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Renato Pacheco Filho

Entrevista realizada por André de Faria Pereira Neto e Sérgio Luiz de Alves Rocha, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 25 de novembro, 02, 08, 21 de dezembro de 1994 e 16 de janeiro de 1995.
Sumário
Fita 1 - Lado A
O trabalho de seu pai como médico de família; a morte de sua mãe; as brigas entre seu pai e a família de sua mãe; sua infância; suas experiências na escola Sarmiento; as influências na sua opção pela medicina.

Fita 1 - Lado B
Suas impressões sobre o Rio de Janeiro durante o período de sua infância no Jardim Botânico e Leblon; a atuação de seu pai como médico de família durante a gripe de 1918; referência ao seu pai como um homem preparado tecnicamente, ético e trabalhador; os problemas enfrentados por Renato Pacheco Filho para ingressar na faculdade de medicina; os primeiros anos na faculdade de medicina; o perfil socioeconômico dos estudantes de medicina em fins da década de 1920 e início de 1930; o sistema de aulas; as modificações introduzidas pela Reforma Rocha Vaz; as diferenças entre a Academia Nacional de Medicina e a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro; sua experiência no quarto ano da faculdade como acadêmico vacinador da Saúde Pública; o trabalho no quinto ano como interno "de clínica cirúrgica na faculdade de medicina".

Fita 2 - Lado A
Sua experiência como vacinador da Saúde Pública; a situação da assistência médica no Rio até 1907; os concursos públicos realizados por seu pai; a vida do estudante de medicina; a origem profissional dos pais de seus colegas de faculdade; como eram as aulas na faculdade; o cotidiano de um estudante de medicina (locais de estudo); o grau de dificuldade do curso; sua participação como secretário do Clube Atlético e como diretor da Federação Acadêmica; Santiago Dantas e a solidariedade a Washington Luís; suas relações com pessoas de 'esquerda' e de 'direita'; a Revolução de 1930 e o Movimento Integralista; o debate ideológico no meio estudantil; as atividades por ele desenvolvidas durante o estágio no serviço de Paulino Werneck; o segundo e o terceiro anos de faculdade; o seu primeiro vencimento como acadêmico vacinador da Saúde Pública.

Fita 2 - Lado B
O internato de propedêutica no quarto ano com Rocha Vaz; as diferenças entre os hospitais São Francisco de Paula, São Francisco de Assis e a Santa Casa; suas experiências como 'peru' (aluno que, por decisão pessoal, desenvolve trabalho com o professor sem ter vínculo institucional ou remuneração) na Santa Casa com Augusto Paulino; sua primeira experiência na sala cirúrgica como estudante; a personalidade do professor Rocha Vaz (1929); as modificações introduzidas no ensino após a reforma Rocha Vaz; a dinâmica das aulas; o número de internos por professor e o valor que recebiam; os internos e os internos voluntários.

Fita 3 - Lado A
Sua experiência como interno de clínica cirúrgica (1930/1934) com o Professor Figueiredo Baena; a personalidade deste professor e como ele atingiu a cátedra; sua experiência como 'peru' de Aldair C. Figueiredo; o trabalho com o Professor Figueiredo Baena: a remuneração e as atividades desempenhadas; como conciliava as atividades na profilaxia, na faculdade e no internato; a organização do ensino nas várias clínicas; o perfil profissional dos médicos que participavam da Academia Nacional de Medicina e do Sindicato dos Médicos; as diferenças entre estas duas instituições; a atuação de seu pai no SMB e na Confederação Brasileira de Desportos; o surgimento do Colégio Brasileiro de Cirurgiões; as instituições médicas dos anos 1920: a Academia Nacional de Medicina, a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, o Sindicato Médico Brasileiro e o Colégio Brasileiro de Cirurgiões; as faculdades de medicina existentes quando de sua formatura; sua explicação para a existência de várias entidades representativas dos médicos; como ocorreu sua filiação ao SMB; algumas considerações sobre a representatividade do SMB; a visão do SMB sobre o processo de assalariamento.

Fita 3 - Lado B
As obrigações do médico assistente; seu desinteresse pela carreira do magistério; como conciliava o trabalho na faculdade e na Santa Casa (1931-1934); o trabalho com Figueiredo Baena em sua clínica privada; o funcionamento do serviço social da Santa Casa; sua opção pela cirurgia; os pré-requisitos, na época, para o trabalho do cirurgião (técnica versus habilidade); a delimitação da competência entre clínicos e cirurgiões; o conflito entre os cirurgiões e os leigos; o SMB e o combate às práticas médicas condenadas; sua nomeação (1933) para o cargo de cirurgião auxiliar da Prefeitura do Distrito Federal (Hospital do Pronto Socorro); a Reforma Pedro Ernesto e a carreira médica da Assistência; a situação dos hospitais antes da reforma; as diferenças entre os cargos de cirurgião auxiliar, adjunto, assistente e chefe de serviço; como os médicos conciliavam suas atividades na Assistência com sua clínica privada; como conseguiu montar o seu consultório particular e a constituição de sua clientela.

Fita 4 - Lado A
O consultório no Hospital São Francisco de Assis; seu tempo de trabalho no consultório; o trabalho com seu pai; a formação de sua clientela; o relacionamento com seus clientes; as características de sua clientela; seu período livre; a diferença entre o trabalho no hospital e na clinica privada; sua atuação no Souza Aguiar (1933); as origens do Souza Aguiar; a organização de seu espaço físico; sua importância para o atendimento de urgência na época; a organização dos seus serviços médicos (equipes ou serviços); a organização do trabalho dos acadêmicos neste hospital; a remuneração paga pelo paciente; o salário; a carga horária do hospital; a relação entre os médicos auxiliares e os assistentes; a sua ascensão dentro da Assistência; a perseguição da "cúpula" da Assistência a Dr Aldair Figueiredo; a volta dos 'carcomidos' depois da prisão de Pedro Ernesto; a comissão do Departamento Geral da Assistência; a prisão de Aldair Figueiredo.

Fita 4 - Lado B
A prisão de Aldair Figueiredo e a perseguição da 'cúpula' da Assistência; a participação na Comissão Organizadora do Formulário da Secretária Geral da Assistência (1938); a amizade com Pedro Nava; a obtenção do prêmio "Doutorandos de 1900" promovido pela ANM; a competição no meio médico da época; a atuação de Aldair Figueiredo na Revolução Constitucionalista de 1932; suas críticas ao então secretário da Assistência Publica, Irineu Malagueta, e a Monteiro Autran, seu chefe de gabinete; os motivos que levaram Getúlio Vargas a perseguir Pedro Ernesto.

Fita 5 - Lado A
A popularidade de Pedro Ernesto depois da Reforma; a eleição de Pedro Ernesto para a Prefeitura do Distrito Federal em 1934; a origem do dinheiro utilizado nas obras da Reforma Pedro Ernesto; as críticas feitas a Pedro Ernesto; o contato de Pedro Ernesto com Luiz Carlos Prestes; a Intentona Comunista (1935) e a participação de alguns auxiliares de Pedro Ernesto; Carlos Lacerda e a queda de Getúlio Vargas em 1955; a prisão de Pedro Ernesto; sua saída da prisão; o Dispensário Rocha Faria em Campo Grande: sua organização física e a composição das equipes; sua ida para Campo Grande e o acesso até lá naquela época; a clientela atendida; o tempo de serviço; sua transferência para o Paulino Werneck na Ilha do Governador; a inauguração dos hospitais construídos por Pedro Ernesto; a localização do Hospital Rocha Faria; o Hospital Paulino Werneck: a organização interna técnica do espaço; as especialidades existentes; o acesso ate lá; o número de leitos; o serviço; sua convivência com Pedro Nava; porque Pedro Ernesto fez os hospitais em locais onde não havia pacientes.

Fita 5 - Lado B
Sua convivência com Pedro Nava; a experiência no Hospital Carlos Chagas como chefe de clínica; os motivos de sua saída.

Fita 6 - Lado A
O Hospital Souza Aguiar (1933): as ocorrências, as especialidades e a organização dos serviços (equipes); as modificações introduzidas pela Reforma Pedro Ernesto; o critério de nomeação dos chefes de serviço; as ampliações no Hospital Souza Aguiar depois da Reforma Pedro Ernesto; as atribuições dos chefes de serviço,. o relacionamento entre clínicos e cirurgiões no Souza Aguiar; a clientela atendida; a remuneração paga pelo paciente; a Assistência Médica antes da Reforma Pedro Ernesto; a reação popular ao funcionamento do Pronto Socorro quando de sua inauguração; a faixa etária de seus colegas de trabalho; o Souza Aguiar como uma grande escola; como compatibilizava o seu horário no Souza Aguiar com o de seu consultório; a clientela de seu consultório; as diferenças entre a clínica privada ontem e hoje; as razões de sua saída do Souza Aguiar; as referências a Aldair Figueiredo; sua opinião sobre a Revolução de 1930.

Fita 6 - Lado B
Seu relacionamento com Pedro Ernesto; o serviço no Hospital Rocha Faria: o espaço físico, o número de equipes, sua constituição e clientela; sua ascensão de cirurgião assistente a chefe de serviço no Carlos Chagas; o serviço no Paulino Werneck; a comparação entre as clientelas do Souza Aguiar, do Paulino Werneck e do Rocha Faria; o motivo de sua saída do Paulino Werneck; como se tornou chefe de clínica do Carlos Chagas; quando começaram a ser construídos os hospitais Paulino Werneck, Carlos Chagas e Getúlio Vargas; a administração posterior à de Pedro Ernesto; o posto de afogados do Lido: os motivos para a sua fundação; a visão do SMB sobre a Reforma Pedro Ernesto; a atuação de Pedro Ernesto como interventor do Distrito Federal.

Fita 7 - Lado A
O posicionamento do Sindicato diante das reformas promovidas por Pedro Ernesto; a Faculdade de Ciências Médicas fundada por Rolando Monteiro; o relacionamento entre as faculdades e o SMB; o impacto das idéias de Pedro Ernesto sobre a assistência pública e sobre o mercado de trabalho médico; a posição do Sindicato com relação à criação do Conselho de Medicina; a proposta de fundação da Ordem dos Médicos; a reação da opinião pública à Reforma Pedro Ernesto; a saída de Pedro Ernesto da prisão; os motivos da popularidade de Pedro Ernesto; a posição de Pedro Ernesto em relação ao integralismo e ao comunismo; o trabalho na Ilha do Governador; os médicos da Assistência e seus consultórios particulares; o desvio de clientes para o consultório particular ontem e hoje; o status alcançado pelo trabalho na Assistência; sua nomeação para chefe de clínica do Hospital Carlos Chagas; o espaço físico do hospital; a organização das equipes.

Fita 7 - Lado B
O Hospital Carlos Chagas: a organização técnica do espaço, o número de leitos, a clientela, o número de médicos; a transfusão de sangue neste período; referências a Aldair Figueiredo e a sua saída e posterior reintegração na Assistência; o seu salário na assistência; a sua dedicação à profissão como exemplo herdado de seu pai; a atitude mercenária dos médicos de sua época; seu retorno ao Souza Aguiar e as diferenças em relação ao período anterior; seus atritos com os diretores do Hospitais Souza Aguiar e Carlos Chagas; sua transferência para o Méier.

Fita 8 - Lado A
Seu período como médico da Beneficência Portuguesa (1937-1941); o trabalho no ambulatório; o relacionamento entre diretor e médico do ponto de vista da determinação do número de clientes a serem atendidas; sua atuação na Revista Médica Municipal; as revistas médicas existentes no início da década de 1940; o Hospital Getúlio Vargas, o espaço físico e sua organização técnica, as especialidades, a constituição das equipes, o número de leitos e o sistema de trabalho; a criação da Associação Médica Brasileira; a fundação da AMDF.

Fita 8 - Lado B
As disputas entre a AMB e a AMDF; a origem do Conselho de Medicina e o concomitante refluxo do SMB; a AMB e a defesa dos interesses dos médicos paulistas; as relações entre a AMB, a AMDF e o Sindicato dos Médicos; sua candidatura à presidência da AMDF (1955); sua atuação como presidente da AMDF; suas relações com o presidente Juscelino Kubitschek; sua indicação para a comissão de estudos para a confecção do decreto presidencial que reconhecia o risco de vida para os médicos; a censura da AMB às iniciativas tomadas pela AMDF.

Fita 9 - Lado A
O pedido de prisão contra ele e os demais membros da AMDF sob a acusação de serem todos comunistas (1964); as disputas entre a AMDF, a AMB e a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro; de que maneira a SMCRJ tornou-se representante da AMB no Rio de Janeiro; os motivos da proliferação institucional no movimento médico; o SMB e a oposição à criação do Conselho de Medicina; a proposta de criação da Ordem dos Médicos; o achatamento salarial dos médicos de 1940 a 1952; a AMB e a palavra de ordem: "emprego único para os médicos"; as distorções do comportamento médico como efeito da baixa remuneração; os cargos que ocupou no Colégio Brasileiro de Cirurgiões; como se tornou presidente do CBC; a relação entre a participação em associações médicas e o status; sua atuação como presidente do CBC e suas principais contribuições ao CBC; o CBC hoje; a sua atuação no movimento da greve da letra 'O'.

Fita 10 - Lado A
A participação em entidades médicas; sua entrada para o Colégio Brasileiro de Cirurgiões (1932); o Colégio Brasileiro de Cirurgiões neste período; sua atuação como relator nas reformas estatutárias do Colégio; as diferenças entre o Colégio e a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro; o Colégio de Cirurgiões hoje; as diferenças entre o Colégio e as demais instituições médicas do período; os benefícios; por que não participou de maneira ativa do Sindicato; a clientela do Sindicato; como se tornou sócio do Sindicato; que tipo de relacionamento seu pai tinha com Álvaro Tavares; a atuação de Álvaro Tavares à frente do Sindicato; a posição do Sindicato com relação à entrada do Estado na Assistência Médica; as relações do Colégio com os professores das faculdades de medicina; sua participação em entidades médicas internacionais.

Fita 10 - Lado B
O perfil da profissão na década de 1940; as relações entre os médicos; as estratégias para angariar clientes; a importância do trabalho no serviço público; o seguro saúde e o credenciamento dos médicos como solução para os médicos; as relações entre a prática médica e a política; a constituinte de 1933 e a eleição do candidato dos médicos: Cumplido Sant'Anna; onde se formavam os médicos que atuavam no RJ; como eram as relações entre alopatas e homeopatas na década de 1940; a origem social de seus colegas de turma na década de 1930; a presença da medicina na imprensa leiga - os anúncios médicos; a posição contrária do SMB à criação do Conselho em 1945; as razões da demora da tramitação do Projeto 7.955 na Câmara; o Código de Ética de 1945.

