Coordenador: Paulo Elian (Casa de Oswaldo Cruz).

CCBB – Brasília – 08 A 14 DE DEZEMBRO DE 2008
Abertura: Palestra de Walmir de Jesus, personagem do filme exibido na Abertura da Mostra, “Batida na Floresta”
Debate: O PARQUE INDÍGENA DO XINGU E O MOVIMENTO INDÍGENA NO BRASIL
Participação de Marawe Kayabi, Mutuá Mehinaku, Adrian Cowell, André Villas Boas (Instituto Socioambiental), Márcio Meira (Presidente da FUNAI),
Cordenador: Bruna Franchetto (Museu Nacional)

Debate: AS TRIBOS ISOLADAS E O DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA
Participação de Sydney Possuelo (sertanista), José Meirelles (Dep. Índios Isolados – FUNAI) e Marcos Apurinã (Presidente da COIAB- Coordenação Indígena da Bacia do Amazonas)
Coordenador: Ricardo Arnt (jornalista)

Debate: O LEGADO DE CHICO MENDES: AS RESERVAS EXTRATIVISTAS
Participação de Joaquim Belo (CNS) e Julio Barbosa (CNS) Paulo Maia (ICM - BIO), Mary Allegretti,
Coordenador: Nilo Diniz (CONAMA-MMA)
Debate: GRANDES OBRAS DE INFRA-ESTRUTURA E DESENVOLVIMENTO REGIONAL NA AMAZÔNIA: rumo à sustentabilidade?
Participação de Julio Miragaya (Ministério da Integração Nacional), Nilfo Wandsheer (Sind. Trabalhadores Rurais de Lucas do Rio Verde – MT), Adriana Ramos - ISA(Instituto Socioambiental), Venilson José Taveira da Silva - CEFT-BAM (Centro de Estudo, Pesquisa e Formação dos Trabalhadores do Baixo Amazonas) e demais representantes do CONDESSA – Consórcio pelo Desenvolvimento Socioambiental da BR-163, Mary Alegretti (antropóloga).
Coordenador: Brent Millikan.

Angela Maria Cunha Furtado

Entrevista realizada por Ana Paula Zaquier e Dilene Raimundo do Nascimento, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 24 e 31 de março de 1998.
Sumário
1ª Sessão: 24 de março
Fita 1 - Lado A
Inicia relatando lembranças da infância. O nascimento em São Paulo, durante uma viagem dos pais; a convivência com a constante ausência paterna, que era jogador de futebol profissional; a separação dos pais e o afastamento definitivo do pai; o ingresso da mãe no mercado de trabalho; a convivência na casa dos tios. Ressalta as constantes transferências de casa; a descoberta, tardia, da morte do pai. Destaca a assistência concedida pela família materna, após o abandono paterno. Detalha a composição familiar; o comportamento da mãe, a sua opção por relacionamento informais, com exceção do relacionamento com seu pai, com o qual houve oficialização do casamento. Relembra a dificuldade, em princípio, de compreender o comportamento materno. A instabilidade da vida escolar; o comportamento rebelde. O afastamento do irmão mais velho, que optou em morar com o pai. A convivência mais próxima com o irmão do meio, com quem partilhava o comportamento rebelde; a internação num colégio de correção. A compreensão, a posteriori, da revolta que motivava o mau comportamento. As mudanças frequentes de escola e o desinteresse pelos estudos. Relaciona seu comportamento, entendido por ela como desviante, com as atitudes apreendidas da mãe. A participação restrita da mãe em sua educação, a dispersão entre os irmãos, que foram espalhados entre as casas dos parentes; a proximidade com o irmão do meio. A reaproximação da família, que passa a morar em apartamento cedido por um primo. A pouca convivência com o irmão mais velho, que nesta época também volta a morar com a mãe. O casamento aos 18 anos e o grande número de namorados na adolescência, ressaltando a inexistência de contatos sexuais mais íntimos; a proteção dos amigos homens; a irritação diante do controle exercido pelos irmãos mais velhos e a opção pela obediência; desentendimentos com a mãe, que insistia em controlar seu comportamento. As expectativas da mãe em vê-la casada na igreja; o hábito de exteriorizar uma imagem negativa de seu comportamento; as estratégias para tentar conquistar a confiança materna; os constantes desentendimentos entre ambas; o desejo da mãe de torná-la uma mulher ajustada aos padrões da família. A discrição da mãe, que não permitia contato entre os filhos e os seus namorados. A contradição entre o desejo de ser diferente da mãe e a exteriorização de um comportamento reprovável aos olhos da família. Relembra um antigo namorado, por quem se apaixonou e o fim do namoro. Narra longamente o primeiro encontro com o ex-marido e o início do namoro. Destaca a sua própria beleza e o seu temperamento cativante durante a juventude. O noivado e a decisão de assumir um comportamento mais sério. A pressão exercida pela mãe e a opção, a contragosto, pelo casamento. A descrença da mãe em sua virgindade. O comportamento destoante de suas contemporâneas.

