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Aloysio Veiga de Paula

Entrevista realizada por Dilene Raimundo do Nascimento e Lorelai Brilhante Kury, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 15 de maio e 02 de outubro de 1990.

Amilcar Vianna Martins

Sumário
1ª Sessão: fitas 1 a 3 Lado A
O ingresso no Instituto Ezequiel Dias; a diversificação das áreas de pesquisa e as atividades científicas desenvolvidas nesse Instituto; a escassez de recursos financeiros para o Instituto; o projeto de Otávio Magalhães para a construção do Instituto Ezequiel Dias; o aprendizado das técnicas de produção de soros e vacinas no IOC; a produção de soro antiescorpiônico e sua paralisação em consequência da exoneração de Otávio Magalhães do Instituto; a introdução de novas técnicas para a produção do soro antiescorpiônico; a produção de soros antidiftérico e antiofídico; a fabricação de vacina antivariólica e de produtos veterinários no Instituto Ezequiel Dias; comentários sobre a criação do Instituto Ezequiel Dias; as reuniões entre os pesquisadores para escolha dos temas de pesquisa; o recrutamento de pesquisadores na faculdade de medicina; o interesse pela área de parasitologia; a autonomia e o ecletismo das pesquisas; o trabalho com doença de Chagas; perfil de Carlos Chagas; a importância das filiais do IOC; o intercâmbio entre o Instituto Ezequiel Dias e instituições estrangeiras de pesquisa; a viagem aos Estados Unidos para o estudo da febre maculosa das Montanhas Rochosas; a contaminação e as lesões causadas pela doença de Chagas.

2ª Sessão: fitas 3 lado B a 6
A nomeação para a diretoria do DNERu em 1959; a participação no diretório regional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); comentários sobre a Segunda Guerra Mundial e sua atuação como médico da FEB; a indicação de Juscelino Kubitschek para diretor do IOC; a crise interna no IOC; comentários sobre o Hospital Evandro Chagas; a oposição à sua administração no Instituto; a questão da distribuição de verbas aos laboratórios do Instituto; a inauguração do refeitório e a duplicação de recursos durante a sua gestão; o trabalho com esquistossomose na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte; a criação do Instituto René Rachou; a relevância da produção de vacinas antiamarílica e antivariólica; comentários sobre a decadência de Manguinhos; a falta de interesse dos pesquisadores pelas doenças parasitárias e endêmicas; a constituição do INERu e do DNERu; o pedido de exoneração do IOC; a direção do DNERu; o problema da liberação de verbas públicas para a pesquisa científica; a relação de amizade com Juscelino Kubitschek; a pesquisa em doenças de Chagas no município de Bambuí (MG); a proibição de trabalhar com essa doença; a cassação em 1969 e o trabalho no exterior; comentários sobre a transmissão da leishmaniose e o combate a essa doença; comentários sobre a biblioteca do IOC.

Jim Wygand

Entrevistas realizadas com Jim Wygand em duas sessões em abril de 2018. A primeira sessão com 1h4min de duração e a segunda com 2h18min de duração. O tempo total e de 3h56min de gravação. Sumário disponível.

Aloysio de Salles Fonseca

Entrevista realizada por Luiz Octávio Coimbra, Nilson Moraes e Nísia Verônica Trindade Lima, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 13 e 26 de maio, 02, 09 e 23 de junho, 15 e 29 de julho, 04 e 25 de agosto e 01 de setembro de 1987.
Resenha biográfica: Aloysio de Salles Fonseca nasceu no Rio de Janeiro, a 16 de dezembro de 1918. Seus pais, naturais de Pernambuco, residiam em Jabuticabal, interior de São Paulo, onde Aloysio Salles viveu até a adolescência. Neste período, recebeu algumas influências que foram determinantes em sua formação; a disciplina e a ênfase humanista do Ginásio São Luiz e o convívio com médicos locais na farmácia do pai.
Após o Movimento Constitucionalista de 1932, em conseqüência do clima adverso às famílias nordestinas residentes em Jabuticabal, mudou para Belo Horizonte (MG). A convivência com políticos mineiros de expressão nacional, como Magalhães Pinto, Milton Campos e José Maria Alkimim, na casa de seu tio, Alberto Salles Fonseca, e o ingresso na Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais foram os acontecimentos mais importantes no curto período em que viveu na cidade.
Em 1935, mudou para o Rio de Janeiro, continuando o curso de medicina na Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Após formar-se, instalou um consultório médico na farmácia do pai, nas proximidades do morro da Mangueira, além de trabalhar como assistente voluntário do professor Genival Londres, no Hospital Souza Aguiar.
Em 1942, foi nomeado médico da Assistência Municipal por Jesuíno de Albuquerque, Secretário da Saúde e Assistência do DF. Apesar da importância atribuída a esta nomeação, demitiu-se após três meses de atividades, devido a um convite do tio, Apolônio Salles, para que ocupasse o cargo de oficial da gabinete do Ministério da Agricultura, sua primeira experiência em administração pública.
De 1944 a 1947, dirigiu o serviço médico da Sede Nacional de Ensino e Pesquisas Agronômicas, atual Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, realizando pesquisas e campanhas sanitárias, muitas delas em convênio com o Serviço Nacional de Malária.
A partir da decisão do Presidente Dutra em efetivar a construção do Hospital dos Servidores (HSE), cujas obras desenvolviam-se com grande morosidade, elaborou, por solicitação do então diretor Raimundo de Brito, o projeto de organização da assistência médico-cirúrgica do hospital. Chefe da Divisão Médica desde a inauguração, criou a residência médica e o centro de estudos, além de estabelecer procedimentos de organização e controle de informações semelhantes aos de hospitais norte-americanos de médio porte.
Em 1954, no governo Café Filho, foi nomeado diretor do HSE, demitindo-se do cargo em dezembro deste mesmo ano, em protesto, segundo seu depoimento, à atitude presidencial de não sancionar a Lei nº 1.089, aprovada pelo Congresso a partir do projeto originalmente apresentado pelo próprio Café Filho, que estabelecia a melhoria dos salários para os médicos do setor público federal. Exerceu novamente a direção do HSE, de maio de 1960 a abril de 1961, durante o governo Kubitschek e início do período Jânio Quadros, quando se demitiu devido a não-autorização deste último Presidente para a compra, pelo Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Estado (IPASE), do Hospital da Companhia Sul América de Seguros, atual Hospital da Lagoa.
Em fevereiro de 1962, no governo João Goulart, foi nomeado pela terceira vez diretor do HSE. Afastou-se do cargo em 1964, quando foi cedido à Universidade Federal Fluminense (UFF), instituição em que ingressara como professor catedrático de clínica médica, por concurso público, em 1958. Na UFF, exerceu os cargos de diretor da Faculdade de Medicina e, simultaneamente, do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), tendo firmado convênio hospitalar universitário de cooperação com o Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS). No momento, mantém as atividades docentes no HUAP.
De novembro de 1980 a setembro de 1982, no governo João Figueiredo, exerceu pela Quarta vez a direção do HSE. Durante este período, foi também nomeado presidente do Conselho Consultivo da Administração de Saúde Previdenciária (CONASP).
Em 1982, foi convidado pelo Ministro Hélio Beltrão para presidir o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS). Sua gestão, que se estendeu até março de 1985, caracterizou-se pela implementação das propostas aprovadas pelo CONASP, entre as quais destacam-se a prioridade atribuída ao setor próprio da Previdência Social; a substituição do pagamento por unidade de serviço ao setor contratado, pelo sistema de Autorização de Internação Hospitalar (AIH); e o desenvolvimento das Ações Integradas de Saúde (AIS), através de convênio entre os governos federal, estadual e municipal.
No que se refere ao trabalho em entidades médicas de caráter científico, dirigiu, em diferentes momentos, a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, a Associação Brasileira de Ensino Médico (ABEM) e a Federação Pan-Americana de Associações e Escolas de Medicina (FEPAPEM).
Atualmente, preside pela Segunda vez a Academia Nacional de Medicina, entidade em que ingressou como membro titular, em 1961. Além disso, é professor honoris causa da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco e professor emérito da Faculdade de Medicina de Teresópolis (RJ). Casado, Aloysio de Salles tem dois filhos e, além das funções no setor público, sempre exerceu atividades como médico liberal.