Fita 11 - Lado A
O Código de 1945; as funções de um código de ética; como eram as relações entre os médicos na década de 1940; as conferências médicas: o que eram e como eram realizadas; a especialização da medicina e os dilemas éticos; as diferenças entre o médico assistente e o médico perito (1945); as relações entre os médicos e os farmacêuticos na década de 1940; a mercantilização da farmácia depois da Segunda Grande Guerra; os tipos de charlatanismo; o relacionamento do doente com o charlatão; a posição do Colégio Brasileiro de Cirurgiões em relação ao charlatanismo; os avanços técnicos na medicina; o desenvolvimento das lentes de contato depois da grande guerra; a posição do Conselho com relação ao charlatanismo; o segredo médico; os anúncios médicos e a indústria dos agradecimentos; o seguro saúde e a proletarização dos médicos; as consultas pelo rádio e pelos jornais; a entrada do Estado na Assistência Médica e as suas consequências para a prática médica.

Fita 11 - Lado B
A criação do seguro saúde no Brasil, na França, nos Estados Unidos e na Inglaterra; o funcionamento do seguro saúde no Brasil; sua relação com a autonomia profissional e com o mercado de trabalho médico; o trabalho gratuito; a transferência de pacientes da clínica pública para a clinica privada; o caso do "Dr. Pulha".

Fita 12 - Lado A
O perfil profissional do médico na década de 1950; a atuação do médico de família no início do século; as modificações no ensino prático da medicina na década de 1940; os limites de atuação do SMB; a atuação de Álvaro à frente do Sindicato; como o Sindicato via a opção dos médicos pelo serviço público; as faculdades existentes na época em que se formou; as razões para o declínio da clínica privada; sua opinião sobre o assalariamento e sobre a autonomia; o Sindicato e a crítica à Reforma Pedro Ernesto; a Reforma Pedro Ernesto e a ampliação do mercado de trabalho do médico carioca; a relação ambígua do Sindicato com relação a Pedro Ernesto; a verificação da indigência nos Hospitais da Assistência; as diferenças entre o Hospital do Pronto Socorro e o Dispensário do Méier.

Fita 12 - Lado B
O movimento de criação da AMDF; o perfil dos médicos participantes da AMB; a proposta de fundação de uma associação de bases nacionais; a criação da AMDF; a discriminação aos médicos cariocas da AMDF pela AMB; a participação dos médicos 'comunistas' na AMDF; as relações entre a AMDF e a greve da letra 'O'; os motivos da greve da letra 'O'; o veto ao projeto que criava a letra 'O' e a reação da AMDF; como foi obtido o aumento dos médicos pela AMDF; a repercussão da greve na imprensa.

Sylvio Lemgruber Sertã

Entrevista realizada por André de Faria Pereira Neto, Jeane Azevedo de Souza e Sérgio Luiz Alves da Rocha, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 13, 20 e 27 de junho e 04, 11 e 18 de julho de 1995.
Sumário
Fita 1 - Lado A
A infância no Carmo (RJ); seu pai: sua formação e a sua clínica médica no Carmo no início do século; sua família; as razões que levaram seu tio e seu pai a optarem pela medicina; o casamento de seus pais; a morte do avô; a morte de sua mãe e o novo casamento de seu pai; a casa no Carmo; o mini-hospital do pai.

Fita 1 - Lado B
Sua alfabetização; as lembranças de seu primeiro professor; a mudança para o Rio de Janeiro (Tijuca); o consultório do pai no Rio de Janeiro; os exames preparatórios no Colégio Pedro II; o Ginásio Bittencourt; sua opção pela medicina; seu pai e o exercício da medicina: médico dedicado; a biblioteca do pai; como seu pai era remunerado pelas consultas médicas no Carmo: o farmacêutico-anestesista que atuava como assistente de seu pai; o equipamento cirúrgico de seu pai.

Fita 2 - Lado A
Os instrumentos cirúrgicos utilizados pelo pai; a evolução tecnológica da medicina; a "Escola do Doutor Aguinaga" versus a "Escola do Doutor Fernando de Magalhães"; as doações de sangue até a década de 1920; as primeiras determinações de tipo sanguíneo no Brasil; o tratamento do câncer em pacientes grávidas.

Fita 2 - Lado B
O período na universidade (1923-1928); seu trabalho como interno no Hospital Escola São Francisco de Assis; os serviços no Hospital São Francisco de Assis; como eram realizadas a anestesia e a cirurgia neste período; como conciliava os horários no hospital e os estudos na faculdade; a escolha das disciplinas na faculdade; o incidente com Miguel Osório de Almeida; os efeitos da Reforma Rocha Vaz; como se deslocava da faculdade para o hospital; o Hospital São Francisco de Assis como uma escola; o comportamento ético de Armando Aguinaga e o seu significado para a ginecologia no Brasil; sua opção pela ginecologia; a ginecologia na década de 1930.

Fita 3 - Lado A
A relação com Armando Aguinaga; o relacionamento entre médico e paciente na década de 1920; como sobrevivia no período em que cursava a faculdade; o atendimento no Hospital São Francisco de Assis; os debates ideológicos sobre o nazi-facismo nos tempos da faculdade; a Revolução de 1924; Arthur Bernardes e a Previdência Social; a Revolução de 1930; sua desilusão com Getúlio Vargas; a Revolução Constitucionalista e seu posicionamento; a vida associativa na faculdade; o perfil socioeconômico dos estudantes de medicina em 1928; os estudantes de outros Estados do país.

Fita 3 - Lado B
A família; o início de carreira; referências aos médicos Abreu Fialho, Álvaro Osório de Almeida e Cardoso Fontes; a tendência à especialização da medicina em 1928; sua cerimônia de formatura; a utilização da vacina contra a tuberculose na Escola de Enfermagem Ana Nery e no Hospital São Francisco de Assis; os efeitos da vacina; como era encarada a "medicina preventiva" no seu tempo; o tratamento dos doentes de câncer; a posição de Armando Aguinaga com relação ao curandeirismo; o ideal da medicina ontem e hoje; a opinião sobre cada um dos formados de sua turma; o perfil socioeconômico da clientela do Hospital São Francisco de Assis; as Caixas de Aposentadorias e Pensões.

Fita 4 - Lado A
O número de hospitais do Rio de Janeiro no final da década de 1920; a Assistência Municipal, a Beneficência Portuguesa e a Casa de Saúde São José; o trabalho no hospital logo no início da faculdade; a opinião sobre o avanço da medicina gratuita, a fundação das Caixas de Aposentadorias e Pensões; a situação da Previdência Social no Brasil hoje; a construção da maternidade Thompson Motta; o número de leitos da enfermaria da Escola Ana Nery.

Fita 5 - Lado A
A compra de cadáveres pelos estudantes de medicina; as aulas de anatomia; a reação na primeira dissecação; a reação dos calouros quando viam sangue pela primeira vez; o trabalho no consultório de Armando Aguinaga; o desejo de atuar no magistério superior; a atual falta de conhecimento obstétrico por parte dos médicos e as suas consequências, a experiência como professor da Escola de Enfermagem Ana Nery; a origem social das alunas da Escola Ana Nery; o "manequim obstétrico de Pinar"; seus estudos sobre o choque obstétrico; o curso de parteiras que criou na Escola Ana Nery; a relação entre os médicos e as parteiras; a ideia de fundar um plano de assistência na década de 1930.

Fita 5 - Lado B
A polêmica criada em torno do primeiro plano de assistência; a medicina de grupo hoje; alguns comentários a respeito de algumas fotografias; a maternidade da Escola Ana Nery; a construção da 19ª Enfermaria da Maternidade Thompson Motta por Armando Aguinaga; como Armando Aguinaga conciliava as suas atividades na Santa Casa e na Maternidade; os anúncios médicos e de produtos farmacêuticos; as diferenças entre os consultórios em 1935, 1938 e 1952; os cursos na maternidade do Hospital São Francisco de Assis.

Fita 6 - Lado A
Um caso de cirurgia realizada em Petrópolis; o primeiro consultório particular com Armando Aguinaga; como conciliava os horários da Escola Ana Nery e do consultório; o perfil socioeconômico de seus pacientes; o tempo de constituição de sua clientela, seu relacionamento com os pacientes do hospital e do consultório; os chamados de emergência, a compra de sua casa na rua Maria Angélica, o erro médico; a relação entre os médicos a partir da progressiva especialização da medicina; a importância da clínica médica para a formação do médico; as mudanças de localização de seu consultório, os consultórios em farmácias (1910/1920); as conferências médicas; a carreira como docente na Faculdade Nacional de Medicina e no Instituto Hahnemanniano; as diferenças entre essas duas instituições; o relacionamento entre alopatas e homeopatas.

Fita 6 - Lado B
Comparação entre o Instituto Hahnemanniano e a Faculdade de Medicina; a Casa de Saúde São José, o número de vagas no Instituto Hanemanniano e na Faculdade Nacional de Medicina; o que eram os "cursos equiparados"; seu concurso para professor titular no Instituto Hanemaniano e na Faculdade Nacional de Medicina; as relações entre o magistério e a clínica; as relações entre o hospital e a clínica; seu relacionamento com os pacientes do hospital e do consultório; a realização das transfusões de sangue e a determinação do fator Rh.

Fita 7 - Lado A
O mercado de trabalho na década de 1940 e hoje; o cargo público como um empecilho na carreira do médico; a relação entre os concursos e a clínica particular; a cadeira de clínica obstétrica na Faculdade Nacional de Medicina e no Instituto Hahnemaniano; o perfil socioeconômico dos colegas de turma; a concorrência dos Institutos e suas consequências para o mercado de trabalho do médico liberal; a transformação da medicina "liberal" para a medicina "tecnologizada"; as transformações na ginecologia nas décadas de 1930 e 1940; os estudos hormonais na Europa e nos Estados Unidos e a sua repercussão no Brasil; a prevenção do câncer; o avanço científico e as reformulações de seus cursos; a fundação da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro; a fundação do Sindicato Médico Brasileiro; o Ministério da Educação e a criação dos Conselhos de Medicina; a Ordem dos Advogados e a Ordem dos Médicos da França; a questão ética na década de 1930 no Brasil e na França; a concorrência desleal na década de 1930; o comportamento dos médicos hoje em dia com relação à concorrência desleal; seu desinteresse pelas associações médicas; a reduzida repercussão do IV Congresso Médico Sindicalista Brasileiro no interior da categoria; referência a Roberval Cordeiro de Farias.

Fita 7 - Lado B
Como o Sindicato era visto pela categoria médica; como os médicos encaravam a criação do Conselho de Medicina; alguns comentários sobre Álvaro Tavares de Souza; a polêmica em torno da filiação ao Conselho nas décadas de 1940/1950; os médicos que participaram da criação do Conselho; os médicos "democráticos" e os médicos "esquerdistas"; a vida acadêmica e associativa dos médicos.

Fita 8 - Lado A
A indicação de Roberval Cordeiro de Farias para o Conselho; o desconhecimento da categoria do texto do Código de 1945; os médicos indicados para a primeira diretoria do Conselho; o Código de Deontologia Médica de 1945 e a "concorrência desleal"; o médico assistente e sua relação com o especialista; o "mercenarismo" na profissão; os problemas criados pela especialização.

Fita 8 - Lado B
As conferências médicas na década de 1940; a atuação do médico perito; a relação médico versus farmacêutico na década de 1940; a influência negativa do espiritismo; sua opinião sobre a homeopatia; o curandeirismo na década de 1940; a procura, pelos pacientes, por métodos "não-científicos"; o segredo médico na década de 1940; o Código de Deontologia Médica de 1945; a "indústria dos agradecimentos" e a ética profissional.

Fita 9 - Lado A
A gestão do Conselho no período anterior a sua posse na presidência; onde e como eram realizadas as reuniões para a confecção do projeto provisório do Conselho; a origem das verbas do Conselho; a promulgação do Decreto-Lei 7.955; a localização do Conselho Provisório; o Código de Ética da AMB; a criação da AMB; o movimento de criação da AMDF e a greve da letra "O"; como compatibilizar a greve com o juramento feito pelos médicos; a pluralidade de organizações associativas no Brasil; a ação da Associação Médica Americana (AMA); o Sindicato dos Médicos.

Fita 9 - Lado B
A Sociedade de Medicina e Cirurgia; o Código de Ética de 1967; o regime de trabalho no Hospital São Francisco de Assis; o primeiro convênio firmado entre um hospital e o INPS; os médicos-estudantes do Hospital São Francisco de Assis; as "escolas" dos médicos; a participação dos médicos na greve da letra "O"; o médico funcionário público e a "medicina liberal"; seu plano de um hospital-piloto; o status adquirido por trabalhar com Armando Aguinaga; suas pretensões com a candidatura para o Conselho; a eleição de 1954; os nomes dos componentes do Conselho de Medicina do Distrito Federal e do Conselho Federal de Medicina; a origem dos recursos para o funcionamento do Conselho entre 1954-1958.

Fita 10 - Lado A
As atas do Conselho Provisório; o decreto-lei n° 3.268 de 1957 aprovado pela Câmara dos Deputados; a obrigatoriedade de inscrição dos médicos nos Conselhos de Medicina; o Código de 1953 aprovado pela AMB; a resistência dos médicos ao Conselho; a composição da chapa para a eleição de 1958; os "vermelhinhos" da AMEG; seus conflitos com o presidente Heitor Carpinteiro Peres; a atuação do Conselho com o Código de 1957; o Regimento Interno do Conselho; comentários sobre Serafim Chaves Soares e Paulo Arthur Pinto da Rocha.

Fita 11 - Lado A
Sua opinião sobre alguns dos membros da diretoria do CREMEDF; as eleições para o Conselho em 1963; a chapa vencedora das eleições; comentários sobre alguns nomes que tiveram atuação destacada durante o processo de criação e instituição do Conselho.

Fita 11 - Lado B
As eleições de 1963; o período em que foi presidente do CREMEDF; o Código de Ética de 1963; a atuação do Conselho com relação à ética.

Fita 12 - Lado A
O relato da punição de um médico pelo Conselho; o período em que foi presidente do Conselho, em 1978; a chapa que foi eleita mas não empossada; a composição da diretoria antes de 1978; o Conselho Regional e a "iniciativa" de Rothier.

História e memória do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães

Este projeto foi desenvolvido em comemoração aos 45 anos de atividades do Instituto Aggeu Magalhães, localizado em Recife e desde 1970 subordinado à Fundação Oswaldo Cruz. Reúne 19 depoimentos com personagens de diversas áreas da instituição como diretores, pesquisadores e funcionários administrativos, em exercício ou não de suas atividades institucionais.

Ageu Magalhães Filho

Entrevista realizada por Antônio Torres Montenegro e Tânia Fernandes, em Recife (PE), no dia 04 de janeiro de 1996.
Sumário
Fita 1 - Lado A
A trajetória profissional de Aggeu Magalhães (pai); o trabalho científico do pai nos EUA; referência a Agamenon Magalhães; a criação do Serviço de Verificação de Óbitos (SVO); o descobrimento da esquistossomose em Pernambuco e a gastroenterite infantil no SVO; a produção de estatística anual de causa mortis; a Fiocruz e o financiamento de projetos ligados à esquistossomose; a Fundação Rockefeller e a relação com o SVO; a articulação para a criação do centro de helmintoses de Pernambuco; o falecimento do pai; as instalações do Instituto Aggeu Magalhães (IAM).