Fita 1 – Lado B
A forte afinidade com os homens, contrapondo-se às dificuldades de relacionamento com mulheres. Considerações sobre a atitude opressiva da mãe, avaliando negativamente sua decisão de forçá-la ao casamento. O nascimento do primeiro filho e a opção precoce pelo casamento e maternidade. O término do curso de formação de professor; as dificuldades em conciliar os cuidados com o bebê e o cumprimento das exigências do curso. A experiência profissional com o magistério. A melhora no padrão de vida da família. A transferência do marido para Salvador (BA). O delicado estado de saúde da mãe, a dificuldade em aceitar sua mudança para Salvador e seu falecimento anos depois. Relembra o entusiasmo com o emprego de professora e a frustração de ter que abandoná-lo. Razões que a fizeram acompanhar o marido em sua mudança para Salvador. A dificuldade de engravidar e a decisão, depois da experiência da primeira gravidez, de não ter outros filhos. A opção por interromper uma gravidez tempos depois do nascimento do primeiro filho. A nova gravidez, descoberta durante a mudança para Salvador; o entusiasmo com a chegada da criança, seguida da decepção com o aborto espontâneo. A nova gravidez e a resistência em reconhecê-la; o nascimento do segundo filho, seguido de outra gravidez, quando nasce uma menina. A decisão de pegar a sobrinha para criar; a preocupação de recebê-la de forma calorosa, evitando repetir o descaso que vivera na casa dos tios durante a infância. O cuidado em garantir para a sobrinha o mesmo conforto dado ao filho. O incômodo diante do comportamento sem limites e arrogante da sobrinha, o descaso de seus pais naturais; a dificuldade de aprendizagem e as diferenças no desempenho escolar entre a sobrinha e o filho mais velho; a decisão de transferi-la para um colégio menos exigente.

Fita 2 – Lado A
A sensível melhora no desempenho da sobrinha no novo colégio; a descoberta da figura do pai e o agravamento das tensões entre a sobrinha e o tio; a decisão de levá-la ao psicólogo; a descoberta da origem de seus problemas com o tio; a irritação com as chantagens da menina; a decisão final da sobrinha em ir morar com a família de seu pai natural em outro estado. Ressalta a omissão e a falta de afeto de seu irmão em relação à filha; o difícil processo de separação da sobrinha; os problemas iniciais de adaptação da sobrinha na nova casa; o casamento e o nascimento de seu primeiro bebê. Retoma o nascimento de seu segundo filho. Destaca seu desprendimento das coisas materiais. O efeito da mudança para Salvador em seu comportamento; a obesidade em decorrência do nascimento seguido dos dois últimos filhos. A insatisfação com um cotidiano restrito aos cuidados com a família e a decisão, repentina, de transformar seu cotidiano. A preocupação com o corpo e a recuperação da beleza e da autoestima; os ciúmes do marido e sua mágoa por ele não valorizar sua vaidade. Menciona o relacionamento com uma amiga que foi morar em Salvador e comenta sobre as traições das amigas, destacando sua opção pela fidelidade. A insistência da amiga em apresentá-la ao seu irmão; o desinteresse inicial pelo garoto de 18 anos que, ao contrário, tinha se apaixonado por ela. Relembra as estratégias para estar sempre próximo, ressaltando sua ingenuidade em relação aos interesses dele. O desagrado do marido que, desconfiado, proibiu a ida do rapaz à sua casa durante sua ausência. Conta, em detalhes, o momento em que o rapaz declarou sua paixão por ela.