Sumário
1ª ENTREVISTA – 13/05/1987
Fita 1 – Nascimento; a vida escolar em Jabuticabal (SP); origem familiar, influência da Revolução. Constitucionalista de 1932 na vida do pai; o contato com médicos na farmácia do pai; a mudança para Belo Horizonte; referência à farmácia do pai; relato dos pais sobre a gripe espanhola; os médicos de Jabuticabal; a importância econômica do estado de São Paulo; a vida cultural e política de Jabuticabal; a discriminação contra os nordestinos residentes na cidade durante o movimento constitucionalista; lembranças do Ginásio São Luiz; a importância do ensino de português no ginásio; os debates literários no ginásio; influência religiosa na escola e na família; comentário sobre os irmãos; as perseguições políticas sofridas pelo pai em Pernambuco; a mudança para Jabuticabal; a concepção de prática médica de Pedro Ernesto; influência dos médicos de Jabuticabal em sua escolha profissional; dedicação à clientela do consultório; características do atendimento médico em Jabuticabal; o predomínio do médico de família até 1935; a opção pela clínica médica; opinião dos pais sobre a sua escolha profissional; a relação entre médicos e farmacêuticos em Jabuticabal; referência ao médico contratado pela Companhia Paulista de Estradas de Ferro; o comportamento político dos médicos de Jabuticabal, em 1932; o atendimento aos ferroviários na farmácia do pai.

Fita 2 – Assistência médica e o fornecimento de remédios aos bancários de Jabuticabal; a situação financeira dos médicos; as doenças mais freqüentes em Jabuticabal; relato do atendimento médico na cidade; lembrança do Ginásio São Luiz; o fazer dos estudantes em Jabuticabal; a mudança para Belo Horizonte; lembranças da mãe; as primeiras impressões de Belo Horizonte; o namoro dos estudantes na cidade; a dedicação aos estudos; o prestígio dos médicos; recordações de Alfredo Balena, médico da família; os professores da Faculdade de Medicina de Belo Horizonte; comentários sobre as repúblicas de estudantes; a importância dos diretórios acadêmicos no lazer estudantil; a concessão de licença especial para o ingresso na faculdade; lembranças do convívio com o tio, Alberto Salles Fonseca; lembranças de José Maria Alkimin; a relação de Alberto Salles Fonseca com políticos udenistas; as primeiras impressões do Rio de Janeiro; as matérias e os professores mais marcantes na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte; o desenvolvimento das especialidades na medicina; o status sócio-econômico da família; a transferência do pai para o Rio de Janeiro; as condições do atendimento médico à população do Rio de Janeiro; influência do período vivido em Belo Horizonte na formação de sua personalidade.

2ª ENTREVISTA – 26/05/1987
Fita 3 – A chegada ao Rio de Janeiro, em 1935; o contexto político da cidade; a ida para a pensão da Rua das Laranjeiras; descrição do centro da cidade; a vida na pensão; o atendimento hospitalar na época; a prática médica no Hospital Moncorvo Filho; o lazer dos estudantes; lembranças do cassino, da praia e do cinema Politeama; o namoro entre estudantes e empregadas domésticas; comentários sobre a prostituição; as concepções políticas entre os estudantes; o contato com estudantes de outros cursos; os estudantes naturais de outros estados; a pensão da mãe na Rua Paissandu; a farmácia do pai na Mangueira; a morte do irmão por febre tifóide; comentários sobre a característica arquitetônica da Universidade do Brasil; o prestígio dos catedráticos da Faculdade; a criação do Instituto de Biofísica por Carlos Chagas Filho; o papel de Carlos Chagas Filho e de Olympio da Fonseca na medicina experimental; a importância do hospital no aprendizado médico; o trabalho com o professor Aniz Dias no Hospital Moncorvo Filho; características do Hospital São Francisco de Assis; a residência médica de brasileiros nos Estados Unidos e as mudanças na medicina do país; as especialidades médicas e a transformação da medicina; o início da assistência médica nos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs); o aprendizado médico nos hospitais de ensino e na Santa Casa da Misericórdia; as perspectivas dos médicos recém-formados na década de 40; a formação acadêmica dos estudantes que pretendiam clinicar no interior e a dos que pretendiam ser médicos na cidade; avaliação da qualidade de ensino da faculdade de medicina.

Fita 4 – O ensino médico nos hospitais; a visão de mundo dos jovens de sua época; lembranças das prostitutas do Mangue; o namoro com as empregadas domésticas; a importância da radiologia clínica no desenvolvimento de diagnósticos médicos; a criação da residência médica no HSE; comentários sobre homeopatia; críticas à medicina alternativa; a medicina alternativa como resultado do ceticismo atual frente à ciência; o envolvimento político dos jovens de sua época e os da geração atual; os problemas sociais enfrentados pelos estudantes de medicina de sua época e os enfrentados pelos estudantes de hoje; comparação entre a Faculdade de Medicina de Belo Horizonte e a da Universidade do Brasil; a importância da rede hospitalar criada por Pedro Ernesto; lembrança de Afrânio Peixoto, professor de higiene e saúde pública; comentários sobre a ausência de discussões sobre Previdência social no curso de medicina; descrição da divisão por especialidades médicas no Hospital Moncorvo Filho; o trabalho na farmácia do pai; referência à condição de médico de família.

Fita 5 – A relação entre médico e paciente e a massificação da medicina; a importância do avanço tecnológico na medicina; o ceticismo frente à medicina alternativa; as perspectivas profissionais ao se formar; o concurso para médico da Universidade Rural, em 1947.

3ª ENTREVISTA – 02/06/1987
Fita 5 (continuação) – A experiência no consultório próximo ao morro da Mangueira, comentários sobre Pedro Ernesto; o prestígio de Pedro Ernesto no morro da Mangueira. Característica da clientela do morro da Mangueira; referencia a Quintanilha, médico em Vila Isabel; o trabalho como assistente voluntário de Genival Londres no Hospital Souza Aguiar; a nomeação para a Assistência Municipal; o convite do tio, Apolônio Salles, para assumir a função de oficial de gabinete do Ministério da Agricultura; o mercado de trabalho para os médicos nos anos 40 e o interesse pessoal pelo emprego na Assistência Municipal; o trabalho como assistente voluntário de Genival Londres no Hospital Souza Aguiar; o trabalho como secretário particular de Apolônio Salles; a criação do Centro de Saúde da Universidade Rural; o trabalho como chefe do Serviço Médico da Universidade Rural; o convênio entre o Serviço Nacional de Malária e o Serviço Médico da Universidade Rural; referência aos serviços médicos dos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs); histórico da fundação do HSE; a especificidade do IPASE.

Fita 6 – Comentários sobre a Assistência Pública Municipal; a destinação de verbas para o HSE; posição do HSE na estrutura administrativa do IPASE; os motivos da qualidade do atendimento médico prestado aos funcionários públicos federais; as normas de funcionamento do HSE; os hospitais americanos de porte médio como modelo para o HSE; assessoria de técnico cubano a projetos de administração hospitalar nos anos 40; comentários sobre o casamento, em 1947; a rotina pessoal no final da década de 40; reflexões sobre o casamento; a decisão de realizar o curso de residência médica nos Estados Unidos, em 1950; a criação do centro de estudos e de residência médica no HSE; o regime de trabalho dos médicos no HSE; o salário dos médicos do HSE; o prestígio da equipe médica do HSE; o plano de carreira para médico do HSE; a nomeação dos chefes de serviço no HSE; a relação dos médicos com os demais profissionais de saúde; o serviço social no HSE; o serviço de nutrição no HSE.

4ª ENTREVISTA – 06/06/1987
Fita 7 – A Associação dos Servidores Civis da União e a criação do HSE; a importância da criação do HSE para o funcionalismo federal; a participação do governo norte-americano no financiamento da construção do HSE; comentários sobre os intelectuais da Previdência; avaliação da política social no primeiro governo de Getúlio Vargas; o Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU); influência dos médicos do HSE na elaboração do Plano SALTE (Saúde, Alimentação, Transporte e Energia); o atendimento aos servidores públicos de outros estados no HSE, a Fundação do Hospital Alcidez Carneiro, em Campina Grande (PB); a relação da direção médica do HSE com os políticos; as condições de atendimento na maternidade do HSE; os ambulatórios mais procurados no hospital; doenças relacionadas às atividades profissionais dos funcionários; a concessão de licenças médicas no HSE; a criação do serviço de higiene mental do IPASE; as atividades no consultório particular; a importância do HSE em sua trajetória profissional.

Fita 8 – Atuação na Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro; a Associação Médica do Distrito Federal (AMDF); oposição ao veto de Café Filho à lei de enquadramento dos médicos na letra “O” (nível funcional pretendido); a mobilização da AMDF pelo enquadramento dos médicos na letra “O”; o acompanhamento médico a Café Filho; posição sobre a Constituição de 1946; amigdalectomias e apendicectomias no HSE;

5ª ENTREVISTA – 23/06/1987
Fita 8 (continuação) – O curso de residência médica nos Estados Unidos; o processamento de dados nos hospitais norte-americanos; a introdução do sistema hollerit no HSE; a disciplina nos hospitais universitários norte-americanos; o comportamento dos médicos hispano-americanos nos hospitais universitários dos Estados Unidos; o aprendizado de hematologia nos hospitais universitários norte-americanos.