Fita 1 - Lado B
O seu trabalho na anatomia patológica do IAM; a gestão de Durval Lucena; os avanços na pesquisa da esquistossomose nos EUA; a bolsa de estudos; o retorno da pós-graduação para o Departamento de Anatomia Patológica; a relação do IAM com a Divisão de Organização Sanitária (DOS); o Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CPqAM) após 1964; o convênio entre a Fundação Kellogg e a UFPE; a criação do Núcleo de Imunopatologia na UFPE; a possibilidade de fechamento do CPqAM; o contato com Keizo Asami; sua gestão no CPqAM; o convênio com a FINEP para a produção de antígenos; transferência de Célio e Alzira para Recife; as conquistas científicas no campo da peste e no estudo de bactérias; o projeto com o Japão.

Fita 2 - Lado A
O Acordo UFPE/Fiocruz para a construção do novo prédio do CPqAM; a movimentação política para a aprovação do acordo; a construção do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (LIKA); a ligação da UFPE com a Fiocruz; o convênio com o Japão; o financiamento da OMS para a construção do LIKA e do CPqAM; o CPqAM e o trabalho sobre filariose; a participação de dr. Frederico; a reforma na estação de campo de São Lourenço da Mata; EXU e a ligação com o Ministério da Saúde; a articulação política para montar uma escola de saúde pública em Pernambuco; o Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva (NESC); a filariose e a esquistossomose.

Fita 2 - Lado B
Celeuma médica: aspectos ineficientes do tratamento com antimônio; a tecnologia avançada do LIKA; o novo tratamento para a esquistossomose; as dificuldades do LIKA; o apoio do Japan International Cooperation Agency (JICA); o Instituto de Antibióticos; a sua saída da direção do CPqAM; a atuação política de Aggeu Magalhães (pai); as perseguições políticas aos familiares de Agamenon Magalhães; a formação humanística de Aloísio Magalhães.

Fita 3 - Lado A
Lembranças da infância; a adolescência: as professoras e a convocação para as forças armadas; a vida na época da universidade; a clínica médica e o início da profissão; a faculdade e o trabalho de pesquisa.

Fita 3 - Lado B
Impressões sobre literatura e ciência; opiniões sobre política e educação; o curso de medicina; hospitais ligados ao estado de Pernambuco e à Santa Casa da Misericórdia; Aloísio Magalhães.

Fita 4 - Lado A
Aloísio Magalhães e o tombamento de Manguinhos (Fiocruz/RJ); a cadeira de anatomia patológica da UFPE e o Hospital Pedro lI; a boemia no bairro do Recife; a mulher americana; comentários sobre a energia e o mundo; Agamenon Magalhães, Aggeu (pai) e a influência na sua vida; a violência política dos anos 1930.

Fita 4 - Lado B
A política de Agamenon no estado: impostos, mocambos e o governo federal; o trabalho na Universidade da Paraíba; descreve o início da sua carreira como médico no Instituto Oswaldo Cruz; a criação da Faculdade de Ciências Médicas de Pernambuco e o Hospital do Sancho.

Alexandre Bezerra de Carvalho

Entrevista realizada por Antonio Torres Montenegro e Tânia Fernandes, em Recife (PE), no dia 09 de maio de 1996.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Lembranças da infância e da cidade onde nasceu; as características de sua família; menção ao pai, médico; a influência do pai e da família na opção pela formação médica; lembranças do ambiente familiar; lembrança da morte de um dos seus irmãos; a influência do pai em sua vida de pesquisador; a mudança para Recife; o curso de Medicina Preventiva no IMIP; a ida para São Paulo; seu ingresso no Hospital das Clínicas em São Paulo; o concurso público para o Hospital dos Servidores do Estado de São Paulo; as consequências pela aprovação no concurso; sua participação na criação de um grupo especializado em fígado; referência a um acidente sofrido em São Paulo; a volta para Campina Grande (PB); o retorno para Recife; seu ingresso no Hemope; a saída do Hemope; o convite de Aggeu Magalhães para ingressar no CPqAM; considerações sobre sua carreira acadêmica; seu ingresso no governo como Secretário adjunto de Saúde do Estado; considerações sobre sua vida pública; lembranças da infância e da vida escolar; a relação com o pai; o acidente com seu irmão e as consequências na família; o suicídio de um outro irmão; o acidente com uma irmã; considerações da mudança para Recife; lembranças de sua estada no Hospital da Aeronáutica; as relação com o pai; o consultório em Boa Viagem; considerações sobre a Fundação SESP; a aptidão para o piano; a opção pela medicina; lembranças do ginásio; considerações sobre o Colégio Estadual de Campina Grande; o acidente com seu irmão; as experiências e dúvidas na juventude; o vestibular para medicina; o desejo na juventude de estudar física nuclear; a sua formação humanística; lembranças de sua prisão no golpe de 1964; o seu apartidarismo; a época universitária; o Teatro Popular do Nordeste; sua participação no meio artístico e cultural; sua atuação nas boates de São Paulo como pianista; a opção pela medicina.

Fita 1 - Lado B
Lembranças do seu acidente em São Paulo; a volta para Campina Grande; considerações sobre a Faculdade de Medicina de Campina Grande; referência à sua esposa; a vinda para Recife; o ingresso no Hemope; considerações sobre o Hemope; referência aos seus estudos sobre sangue; a montagem de um banco de sangue com o seu pai; sua formação em clínica; referência a uma irmã; considerações sobre Aggeu Magalhães; considerações sobre as relações entre o CPqAM e a universidade; considerações sobre as relações entre o CPqAM e a Secretaria de Saúde do Estado; a ligação do CPqAM com o DNERu; a ligação do CPqAM com a FNS; o início das relações entre o CPqAM e a universidade; considerações sobre a transferência do CPqAM para o campus da UFPE; as relações do CPqAM com o LIKA; seu ingresso no CPqAM; a atuação dos diretores do CPqAM com quem trabalhou; o papel do governo japonês; as relações entre a universidade e a JICA; as relações entre a universidade, a JICA e a Fiocruz; a reforma no CPqAM; sua ida para a Secretaria de Saúde; sua atuação na campanha de combate à cólera; considerações sobre o SUS; a volta ao CPqAM; as relações do CPqAM com os outros centros de pesquisas ligados à Fiocruz.

Fita 2 - Lado A
Considerações sobre o relacionamento do CPqAM com os outros centros ligados à Fiocruz; os financiamentos do CPqAM; considerações sobre a Fiocruz; referência a seu trabalho no CPqAM; o trabalho com o Hemope; considerações sobre um Instituto de Saúde de Pernambuco; referência a uma viagem a Washington; sua formação de recursos humanos; referência ao setor saúde no Brasil; seu interesse na área da saúde pública; o trabalho dos irmãos e do pai; o afastamento de suas irmãs do piano; referência a seus filhos; considerações sobre a informática; relação entre o curso médico e outros cursos; considerações sobre as transformações no mundo; as mudanças no perfil dos médicos; considerações sobre a robótica e a medicina; as mudanças nos currículos dos cursos de medicina; referência ao seu gosto pela medicina.

Alzira Maria Paiva de Almeida

Entrevista realizada por Antônio Torres Montenegro, em Recife (PE), no dia 17 de abril de 1996.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Considerações sobre a educação colegial; as residências na infância; o magistério; a decisão pelo curso de nutrição; a preparação para o vestibular; o período universitário; o Instituto de Nutrição; as dificuldades pós-64; a ida para o CPqAM; a experiência em Exu (PE); a mudança para Garanhuns (PE); o trabalho com a peste; as bolsas de estudo no exterior; a produção de antígeno antipestoso; a vigilância sorológica em Garanhuns; o CDC; a construção do laboratório.

Fita 1 - Lado B
A colaboração de Darcy Pascoal Brasil; a ida para Garanhuns; o laboratório e os equipamentos; a produção de antígenos conjugados; a importância da França; a experiência do tio na II Grande Guerra; a família: o avô e o pai; a presença francesa no laboratório em Exu; o desejo de doutorar-se e as dificuldades pela falta do título; o doutoramento na França; as dificuldades de adaptação; a vida profissional e a vida familiar; a relação com a orientadora; o trabalho conjunto com o Brasil.

Fita 2 - Lado A
O aprendizado na França; áreas de interesse; as conversas com o avô e o tio; as dificuldades durante a II Guerra; a morte da mãe e a relação deste fato com Eva Perón; o estudo como interna em colégios de freiras; a influência das colegas; a ida para o Colégio Nossa Senhora do Carmo.

André Freire Furtado

Entrevista realizada por Antonio Torres Montenegro e Tânia Fernandes, em Recife (PE), nos dias 11 e e 28 de junho de 1996.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Lembranças da Infância no Ceará e a família; as secas no interior; o estudo; a chegada de um irmão Marista; comentários sobre os irmãos Maristas; o convite para ir para o Colégio Marista e a reação dos pais; a mudança para Recife, para o colégio dos irmãos Maristas; o juvenato; a conclusão dos cursos primário, ginásio e científico; a mudança; para Campina Grande (PB), para o noviciato; a transferência para Aracati (CE) para dar aulas; as matérias que ensinava; o aprendizado de línguas estrangeiras; comentários sobre a Congregação e a presença de maristas de outros países no Brasil; as ordens religiosas francesas; a religião hoje; o conceito social sobre os religiosos hoje; sua opinião sobre a religião; sua posição sobre o Colégio Marista e a origem dos alunos; suas tarefas em Aracati; o hábito de ler e estudar.

Fita 1 - Lado B
O vestibular na Universidade Católica; a relação financeira com a Ordem Marista; a socialização dos bens; o término do curso de biologia e a transferência para o Instituto de Teologia em Roma; o questionamento sobre os hábitos do convento; a desavença com a direção; a transferência para a França; sua saída da Congregação dos Maristas; o retorno ao estudo de biologia; a sobrevivência; a visita à faculdade em Paris; o ingresso nos cursos de mestrado e doutorado, em Paris; referência às aulas e apresentação de pesquisas; a movimentação política dos alunos e o receio de ser deportado.

Fita 2 - Lado B
Continuação dos comentários sobre os movimentos contra o governo francês, em 1968; a mudança na Sorbonne e no ensino francês; o ingresso na universidade, no Departamento de Biologia e Patologia Gerais; a experiência em ensino programados na área de genética; comentários sobre o ensino secundário; a experiência em Nazaré da Mata; críticas à formação nos Estados Unidos; a bolsa de estudos para retornar à França; o retorno ao Brasil e a criação do Departamento de Entogênese; referências ao curso de francês; a opção pelo estudo em transmissores de doença de Chagas; o crescimento do laboratório e a pesquisa na universidade; o processo eleitoral para reitor; a indicação para continuar como chefe do Departamento de Biologia; reflexões sobre a ciência e a religião; críticas à universidade; a bolsa para ir à Califórnia, para o curso de biologia molecular antes do retorno à França; referência ao golpe de 1964 no Brasil; um episódio no retorno na viagem de navio; o período na Alemanha; comentários sobre o financiamento de pesquisas no Brasil; o episódio com o gasto de uma verba de pesquisa; a relação pesquisa-ensino na universidade; o convite para trabalhar no CPqAM, no Laboratório de Imunologia; o convite para dirigir o Instituto Aggeu Magalhães; o aceite para a vice-direção e as primeiras medidas tomadas; a busca de financiamento; as bolsas para estudo no exterior; a tentativa de aplicação de um método de avaliação; o marasmo na pesquisa; a construção do prédio do CPqAM no campus da UFPE; o termo aditivo ao convênio com a UFPE.

Fita 3 - Lado A
Comentários sobre a especialização de pessoal e os intercâmbios institucionais; definições das linhas de pesquisa no Aggeu; a interdisciplinaridade; os financiamentos externos; o relatório de pesquisa; as bolsas para pesquisa e a formação de pessoal; os assessores da OMS e as pesquisas em filariose; o convênio com o governo japonês; o LIKA e seu financiamento; o intercâmbio do LIKA com o Japão; críticas a algumas opções de intercâmbio; críticas ao LIKA; comentários sobre sua gestão e o papel do diretor.

Fita 3 - Lado B
Comentários sobre o papel do diretor e o acidente com a equipe de filsariose; comentários sobre os grupos de pesquisa do CPqAM e a produção científica; a isonomia na ciência.

Fita 4 - Lado A
Algumas lembranças de infância; a opção pela formação como irmão Marista; o crescimento de Várzea Alegre; a finalidade da Congregação dos Marista; o conflito com a formação religiosa e a cidadania; o gosto pela leitura; a discordância filosófica com os Maristas; o interesse pela genética e a evolução; as doenças estudadas; a situação da doença de Chagas no Brasil e o desinteresse dos pesquisadores nos anos 1990; a inserção na filariose; o trabalho do CPqAM em filariose e o financiamento da OMS; os equipamentos do Centro na década de 1980; a atuação em Zonas Especiais de Interesse Social para o estudo da filariose; as desavenças com o TDR da OMS; o programa RHAE; os projetos desenvolvidos no Aggeu no início da sua gestão.

Fita 4 - Lado B
O retorno ao trabalho de pesquisa; a possibilidade de reeleição como diretor; a associação da pesquisa com a direção; a filariose e a entomologia; os financiamentos de projetos; as atividades como vice-diretor; o projeto "FINEPÃO" da Fiocruz; as bolsas conquistadas para formação de pessoal e a publicação no Centro; o intercâmbio científico e o núcleo de estudos; referência a alguns pesquisadores; a criação de departamentos no Instituto Aggeu Magalhães (IAM); os pesquisadores visitantes; críticas ao financiamento da OMS; os grupos de pesquisa em filariose.

Fita 5 - Lado A
O controle da filariose em Recife; a criação de postos de saúde nas favelas; a obrigatoriedade dos estagiários em trabalhar nos referidos postos de saúde; o episódio com uma estagiária da equipe de filariose; a relação entre os dois grupos de filariose; a importância das pesquisas em filariose; a criação do LIKA; a participação de Morei no CPqAM; a relação dos centros regionais com a Fiocruz; o LIKA e o convênio com a UFPE; a posição da Fiocruz; a distância entre o LIKA e o CPqAM; a relação do LIKA com a universidade; o casamento, a família e os filhos.

Fita 5 - Lado B
A esposa; sua visão sobre a ciência no Brasil; a desigualdade científica entre o Nordeste e o Sudeste; a ciência na Fiocruz; a ciência e o governo militar; os governos pós-ditadura; a reforma do Estado hoje e a universidade; a questão das vacinas em Campinas; o vírus da varíola e sua destruição consciente pelo homem; a criação do NESC; a composição e os cursos ministrados no NESC; crítica à estrutura do NESC e a carência de profissionais.

Fita 6 - Lado A
Continuação dos comentários sobre o NESC; a direção e a relação com as Secretarias de Saúde; o trabalho de peste em Exu e Garanhuns; o programa PAPES/ Fiocruz; a burocracia para o gasto de dinheiro em pesquisa; a atuação da FACEPE e o programa induzido; a reforma da Fiocruz e o Congresso Interno.