Fita 2 – Lado B
Descreve sua reação de repúdio diante da declaração do rapaz e o envaidecimento posterior ao se sentir desejada e o desejo, reprimido em princípio, de se envolver com o rapaz. O falecimento repentino da mãe, no Rio de Janeiro; a vinda para o enterro e o reencontro com os irmãos; a mágoa pelo marido tê-la deixado viajar sozinha para assistir ao enterro da mãe; a decisão de traí-lo, em represália por tê-la deixado sozinha. A volta para Salvador, a atitude calorosa do rapaz, contrapondo-se à indiferença do marido. Conta, em detalhes, o processo que os levou a tornarem-se amantes e as motivações para manter um relacionamento paralelo ao casamento durante 15 anos. Comenta a decisão dos dois de manterem vidas independentes. A mudança para Minas Gerais e o afastamento compulsório entre eles; a alegria dos encontros de férias; o amor dividido entre o marido e o amante. Nova mudança, agora para São Paulo; a vinda do amante para o Rio de Janeiro e a perda de contato entre os dois. As constantes ausências do marido; o reencontro com o amante; a descoberta da contaminação pelo vírus HIV.

2ª Sessão: 31 de março
Fita 3 – Lado A
O reencontro com o amante, no Rio de Janeiro; os encontros frequentes entre os dois; a inadaptação em São Paulo e as constantes vindas para o Rio de Janeiro. Destaca que, mesmo sabendo das trocas constantes de parceiras do amante, não se imaginava em risco. Os primeiros sintomas da doença, uma pneumonia e o receio de ele estar com a Aids. A ida, de férias, para Salvador e a decisão de fazerem juntos o teste Elisa. Considerações sobre a sua incredulidade num diagnóstico positivo. Descreve o momento do diagnóstico; a clareza sobre os caminhos que a levaram à doença; o medo de ter contaminado o marido; os receios diante dos possíveis desdobramentos da revelação de sua soropositividade; a solidariedade dos amigos que estavam com ela em Salvador; a dificuldade em tratar o assunto na família. Considerações sobre sua percepção do risco em se contaminar com a doença; a experiência de se ver contaminada pelo vírus. A volta para São Paulo e a decisão de esconder do marido a verdade; as estratégias para evitar contatos sexuais com o marido. Tece explicações sobre as motivações que a levaram a manter dois relacionamentos por 15 anos. O medo de ser tocada pelo marido. Volta a mencionar as estratégias usadas para evitar ficar a sós com o marido; o constrangimento durante a noite, diante de sua insistência em tocá-la. A consulta com o médico da família; a conversa sincera com o médico e a decisão fazer o exame Western Blot, para confirmar o diagnóstico. A confirmação do diagnóstico e a decisão, sugerida pelo médico, de contar a verdade para o marido. As dúvidas sobre como contar a verdade para o marido e o receio em comprometer os amigos que sabiam do seu relacionamento. Comenta a preocupação da família em vê-la emocionalmente abalada. A decisão de contar a verdade para o marido. Descreve os momentos de expectativa e de medo que antecederam o encontro; a reação de incredulidade do marido. Fala sobre sua reação e da decisão, impulsiva, de fantasiar relacionamentos extraconjugais que não aconteceram. Faz algumas considerações sobre o adultério. Cita as motivações que a levaram ao adultério, destacando os elementos que diferenciam a sua experiência extraconjugal de um adultério comum.