Fita 9 – As condições de vida como residente nos Estados Unidos; o agravamento da situação financeira pessoal; o trabalho da esposa como baby-sitter nos EUA; influência da residência médica nos EUA na modernização da medicina latino-americana; comparação entre os modelos norte-americanos e europeu de assistência médica hospitalar; referência ao desenvolvimento de atividades docentes e de pesquisa médica no HSE; o Centro de Estudos do HSE; resistência do funcionalismo ao desenvolvimento do ensino médico no HSE; a intermediação de altos funcionários e parlamentares na aprovação de recursos para o HSE; comentários sobre a oposição entre medicina de alto custo e atendimento básico à população; o prestígio do cargo de diretor do HSE; o desenvolvimento de diferentes especialidades médicas no HSE; a relação do HSE com os demais hospitais da Previdência; a nomeação de Pedro Nava para a direção do HSE feita por Juscelino Kubitschek; considerações sobre a atividade de médico de presidência da República.

Fita 10 – Comentários sobre a atividade de médico de presidentes da república; considerações sobre Juscelino Kubitschek ; a convivência com Juscelino Kubitschek após a cassação; atuação de Sobral Pinto como advogado de Juscelino Kubitschek.

6ª ENTREVISTA – 15/07/1987
Fita 10 - Recordação dos debates sobre a Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS); a participação dos funcionários públicos na gestão do IPASE; a importância do HSE face à assistência a presidentes da República e ministros de Estado; o HSE na estrutura administrativa do IPASE; a concepção desenvolvimentista de Juscelino Kubitschek; autorização do Presidente Kubitschek para a compra de aparelho de circulação extra-corpórea pelo Hospital de Ipanema; a participação do Presidente Kubitschek em cirurgia cardíaca realizada no Hospital de Ipanema; a importância de aparelhos sofisticados para os hospitais previdenciários durante o governo Kubitschek; influência do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) na Previdência Social; a relação com políticos enquanto presidente do INAMPS; o relacionamento com o Ministro Jarbas Passarinho na condição de presidente do INAMPS; os critérios para a escolha dos superintendentes regionais do INAMPS.

Fita 11 – Referência à atuação de Nildo Aguiar na Previdência social; o relacionamento com o Ministro Hélio Beltrão; comentários sobre a demissão do Coronel Camanho da Superintendência do INAMPS em São Paulo; o credenciamento de hospitais nas gestões de Hélio Beltrão e Jarbas Passarinho no MPAS; avaliação da influência do PTB na Previdência Social nos anos 50; a proposta de criação do Serviço de Assistência Médica da Previdência Social (SAMPS); o processo de compra do Hospital da Sul América pelo IAPB; o convite de João Goulart para dirigir o HSE; as atividades da Associação dos Funcionários do HSE no governo João Goulart; avaliação da gestão de Wilson Fadul no Ministério da Saúde;

7ª ENTREVISTA – 29/07/1987
Fita 11 (continuação) – Ampliação das instalações do HSE no governo João Goulart; a proposta da criação de escola de medicina no HSE; a internação do Ministro do Exército, Jair Dantas Ribeiro, semanas antes da deposição de João Goulart; relato da visita do Presidente Goulart ao HSE, no dia 31 de março de 1964.

Fita 12 – A gestão de Jorge Dodsworth Martins no HSE; o apoio do General Golbery do Couto e Silva às atividades desenvolvidas no HSE; a nomeação para diretor do HSE no governo João batista Figueiredo; a nomeação para presidente do CONASP; as diretrizes do CONASP; a substituição de Júlio Dickstein na presidência do INAMPS; o pagamento por unidade de serviço e as fraudes na Previdência; os procedimentos para uniformização e controle de pagamentos ao setor contratado; as dificuldades após a demissão de superintendentes regionais no INAMPS; a vida pessoal após o afastamento do HSE; a mobilização da Associação dos Funcionários do HSE contra a integração do hospital ao Instituto Nacional da Previdência Social (INPS); comentários sobre a oposição entre assistência médica primária e medicina de alto custo.

Fita 13 – Comentários sobre a oposição entre assistência médica primária e medicina de alto custo; a necessidade de recursos para a assistência médica previdenciária; comentários sobre as divergências do Ministério da Saúde com Albert Sabin; comentários sobre o movimento sanitarista; a VIII Conferência Nacional de Saúde;

8ª ENTREVISTA – 04/08/1987
Fita 13 – (continuação) – Oposição do setor privado ao convênio INPS/Hospital Universitário Antônio Pedro; o custo e a qualidade dos serviços médicos dos hospitais universitários; defesa do papel supletivo da rede privada de assistência médica; as prioridades da política de saúde da Previdência definidas pelo CONASP; a ociosidade dos hospitais públicos; a Associação Brasileira de Educação Médica; avaliação do crescimento das escolas de medicina da rede particular.

Fita 14 – A participação na Comissão de Especialistas em Educação Médica do Ministério da Educação; posição sobre o controle de fraudes na Previdência; os motivos da criação do CONASP; avaliação da gestão de Jair Soares no MPAS; avaliação da gestão de Harry Graeff no INAMPS; a indicação de Júlio Dickstein para substituir Harry Graeff na presidência do INAMPS; a relação com os sindicatos de médicos durante a sua gestão no INAMPS; o processo de escolha do seu nome para a presidência do INAMPS; o desenvolvimento de planos regionais orientados pelas diretrizes do CONASP; as diferenças regionais quanto à assistência médica previdenciária; as AIS; a participação de associações comunitárias nas AIS.

9ª ENTREVISTA – 25/08/1987
Fita 15 – O CONASP e a racionalização de gastos com assistência médica; o sistema de pagamento por autorização de internação hospitalar; críticas ao atendimento de urgência em clínicas particulares; avaliação do pagamento por procedimento; a desvinculação dos honorários médicos do pagamento aos hospitais contratados; a especificidade dos convênios com hospitais universitários; as AIS; as relações entre o MPAS e o Ministério da Saúde; as dificuldades no relacionamento com os diretores dos hospitais universitários.

Fita 16 – A universalização da assistência médica previdenciária; defesa da participação comunitária local na gestão da Previdência; comentários sobre o relacionamento com os ministros Hélio Beltrão, Jarbas Passarinho e Delfim Neto; as divergências entre Hélio Beltrão e Delfim Neto.

10ª ENTREVISTA – 01/09/1987
Fita 17 – A participação da Federação Brasileira de Hospitais (FBH) no CONASP, a participação da Associação Brasileira de Medicina de Grupo no CONASP; a participação das associações médicas de caráter científico no CONASP; as divergências com os sindicatos dos médicos; avaliação das lideranças do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro; os recursos para o INAMPS durante a sua gestão; assistência médica no meio rural; os convênios com sindicatos rurais; os convênios com sindicatos urbanos; medidas de redução do numero de consultas por turno de trabalho na rede privada; medidas racionalizadoras de distribuição de médicos pelos hospitais previdenciários; comentários sobre ligamentos de trompas realizados nos hospitais previdenciários; a equalização do pagamento de partos normais e cesáreos durante a sua gestão no INAMPS.

Fita 18 – Posição sobre a eficácia das campanhas contra o uso do fumo e de bebidas alcoólicas; comentários sobre as concessões do INAMPS para tratamentos médicos no exterior; o convênio com o Ministério da Saúde para co-gestão do Instituto do Câncer; posicionamento sobre a contraposição entre ações básicas de saúde e medicina sofisticada; avaliação do Projeto Niterói; a importância de São Paulo e do Rio de Janeiro na Previdência Social; o altruísmo e o corporativismo na prática médica; definição de médico militante.

Fita 19 – A incompatibilidade entre atuação político-partidária e o exercício da medicina; avaliação da sua trajetória profissional; a relação entre o exercício profissional e a vida familiar; a importância da Previdência social em sua trajetória profissional; relato do término de sua gestão na presidência do INAMPS.

Antonio Gomes Ferreira

Entrevista realizada por Wanda Hamilton e Simone Kropf, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 24 de julho e 09 de outubro de 1996.

Antônio José Lapa

Entrevista realizada por Tania Fernandes e Fernando Dumas, em São Paulo (SP) e no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 21 e 22 de setembro de 1999 e 30 de novembro de 2000.