Arcelino Ferreira Farias

Entrevista realizada por Antonio Torres Montenegro, em Natal (RN), no dia 20 de abril de 1996.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Lembranças da infância em Baixio; a seca no sertão; a mudança para Recife; o estudo com a intenção de ser padre; o rádio; reminiscências do cotidiano no interior do Ceará; a economia da região de Baixio (CE); a Revolução de 1930.

Fita 1 - Lado B
A Revolução de 1930; a seca no sertão de Baixio; o trabalho no IBGE e no Serviço Nacional de Malária; a 2ª Guerra Mundial; a Divisão de Organização Sanitária, o DNERu e o INERu; referências a partidos políticos: UDN, PCB e PSB; o ingresso no CPqAM; os diretores do Instituto Aggeu Magalhães (IAM); a burocracia do CPqAM.

Fita 2 - Lado A
Os problemas com a burocracia do Ministério da Saúde; o trabalho em Exu (PE); o Laboratório Regional de Peste; considerações sobre o DDT; breves comentários sobre os ex-diretores do CPqAM.

Fita 2 - Lado B
O trabalho em Exu; a administração de André Furtado; a devolução da verba do Banco do Brasil; a reforma administrativa do governo Juscelino; relações de nomes de funcionários do CPqAM; o processo de aposentadoria.

Fita 3 - Lado A
Considerações sobre as 'injustiças' no serviço público; a mudança do regime no CPqAM para CLT; recordação sobre os colegas de trabalho do CPqAM.

Célio Rodrigues de Almeida

Entrevista realizada por Antonio Torres Montenegro e Tânia Fernandes, em Recife (PE), nos dias 31 de janeiro a 14 de agosto de 1996. O lado A da fita 5 e as fitas 6 e 7 sofreram danificação; a entrevista foi refeita nas fitas 8 e 9.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Lembranças da infância em Canhotinho (PE); o trabalho do pai como motorista; Ascenso Ferreira em Canhotinho; o casamento do pai e a mudança para Canhotinho; mudança de toda a família para Garanhuns (PE); lembranças da adolescência em Garanhuns: o Colégio Diocesano e as matinês de cinema aos domingos.

Fita 1 - Lado B
A namorada, o carnaval, o irmão gêmeo falecido; os longos cabelos cacheados da infância; as diversões, os trabalhos domésticos auxiliando a mãe; a missa e a religiosidade; a mudança para Recife para servir o Exército.

Fita 2 - Lado A
O trabalho em teatro; lembranças da família; lembranças da 2ª Guerra Mundial e da Copa do Mundo de 1950; a situação política; o crime do padre Hosana de Siqueira e Silva; a participação no movimento anti-comunista; lembranças de Canhotinho e Garanhuns.

Fita 2 - Lado B
Lembranças da infância; a morte de Getúlio Vargas e de Francisco Alves; o interesse pela dança de salão; o serviço militar em Recife (PE); os estudos no Ginásio Pernambucano; o primeiro emprego; o ingresso na universidade; o vestibular em Recife; o início da carreira profissional.

Fita 3 - Lado A
Lembranças do vestibular; o ingresso no Laboratório Central da Peste; lembranças da adolescência; lembranças da ampliação da Avenida Conde da Boa Vista; a participação de congresso em Manaus (AM); a especialização em micopatologia; o golpe de 1964; os convites para trabalhar no sertão.

Fita 3 - Lado B
O ingresso no CPqAM; os trabalhos com a peste; a organização do projeto da peste; o estágio no Rio de Janeiro e alguns episódios; convênios com a SUDENE para o projeto da peste; o trabalho em Garanhuns; montagem do biotério em Garanhuns; a missão francesa e a escolha de Exu (PE).

Fita 4 - Lado A
O radioamador como sistema de comunicação; Exu (PE) como foco da peste; os programas de profilaxia da peste no Brasil; comentários sobre a história da peste no Brasil; Oswaldo Cruz e o trabalho na epidemia de peste em Santos; Oswaldo Cruz e a desratização no Rio de Janeiro; a peste em Pernambuco; urbanização da peste; a peste em Triunfo (PE); a criação do Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu) e a atuação do governo federal nas grandes campanhas nacionais; a evolução de medidas contra a peste; o uso do DDT; o ciclo da peste; o caso do lança-chamas; as mudanças no combate à peste em 1958; o surto de peste em 1961; a divergência entre os pestólogos; o trabalho em Exu lembranças da vida naquela cidade.

Fita 4 - Lado B
A pesquisa em Exu; a ameaça de paralização dos trabalhos em Exu; o cotidiano em Exu; a perda de contatos com a França e o Irã nos anos 1970; a apresentação de trabalhos em Fortaleza (CE), em 1971; a produção científica do CPqAM e a peste; a relação com a Fiocruz sob a gestão de Vinícius da Fonseca; a polêmica em Fortaleza; a sustentação da tese de transmissão da peste por pulgas silvestres; o congresso em Fortaleza; o prestígio do tralho do CPqAM em peste; a incorporação à Fiocruz; o apoio aos estados do Nordeste; as mudanças nos meios de controle da peste.

Fita 5 - Lado B
O estágio em Paris; os trabalhos no Institut Pasteur; lembranças da França; a visita do ministro da Saúde brasileiro ao Institut Pasteur; a construção do laboratório em Garanhuns; a vinda de pesquisadores americanos a Garanhuns; trabalhos na área da peste em Garanhuns; a disputa por cargos na Fundação; as bolsas de pesquisa; a fase áurea do Instituto; as incompatibilidades em Garanhuns; a transferência para o Instituto Aggeu Magalhães (IAM), em Recife.

Fita 8 - Lado A
O convite para participar de um congresso na Rússia; a situação da peste na Rússia; os preparativos para a viagem à Rússia; a proibição da entrada de brasileiros na Rússia; a mudança da viagem; o estágio no Institut Pasteur, em Paris; a implantação dos cursos de peste em Garanhuns; a transformação do laboratório de Garanhuns em um laboratório regional, e do CPqAM em central para a peste; a pesquisa em Garanhuns e a relação com o CPqAM; as outras áreas de pesquisa no CPqAM naquela época; a gestão de Dirceu Pessoa no CPqAM; os estados e as localidades com maior incidência de peste no Brasil; o controle da peste; exemplo de controle na Rússia; o desaparecimento do foco de peste na Europa; referências à peste medieval; a situação da incidência da peste nos anos 1990 no Brasil; os focos de peste no Brasil; a situação em Exu nos anos 1990; os laboratórios no Ceará, Paraíba e Pernambuco; o trabalho de educação sanitária; o trabalho em Exu; os cursos oferecidos em Garanhuns; lembranças do trabalho em Garanhuns; o surto de peste em 1960, em Pernambuco; o Departamento de Bacteriologia no CPqAM; os estudos em biologia molecular no CPqAM.

Fita 8 - Lado B
Comentários sobre sua experiência em Garanhuns; a reunião no Rio de Janeiro com o Ministério da Saúde para delinear o projeto de controle da peste; o projeto de Baltazar, do Institut Pasteur, e o financiamento da OMS; a escolha de Garanhuns para o início do projeto; o CPqAM e a SUDENE como encarregados do projeto; a estruturação do laboratório em Garanhuns e a montagem de um biotério; as dificuldades de instalação do Biotério; a escolha de Exu para implantação do trabalho; a escola agrícola em Exu; a transferência de Exu para Garanhuns; o curso na Universidade Gama Filho; as gestões de Saul Tavares e de Dirceu Pessoa; a Fiocruz e o projeto em Exu; referência aos pesquisadores que trabalhavam no CPqAM; a transferência de Garanhuns para Recife; o trabalho no CPqAM; o foco de peste no Rio de Janeiro; o envio de material da Fiocruz para o CPqAM; a peste na zona rural do Rio de Janeiro; a falta de um combate excessivo à peste; o ressurgimento da peste em 1961; o processo de readaptação no IAM; a saída de Exu para Recife.

Fita 9 - Lado A
A campanha de peste da Fundação Nacional de Saúde; a organização dos trabalhos pesquisados; a criação de pulgas; o trabalho de campo e a transmissão de conhecimentos.

Diva Vitória Cardim

Entrevista realizada por Antonio Torres Montenegro e Tânia Fernandes, em Recife (PE), no dia 10 de maio de 1996.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Lembranças da infância e da família; a vida no sítio; o curso primário; o estudo dos irmãos; o diploma de professora; o primeiro emprego de secretária; o curso de especialização para professoras na Secretaria de Educação; o ingresso na profissão de educadora; o trabalho no preventório Bruno Veloso; a atuação como diretora de uma creche em Beberibe (Recife/PE); trabalho na Campanha Pernambucana Pró-Infância; o trabalho na Secretaria de Educação fora da regência de cadeira; a função como assistente social e a chefia das caixas escolares; a dificuldade na sala de aula por alergia ao giz; as viagens em Pernambuco como chefe de Caixa Escolar; a proposta de trabalho de controle da esquistossomose; o ingresso no DNERu como educadora sanitária; a proposta de participação no curso de educação em saúde; referência à Hortência Holanda; a campanha contra a filariose; o tratamento da filariose na época; o contato com Rinaldo de Azevedo; referência ao chefe Airton; a elaboração de material audiovisual; as palestras de educação preventiva contra a filariose; o trabalho de visitadora sanitária; a divulgação dos métodos preventivos em filariose; o apoio da companhia de eletricidade, da imprensa etc; a ideia da produção de um filme sobre prevenção da filariose.

Fita 1 - Lado B
A produção de um filme sobre filariose; a dúvida sobre o paradeiro do filme hoje; descrição do filme; o levantamento de recursos para a realização do filme educativo; a busca de um cineasta; as dificuldades para a produção do filme e problemas com a administração do DNERu; a finalização do filme; a utilização por várias instituições; as dificuldades em continuar o trabalho; a indicação de transferência para o sertão; as desavenças no DNERu; a participação na secretaria do XV Congresso Brasileiro de Higiene; o ingresso no Instituto de Higiene como secretária; o retorno ao DNERu; a intervenção na direção do DNERu; o ingresso no CPqAM como educadora sanitária; o trabalho com Frederico Simões Barbosa; o trabalho na Escola de Química; a tentativa de mudança do Ministério da Saúde para o de Educação; a campanha de desratização na Prefeitura de Recife; a elaboração de uma cartilha.

Fita 2 - Lado A
O trabalho no CPqAM na época do convênio da SUDENE para pesquisas ligadas à peste e à esquistossomose; considerações sobre Frederico Simões Barbosa e as atividades assumidas com a sua viagem; as responsabilidades na gestão do convênio com a SUDENE; referências ao trabalho na Secretaria de Higiene na Prefeitura; o Curso Básico Regionalizado de Saúde Pública, os professores, os alunos, as exigências; o início dos problemas pessoais de saúde; o trabalho no Centro de Saúde Couto Lessa Andrade; a licença médica; referências a André Furtado; os problemas com o afastamento; o retorno à secretaria dos cursos de saúde pública; a reclassificação na Fiocruz; a criação do NESC; o processo de aposentadoria; o agravamento de seu quadro de saúde; referência a seu processo de aposentadoria; referência a Arcelino e o processo de reclassificação; o criadouro de muriçocas para a realização do filme.

Fita 2 - Lado B
O criadouro de muriçocas e a alimentação dos insetos; o estúdio improvisado na garagem da casa; referência ao trabalho do pai e seus problemas de saúde; lembranças da infância, as brincadeiras e os castigos; comentários sobre a irmã; a doença do pai e o diagnóstico; a cirurgia do pai; a medicação trazida do Japão para o pai; o período com o pai no hospital; o falecimento do pai; o falecimento da mãe; os problemas de saúde e a cirurgia cardíaca; referência ao NESC e à documentação em sua posse; a campanha contra as muriçocas.

Fita 3 - Lado A
O filme sobre filariose: comentários na imprensa, a filmagem.

Eridan Coutinho

Entrevista realizada por Antonio Torres Montenegro e Tânia Fernandes, em Recife (PE), nos dias 30 e 31 de janeiro de 1996.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Considerações sobre o seu pai; a ação revolucionária do pai; o exemplo dado às filhas; a juventude do pai; o ingresso do pai no Exército; o movimento de 1930; a prisão do pai; a vida após a prisão; o nascimento de Eridan; a prisão do pai em Fernando de Noronha; a anistia; a carreira do pai no Exército; as constantes transferências de moradia; os estudos; a escola; a liberdade na juventude; a juventude em Fortaleza; a opção pela medicina; o vestibular; a mudança de universidade; a política estudantil; o desejo de estudar na Faculdade de Medicina da Bahia; a transferência para a Faculdade de Recife; o desejo de ser pesquisadora; a opção pela anatomia patológica; a monitoria; o ingresso no CPqAM; o convívio com José Carneiro; a vida acadêmica.

Fita 1 - Lado B
A bolsa de estudos nos laboratórios Pravás; o fim da participação política (em Recife); a política estudantil em Fortaleza; lembrança de alguns professores; a estada em São Paulo; a experiência como auxiliar acadêmica; a estrutura laboratorial do CPqAM; o primeiro Laboratório de Bioquímica dos Caramujos; o casamento e o primeiro filho; a estada nos EUA; a experiência na Harvard School of Public Health; o trabalho no Departamento de Nutrição; a relação entre parasitoses e desnutrição; a experiência na faculdade; o doutorado.

Fita 2 - Lado A
A livre-docência; a experiência na Inglaterra; a relação do CPqAM com a Secretaria de Saúde Pública de Pernambuco; a importância da saúde pública; a falta de sintonia com os problemas regionais; a ligação mais direta com o governo federal; as grandes campanhas de saúde pública; as relações com outros órgãos governamentais; a Fundação SESP; a entrada no INERu; a mudança de Instituto para Centro de Pesquisas; a incorporação à Fiocruz; a gestão de Sergio Arouca; o convênio com o governo japonês; os acordos para a construção do novo prédio; a gestão de Ageu Magalhães Filho.

Fita 2 - Lado B
A busca de um local para o laboratório japonês; o acordo com a universidade; as movimentações políticas; a elaboração de um organograma para o Centro; o convênio entre a Fiocruz e a universidade; a fundação do LIKA; a relação entre o CPqAM e o LIKA.

Fita 3 - Lado A
A infância e a influência do pai, as irmãs e a mãe; a vida em família; o trabalho e os filhos; os filhos, noras e genros; a época passada na Bahia; a 2ª Guerra Mundial; a partida do pai; os namoros; as brincadeiras de colégio; o gosto pelas piadas; as brincadeiras e os estudos; a participação no diretório acadêmico; o estudo de música; as atividades extra-curriculares; a ação na política partidária de Fortaleza; as decepções com a política; a narrativa de um fato durante a ditadura militar.

Fita 3 - Lado B
Referência ao seu casamento; comentários sobre Frederico Abath; o divórcio; os filhos; o estudo dos filhos; sua influência sobre a escolha profissional dos filhos; a presença do avô na criação dos filhos; os estudos nos EUA; a influência da ditadura militar no CPqAM; as transformações ocorridas na gestão Arouca; a ampliação do espaço físico e do pessoal do CPqAM.

Fita 4 - Lado A
Considerações sobre sua gestão; a qualificação de recursos humanos; linhas de pesquisa do CPqAM; intercâmbio com outros centros; a relação com Far-Manguinhos.