Fita 3 – Lado B
Reproduz parte do diálogo com o marido; a sua reação de perplexidade e decepção; a decisão de apoiá-la e de manter, formalmente, o casamento; a preocupação em manter o diagnóstico em segredo. O cotidiano de angústia e solidão; a reação dos filhos diante de seu comportamento; o sentimento de alívio com o resultado negativo do exame do marido. A insatisfação com o casamento, a percepção dos filhos. A aproximação do amante; a angústia diante do afastamento do marido; os sinais de desgaste no relacionamento entre os dois e a reação dos filhos. Relembra a insatisfação com o seu alto padrão de vida, proporcionado pelo marido; os diálogos com os filhos sobre a insatisfação com a casa de São Paulo e o desejo de mudar para um apartamento no Rio de Janeiro. Descreve as características do condomínio onde morava em São Paulo. O desejo inicial dos filhos em morar com ela. A percepção das mudanças no comportamento do marido e o desejo crescente de sair de casa. A mudança para o Rio de Janeiro e a publicização do novo relacionamento do ex-marido. Considera a possibilidade de ter sido traída por ele; avalia positivamente a nova fase do relacionamento com o ex-marido. Reflete longamente sobre os motivos que levaram ao fim de seu casamento e sobre a vida de ambos após a separação. Menção aos momentos em que o ex-marido buscou nela a verdade sobre a contaminação, ressaltando sua opção por omitir dele a verdade sobre sua contaminação.

Fita 4 – Lado A
A preocupação em preservar os amigos que sabiam de sua relação extraconjugal. Descreve o período final do processo de separação; a mudança para o Rio de Janeiro sem os filhos e a decisão de vender "cachorro quente" com duas amigas. A inadaptação no trabalho e a opção de viver da mesada dada pelo marido. A mudança para um apartamento pequeno; a insatisfação com a casa e o condomínio em que morava em São Paulo; compara os condomínios de Alphaville, em São Paulo e os condomínios da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Menciona alguns desentendimentos com as sócias. O cuidado em informar a filha adolescente sobre a importância do uso do preservativo nas relações sexuais. A omissão dos filhos sobre sua própria condição sorológica. A abordagem sutil durante os diálogos com a filha sobre as questões relacionadas à Aids e sobre a sua participação no Grupo Pela Vidda. As dificuldades em lidar com a sexualidade da filha; a insistência em entregar-lhe camisinhas, mesmo sem ela ter iniciado sua vida sexual. Avalia negativamente a despreocupação dos amigos de sua filha com a ameaça da Aids, mas vê com otimismo a incorporação gradativa da camisinha no cotidiano dos adolescentes. Ressalta os tabus que cercam a questão do uso da camisinha. Comenta as experiências sexuais do filho mais velho e sua resistência em usar preservativo com a namorada. Menciona os amigos que, mesmo acompanhando o seu sofrimento com a doença, resistem ao uso da camisinha. Avalia a sua própria percepção do risco da doença, durante os anos em que manteve um relacionamento extraconjugal. O lento afastamento do amante; avalia os motivos que levaram ao desinteresse entre ambos.

Fita 4 – Lado B
Avalia positivamente sua atual fase e destaca a estabilidade de seu quadro clínico. Cita a discussão com o seu médico sobre a necessidade do uso de medicamentos em casos assintomáticos e o medo de desenvolver os sintomas da doença. Menciona a questão dos filhos e da necessidade crescente de falar com eles sobre a sua contaminação. Relembra o primeiro contato com o Grupo pela Vidda; a proximidade com uma de suas voluntárias; o ingresso definitivo no Grupo após a mudança para o Rio de Janeiro. Relativiza a convicção, comum entre as mulheres do Grupo, sobre a responsabilidade dos homens na transmissão do vírus. Afirma não ter guardado rancor pelo afastamento do amante. Pondera sobre os efeitos positivos da Aids em sua vida. Menciona o contato com as experiências de outros integrantes do Grupo, enfatizando a importância do apoio e da descrição do marido. Finaliza, ressaltando as mudanças em sua relação com o corpo e com a sua saúde após a descoberta do diagnóstico.

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