Sumário

Fita 1 - Lado A
Referência a sua origem familiar, sua vida e seus estudos em Marília (SP); comentário sobre sua mudança para São Paulo e seu interesse pela medicina; seus estudos preparatórios para o curso de medicina; sua entrada na Escola Paulista de Medicina e sua rotina como aluno da faculdade; o envolvimento com a farmacologia e a relação com os professores Ribeiro do Vale e Leal Prado.

Fita 1 - Lado B
Comentário sobre a criação do Laboratório de Farmacologia na Escola Paulista de Medicina; a trajetória acadêmica de Ribeiro do Vale e as viagens pelo nordeste do país com este professor.

Fita 2 - Lado A
Referência a sua experiência como estudante de medicina nas instituições de ensino e pesquisa no nordeste do país; comenta sobre seu interesse e estudos sobre maconha e o interesse de Ribeiro do Vale por plantas; sua entrada como professor na Escola Paulista de Medicina; aborda a criação da Pós-graduação no país e o curso de farmacologia no Chile.

Fita 3 - Lado A
Comenta a formação acadêmica de colegas no curso de farmacologia no Chile e o retorno ao Brasil; suas pesquisas e tese sobre hormônios e o canal deferente; a conjuntura política pós-64; discute sobre sua decisão de não fazer uma tese sobre maconha; comentário sobre a eletrofisiologia e suas experiências nos Estados Unidos; o retorno ao Brasil e a segunda viagem ao Estados Unidos; a entrada na Escola Paulista de Medicina.

Fita3 - Lado B
Comentário sobre as dificuldades financeiras que sofreu quando veio dos Estados Unidos para o Brasil; referência ao convite para prestar concurso para a Universidade de São Paulo e convite de Ribeiro do Vale para coordenar projeto de plantas medicinais; sobre a escolha das plantas medicinais como objeto de estudo científico; sobre a interrupção do projeto de plantas medicinais pela Central de Medicamento (CEME); sobre a proposta de criação de um projeto integrado de produtos naturais e sua relação com a Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP); comentário sobre a sua proposta pessoal para se estudar plantas medicinais no país.

Fita4 - Lado A
Comentário sobre a aplicação de um projeto de especialização em farmacologia no norte e nordeste do país: instituições envolvidas, dificuldades, qualificação dos alunos e repercussão social dos cursos; comenta o fato da CAPES ter cortado o financiamento do projeto de especialização em farmacologia; o convite para trabalhar em projeto da CEME de plantas medicinais.

Fita 4 - Lado B
Referência a grupos e projetos de estudo sobre plantas organizados pela CEME: problemas, investimentos e resultados; o projeto e estudos de toxidade de substâncias; a necessidade de treinamento de pessoal para se fazer testes de toxidade em substâncias; testes em medicamentos e o uso de cães como cobaias.

Fita 5 - Lado A
Referência a correlação entre os projetos da Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Tecnológico (CAPES) e da Central de Medicamentos (CEME) sobre plantas medicinais no período de 1982 à 1988; as correntes científicas e o conhecimento popular sobre plantas; a necessidade de se formar farmacêuticos e a instalação de indústrias farmacêuticas multinacionais no país; o desenvolvimento da toxicologia; a diferença entre efeito colateral e tóxico.

Fita 5 - Lado B
Referência ao conceito de reação tóxica; a relação do projeto de formação de farmacologistas no país da CAPES e da CEME; fontes de financiamento para projetos de plantas medicinais; a relação entre subdesenvolvimento e investimento na atividade científica; o envio de plantas para fora do Brasil; a relação da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) com os projetos de plantas no país; diferença entre as gerações de farmacologistas e a mudança no conceito de toxidade.

Fita 6 - Lado A
Comentário sobre a indústria de fitoterápicos e consumo de medicamentos no país; o processo de valorização da planta para a produção de medicamentos; a importação de técnicas e métodos de pesquisas científicas estrangeiras; marcadores e testes biológicos; a relação das universidades com a indústria farmacêutica.

Fita 6 - Lado B
Referência a relação entre a produção de medicamentos, testes de toxidade e medicamentos inovadores; a distribuição e comercialização de medicamentos; o papel do medicamento natural nos Estados Unidos e Europa ocidental.

Fita 7 - Lado A
Referência a relação entre o estudo clínico das plantas e o pré-clínico; o desenvolvimento da clínica no país; ação, risco e toxidade das plantas; lei de patente no Brasil, controle de qualidade e legislação de vigilância sanitária.

Fita 7 - Lado B
Comentário sobre política de patentes; a diferença entre legalidade e legitimidade para se patentear produtos naturais; a relação entre a política de patentes e a Central de Medicamentos (CEME).

Fita 8 - Lado A
Referência a atividade de pesquisa na período posterior ao presidente Fernando Collor de Mello; o regionalismo na prática científica; os aspectos quantitativos de eventos acadêmicos sobre plantas.

Fita 9 - Lado A
Considerações sobre a organização da comunidade científica de plantas medicinais e as agências de fomento; a Escola Paulista de Medicina e a instituição e credenciamento da pós-graduação em farmacologia; o curso de farmacologia no Chile em 1968; referência ao intercâmbio com cientistas e os encontros latino-americanos; o curso nos Estados Unidos; menção a Ribeiro do Valle.

Fita 9 - Lado B
Referência a Carlini e o setor de psicobiologia; considerações sobre a farmacologia acadêmica e de plantas medicinais; menção ao trabalho nos Estados Unidos; Ribeiro do Valle e a coordenação do projeto de plantas medicinais da CEME; a questão da integração entre farmacologia, química e botânica; a CEME e os 13 projetos integrados de plantas medicinais.

Fita 10 - Lado A
Continuação dos comentários sobre a interação dos grupos de pesquisa de plantas medicinais e o fim do projeto da CEME em 1978; a elaboração do Projeto Integrado de Botânica, Farmacologia e Química de Produtos Naturais e a questão do financiamento da FINEP; a relação dos projetos de produtos naturais e de plantas medicinais; o convênio entre CAPES e a universidade para os cursos de recrutamento e formação de farmacologistas; considerações sobre a área de farmacologia e a formação acadêmica dos profissionais envolvidos na pesquisa com plantas medicinais; referência a Delby Fernandes.

Fita 10 - Lado B
Continuação das considerações sobre Delby Fernandes e a estrutura da pós-graduação na UFPb; a elaboração do protocolo de pesquisa de farmacologia em plantas medicinais em 1982; breve menção ao Programa Flora; os grupos de toxicologia para medicamentos; os estudos toxicológicos e os testes clínicos; referência ao Programa da CEME, a Portaria nº 6 e os estudos de toxicidade para fitoterápicos; o Comitê de Ética e os testes com cápsula.

Fita 11 - Lado A
Os projetos da CEME e a pesquisa em plantas medicinais; a questão da divulgação da eficácia nos estudos de plantas; a produção de cápsula para testes; o desenvolvimento de medicamentos e a discussão das patentes; o financiamento hoje e a área de plantas medicinais; referência aos simpósios de plantas medicinais.

Fita 11 - Lado B
Considerações sobre os recursos para pesquisa no Brasil, os órgãos de fomento e a questão da produção de medicamentos; o financiamento do CNPq para projetos regionais e o compromisso das pró-reitorias das universidades; menção ao programa da CEME, o PROCADE, o PRONEX (Programa de Apoio a Núcleos de Excelência) e os grupos de pesquisa com plantas medicinais; crítica a ausência de incentivo e financiamento para pesquisa de plantas no Brasil; referência a criação da Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais em 1998.