Fita 4 - Lado B
Considerações sobre sua participação na história do CPqAM.

Frederico Adolfo Simões Barbosa

Entrevista realizada por Antonio Torres Montenegro e Tânia Fernandes, em Recife (PE), nos dias 16 e 17 de dezembro de 1995.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Lembranças da infância; a vocação profissional do pai e do avô; o espaço da cidade para uma criança naquele tempo; a inauguração do Hospital Centenário; a festa de inauguração; a Revolução de 1930; comentários sobre Pessoa de Queiroz; o alistamento do irmão e a convocação do mesmo para a Revolução de 1932; a prisão do pai; comentários sobre Agamenon Magalhães; o episódio de invasão da Folha da Manhã.

Fita 1 - Lado B
Continuação da narrativa sobre o episódio contra o jornal de Agamenon Magalhães; a perseguição de Agamenon a sua família; Agamenon como interventor e sua perseguição aos integralistas; a perseguição sofrida e sua saída de Pernambuco; as dificuldades com o curso de medicina; a interferência da condessa e do conde Pereira Carneiro para sua liberação e a realização das provas de conclusão do curso de medicina; retorno ao Rio de Janeiro; a bolsa de estudos concedida por Assis Chateaubriand, em São Paulo; a Faculdade de Medicina; a opção pelo curso de medicina; a cultura médica brasileira e a influência europeia; o estágio no Hospital Centenário; referência a Samuel Pessoa e o curso de parasitologia, Aggeu Magalhães e Ulisses Pernambuco; o envolvimento com a psiquiatria e com a antropologia; a Aliança Nacional Libertadora (ANL); as reuniões políticas na faculdade; a pós-graduação com Samuel Pessoa, na USP.

Fita 2 - Lado A
A pós-graduação em São Paulo e a ajuda de Assis Chateaubriand a estudantes nordestinos; a moradia em uma pensão; comentários sobre Samuel Pessoa e a Revolução de 1932; contatos com o grupo de Samuel Pessoa; a estada no Rio de Janeiro; o alistamento nas tropas da 2ª Guerra Mundial e o retorno a Recife; a década de 1945; a denúncia de falsificação de exames de fezes no Hospital da Aeronáutica; o assassinato de Demócrito em 1945; suas primeiras leituras marxistas; sua inscrição para ir à guerra; a possibilidade de ir para o Rio de Janeiro, a desistência e o acidente com avião; o curso de mestrado nos EUA e sua opção pelo trabalho de campo; a reação americana no fim da guerra; fatos marcantes da passagem pelos EUA; episódio de racismo.

Fita 2 - Lado B
Continuação dos relatos do episódio de racismo; o primeiro casamento e as experiências de rapaz; a volta ao Brasil; as eleições no Brasil; o papel de Amílcar Barca Pellon e Aggeu Magalhães [pai] na organização do Centro; Aggeu (pai) e a organização da anatomia patológica de Pernambuco; comentários sobre Aggeu [pai]; a ida de Evandro Chagas a Recife; a criação do Serviço de Verificação de Óbitos e os primeiros estudos sobre esquistossomose; a construção do CPqAM; a indicação de seu nome para a direção do Centro; comentários sobre Barbosa Lima Sobrinho; o acompanhamento da construção do IAM; a inauguração do IAM e da Fundação Joaquim Nabuco; os funcionários do IAM; a esquistossomose; a criação dos centros de Belo Horizonte (MG) e da Bahia; as dificuldades financeiras no IAM e o financiamento por instituições estrangeiras; o controle da endemia de esquistossomose; as discussões contra os moluscicidas e o controle da esquistossomose no Egito.

Fita 3 - Lado A
As discussões sobre o uso dos moluscicidas e as tentativas com produtos naturais; a mudança de Instituto para Centro de Pesquisas; a publicação de trabalhos sobre os moluscicidas; os demais centros de pesquisa brasileiros; a pesquisa no Centro de Belo Horizonte; a política de controle da esquistossomose em Pernambuco; o uso de moluscicidas em meados da década de 1950 em caráter experimental; o trabalho na OMS; algumas experiências com moluscicidas no Egito; a Bayer e os moluscicidas; as desavenças na OMS; as pesquisas no CPqAM e a liberdade de contratação e demissão; a relação com Agamenom e Aggeu; as atividades na universidade; a demissão do CPqAM; a gestão do Centro e as relações políticas com os governos; o INERu na gestão de José Rodrigues da Silva; a aposentadoria precoce.

Fita 3 - Lado A
A experiência na OMS e os interesses políticos; o veto aos relatórios sobre restrições ao uso dos moluscicidas; a viagem a Gana; fatos marcantes na OMS; o retorno ao Brasil e os convites das universidades; o envolvimento com a educação médica e o cargo de presidente da ABEM; a escolha por Brasília e as divergências políticas; a relação com Pernambuco e a manutenção do trabalho no IAM; comentários sobre Francisco Arruda; o concurso de livre docência; comentários sobre o sistema de cátedras; a experiência em Brasília e a repressão na universidade; a aposentadoria especial; o título honoris causa; a gestão como diretor da Faculdade de Ciências da Saúde e as desavenças com o reitor; a criação da Associação de Docentes e sua participação; a invasão da Universidade de Brasília pela polícia; o financiamento de organizações internacionais de pesquisa.

Fita 4 - Lado A
O programa comunitário em Planaltina (cidade Satélite/Brasília); o cancelamento de convênios; a perseguição do reitor ao seu trabalho; referência a um documento papal sobre a absolvição de Galileu pela Igreja; o artigo 477: sua ação sobre os estudantes universitários e a posição da Congregação; o episódio na casa de um amigo ligado ao governo militar; o trabalho no Ministério da Educação, em Brasília; a perseguição em Brasília à sua esposa; as articulações com o CNPq; a Universidade de São Carlos; o processo eleitoral para reitor e a recusa da ministra; a separação da segunda esposa; Ernani Braga e o concurso para a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp); a direção do Departamento de Epidemiologia e da Ensp; as atividades na ABEM; os quatro cargos ocupados na Fiocruz; a anistia e abertura política; a candidatura de Sergio Arouca para a Fiocruz; comentários sobre a política na Fiocruz.

Fita 4 - Lado B
O posicionamento político da Fiocruz; as novas diretorias e sua gestão; o Estatuto da Fundação; as dificuldades políticas; o retorno ao departamento e a criação do Núcleo de Estudos Samuel Pessoa; a aposentadoria na Ensp e o contrato como pesquisador visitante; o retorno a Recife; a incorporação ao CPqAM e o trabalho com esquistossomose; as homenagens recebidas; a Festa das Rosas e a arrecadação de fundos para o Hospital Centenário.

Frederico Guilherme Coutinho Abath

Entrevista realizada por Antonio Torres Montenegro, em Recife (PE), no dia 03 de abril de 1996.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Lembranças da Infância; a relação familiar; comentários sobre as conversas acadêmicas dos pais; a opção profissional; lembranças da vida escolar; o ingresso na universidade; a residência médica em cardiologia; a incorporação ao CPqAM; o vínculo com a Fiocruz; a vida científica; o doutorado em Londres; o retorno ao Brasil; as áreas de interesse para pesquisa; comentários sobre o doutoramento e a ciência na Inglaterra; o nascimento das filhas; comparação entre o trabalho científico nos dois países; a chefia de departamento no CPqAM; comentários sobre a Fiocruz e a pesquisa no CPqAM nos anos 1990; a separação dos pais e os irmãos; lembranças da infância; a viagem dos pais para os EUA; a reforma da casa da família; o casamento do pai e os novos irmãos; observações sobre as classes sociais e sua relação, quando criança, com crianças pobres.

Fita 1 - Lado B
A primeira experiência sexual; o namoro; a consciência política e a ditadura de 1964; a perseguição aos seus pais; a cultura, música e artes na década de 1960 e comparações com a atualidade; seu gosto musical; as leituras recentes; comentários sobre seu avô materno.

Gerusa Dreyer

Entrevista realizada por Antonio Torres Montenegro e Tânia Fernandes, em Recife (PE), no dia 01 de janeiro de 1996.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Comentários sobre seu nascimento; a infância, o respeito à hierarquia; a curiosidade nata; a família e as dificuldades; o papel da mãe; os estudos; a doença do pai; o espírito dos avós; a filosofia de vida; as férias no interior; os estudos primários; o vestibular.

Fita 1 - Lado B
O acidente; a estada no hospital; os erros médicos e as consequências no nascimento da primeira filha; a leitura durante a convalescença; o ingresso na faculdade; o retorno ao hospital; o novo vestibular; sua relação com os pacientes; a convivência com a filariose; o primeiro contato com a doença; o ingresso no CPqAM; seus primeiros estudos da doença; o curso de psicologia; as aplicações do conhecimento psicológico; a relação com a cirurgia; a formação clínica; a ida aos EUA; o trabalho no Centro de Hemoterapia.

Fita 2 - Lado A
Os problemas durante a primeira gravidez; as dificuldades no parto; a filha recém-nascida e doente; a cura da filha; a terceira gravidez; o acidente que havia sofrido e os consequentes problemas; a recuperação; a reconstituição plástica da face; o ingresso no CPqAM; o processo de tratamento da filariose; a projeção internacional do trabalho; as pesquisas para a elaboração de uma vacina; a possibilidade de recuperação; a filariose; os problemas burocráticos; as dificuldades no estudo da filária; o ideal de uma organização.

Fita 2 - Lado B
A burocracia; a geografia da elefantíase; a erradicação no Sul do Brasil; o aspecto dos doentes; a repercussão da doença nas funções sexual e mental do paciente; a cura corporal e psicológica; a importância da urologia; repercussões sexuais; o sofrimento com a doença; a desvalorização do Nordeste brasileiro; a porcentagem de regressão da doença; a integração multidisciplinar; a importância da observação dos pacientes; a utilização da ultrassonografia; a observação clínica; a relação na equipe.

Fita 3 - Lado A
Reflexões sobre a morte; a continuidade da pesquisa; a comemoração pelos dez anos do programa; a convivência com Amaury Coutinho; a afeição recíproca entre os membros da equipe; sua relação com o trabalho; considerações sobre o trabalho do pesquisador; o doente no Centro de Pesquisas; considerações sobre a vida e a morte; a continuidade de seu trabalho.

Hélio Bezerra Coutinho

Entrevista realizada por Antonio Torres Montenegro, em Recife (PE), no dia 05 de abril de 1996.
Sumário
Fita 1 - Lado A
A infância e a família; o encaminhamento para o curso de medicina; o cotidiano da infância; a vida escolar; o curso pré-médico; a convocação para o Exército; o mestrado nos EUA; o incêndio do edifício nos EUA; o aprendizado em embriologia e histologia na Universidade de Michigan; o concurso para a Fundação Kellogg; a criação de uma cadeira no Departamento de Histologia, na Faculdade de Odontologia de Pernambuco; a reforma universitária (1968); o convite para trabalhar em ensino programado com especialistas de Porto Rico; os problemas com o Serviço Nacional de Informação (SNI); a experiência na Inglaterra; a Fiocruz; o trabalho na universidade; os convênios firmados na Escócia para o CPqAM.

Fita 1 - Lado B
A pesquisa no Brasil; o convite para trabalhar no CPqAM; sua gestão no CPqAM; a aquisição de recursos para a produção científica; o movimento de 1935; o teste para a escola experimental; lembranças de uma antiga professora; comentários sobre Cristiano Cordeiro; o período ginasial; a Faculdade de Medicina; o período em que esteve no quartel.

Fita 2 - Lado A
O Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro (CPOR); a dedicação exclusiva na universidade; a participação nos movimentos políticos; o episódio Demócrito; o Partido Comunista; o Comitê Nacional de Organização e Preparação do Partido (CNOP); o golpe de 1964; a vida no bairro do Recife; a convivência com o mundo intelectual de Recife; os cinemas do período e o cinema mudo; o trabalho no CPqAM; a pesquisa científica no Brasil; as homenagens e os títulos recebidos.

Fita 2 - Lado B
A experiência de trabalhos na Inglaterra; memórias de Portugal; o contato com o mundo acadêmico português; o período pós-revolucionário em Portugal; os alunos portugueses; a falta de adaptação da esposa em Portugal.

José Carlos de Moraes

Entrevista realizada por Antonio Torres Montenegro e Tânia Fernandes, em Recife (PE), nos dias 18 e 19 de janeiro de 1996.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Considerações sobre a cidade de Quipapá (PE); suas atividades quando era criança; o trabalho do seu pai; lembranças da infância e da escola; as festas em Quipapá; seus irmãos; sua atuação como coroinha da missa; o assassinato do bispo de Garanhuns (PE); o livro sobre o assassinato do bispo Dom Francisco Expedito Lopes; referência ao padre Hosana de Siqueira e Silva; considerações sobre a religião; lembranças da infância; as diferenças sociais em Quipapá; seu cotidiano em Quipapá; lembrança de uma namorada; seu desejo de ser seminarista; referência ao cinema de Quipapá; considerações sobre seu pai; as desigualdades entre os frequentadores do cinema de Quipapá.

Fita 1 - Lado B
Considerações sobre o cinema; considerações sobre Quipapá; as peças teatrais escolares; o professor Amaro Matias; a atuação da Fundação SESP em Quipapá; o curso de admissão em Caruaru (PE); seu desejo de sair de Quipapá; a inauguração do Posto de Saúde de Quipapá; referência ao parteiro Cláudio Lopes; o jogo do bicho no interior; a primeira namorada; sua saída de Quipapá para Caruaru; lembranças dos estudos em Caruaru; o primeiro emprego em Caruaru; lembranças do seu trabalho em uma gráfica; referência a seu cunhado; o curso de contabilidade; o interesse por mecânica; a vinda para Recife; o trabalho na COPERBO; lembranças de Recife; a deposição de Miguel Arraes; a ida para o Rio de Janeiro.

Fita 2 - Lado A
Lembranças da infância; atuação de seu pai no jogo de bilhar; lembranças da chegada do primeiro televisor em Quipapá; os banhos públicos; os trabalhos em Recife; a simpatia por Francisco Julião; lembrança de um comunista em Quipapá; a atuação política do pai; os anos da ditadura em Quipapá; a chegada no Rio de Janeiro; referência a um amigo; considerações sobre a vida no Rio de Janeiro; o primeiro emprego no jornal Última Hora; o trabalho na Construtora Rabêlo; considerações sobre o Lloyd Brasileiro; o ingresso na Montreal Engenharia; o desejo de trabalhar por conta própria; reflexões sobre a morte de um amigo; considerações sobre o início de um trabalho independente.

Fita 2 - Lado B
Considerações sobre o início de um trabalho independente; o ingresso na Fundação SESP; referência ao trabalho na ABIFARMA; o trabalho na Unidade de Planejamento do Ministério da Saúde; lembrança de médicos famosos; o primeiro casamento; as amizades no Ministério da Saúde; considerações sobre as intrigas no Ministério da Saúde; a ida para Brasília; o segundo casamento; a estada em Brasília; o fim do segundo casamento; o ingresso na Fundação Oswaldo Cruz; considerações sobre suas viagens.

Fita 3 - Lado A
Considerações sobre o programa PIASS; considerações sobre o SUS; o trabalho antes de ingressar na Fiocruz; referência à vida social em Brasília; a chegada na Fiocruz e os relacionamentos; o cargo no Rio de Janeiro; o retorno a Recife; referência a sua transferência para o CPqAM; comparação entre o Rio de Janeiro e Recife; considerações sobre o CPqAM; as suas realizações no CPqAM; referência ao FioPrev; referência ao seu relacionamento no CPqAM.

Fita 3 - Lado B
Considerações acerca do setor de pesquisa do CPqAM; o seu relacionamento no CPqAM; considerações sobre as suas características pessoais; referência ao período em que perdeu a memória; referência aos problemas enfrentados no CPqAM.

Luciana Abrantes

Entrevista realizada por Antonio Torres Montenegro, em Recife (PE), no dia 24 de janeiro de 1996.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Lembranças da infância; influência cultural do pai; referência aos locais onde morou quando criança; os veraneios em Piedade (Recife/PE); considerações sobre o período escolar; recordações do cinema Luã; considerações sobre filmes que assistiu quando criança; a religião; a morte do pai; considerações sobre a adolescência; preferências intelectuais na juventude; o desejo de se casar na juventude; considerações sobre a opção pelo curso de biblioteconomia; o ingresso no CPqAM; descrição da biblioteca do CPqAM quando chegou; a aquisição de periódicos para a biblioteca; considerações sobre a informática; a produção de trabalhos no CPqAM; a clientela da biblioteca do CPqAM; a situação financeira da biblioteca; a aquisição de livros para a biblioteca do CPqAM; características do cargo que ocupou na biblioteca do CPqAM; referência às publicações do CPqAM.

Fita 1 - Lado B
Referência às publicações do CPqAM; a gestão de André Furtado; referência a Eridan Coutinho e sua gestão no CPqAM; a produção científica do CPqAM; considerações sobre o período em que trabalhou no CPqAM.

Marcelo Vasconcelos

Entrevista realizada por Antonio Torres Montenegro, em Belo Horizonte (MG), no dia 28 de fevereiro de 1996.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Recordações da Infância; chegada a Recife (PE); o curso de medicina e o ingresso no CPqAM; a estrutura inicial do CPqAM; o trabalho com Frederico Simões Barbosa; o contato com Wladimir Lobato Paraense, em Belo Horizonte; comentários sobre Nelson Chaves; a direção no Instituto em Belo Horizonte; as linhas de pesquisa no Instituto; o curso em Jerusalém; comentários sobre a ciência em Jerusalém; sua atividade como reitor da universidade; a organização da pós-graduação na universidade.

Fita 1 - Lado B
O período de trabalho no CPqAM; a repercussão do golpe de 1964 na universidade e no IAM; o trabalho com a esquistossomose no CPqAM; comparação da experiência de trabalho no IAM com outras instituições do Brasil; a formação como pesquisador; a ciência no Brasil e o pesquisador no Brasil.

Otamires Alves da Silva

Entrevista realizada por Antonio Torres Montenegro, em Recife (PE), no dia 24 de abril de 1996.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Lembraças de Timbaúba (PE); a infância na Capunga (Recife/PE); a escola; a liberdade feminina; a universidade; o estágio com o Frederico Simões Barbosa e Ivete Barbosa, no antigo Instituto de Higiene, atual Laboratório de Higiene e Segurança do Trabalho (LHST); as diversões na adolescência; os filmes marcantes; os cantores da época; a contratação para o CPqAM; os trabalhos em esquistossomose; a atuação em educação sanitária; o trabalho com a peste, em Garanhuns (PE); os trabalhos com doença de Chagas.

Fita 1 - Lado B
A experiência na França; o doutorado; o convênio com a comunidade europeia; as pesquisas com vacina para a leishmaniose; os testes vacinogênicos em seres humanos.

Plenete Cavalcante Marques

Entrevista realizada por Antonio Torres Montenegro e Tânia Fernandes, em Recife (PE), no dia 25 de janeiro de 1996.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Memórias da infância e a doença do pai; a vida escolar; o ingresso no CPqAM como auxiliar de escritório; o DNERu e o vínculo deste com o CPqAM; o retorno aos estudos e o término do 2° grau, atual Ensino Médio; os cursos de especialização; as atividades desenvolvidas no CPqAM; a evolução do IAM; as festas religiosas e o carnaval; o cotidiano em bairros como Beberibe, Arruda e Espinheiro (PE); comentários sobre as administrações do IAM; o FioPrev em Recife; os cursos no Rio de Janeiro; suas atividades e a gestão de André Furtado; a relação com os pesquisadores; a incorporação do CPqAM à Fiocruz; o Plano de Cargos e Salários; o número de pesquisadores e funcionários no CPqAM nos anos 1990; a aposentadoria e a Reforma de Estado; a contribuição para o trabalho no IAM; a aposentadoria.

Saul Tavares de Melo

Entrevista realizada por Antonio Torres Montenegro e Tânia Fernandes, em Brasília (DF), nos dias 01 de fevereiro e 01 de março de 1996.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Lembranças da infância e da família; o engenho do pai e a produção de açúcar; o acidente com um tiro; a moradia na casa de detenção; a bolsa de estudos; a carteira de investigador; referência a "Zé" Francisco; alguns episódios no estádio de futebol; referência a algumas pessoas de Pernambuco, inclusive Joaquim Francisco; referência aos irmãos; o concurso para o Ministério da Saúde/Serviço Nacional de Peste; a experiência no interior; a chefia de um setor do Serviço Nacional de Peste, em Alagoas; referência a uma matéria de jornal e sua reação; referência à família Góes Monteiro; os filhos e suas atuações profissionais em Brasília; a formatura do filho; alusão à sua formatura; a opção pela medicina; referência a Celso Arcoverde; o trabalho contra a peste em Crato (CE); a estada no Rio de Janeiro na época do final da Copa do Mundo de 1950; o jogo Brasil x Uruguai; o curso de saúde pública no Rio; referência à sogra; os estágios; a volta para Recife; o trabalho em Fernando de Noronha.

Fita 1 - Lado B
O trabalho em Fernando de Noronha; o socorro a uma grávida; a cirurgia cardíaca; referência à sua posição política na eleição de Collor de Mello; o convite da Oficina Sanitária Pan-Americana; o trabalho no Haiti com a campanha contra bouba; a campanha de "casa em casa" de bouba no Brasil; o financiamento da casa na CEF; o DNERu; a homenagem da filha na época de sua cirurgia; o CPqAM; referência a alguns diretores; a circunstância pela qual foi convidado para dirigi-lo; referências ao CPqAM e a algumas pessoas; a pesquisa na sua gestão; a sua homenagem no CPqAM; o motivo da transferência para Brasília; o trabalho dos filhos; a atuação contra as endemias no Ministério da Saúde/ SUGAM; o trabalho na erradicação da varíola; o reconhecimento pelo seu trabalho; referência a um episódio no IAM.

Fita 2 - Lado A
Referência a um episódio de agressividade de um funcionário no IAM; memórias da revolução de 1930; o relacionamento com a família Queiroz Galvão; o período de Agamenon Magalhães; as correspondências com Ledo Ivo; referências ao amigo Pedro Nava; o hábito da leitura; as amizades escassas em Recife; o relacionamento com a família em Recife; a leitura dos Sermões de Padre Antonio Vieira; a adaptação dos filhos em Brasília (DF); a situação dos filhos; o trabalho de saúde pública em Brasília; as campanhas de saúde e as viagens pelos estados; referência a Érico Veríssimo; a situação da saúde pública nos anos 1990.

Fita 2 - Lado B
A repressão do governo de Agamenon e a interferência de Aggeu; comentários sobre Ageu [filho] e Frederico Simões Barbosa; a comemoração de 45 anos do CPqAM e o discurso de Eridan Coutinho; a repressão na faculdade no período de Agamenon; o Laboratório de Peste em Exu (PE); lembranças da faculdade; os professores marcantes na faculdade; o professor Anibal Bruno; a distração na barraca do Brito; a leitura do livro de Darcy Ribeiro; comentários sobre a neta; o apoio a Collor; o primário em Macaparana (PE) e o professor italiano Luís Égano; o professor Luís Égano e o episódio da 2ª Guerra Mundial; o engenho; a doença da irmã e a perda do engenho; o livro do irmão Lourenço Tavares de Melo sobre memórias do engenho Tabocas; a ida para Recife e a situação do engenho; as viagens de trem; referência a Mauro Mota e Potiguar Matos.

Fita 3 - Lado A
Lembranças do engenho; os versos da filha em virtude do recebimento de uma medalha; os elogios do colega Joaquim de Castro; a infância e o jogo do bicho; a vida em Recife, estudos e moradia; o recebimento de mesada através de um amigo português; a situação do engenho quando da ida da família para Recife.

Memória de Manguinhos

Reúne 30 depoimentos que foram coletados com o objetivo de reconstituir a história do Instituto Oswaldo Cruz através da vivência de alguns de seus cientistas, auxiliares e administradores, enfocando questões relativas ao ensino, pesquisa, política institucional e governamental, produção de terapêuticos e o desenvolvimento da ciência. As entrevistas tratam principalmente do período compreendido entre a década de 1930 e o "Massacre de Manguinhos" nos anos 1970. O projeto obteve apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Amilar Tavares

Entrevista realizada por Rose Ingrid Goldschmidt e Wanda Hamilton, na Fiocruz (Rio de Janeiro-RJ), nos dias 23 e 27 de novembro de 1987.

Sumário
1ª Sessão: fitas 1 e 2
Origem familiar; formação escolar; o trabalho na casa comercial do pai durante as férias escolares; o teste para ingressar na Fundação Rockefeller em 1940; o trabalho inicial no biotério; a admiração pela eficácia administrativa dos americanos; o trabalho como contador na Rockefeller; o pânico causado entre os funcionários da Rockefeller pelas demissões sem indenização; a autonomia administrativa exigida ao governo Getúlio Vargas pela Rockefeller; o trabalho realizado pela Rockefeller no combate à febre amarela e à malária a pedido do governo brasileiro; a inexistência de legislação trabalhista para os empregados da Rockefeller; a organização do biotério; as facilidades concedidas pelo governo brasileiro à Rockefeller; comentários sobre Francisco Laranja e Joaquim Travassos da Rosa; a disparidade salarial entre a Rockefeller e outras instituições brasileiras de pesquisa; o controle da malária no Nordeste realizado pela Rockefeller; a transferência dos funcionários da Rockefeller para o IOC em 1950; a dificuldade de entrosamento entre antigos funcionários da Rockefeller e do IOC; a auditoria financeira conduzida por Rocha Lagoa durante a gestão de Oswaldo Cruz Filho no IOC.

2ª Sessão: fitas 3, 4 e 5
As dificuldades de relação entre antigos funcionários da Rockefeller e do IOC; o trabalho como chefe do escritório comercial de Manguinhos e a burocracia existente; a autonomia financeira do IOC garantida pelo Regimento de 1962; os inquéritos policial e administrativo; a implantação do ponto obrigatório de frequência durante o governo Jânio Quadros; a transformação jurídico-administrativa do IOC em Fundação Oswaldo Cruz em 1970; a contratação de estagiários como funcionários efetivos; o trabalho como chefe da seção financeira do IOC; a intervenção do diretor Rocha Lagoa no convênios interinstitucionais realizados pelos chefes de divisão do IOC; o convite de Rocha Lagoa para trabalhar no Ministério de Saúde como diretor do Departamento de Pessoal; comentários sobre os diretores do IOC e suas administrações; a gestão de Olympio da Fonseca no IOC; as dificuldades para a obtenção de verbas para a pesquisa; o crescimento da seção administrativa na gestão Olympio da Fonseca; a exoneração do Ministério da Saúde devido a desentendimentos com Rocha Lagoa; a transferência para a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM) e o trabalho como diretor da Divisão de Segurança e Informação do Ministério da Saúde; as atividades exercidas na Divisão de Segurança e Informação; o trabalho na Escola Superior de Guerra (ESG) e na Delegacia Federal de Saúde; a aposentadoria compulsória devido a problemas de saúde; o IOC durante a gestão de Rocha Lagoa; o desinteresse pela política; opinião sobre os presidentes da República e o regime militar.

Amilcar Vianna Martins

Sumário
1ª Sessão: fitas 1 a 3 Lado A
O ingresso no Instituto Ezequiel Dias; a diversificação das áreas de pesquisa e as atividades científicas desenvolvidas nesse Instituto; a escassez de recursos financeiros para o Instituto; o projeto de Otávio Magalhães para a construção do Instituto Ezequiel Dias; o aprendizado das técnicas de produção de soros e vacinas no IOC; a produção de soro antiescorpiônico e sua paralisação em consequência da exoneração de Otávio Magalhães do Instituto; a introdução de novas técnicas para a produção do soro antiescorpiônico; a produção de soros antidiftérico e antiofídico; a fabricação de vacina antivariólica e de produtos veterinários no Instituto Ezequiel Dias; comentários sobre a criação do Instituto Ezequiel Dias; as reuniões entre os pesquisadores para escolha dos temas de pesquisa; o recrutamento de pesquisadores na faculdade de medicina; o interesse pela área de parasitologia; a autonomia e o ecletismo das pesquisas; o trabalho com doença de Chagas; perfil de Carlos Chagas; a importância das filiais do IOC; o intercâmbio entre o Instituto Ezequiel Dias e instituições estrangeiras de pesquisa; a viagem aos Estados Unidos para o estudo da febre maculosa das Montanhas Rochosas; a contaminação e as lesões causadas pela doença de Chagas.

2ª Sessão: fitas 3 lado B a 6
A nomeação para a diretoria do DNERu em 1959; a participação no diretório regional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); comentários sobre a Segunda Guerra Mundial e sua atuação como médico da FEB; a indicação de Juscelino Kubitschek para diretor do IOC; a crise interna no IOC; comentários sobre o Hospital Evandro Chagas; a oposição à sua administração no Instituto; a questão da distribuição de verbas aos laboratórios do Instituto; a inauguração do refeitório e a duplicação de recursos durante a sua gestão; o trabalho com esquistossomose na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte; a criação do Instituto René Rachou; a relevância da produção de vacinas antiamarílica e antivariólica; comentários sobre a decadência de Manguinhos; a falta de interesse dos pesquisadores pelas doenças parasitárias e endêmicas; a constituição do INERu e do DNERu; o pedido de exoneração do IOC; a direção do DNERu; o problema da liberação de verbas públicas para a pesquisa científica; a relação de amizade com Juscelino Kubitschek; a pesquisa em doenças de Chagas no município de Bambuí (MG); a proibição de trabalhar com essa doença; a cassação em 1969 e o trabalho no exterior; comentários sobre a transmissão da leishmaniose e o combate a essa doença; comentários sobre a biblioteca do IOC.