Ana Maria Bontempo Dias

Entrevista realizada por Ana Paula Zaquieu e Dilene Raimundo do Nascimento, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 20 de março de 1998.
Sumário
Fita 1 – Lado A
O início do envolvimento com a questão da Aids; o desinteresse da equipe de trabalho de sua empresa (SESI) pelo assunto. As leituras sobre o tema; o contato com dados epidemiológicos que indicavam o aumento no número de mulheres infectadas; a percepção da sua própria condição de risco. O interesse pelas atividades desenvolvidas pelas Ongs-Aids; o contato com a ABIA e o Grupo Pela Vidda; o evento organizado no SESI em parceria com o Grupo Sim a Vida, grupo voltado para um trabalho terapêutico junto aos soropositivos; o interesse pela linha de prevenção desenvolvida pelo Grupo Pela Vidda, que não discrimina a condição sorológica de seus voluntários; o contato com o trabalho do GAPA, que desenvolve trabalhos na linha de visita domiciliar e hospitalar. A sua opção por trabalhos preventivos em consequência do seu despreparo emocional em lidar com doenças e com espaços hospitalares. Comenta a sua curiosidade, durante os primeiros contatos com estas organizações, em distinguir os soropositivos. A mudança na percepção das pessoas que vivem com a Aids, após o ingresso no Grupo Pela Vidda. Ao comentar a forma natural como encara as questões relacionadas à sexualidade, cita um episódio de preconceito contra dois homossexuais. Condena a postura preconceituosa contra os homossexuais, afirmando acreditar que, em alguns anos, os tabus relacionados à opção sexual estejam superados. Discute as suas restrições à bissexualidade manifestada por homens casados. Fala da relação com a homossexualidade de seu primeiro marido. Menciona sua experiência como plantonista do Disque-Aids, citando casos de homens casados bissexuais que ligam, buscando auxílio. Ressalta a ausência de preconceito em suas relações sociais com homossexuais e travestis. Menciona a sua intenção de voltar sua linha de trabalho para a prevenção entre soropositivos. O impacto dos medicamentos na garantia de uma maior sobrevida do doente de Aids. Aponta a necessidade de esclarecer a população sobre os efeitos colaterais dos remédios, para desmistificar a ideia de que o coquetel representa a cura da doença. Comenta sua preocupação com a palestra do Grupo na Fetransporte, organizada por ela, ressaltando a importante transformação na postura dos donos de empresa com relação à prevenção da Aids entre seus empregados.

Fita 1 – Lado B
Menciona, a partir de dados estatísticos, as mudanças no padrão epidemiológico da doença, apontando para o crescimento no número de casos entre os heterossexuais. Cita alguns dos meios usados para convencer os empresários do setor rodoviário sobre a importância e as vantagens das campanhas de prevenção junto aos seus funcionários; as estratégias de abordagem junto aos trabalhadores; a proposta de levar as palestras para o próprio local de trabalho; ressalta as vantagens desse tipo de estratégia; menciona uma experiência junto aos funcionários de um salão de beleza. Considerações sobre as dificuldades em abordar questões relacionadas à Aids e à sexualidade; a ausência de discussões sobre o assunto entre os casais; a resistência masculina ao preservativo; menciona, chocada, o relato de um médico ginecologista que, para evitar conflitos familiares, afirma não notificar suas pacientes sobre o aparecimento clínico de DSTs. O impacto das campanhas no nível de informação sobre a Aids; a contradição entre o acúmulo de informações e a resistência em adotar comportamentos mais seguros; o comportamento, segundo suas próprias observações, de mulheres jovens e solteiras que optaram por abrir mão da vida sexual; as limitações intrínsecas às campanhas de massas, tendo em vista toda a complexidade que envolve o processo de mudança comportamental; menciona a experiência frustrada de uma empresa de transportes que distribuía preservativos junto com o salário mensal dos funcionários, sem nenhum esclarecimento sobre a doença e sobre o uso do preservativo. Finaliza o assunto, ressaltando que as palestras informam sobre a Aids, mas que só a dinâmica das oficinas é eficaz no processo de mudança de comportamento. O impacto das palestras ministradas por soropositivos; cita a experiência de uma palestra, quando o seu acompanhante precisou interromper sua fala para tomar o coquetel Anti-Aids. Explica, rapidamente, a dinâmica das oficinas de prevenção. Explica a origem de seu interesse pelo trabalho técnico de prevenção à Aids junto às empresas, surgido ainda quando funcionária do SESI. Relembra o seu projeto de treinamento de agentes multiplicadores, voltado para os funcionários das empresas filiadas ao SESI, numa parceria entre a instituição e a Secretaria de Estado de Saúde; as estratégias para atrair o interesse dos funcionários; a recusa da direção do SESI em autorizar os treinamentos para os seus próprios funcionários; rápida avaliação dos resultados; a elaboração de um manual, logo publicado pelo SESI, contendo as técnicas de dinâmicas de grupo e informações básicas sobre Aids. O otimismo diante do ingresso de outros técnicos no Grupo Pela Vidda, interessados em desenvolver oficinas de prevenção junto às empresas. Ressalta a importância das oficinas no processo de interiorização das noções de prevenção à Aids. Comenta o desafio de fazer uma oficina com um grupo de travestis. Suas atividades no Grupo como palestrante, atendente no Disque-Aids e voluntária esporádica do Grupo de Mulheres. Enfatiza a importância do Grupo de Mulheres.

Fita 2 – Lado A
Considerações sobre o Grupo de Mulheres, ressalta o seu interesse pelas experiências das voluntárias do Grupo; a sua opção por uma postura menos interativa nas reuniões do Grupo; a sugestão, dada à coordenadora, de criar um momento, dentro da reunião, para falar sobre prevenção. Os objetivos da “Tribuna Livre”. A eficácia dos meios informais criados pelo Grupo Pela Vidda para divulgar informações sobre a doença. Menciona suas atuais atribuições no Disque-Aids, no Grupo de Mulheres e na área de prevenção à Aids no local de trabalho. O interesse do Ministério de Saúde em incentivar a organização de oficinas para treinamento de agentes multiplicadores nas empresas; cita o documento “Aids-2” enviado pelo Ministério e explica, em detalhes, a proposta voltada para prevenção no local de trabalho. A flexibilidade do Grupo ao negociar com as empresas as formas de pagamento das palestras; cita algumas experiências de negociações anteriores. A percepção das ONGs como empresas e a sua preocupação com a qualidade do trabalho prestado, principalmente, à comunidade empresarial e escolar. O aprendizado adquirido durante as oficinas. Reitera seu esforço pessoal em investigar a fundo as questões relacionadas à Aids. Sua percepção pessoal sobre os riscos de contaminação pelo vírus HIV. Reflete sobre as motivações que à levaram a trabalhar com Aids; a opção de não usar preservativo no relacionamento conjugal; o diálogo com o marido sobre fidelidade e uso de preservativo. A proximidade com as questões relacionadas à Aids proporcionada pelo trabalho; a ideia do “viver com Aids”, defendida pelo Grupo; cita uma experiência surpreendente e gratificante vivida junto à um soropositivo solitário. Menciona um episódio doloroso, envolvendo uma funcionária soropositiva do SESI que a procurou para pedir informações sobre Aids e, três dias depois, jogou-se da Ponte Rio Niterói; a culpa diante de sua insensibilidade em não perceber e se disponibilizar diante do estado de angústia da funcionária.

Fita 2 – Lado B
Ressalta a importância das ONGs que atuam com seriedade na luta contra Aids, citando como exemplo os grupos Pela Vidda e o Sim a Vida; o papel destas instituições no processo de mudança na percepção da doença. A visibilidade do Pela Vidda e o reconhecimento público do seu trabalho; o crescente interesse das empresas; elogia a seriedade de seu trabalho institucional. Finaliza, apontando à necessidade de relações mais solidárias entre as pessoas; rejeita veementemente o comportamento preconceituoso e intolerante dos que categorizam os soropositivos através da forma de contágio, rejeitando os homossexuais e vitimizando os hemofílicos e os demais transfundidos.

Akira Homma

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida e Dilene Raimundo do Nascimento, no dia 27 de março de 2002, no Rio de Janeiro.

Italo Sherlock

Entrevista realizada por Wanda Hamilton e Simone Kropf , nos dias 10 e 11 de abril de 2000.