Attílio Borriello

Entrevista realizada por Nara Brito e Rose Ingrid Goldschmidt, na Fiocruz, nos dias 13 e 27 de junho de 1986.
Sumário
Fitas 1 e 2
A família de imigrantes italianos e a infância em São Luiz de Paraetinga; a ligação com a família de Oswaldo Cruz; a mudança dos irmãos Borriello para o Rio de Janeiro e o ingresso em Manguinhos; o trabalho na tipografia do IOC em 1921; o trabalho no laboratório de protozoologia em 1924; a moradia dos funcionários de Manguinhos; os riscos do trabalho em laboratório no início do século; perfil de Henrique Aragão; os surtos de febre amarela em 1926 e 1928; a incorporação da Fundação Rockefeller ao IOC; a doação de amostras de culturas de leptospira feita por Noguchi ao IOC; o ingresso de Francisco Gomes ao IOC; comentários sobre os colegas e o cotidiano no laboratório; a localização do laboratório de Adolpho Lutz; o trabalho no laboratório do diretor Carlos Chagas em 1931; o perfil administrativo de Carlos Chagas; o Curso de Aplicação do IOC e os alunos Walter Oswaldo Cruz e Emanuel Dias; a contribuição dos auxiliaras na formação de jovens cientistas; o orçamento do IOC e a verba proveniente da vacina contra a manqueira; a influência política de Carlos Chagas; a incidência de tuberculose no Rio de Janeiro no início do século; observações sobre a Revolução de 1930 e a de São Paulo em 1932; o contato com o prefeito Pedro Ernesto e a adesão ao getulismo; o Boletim Revolucionário feito no IOC em 1932; o apoio dos funcionários de Manguinhos ao prefeito do Distrito Federal, Henrique Dodsworth; os benefícios obtidos com a criação das leis trabalhistas; a hierarquia de funções no IOC; a participação dos auxiliares nas pesquisas dos cientistas; as dificuldades financeiras no IOC; a implantação do ponto freqüência com a criação do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) em 1938; a contratação de mulheres na administração de Olympio da Fonseca.

Fitas 3 a 5
A influência dos cientistas na formação profissional dos auxiliares; a contratação de Walter Oswaldo Cruz e de Emanuel Dias para trabalhar no laboratório de Carlos Chagas; as diferentes áreas de pesquisa do IOC; comentários sobre o Curso de Aplicação do IOC; o namoro e o casamento com Ana da Cunha; as famílias de técnicos e auxiliares do IOC; os empregos em laboratórios particulares; comentários sobre a disparidade entre os salários de auxiliares e cientistas; o ingresso do filho no IOC; a amizade com Rocha Lagoa; o almoço dos auxiliares veteranos com Carlos Chagas Filho; a volta para a seção de protozoologia durante a administração Cardoso Fontes; observações sobre as administrações Carlos Chagas, Cardoso Fontes e Olympio da Fonseca; a insatisfação entre alguns pesquisadores provocada pela nomeação de Carlos Chagas para a direção do IOC; a gestão Cardoso Fontes e a vendetta contra Chagas; a ausência de projetos científicos significativos durante a administração de Cardoso Fontes e a decadência do IOC; descrição da ocupação física do prédio do castelo mourisco e do campus de Manguinhos; perfil de José Guilherme Lacorte.

Augusto Cid de Mello Perissé

Entrevista realizada por Wanda Hamilton, na Fiocruz (Rio de Janeiro/RJ), no dia 27 de fevereiro de 1986.
Sumário
Fitas 1 a 4
Origem familiar; os problemas financeiros na época em que era estudante de farmácia; a atração pela medicina; o trabalho como tecnologista da Marinha; o emprego numa fábrica de pólvora a convite de um professor; o ingresso no IOC em 1943; considerações sobre o curso de farmácia; o interesse pela botânica e a decisão de permanecer no IOC; o primeiro contato com a química; a proibição de trabalhar com síntese de composto orgânico pelo diretor do IOC, Henrique Aragão; o desenvolvimento da química no IOC e a introdução de novos cursos durante a gestão Olympio da Fonseca; o trabalho no Instituto Nacional de Tecnologia; a transferência para a USP a convite do professor Hauptman e a convivência com químicos alemães; a importância da biblioteca do IOC até 1964; comentários sobre o trabalho do professor Hauptman e de Rheinboldt; crítica à orientação científica do IOC no período pós-1964; comentários sobre o doutorado na USP; o trabalho na Bahia a convite de Edgard Santos; o curso de pós-doutorado na Alemanha; a importância das pesquisas em química experimental na USP; a vida e o trabalho em São Paulo; as dificuldades de desenvolvimento da química no Brasil; o estudo e o trabalho em bioquímica da hanseníase a importância do vínculo entre pesquisa e produção; a interrupção da pesquisa sobre hanseníase em consequência de sua cassação; a reconstrução do laboratório após o regresso a Manguinhos; as atividades profissionais em Paris durante o exílio; o trabalho realizado em Moçambique; a bolsa do CNPq para desenvolver pesquisa em hanseníase; comentários sobre a descoberta da hanseníase; a fase de decadência do IOC após a direção de Carlos Chagas; as atividades exercidas em Manguinhos entre 1943 e 1969; perfil e gestão de Olympio da Fonseca; o incentivo do CNPq à ciência no Brasil; a crença no progresso da humanidade através da ciência; a importância do Ministério da Ciência e Tecnologia para o desenvolvimento científico do país; o impacto das multinacionais sobre o desenvolvimento autônomo da ciência no país; a difícil sobrevivência dos institutos de pesquisa no Brasil; a redemocratização e legalização do Partido Comunista Brasileiro (PCB); a intervenção dos militares na vida política do país; os inquéritos militares e as cassações em Manguinhos; a solidariedade dos colegas do IOC e a repercussão das cassações; o fim do regime militar e a redemocratização na FIOCRUZ durante a gestão Sérgio Arouca; o caráter pessoal das perseguições movidas por Rocha Lagoa; o fechamento do laboratório de química e a perda de seus produtos após a cassação; o conflito ente os pesquisadores de Manguinhos; a paralisação da produção científica no IOC após 1970; o financiamento à pesquisa concedido pela Fundação Ford; a importância da construção de Far-Manguinhos e de Bio-Manguinhos.

Carlos Chagas Filho

Entrevista realizada por Nara de Azevedo Brito, Paulo Gadelha, Luiz Fernando Ferreira e Rose Ingrid Goldschmidt, no Instituto de Biofísica (UFRJ), entre os dias 18 de fevereiro de 1987 e 30 de setembro de 1988.
Sumário
Fita 1 a Fita 3

O ingresso na faculdade de medicina; o encontro com Walter Oswaldo Cruz e Emanuel Dias no curso médico; a personalidade e inteligência de Walter Oswaldo Cruz; a penetração da literatura francesa no Brasil no início do século; A reforma de ensino Rocha Vaz e as repercussões no curso de medicina; o ingresso em Manguinhos com Walter Oswaldo Cruz e Emanuel Dias; a experiência como adjunto de serviço de autópsia de Magarino Torres no Hospital São Francisco; o método e a dedicação do pai à atividade docente; a boemia nos tempos da juventude com os amigos Walter Oswaldo Cruz e Emanuel Dias; o interesse de Walter Oswaldo Cruz pelo estudo de anemia; a opção pela universidade em detrimento de Manguinhos; a iniciativa da Fundação Ford em estabelecer cursos de pós-graduação no Brasil a partir de 1964; o perfil progressista de Walter Oswaldo Cruz; visão crítica sobre Rocha Lagoa; as gestões Francisco Laranja e Antonio Augusto Xavier no IOC; a decadência de Manguinhos; os conflitos internos gerados com a nomeação de Rocha Lagoa para a direção do IOC; o convite do presidente Castelo Branco para representar o Brasil na UNESCO; a reprovação de Rocha Lagoa no concurso promovido pelo Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) para biologista de Manguinhos; a presença de militares no IOC durante a gestão de Rocha Lagoa; o último encontro com Walter Oswaldo Cruz em 1965 e o choque causado por sua morte em 1967; a atual superioridade científica de São Paulo sobre o Rio de Janeiro; o perfil profissional dos filhos de Oswaldo Cruz.

Fita 4 a Fita 5

A infância na rua Paissandú (RJ); os banhos de mar com o pai na Praia do Flamengo (RJ); a admiração de Carlos Chagas por Oswaldo Cruz e o choque provocado por sua morte; a divisão política do IOC depois da morte de Oswaldo Cruz e a luta pela direção de Manguinhos; as dificuldades financeiras do IOC com o fim da verba da vacina contra a manqueira; o esvaziamento do IOC após a criação das universidades e centros de pesquisa a partir da década de 30; comentários sobre as causas da morte de Oswaldo Cruz; a crença positivista da família e o forte sentimento religioso; a educação voltada para as diversas manifestações culturais e artísticas; a influência estrangeira no desenvolvimento científico brasileiro; as leituras preferidas do pai; o questionamento da Academia Nacional de Medicina a respeito da descoberta da doença de Chagas; o desprestígio da carreira universitária no início do século; a fundação de um centro de pesquisa em universidade brasileira; o caráter centralizador da gestão de Carlos Chagas no IOC.

Fita 6 a Fita 7

Os primeiros contatos com Manguinhos e com Joaquim Venâncio; a personalidade de Adolpho Lutz; a amizade com Francisco Gomes no laboratório de Astrogildo Machado; a experiência profissional adquirida no contato com Osvino Pena, Magarino Torres e Burle Figueiredo no Hospital São Francisco de Assis; a vida boêmia de alguns cientistas do IOC; o perfil profissional de Carneiro Felipe; a relação paternalista dos cientistas do IOC com seus estagiários; a personalidade autoritária de Álvaro Osório de Almeida; a forte influência científico-cultural francesa nos fundadores de Manguinhos; comparações entre as questões sociais do início do século e as atuais; o crescimento das favelas do Rio de Janeiro após o Estado Novo; ausência de discriminação racial em Manguinhos; a participação na Aliança Liberal em 1930; o equívoco das políticas de saúde de Getúlio Vargas; resistência do pai à incorporação do IOC pelo Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP); o perfil político de Belisário Pena e sua relação com Carlos Chagas; ausência de grupos de esquerda organizados antes da década de 30; o mecenato de Guilherme Guinle e o financiamento ao SEGE dirigido por Evandro Chagas; o perfil profissional de Felipe Neri Guimarães e a coesão do grupo de cientistas do SEGE; a desvalorização da ciência por parte das autoridades brasileiras; inexistência de um período de decadência na história de Manguinhos; comentários sobre a baixa qualidade da penicilina produzida por Manguinhos na década de 40; a dificuldade da gestão Aragão em visualizar o futuro desenvolvimento do IOC.

Fita 8 a Fita 9

Perfil do professor Pacheco Leão; a experiência profissional na expedição à Lassance e o contato com lepra e malária no interior do país; as condições de vida do povo brasileiro; as qualidades e carências do Curso de aplicação do IOC; a convivência com o arquiteto Luiz de Morais, com o bibliotecário Overmeer e o fotógrafo J. Pinto; as diversas fontes de financiamento do laboratório de biofísica; o nascimento da microscopia eletrônica brasileira; a formação de profissionais competentes no Instituto de Biofísica; os motivos da opção pela universidade em detrimento do IOC; a dificuldade na escolha da banca examinadora do concurso na Universidade do Brasil; o pedido para sua permanência em Manguinhos feito por Evandro Chagas; o desgosto de Evandro Chagas ao ser reprovado no concurso para a cátedra de doenças tropicais da Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil; a nomeação para chefia do SEGE em 1942 após a morte de Evandro Chagas; as diversas origens das verbas do IOC e o incentivo à pesquisa brasileira com a criação do CNPq; o auxílio da fundação Rockefeller para o desenvolvimento da pesquisa em radioisotopia no Instituto de Biofísica; a personalidade de Miguel Osório de Almeida; a prisão de Carlos Chagas na Revolução de 1930; Pedro Ernesto e a tentativa de democratizar o governo Vargas; defesa da formação interdisciplinar do médico e do sanitarista brasileiro.

Fita 10 e Fita 11

A luta pelo progresso da ciência brasileira; a elevação do custo de vida e as dificuldades financeiras durante o Estado Novo; o contato com grandes cientistas europeus na década de 40; a formação inicial do quadro de profissionais do Instituto de Biofísica; as dificuldades do desenvolvimento científico na sociedade brasileira; a tentativa de Barros Barreto de transformar o IOC em uma instituição de saúde pública; a prática de interdisciplina no Instituto de Biofísica; o incentivo do CNPq ao desenvolvimento científico; perfil do Almirante Álvaro Alberto; o desenvolvimento da física brasileira; defesa da autonomia de pesquisa nas universidades; os riscos provenientes da privatização das instituições de pesquisa; considerações sobre a importância da tecnologia no desenvolvimento científico do Terceiro Mundo.

Fita 12 a Fita 14

Os principais problemas do Terceiro Mundo; o caráter colonial do desenvolvimento científico brasileiro; a necessidade de harmonia cultural para o desenvolvimento econômico e social de um país; a valorização da ciência e tecnologia após a Segunda Guerra Mundial; crítica ao comportamento das elites brasileiras; comparação entre o ensino médico do início do século e da década de 60; os obstáculos à pesquisa criados pela Reforma Universitária de 1964; defesa do ensino religioso nas universidades brasileiras.

Fita 15 a Fita 16

A inconveniente privatização da biotecnologia; ausência de políticos voltados para a defesa do desenvolvimento da ciência e tecnologia nacional; a necessidade de diferenciação entre prática médica e atividade científica; histórico da criação do CNPq e o trabalho desenvolvido na Divisão de Ciência e Biologia; o preconceito do CNPq em relação às ciências sociais; comentários sobre a soma de recursos do CNPq investidas em Manguinhos; o aproveitamento de cientistas europeus exilados durante a Segunda Guerra Mundial por instituições de pesquisa de São Paulo; definição de vocação científica e a diferenciação entre cientistas e “empregados da ciência”; comentários sobre a obrigatoriedade de publicação regular de artigos científicos; as disputas internas no CNPq durante o governo Café Filho e a demissão do Almirante Álvaro Alberto; o controle da ciência e da tecnologia pelos militares a partir de 1964.

Fita 17 a Fita 18 - Lado A

O contato com o Instituto Pasteur e com Emile Marchou em 1937; a equiparação tecnológica do IOC com o Instituto Pasteur na década de 30; comentário sobre a atuação de pesquisadores do Instituto Pasteur na Resistência Francesa durante a Segunda Guerra Mundial; perfil de Eráclides de Souza Araújo; Olympio da Fonseca e a tentativa de criar a área de microscopia eletrônica no IOC; o perfil acadêmico das universidades francesas.

Fita 18 - lado B a Fita 19

O trabalho da Academia Brasileira de Ciências na década de 60; as reuniões científicas com Álvaro Alberto e Arthur Moses; a questão da propriedade das patentes de vacina no IOC na década de 30; a supremacia do grupo biomédico na Academia Brasileira de Ciências a partir da década de 40; a valorização da saúde pelas autoridades públicas após a Reforma Carlos Chagas em 1921; a importância das academias científicas no desenvolvimento social e econômico dos países europeus; o trabalho desenvolvido como delegado do Brasil na UNESCO; o trabalho pela paz mundial; a importância de sua atuação como secretário geral da Conferência das Nações Unidas para a Aplicação da Ciência e Tecnologia ao Desenvolvimento realizada em 1962; a nomeação para presidente da Academia Pontifícia de Ciências.

Fita 20 a Fita 21

Perfil da bibliotecária Emília de Bustamante; o distanciamento entre os avanços da ciência nos países desenvolvidos e nos subdesenvolvidos; a necessária priorização da educação pelos futuros governantes brasileiros; o caráter predatório das elites brasileiras; a luta empreendida pela Academia Pontifícia de Ciências contra a guerra nuclear e a destruição da camada de ozônio da atmosfera; a defesa pela Igreja do sistema Ptolomáico ameaçado por Copérnico; as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Vaticano; comentários sobre a fé católica brasileira; a singular combinação entre ciência e religião e sua concepção de religiosidade; defesa da origem divina do universo; a forte religiosidade dos cientistas judeus; os méritos e defeitos da “Tecnologia da Libertação”; visão sobre o papel da ciência no desenvolvimento humano.

Constança Arraes de Alencar

Entrevista realizada por Lúcio Flávio Taveira e Rose Ingrid Goldschmidt, na Fiocruz, no dia 08 de agosto de 1989.
Sumário
Fitas 1 a 3
Origem familiar; a formação profissional dos pais; o pioneirismo do avô imigrante; as atividades profissionais da mãe; o desejo pela experiência da maternidade; a infância em Ipanema; a vida escolar; a descoberta da vocação científica; a opção pelo curso médico e a posterior escolha pela biologia; o curso de biologia da UFRJ; a opção pela especialização em genética; o desprestígio do curso de biologia na década de 1970; o ingresso no Instituto Oswaldo Cruz (IOC) por intermédio de Carlos Morel; o fantasma da mão-de-obra barata presente no estágio da FIOCRUZ; o ingresso no curso de mestrado; as dificuldades do desenvolvimento científico em um país subdesenvolvido; comentários sobre as dificuldades advindas das restrições à contratação de pesquisadores e escassez de recursos materiais; os riscos de contaminação no trabalho diário com Trypanosoma cruzi; a gestão de Carlos Morel como chefe do departamento de bioquímica e Biologia Molecular; os vínculos entre os cursos de pós-graduação da UFRJ e da FIOCRUZ.

Dalton Mario Hamilton

Entrevista realizada por Jaime Araújo Oliveira, Nara de Azevedo Brito e Rose Ingrid Goldschmidt, na Fiocruz (Rio de Janeiro/RJ), entre os dias 14 de maio e 12 de agosto de 1987.
Sumário
1ª Sessão: fitas 1 a 3
Origem familiar; a infância em Buenos Aires; formação escolar; o estudo em escolas públicas; perfil do pai; a vocação pela medicina; a morte do pai e o trabalho numa companhia de seguros; a experiência em empresas privadas e na administração de saúde pública; o trabalho como pediatra de um hospital público; as características do sistema de saúde argentino; a Escola de Medicina de Buenos Aires e as características do sistema universitário argentino; o governo peronista; o trabalho na campanha de diarréia estival e as primeiras ligações com saúde pública; a experiência de trabalho na província de Jujuy (AR); as opções político-partidárias; o planejamento em saúde pública; o exercício da medicina privada; a criação da Escola Nacional de Saúde Pública na Argentina em 1959; a realização do curso de saúde pública em 1963; as características do curso de saúde pública; a prática hospitalar dos médicos argentinos ligados à saúde pública e a dicotomia entre saúde e atenção médica no Brasil; a implantação do planejamento em saúde na América Latina através do método OPAS/CENDES – Centro Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Venezuela); a implementação de um sistema de informação em saúde na província de Tucumán (AR); a extensão do modelo Tucumán a todo o território argentino; o Modelo Nacional de Programação de Atividades em Saúde da Argentina em 1966; o método OPAS/CENDES e os discursos sobre planejamento; a tradição chilena em saúde pública; a introdução do planejamento em saúde nos países da América Latina; comparação entre o sistema de saúde no Brasil e na Argentina; o planejamento estratégico e o caso Montes Claros; a atividade político-partidária na Argentina; o curso de mestrado na Universidade de Michigan (EUA); o Programa Nacional de Estatística em Saúde na Argentina.

2ª Sessão: fitas 4 e 5
A elaboração do programa de saúde para o Partido Justicialista em 1973; a situação política argentina durante a década de 70; a morte de Perón e as perseguições políticas da Triple A (Aliança Anticomunista Argentina); a demissão do Ministério da Saúde da Argentina em meio à crise política; o trabalho nas obras sociais dos ferroviários; a mudança para o Brasil e o golpe militar em 1976 na Argentina; o trabalho como consultor da OPAS em Brasília; os primeiros contatos com Sérgio Arouca; o Programa de Preparação Estratégica de Pessoal em Saúde (PPREPS); a adaptação da família no Brasil; a experiência profissional de Susana Badino em Buenos Aires e na Escola Brasileira de Administração Pública (EBAP) da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro; a solidariedade brasileira aos exilados argentinos; a mudança para o Rio de Janeiro contratado pela PAPPE; o Projeto de Caruaru.

3ª Sessão: fitas 5 a 7
O Projeto Integrado de Serviços de Saúde em Montes Claros; o Programa de Integração das Ações de Saúde e Saneamento (PIASS); a difusão do modelo Montes Claros; a lógica do planejamento estratégico; a experiência do PIASS na Bahia; a criação do PIASS; a continuidade do projeto em Montes Claros após a sua saída.

4ª Sessão: fitas 8 e 9
O ingresso na ENSP em 1978; o Departamento de Administração e Planejamento; a coordenação do curso básico e dos cursos de especialização da ENSP; a criação dos cursos de mestrado e doutorado e dos cursos regionalizados para dinamizar áreas estratégicas de saúde; a incorporação da política ao planejamento; os cursos regionalizados em Alagoas, Minas Gerais, Pernambuco e Paraíba; a difusão dos cursos regionalizados; o intercâmbio entre o Instituto de Medicina Social (IMS), a EBAP e a ENSP; o primeiro curso de planejamento do IMS em 1976; os cursos de planejamento da ENSP; a busca de respostas às experiências políticas do momento; o papel dos argentinos na introdução do planejamento em saúde pública no Brasil; comparação entre a formação profissional em saúde no Brasil e na Argentina; a criação do curso especializado em planejamento da Escola de Medicina de Buenos Aires em 1973; Brasil e Colômbia: centros de referência em planejamento em saúde para a América Latina; os latino-americanos no Departamento de Planejamento da ENSP; a assessoria na Nicarágua a convite de Sérgio Arouca.

5ª Sessão: fitas 10 e 11
A experiência de Joaquim Moreira Nunes na área de administração hospitalar e na ENSP; o elo entre teoria e prática nos cursos de administração; as características da gestão Vinícius da Fonseca na FIOCRUZ; a gestão Guilardo Martins Alves na FIOCRUZ; o modelo administrativo da FIOCRUZ; a incorporação de unidades isoladas à FIOCRUZ e a dificuldade de implantação de um projeto modernista e integrador; a democratização brasileira e a indicação de Sérgio Arouca para a Presidência da FIOCRUZ; a gestão Arouca; a concentração de informações na Superintendência de Administração Geral (SAG) e a centralização de decisões na presidência devido à ineficácia da área administrativa; proposta de reestruturação do modelo organizacional da FIOCRUZ; a intervenção na SAG; a indicação para chefiar a SAG; o papel do poder burocrático durante o período de reformas.

6ª Sessão: fitas 12 e 13
Avaliação do sistema de saúde brasileiro nos últimos 15 anos; as propostas do “partido sanitário” e as divergências em torno da reforma sanitária; a unificação do sistema de saúde como medida de racionalização; a participação popular visando a melhoria dos serviços de saúde; as divergências entre os membros do “partido sanitário” na Previdência Social, na Comissão de Reforma Sanitária e no Ministério da Saúde; o retorno a Buenos Aires após a abertura democrática; a experiência como gerente de planejamento do Instituto de Servicios de Obras Sociales para Trabajadores Rurales (ISARA); a experiência de Susana Badino no Instituto de Administración Pública (INAP); o regresso ao Brasil.

7ª Sessão: fita 14
Relato de sua posse na SAG; a relação do antigo superintendente com os funcionários administrativos; a proposta de reformas na área administrativa e a adesão gradual dos funcionários; a legitimação no trabalho pelo aumento da eficiência; as mudanças na estrutura organizacional da SAG; a eleição dos funcionários para promoção; a descentralização das decisões administrativas; os problemas do Departamento de Recursos Humanos; a informatização de processos financeiros; as demissões de funcionários devido a irregularidades.

8ª Sessão: fitas 15 e 16
A democratização da SAG com a socialização de informação; a descentralização de programas e orçamentos; a transparência administrativa e a consequente dificuldade do aparecimento de processos ilícitos; os resultados da descentralização dos recursos em nível das unidades; a informatização dos processos como forma de desburocratizar o poder, socializar a informação e adequar tecnologicamente a SAG; as resistências internas ao processo de informatização; a facilidade de acesso às informações e ao acompanhamento de processos através da informatização; a relação das unidades da FIOCRUZ com o processo de descentralização administrativa; as transformações da estrutura organizacional da SAG; a expectativa de irreversibilidade nas mudanças empreendidas na SAG.
NOTA: As 5ª, 7ª e 8ª sessões contaram com a participação de Joaquim Moreira Nunes e Susana Esther Badino.

Domingos Arthur Machado Filho

Entrevista realizada por Rose Ingrid Goldschmidt e Wanda Hamilton, na Universidade Santa Úrsula (RJ), entre os dias 19 de junho e 29 de julho de 1986.
Sumário
1ª Sessão: fitas 1 e 2
Origem familiar; formação escolar; influência do professor Mário Eugênio do colégio São José no seu interesse pela biologia; influência do irmão na escolha da profissão; a participação do pai na Revolução de 1930; o curso preparatório e o teste para a Escola Militar; o ingresso na Escola Nacional de Veterinária; as aulas de fisiologia de Miguel Osório de Almeida; o convite de Lauro Travassos para estagiar em Manguinhos; as aulas de parasitologia ministradas por Lauro Travassos na Escola Nacional de Veterinária; o trabalho na Fundação Rockefeller por indicação de Lauro Travassos e a campanha contra a febre amarela no sul de Minas Gerais; o convite de Hugo de Souza Lopes para se tornar seu assistente na Universidade do Brasil; o estágio não-remunerado no IOC e as dificuldades financeiras; o trabalho com Lauro Travassos em Manguinhos; a convocação para a guerra; o vestibular para a Escola de Medicina e Cirurgia.

2ª Sessão: fitas 3 e 4
O vestibular para o curso de história natural da UDF; comentários sobre professores e colegas de turma da UDF; a participação acidental na fundação da Ação Integralista Brasileira de 1933; o trabalho como professor de nível médio; o convite de Hélio Carvalho de Oliveira para a direção da Escola Técnica Visconde de Mauá; o telegrama enviado pelos pesquisadores do IOC apoiando Luís Carlos Prestes em 1946; a célula do Partido Comunista nos arredores do IOC; a contratação para o quadro permanente do IOC durante a gestão Olympio da Fonseca; comentários sobre César Pinto e Lauro Travassos; o financiamento de Guilherme Guinle à Revista Brasileira de Biologia; o trabalho como chefe de laboratório na Escola de Medicina e Cirurgia; a incorporação de Mário Vianna Dias na área de fisiologia da Escola de Medicina e Cirurgia; comentários sobre as faculdades da área biomédica no Rio de Janeiro; o ingresso no corpo docente da Faculdade de Medicina de Valença (RJ); opinião sobre o ensino universitário no Brasil; o exercício do magistério em detrimento da atividade de pesquisa; a homenagem prestada por Darcy Ribeiro, em 1985, aos cientistas cassados do IOC; o exercício da atividade clínica em Manguinhos.

3ª Sessão: fitas 5 e 6
A relação do IOC com os moradores da região próxima ao campus; o trabalho na seção de helmintologia; comentários sobre os auxiliares técnicos; as administrações de Cardoso Fontes e Henrique Aragão; a produtividade científica de Manguinhos; opinião sobre o desenvolvimento da ciência brasileira; os cursos de doutorado na área biomédica no Rio de Janeiro; a relação entre pesquisa pura e aplicada na helmintologia; a importância da ciência pura para a ampliação do conhecimento; a falta de verbas para a pesquisa no IOC; o trabalho de combate à malária e febre amarela na Fundação Rockefeller; a relação entre a Fundação Rockefeller e o IOC.

4ª Sessão: fitas 7 e 8
A orientação científica de Oswaldo Cruz para o IOC; a redemocratização da FIOCRUZ na administração Sérgio Arouca e o incentivo à pesquisa; a oposição de Afrânio Peixoto à descoberta da doença de Chagas; o prestígio político de Carlos Chagas; comentários sobre Olympio da Fonseca e o retorno ao IOC como diretor em 1950; os desentendimentos entre Olympio da Fonseca e Lauro Travassos; perfil de Herman Lent; o trabalho das mulheres em Manguinhos; o movimento pela deposição de Olympio da Fonseca; as dificuldade na obtenção de material para pesquisa no IOC; o IOC antes do golpe militar; a relação com Rocha Lagoa até a cassação em 1970; o relacionamento entre os cassados; a transferência de pesquisadores que não foram cassados; a gestão Francisco Laranja; a Lei de Desacumulação de Cargos e o ingresso no quadro permanente do IOC; a participação dos cientistas de Manguinhos na elaboração de dicionários e enciclopédias após a cassação.

5ª Sessão: fitas 9 a 11
Comentário sobre a gestão Antônio Augusto Xavier; o Conselho Deliberativo implantado na época de Francisco Laranja; a política desenvolvimentista de Juscelino Kubitchesk; as deficiências de equipamentos nas universidades do Rio de Janeiro; o pleito acadêmico Potsch-Mello Leitão; perfil de Hugo de Souza Lopes; as administrações de Tito Cavalcanti e Joaquim Travassos da Rosa; comentários sobre o acervo documental e bibliográfico de Manguinhos; ciência e tecnologia no Brasil a partir do governo Juscelino; o incentivo à pesquisa aplicada e à saúde pública no governo João Goulart; a instauração de inquéritos administrativo e militar em Manguinhos durante a gestão Rocha Lagoa; a repercussão do golpe militar no Instituto; a surpresa de cassação; o Inquérito Policial Militar (IPM) presidido pelo General Falcão em 1964; o clima político em Manguinhos após 1964; comentários sobre Geth Jansen; o incremento do setor de produção após 1964; a situação das instituições científicas no Brasil diante das perseguições políticas após o golpe de 1964; o fechamento dos laboratórios do IOC após as cassações dos pesquisadores; comentários sobre o Ministério da Ciência e Tecnologia criado no governo José Sarney; as dificuldades de trabalho e a situação financeira depois da cassação; opinião sobre o desenvolvimento atual da ciência no Brasil; o intercâmbio com cientistas do exterior antes da cassação; expectativas em relação à reintegração ao quadro de pesquisadores da FIOCRUZ.

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