Sumário

Fita 1
Considerações sobre o local de nascimento e origem familiar; as áreas de atuação de seu pai; o hobby pessoal em desenho e pintura; o despertar da carreira de pesquisador entomologista ainda quando garoto; considerações sobre a criação de seu museu particular de história natural; seus irmãos e a história familiar; a profissão de sua mãe; os estudos no Ginásio Sobralense; referência aos destaques culturais da cidade de Sobral, no Estado do Ceará; a tendência para os estudos em ciências naturais; referência à visita dos professores Samuel Pessoa, Leônidas Deane e Maria Deane à cidade de Sobral na campanha da leishmaniose em 1952; o entusiasmo dos professores Samuel Pessoa, Leônidas Deane e Maria Deane com o museu de história natural e o convite, aos dezesseis anos, para trabalhar na campanha contra a leishmaniose; a iniciação de seus primeiros estudos em ciências e entomologia com o professor Arquibaldo Galvão; considerações sobre o trabalho de levantamento entomológico feito para os Deane na cidade de Sobral; a ida para São Paulo com os Deane e o curso de entomologia realizado na Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo; a ida para o Rio de Janeiro; o estágio no Instituto Oswaldo Cruz e aproximação com o professor Herman Lent e Hugo Lopes; o término do curso de entomologia na Faculdade de São Paulo e o quadro de professores do curso; a nomeação, aos vinte anos, como “Conselheiro da Sociedade Brasileira de Entomologia”; o estágio no laboratório do Dr. Herman Lent, no Instituto Oswaldo Cruz; o convite de Otávio Mangabeira Filho para trabalhar na Bahia; o Dr. Deane como “modelo” profissional; considerações sobre suas perspectivas em fazer ciência; o incentivo de Otávio Mangabeira Filho aos seus estudos na Faculdade de Medicina da Bahia; referência ao trabalho como bolsista de iniciação científica (CNPq) do IOC; perfil profissional de Amilcar Viana Martins; referência aos trabalhos que desenvolveu sobre flebótomos; considerações sobre sua trajetória profissional; os trabalhos desenvolvidos com o Dr. Otávio Mangabeira Filho; o perfil de Otávio Mangabeira Filho; a criação da Fundação Gonçalo Moniz; breve referência aos problemas enfrentados por Otávio Mangabeira Filho após a criação da Fundação Gonçalo Moniz; a criação do Centro de Pesquisa da Bahia; a morte de Otávio Mangabeira Filho e a ocupação do cargo de diretor do Centro de Pesquisa da Bahia (Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz); os desafios enfrentados como diretor do Centro de Pesquisa; o vínculo do Centro de Pesquisa com outras instituições; os objetivos do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz; considerações sobre o perfil profissional de Otávio Mangabeira Filho; os estudos realizados por Otávio Mangabeira Filho acerca do vetor da leishmaniose; a proveniência dos recursos do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz; o quadro de pesquisadores do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz; as verbas do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz; as perspectivas do Centro de Pesquisas após a morte do Dr. Otávio Mangabeira Filho; considerações sobre sua incorporação no quadro de pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz; a admiração por Samuel Pessoa; as demandas em pesquisa do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz; referência aos trabalhos publicados em colaboração com Otávio Mangabeira Filho; considerações sobre a falta que sentiu do Dr. Mangabeira após o seu falecimento; a transferência do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz para o INERu; o incentivo de Samuel Pessoa para que ingressasse na especialização em otorrinolaringologia; os testes realizados para ingressar na especialização em otorrinolaringologia.

Fita 2
Considerações sobre o ingresso no curso de otorrinolaringologia e seu trabalho em sua clínica particular; referência ao trabalho realizado como médico contratado da Marinha; ausência de militância política; a admiração por Samuel Pessoa; considerações sobre o período em que o Dr. Samuel Pessoa e sua esposa ficaram escondidos em sua casa; considerações sobre a transferência do Núcleo de Pesquisas em conseqüência da tomada do prédio pelo DENERu; referência à falta de instalação do Centro de Pesquisas em sua sede permanente como um dos impecílios para o desenvolvimento do Centro de Pesquisa; as decepções acumuladas em incertezas devido às peregrinações do Centro de Pesquisa por diversas sedes; os conflitos enfrentados pelo Centro de Pesquisa; os motivos do afastamento de Otávio Mangabeira Filho da Fundação Gonçalo Moniz e a criação do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; os problemas enfrentados pelo Centro de Pesquisa após a morte do Dr. Mangabeira Filho; menção à sua premiação com a medalha Gerhard Domack, concedida pelo Laboratório Bayer; o sacrifício em manter o Centro de Pesquisas após a morte do Dr. Mangabeira Filho; a orientação das pesquisas durante os seus dezoito anos de chefia no Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; a sua dedicação aos estudos em leishmaniose; a participação do Centro de Pesquisas no inquérito nacional sobre doença de Chagas; considerações sobre as experiências adquiridas na Faculdade de Medicina da Bahia; o desejo em se espelhar, na época de estudante, em pesquisadores como o Dr. Deane, Samuel Pessoa e Otávio Mangabeira Filho; as cátedras da Faculdade de Medicina da Bahia; o apoio e incentivo do Dr. Mangabeira Filho em sua época de estudante de medicina; as matérias com que mais se identificou na faculdade de medicina; considerações sobre o perfil de Otávio Mangabeira Filho; as colaborações de Otávio Mangabeira Filho na universidade; o estatuto da Fundação Gonçalo Moniz, criada pelo Dr. Mangabeira Filho; breve histórico sobre a vida de Gonçalo Moniz; a origem do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz; as áreas de maior destaque na Faculdade de Medicina; a bolsa concedida pela Kellogg’s Fundation para o desenvolvimento de um projeto, ainda como estudante de medicina; a atuação de Edgar Santos como Reitor da Faculdade de Medicina da Bahia; referência ao projeto que desenvolveu como bolsista da Kellogg’s Fundation; os programas de controle para doença de Chagas no Estado da Bahia, em sua época de estudante de medicina, e sua participação em alguns destes projetos; referência ao trabalho do Dr. Mangabeira Filho sobre doença de Chagas; os contatos que teve com os grupos de pesquisadores que se dedicavam ao estudo da doença de Chagas; breve referência às dificuldades financeiras que teve em sua época de medicina e após a morte do Dr. Otávio Mangabeira Filho.

Fita 3
Considerações sobre sua época de estudante na Faculdade de Medicina da Bahia; o curso de entomologia realizado na Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo; referência às dificuldades financeiras de sua família para ajudá-lo no estudos; o convênio estabelecido, entre o Centro de Pesquisas e a Harvard School no período em que esteve como diretor do Centro de Pesquisas; breve referência aos cursos de especialização feitos após a conclusão da Faculdade de Medicina; os pesquisadores da Harvard Schooll que desenvolveram projetos no Centro de Pesquisas; o trabalho sobre os barbeiros da Bahia publicado com o cientista da Harvard School Phillip Mardsden; o encantamento dos cientistas da Harvard School com o tema das doenças tropicais; a dificuldade em manter os pesquisadores no Centro de Pesquisas no período de 1964 até 1970; referência à sua família, esposa e filhos; a vocação da esposa em cuidar da casa; a relação do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz com as Universidades fora do Brasil; os problemas enfrentados com a falta de instalação do Centro de Pesquisas; considerações sobre sua viagem à London ShoolI na década de 1970; as experiências adquiridas nas viagens para instituições da Inglaterra; breve referência a origem de seu sobrenome “Sherlock “; as relações com os institutos de pesquisa da Inglaterra e os pesquisadores com quem manteve contato; as experiências adquiridas na viagem à London School; breve referência aos pesquisadores estrangeiros que se instalaram no Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz para desenvolverem seus projetos; menção ao trabalho do Dr. Kenneth Mott e sua importante atuação no Centro de Pesquisas como intermediador entre a Harvard Scholl; os projetos do Centro de Pesquisas desenvolvidos em colaboração com institutos estrangeiros; o trabalho sobre doença de Chagas no interior da Bahia e o acordo com a Harvard Sholl; o interesse dos pesquisadores estrangeiros na área de medicina tropical; o término das colaborações entre o Centro de Pesquisa e os institutos estrangeiros quando sai da direção do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; os recursos mobilizados para o desenvolvimento do projeto em parceria com a Harvard School e as verbas destinadas ao Centro de Pesquisas; breve comentário sobre o desperdício na compra de aparelhos dentro das instituições; considerações acerca das mudanças ocorridas no Centro de Pesquisas em decorrência de sua integração à Fiocruz; as especialidades estabelecidas pelo Dr. Mangabeira Filho no Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; as demandas em pesquisa aplicada do Centro de Pesquisa Gonçalo Moniz; referência ao modelo ideal de pesquisadores na visão do Dr. Otávio Mangabeira Filho; os intercâmbios do Centro de pesquisas com outros institutos do Nordeste; o Centro de Pesquisa como pólo de atração de pesquisas na Região Nordeste; a atuação de Aluízio Prata no Centro de Pesquisas; descrição das pesquisas aplicadas desenvolvidas pelo Centro de Pesquisas; referência às dificuldades do centro de pesquisas após a sua incorporação à Fundação Oswaldo Cruz; os motivos que levaram à extinção da Fundação Gonçalo Moniz; as grandes dificuldades em manter a sede do Centro de Pesquisas em um local fixo; os pesquisadores que pediram demissão do Centro de Pesquisas em decorrência da crise pela qual estava passando; o convênio estabelecido com a Escola Nacional de Saúde Pública para a montagem de cursos regionalizados.

Fita 4
Referência à sua opção de passar de estatutário para CLT na Fiocruz; as razões por sua opção por CLT; a repercussão do prêmio Gerhard Domack que recebeu; a visita do presidente Ernesto Geisel à Fiocruz; a indicação do Dr. Aluízio Prata e do Dr. Zilton Andrade para serem membros do Conselho Científico Tecnológico na Bahia; os primeiros contatos do Dr. Zilton Andrade com o Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz através do Conselho Científico Tecnológico; considerações sobre o seu grande ressentimento com o Dr. Zilton Andrade; perfil profissional do Dr. Zilton Andrade considerações sobre as negociações acerca das instalações do Centro de Pesquisas; a interferência de Antônio Carlos Magalhães nas negociações do terreno de Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; a gestão de Vinícius da Fonseca na presidência da Fiocruz; a assinatura do comodato como garantia das instalações físicas do Centro de Pesquisas; referência a seu afastamento do Centro de Pesquisas em 1980 e a nomeação do Dr. Zilton Andrade; referência às dificuldades do Centro de Pesquisas após o falecimento do Dr. Otávio Mangabeira Filho; os trabalhos realizados pelo Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz na gestão do Dr. Vinícius da Fonseca como presidente da Fiocruz; as dificuldades do Centro de Pesquisas no período em que ficou incorporado ao DENERu; referência a incorporação do INERu pela Fiocruz e as esperanças de prosperidade; a situação do Centro de Pesquisas após a incorporação com a Fiocruz; considerações sobre o seu período de gestão extra-oficial no Centro de Pesquisas; a nomeação do Dr. Zilton Andrade como diretor do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; o desgaste pessoal perante as dificuldades porque passou o Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; referência ao ressentimento pessoal com o Dr. Zilton Andrade; as decepções que considera ter sofrido na gestão de Zilton Andrade e Moyses Sadigurksy como diretores do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; breve referência ao perfil profissional do Dr. Zilton Andrade; referência ao desenvolvimento atual de seu trabalho; o estudo atual sobre a interação do hospedeiro e vetor nas doenças parasitológicas; o doutorado em Biologia Parasitária; a perda de alguns funcionários de seu laboratório; descrição de alguns trabalhos sobre vetores de doenças parasitárias que possui para publicação; considerações sobre os projetos desenvolvidos para o PAPES e para o CNPq; sua dedicação e pioneirismo ao estudo da leishmaniose no Brasil; a decepção pessoal por nunca ter sido convidado para os projetos do PRONEX; a aprovação do projeto sobre doenças reemergentes no Brasil pelo CNPq; os estudos sobre leishmaniose visceral realizado por sua equipe; as hipóteses de trabalho sobre leishmaniose e o trabalho sobre doença de Chagas; referência à colônia de flebótomos que possui o laboratório; o convite para ser, em 2002, presidente do Simpósio Internacional de Flebótomos; breve avaliação sobre a área de estudos e doenças parasitárias no Brasil; a utilização de técnicas de biologia molecular nas pesquisas de seu laboratório; a situação do controle da doença de Chagas na Bahia; a colaboração de pesquisadores e instituições no projeto sobre leishmaniose.

Fita 5
Referência aos trabalhos desenvolvidos por sua equipe de pesquisa; opinião pessoal de que as perseguições que sofre ou sofreu não possui fundamentos; considerações sobre o descaso que um pesquisador sofre; o trabalho em seu consultório particular; o gosto pelo trabalho no Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; os cursos e conferências que ministra na Faculdade de Medicina; os motivos pelos quais deixou de ser assistente de otorrinolaringologia na Universidade.

Ernesto Silva

Entrevista realizada por Simone Kropf e Gilberto Hochman, em Brasília (DF), nos dias 26 e 27 de abril de 2007.

Palestra 'O Sistema Nacional de Saúde', por Hésio Cordeiro

Trata-se de fala de abertura da VIII Conferência Nacional de Saúde proferida por Hésio Albuquerque Cordeiro com o tema "O Sistema Nacional de Saúde', em uma mesa chamada “Reformulação do Sistema de Saúde”, ocorrida no dia 19/03/1986, em Brasília/DF. Este material integra também o Fundo VIII CNS.

Projetos de Pesquisa

Reúne 397 depoimentos orais distribuídos em 27 projetos de pesquisa que abordam temas como: história institucional de unidades da Fiocruz; história das políticas públicas de saúde e previdência no Brasil; história da pesquisa biomédica no Brasil; história das profissões em saúde e história das doenças.

Carlyle Guerra de Macedo

Entrevista realizada por Carlos Henrique Assunção Paiva, Fernando A. Pires-Alves, Gilberto Hochman e Janete Lima de Castro, em Brasília (DF), nos dias 01 e 02 de março de 2005.

Sumário
FITA 1 / LADO A
Seu envolvimento com os temas do planejamento e dos recursos humanos; a formação profissional no ILPES; a relação com Mário Magalhães; a Carta de Punta Del Este e o tema do planejamento e desenvolvimento; a relação do ILPES com a OPAS.
FITA 1 / LADO B
Seu ingresso na OPAS; a OPAS no contexto da criação da OMS; a criação do Programa de Preparação Estratégica de Pessoal de Saúde (PPREPS) e seu ingresso no Programa; sua candidatura e eleição para a direção da OPAS; a OPAS no início de sua gestão como diretor; o diagnóstico da situação dos recursos humanos em saúde no Brasil em meados dos anos 1970; a constituição do grupo de trabalho do PPREPS; o projeto Andrômeda e o movimento sanitário brasileiro.
FITA 2 / LADO A
A elaboração do documento do PPREPS; o legado do PPREPS e do PREV-SAÚDE ao sistema de saúde brasileiro; a relação da coordenação central do PPREPS com os estados; o fim do milagre econômico brasileiro e o financiamento dos programas de cooperação técnica Opas-Brasil; a OPAS no início de sua gestão como diretor; a criação da área da Saúde Coletiva e da ABRASCO; a avaliação da cooperação técnica Opas-Brasil no final de sua gestão como diretor da OPAS; as mudanças no PPREPS na renovação do Acordo de cooperação técnica Opas-Brasil em 1978.
FITA 3 / LADO A
A relação da Sede da OPAS, em Washington, com as representações nos países; a eleição para a direção da OPAS e a cooperação técnica OPAS-Brasil em recursos humanos na sua gestão; a política de criação dos centros de documentação da OPAS; a transformação da cooperação técnica Opas-Brasil em recursos humanos em cooperação em infra-estrutura dos serviços de saúde; a agenda da formação de recursos humanos no quadro da cooperação técnica em infra-estrutura dos serviços de saúde.
FITA 3 / LADO B
O desenvolvimento do Projeto Larga Escala e o trabalho de Izabel dos Santos; o tema de recursos humanos em sua gestão como diretor da OPAS; a cooperação técnica na América Latina; o Programa “Saúde, uma ponte para paz”, a erradicação da poliomielite nas Américas e a formação de recursos humanos.
FITA 4 / LADO A
A organização político-administrativa da OPAS em sua gestão; a relação da OPAS com a OMS em sua gestão; sua candidatura para a direção da OMS; perspectivas da cooperação técnica em saúde.
FITA 4 / LADO B
A vida política e intelectual chilena; sua estada no Chile depois do golpe de estado que derrubou Allende (1973); as instituições internacionais no Chile após o golpe; as posições políticas da OPAS durante a Guerra Fria; os cursos de planejamento em saúde no Chile e nas Américas.
FITA 5 / LADO A
O debate entre saúde e desenvolvimento no Brasil; o tema da saúde e desenvolvimento em sua gestão como diretor da OPAS e sua relação com o Banco Mundial; o tema da gestão de conhecimento em sua administração na OPAS; a discussão sobre “tecnologia apropriada” e desenvolvimento, em sua gestão como diretor da OPAS; considerações sobre as escolas sanitárias brasileiras.
FITA 5 / LADO B
Sua relação com o Serviço Especial de Saúde Pública (SESP); a criação do campo da Saúde Coletiva no Brasil; a formação de recursos humanos no âmbito da Saúde Coletiva; sua gestão e a meta “Saúde para Todos no ano 2000”; as campanhas de combate à poliomielite; o tema da informação em saúde na sua gestão na OPAS.

Byron Nobre Filho

Entrevista realizada por Alex Varela (AV) e Dilene Raimundo do Nascimento (DN), no Rio de Janeiro (RJ), no dia 29 de maio de 2006.

Edná Alves Costa

Entrevista com Edná Alves Costa, realizada em três sessões, nos dias 10 de dezembro de 2004; 01 e 02 de junho de 2005, na cidade de Salvador/BA, por Tania Fernandes e Tania Pimenta.

Keyla Belízia Feldman Marzochi

Entrevista realizada por Luis Otávio Ferreira, Nara Azevedo e Daiane Rossi, no dia 6 de agosto de 2021, via plataforma Zoom, sendo responsável pela gravação Cristiana Grumbach, da Crisis Produtivas.

Ernani Braga

Sumário:
Fita 1 - Lado A
Influência familiar para entrar na Marinha; a vinda para o Rio de Janeiro e a opção pela Medicina; menção a alguns professores ilustres na graduação; referência ao curso do Centro Internacional de Leprologia; a volta para o Rio Grande do Sul para trabalhar no Serviço Anti-Venéreo da Fronteira; a ida para Pernambuco a fim de fazer o censo da hanseníase (lepra) no estado; o curso de saúde pública com Barros Barreto e o convite para ser seu assistente; o cargo de delegado federal de saúde e o trabalho como sanitarista, no Pará; referência ao surte de malária ocorrido no Nordeste, em 1937; alusão a origem do Serviço Especial de Saúde Pública; referência aos operários que trabalharam na extração da borracha na Amazônia; a 'nacionalização' do SESP e a criação de escolas de Enfermagem.
Fita 1 - Lado B:
O curso de Saúde Pública na Universidade de Columbia; seu trabalho no SESP e o caráter social das atividades do órgão; a criação do Ministério da Saúde e seu cargo de diretor-geral do DNS; a desarticulação do Ministério da Saúde com o suicídio de Getúlio Vargas; referência a sua saída do Ministério da Saúde; ida para a CAPES e o trabalho conjunto com a Fundação Rockefeller na formação de profissionais de saúde; referência a criação de novas escolas de medicina; sua dedicação aos programas de formação de pessoal para a área médica; menção à criação da ENSP; referência a Muniz Aragão e a criação do laboratório de drogas e medicamentos; seu lugar de diretor executivo da Federação Pan-Americana de Associações de Faculdades de Medicina; a ida para Genebra trabalhar como diretor da Divisão de Educação e Treinamento da OMS; a volta ao Brasil para dirigir a ENSP; sobre suas atividades atuais na Universidade, na Fundação Getúlio Vargas.

Fita 2 - Lado A:
A respeito da participação em debates sobre questões ligadas à saúde; sobre a criação dos departamentos de medicina preventiva; referência ao papel da saúde pública nas escolas de medicina; sua opinião sobre as escolas de saúde pública; comentário sobre a política de saúde no tempo de Juscelino Kubitschek e situação atual; sobre sua participação em debate na Escola Superior de Guerra (ESG), sobre planejamento familiar; referência ao trabalho de saúde pública nos centros urbanos; o convite de Carlos Lacerda para ser Secretário de Saúde na Guanabara.
Fita 2 - Lado B:
Sobre a atuação do Ministério da Saúde ao longo dos anos e o papel das campanhas de saúde no passado; referência ao Almirante Gerson Ortiz e suas preocupações com a Previdência Social; a necessidade de entrosamento das ações de saúde da Previdência Social com os estados; sobre a escolha de ministros para a pasta de Saúde e a referência a alguns ex-ministros; menção a indicação de seu nome para o Ministério da Saúde no governo João Goulart; a elaboração do plano de saúde do estado e o convite para ser Secretário de Saúde do Estado; referência ao SESP e sua ligação com a Fundação Rockefeller.

Chagas na Amazônia

Reúne um conjunto de depoimentos coletados durante viagem realizada por equipe de pesquisadores da Fiocruz pelas regiões próximas aos rios Solimões, Juruá e Tarauacá, com o objetivo de levantar dados sobre as condições médico-sanitárias destas regiões, a fim de possibilitar a comparação com as condições encontradas por Carlos Chagas, em 1912. Dentre os depoentes encontram-se médicos, políticos, agentes de saúde e habitantes das localidades percorridas, cujo trabalho e vivência possibilitam traçar um quadro das condições de vida encontradas nestas regiões.

Delir Corrêa Gomes

Sumário
Fita 1 - Lado A
Origem familiar; os estudos primário e secundário realizados no colégio da Irmandade das Freiras Servas do Espírito Santo; o incentivo do pai para o estudo da Medicina e o interesse pela área de Biologia; primeiros contatos com o IOC, encontro com Lauro Travassos; incentivo para que prestasse vestibular para história natural; a opção pelo curso de história natural na UEG; o início do estágio no IOC e a importância deste no seu aperfeiçoamento profissional; breve comentário sobre os cursas e professores da UEG; reflexões sobre os cursos de entomologia e helmintologia realizados no IOC durante a graduação; comentários sobre a opção pela helmintologia; referência aos pesquisadores dos Laboratórios de Entomologia e Helmintologia, em 1961; a presença das mulheres no IOC e na UEG e as relações estabelecidas entre homens e mulheres; comentários acerca das cobranças de Lauro Travassos e João Ferreira Teixeira de Freitas em relação às avaliações dos estagiários nos cursos universitários; a importância do Curso de Aplicação do IOC em sua formação, as disciplinas e exigências curriculares; comentários sobre a questão da remuneração de estagiários do IOC; menção às bolsas fornecidas pelo CNPq; referências ao primeiro trabalho publicado em 1964; comentários sobre o estágio no IOC e as expectativas de contratação; referência à matrícula no primeiro Curso Avançado de Protozoologia, realizado na Universidade de Brasília (UnB), em 1970; o Curso de Imunoparasitologia, realizado no Instituto Castelo Branco, atual Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), em 1973; o interesse pela área de imunoparasitologia; breve comparação dos cursos de especialização e de pós-graduação, a partir dos anos 1970.

Fita 1 - Lado B
Considerações sobre os cursos de pós-graduação no início dos anos 1970; as exigências de títulos de pós-graduação; a opção pelo curso de pós-graduação na área de parasitologia na UFRRJ; o interesse por novos temas de pesquisa; referência ao convite de João Ferreira Teixeira de Freitas para ministrar curso de helmintologia no Curso de Aplicação; comentários acerca da prática na pesquisa e no magistério; breve relato das experiências no ensino de helmintologia; comparação dos requisitos para frequentar os cursos de medicina tropical e de parasitologia médica, ministrados na Fiocruz nos anos 1970; a experiência no ensino secundário durante a gestão de Vinícius da Fonseca, na Fiocruz; dificuldades enfrentadas para conciliar o Curso de Mestrado na UFRRJ e atividades profissionais do magistério; breve relato da efetivação na Fiocruz em fins dos anos 1970; considerações acerca da sua chefia no Departamento de Helmintologia; o perfil profissional dos pesquisadores Lauro Travassos e João Ferreira Teixeira de Freitas e as viagens de coleta realizadas por eles; a organização de excursões de coleta e sua importância na formação de várias coleções; a utilização do material da Coleção Helmintológica para as pesquisas da dissertação de mestrado; dificuldades financeiras enfrentadas nos 1970 para a realização de novas excursões de coleta; as coleções da Fiocruz e os materiais coletados por pesquisadores de outras instituições; reflexões acerca do período em que foi curadora da Coleção Helmintológica, entre 1982 e 1989; o acesso ao cargo de curadora, seu trabalho na recuperação e organização do material e a questão da falta de apoio institucional.

Fita 2 - Lado A
A situação das coleções científicas da Fiocruz na gestão Vinícius da Fonseca (1975-1979) e a ameaça de sua transferência para o Museu Nacional; comentários acerca do quadro de pesquisadores da Fiocruz durante a gestão de Vinícius da Fonseca; considerações sobre o trabalho de pesquisadores com espécimes da Coleção Helmintológica; relatos sobre o cotidiano do uso da Coleção Helmintológica; as trocas de materiais da coleção com pesquisadores de outras instituições; considerações acerca das medidas tomadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em relação à entrada e saída de espécimes no país; comentário sobre a importância do Projeto das Coleções Científicas da Fiocruz promovido pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz); sua participação na Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro; origem das verbas destinadas à manutenção da Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro e publicação dos trabalhos nas Atas da Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro, breves reflexões sobre a importância das coleções científicas.

Cícero Novaes e João Prezado

Entrevista realizada por Lisabel Klein e Eduardo Thielen, em Belo Horizonte (MG), no dia 28 de agosto de 1990.

Instituto Oswaldo Cruz - O Brasil no Microscópio

História do Instituto Oswaldo Cruz, onde se observa o surgimento da pesquisa científica autônoma no Brasil. Conjuga elementos do acervo do Departamento de Arquivo e Documentação e do Museu da Casa de Oswaldo Cruz com as principais e mais recentes conclusões dos historiadores que se debruçaram sobre a obra de cientistas, como Oswaldo Cruz, Carlos Chagas e seus seguidores. São recuperados trechos de filmes históricos sobre a campanha da febre amarela no Rio de Janeiro do início do século, a descoberta da Doença de Chagas em Lassance (MG) e as ações profiláticas da Fundação Rockefeller no Brasil. Destacam-se também as reproduções de um conjunto de fotografias de J. Pinto, tematizando a construção do Castelo Mourisco e as fotos antropológicas recolhidas durante as primeiras expedições ao interior do país.

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