Papéis referentes à realização do concurso para inspetor sanitário em 1904; uma relação de nomes do quadro de pessoal do órgão; relatório elaborado pelo titular detalhando as atividades da DGSP no ano de 1905 e um documento escrito por Plácido Barbosa descrevendo os serviços sanitários, laboratórios e institutos de pesquisa europeus em 1906.
Cartas, bilhetes e desenhos que relatam a evolução da doença do médico Bento Gonçalves Cruz e dos longos períodos em que o casal era obrigado a ficar separado, seja por motivo de viagem ou por causa das provas na Faculdade de Medicina.
Os documentos registram a expedição aos portos marítimos e fluviais do Brasil, desde o porto de Vitória, passando pelos portos do Nordeste, até Belém e Manaus, a bordo do rebocador República. Os telegramas registram a preocupação do titular com a vigilância sanitária dos portos como meio de evitar a entrada de doenças.
Volume 1 (1893-1894): Epidemia de cólera no Rio de Janeiro e no Vale do Paraíba; tuberculose; febre amarela; reforma do Serviço Sanitário; qualidade das águas; Domingos José Freire Junior. Volume 2 (1903-1904): Combate à febre amarela; varíola; regulamento sanitário federal. Volume 3 (1904): Vacinação obrigatória contra a varíola e a campanha contra a sua regulamentação- Revolta da Vacina. Volume 4 (1904-1906): Campanha de saneamento da cidade do Rio de Janeiro contra a febre amarela, peste bubônica e tuberculose; viagens de inspeção aos portos do Sul e Norte do Brasil. Volume 5 (1906-1907): Saneamento das cidades; inspeção dos alimentos; peste bubônica na cidade do Rio de Janeiro; política no Rio de Janeiro; tuberculose; favelas; varíola. Volume 6 (1907-1908): Peste bubônica; varíola; tuberculose. Volume 8 (1911-1915): Febre amarela no Pará; Exposição de Higiene e Demografia de Dresden; epidemia de malária em São João Marcos; tuberculose; posse de Oswaldo Cruz na Academia Brasileira de Letras; saneamento da Amazônia; Conferência Sanitária Internacional realizada em Montevidéu; homenagem ao titular prestada pela Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro. Volume 9 (1917): Morte de Oswaldo Cruz e as solenidades prestadas em sua homenagem. Volume 10 (1903-1912): Caricaturas sobre a atuação de Oswaldo Cruz no comando da saúde pública.
Correspondência com Ernesto Nascimento Silva contendo um cartão com tarja de luto enviado em agradecimento ao titular e troca de informações sobre a febre da tuberculose e seu tratamento, onde o titular envia um trabalho síntese sobre a soroterapia tuberculosa e o uso do soro Maragliano.
Projetos, ofícios e relatórios. Documentos relativos à instalação do instituto e à contratação de pessoal técnico-científico (Ismael da Rocha, Henrique Figueiredo de Vasconcellos, Arthur Vieira de Mendonça, Antônio Cardoso Fontes, Ezequiel Dias e o veterinário Carré, além do titular) efetuadas pelo barão de Pedro Affonso; correspondência administrativa envolvendo o Instituto Soroterápico Federal, a Prefeitura do Distrito Federal, a Diretoria Geral de Saúde Pública e o Ministério da Justiça e Negócios Interiores, além de documentos descrevendo a produção dos soros antipestoso e antidiftérico e acidentes envolvendo a utilização destes terapêuticos.
Cartas e telegramas de pesar enviados por diversas personalidades e instituições à família do titular e ao Instituto Oswaldo Cruz; lista dos presentes à missa realizada na Igreja da Candelária.
Lista geral dos estudantes matriculados na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1889; nomeação para a Santa Casa de Misericórdia; nomeação e exoneração da Diretoria Geral de Saúde Pública; nomeação para o cargo de auxiliar do Instituto Nacional de Higiene; convite oficial enviado pelo prefeito do Distrito Federal, Furquim Wernack, ao titular para compor o Conselho Municipal de Higiene e Assistência Pública; artigo sobre a carreira do titular publicado na revista Chanteclair; ofício enviado ao titular pela direção do Montepio da Fábrica de Fiação e Tecidos Corcovado aprovando a indicação de um substituto por ocasião de sua viagem de estudos à Europa.
Cadernos de anotações- um deles intitulado "Livro da Verdade" contendo as receitas e despesas referentes a diversos anos compreendidos entre 1893 e 1916; recibos de pagamentos de aluguel efetuados pelo titular; documentos sobre a construção de dois prédios na praia de Botafogo, Rio de Janeiro; prestação de contas efetuadas pelo titular comprovando a utilização da quantia entregue pelo Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio; recibo da inscrição do titular no 7º Congresso Brasileiro de Medicina e Cirurgia e seu testamento.
Cartas e bilhetes enviados ao sogro, o comendador Manuel da Fonseca, aos cinco filhos, aos cunhados Ezequiel Dias e Miuça, ao amigo Egydio Salles Guerra e a João Batista da Costa, referentes principalmente aos seus períodos de viagem à Europa. Merece destaque o documento mais antigo em que seu pai, Bento Gonçalves Cruz, escreve ao comendador Fonseca pedindo a benção para a união de seus filhos Oswaldo e Emília.
Cartas remetidas a Egydio Salles Guerra e Miguel Pereira, enviando material para tratamento de tuberculosos, a Adolpho Lutz a respeito de estudos sobre mosquitos vetores de doenças, a Henrique da Rocha Lima, sobre a atuação do serviço de impaludismo na zona rural do Rio de Janeiro, a respeito de casos confirmados de peste no Rio de Janeiro, a Emílio Ribas tratando da inclusão do tracoma como doença de notificação compulsória, ao parlamentar Mello Matos a respeito da tramitação do projeto que daria autonomia administrativa e financeira a Manguinhos, transformando-o em Instituto Oswaldo Cruz.
Relação de endereços dos prédios onde ocorreram casos de peste bubônica entre 1900 e 1903; manuscrito da Sociedade de Salvação Pública na qual afirma-se a decisão de assassinar o titular, o prefeito do Distrito Federal, Francisco Pereira Passos e o presidente da República, Rodrigues Alves; lista das personalidades médicas e políticas contatadas durante a viagem de inspeção aos portos do Norte, realizada pelo titular em 1905.
Documentos da Comissão Executiva do Monumento a Oswaldo Cruz e os discursos em memória ao titular pronunciados por Fernandes Figueira, Clementino Fraga, Ruy Barbosa, Ezequiel Dias, e José Carlos de Macedo Soares.
Iniciando no período em que esteve em Paris estudando bacteriologia no Instituto Pasteur e era consultado por colegas a respeito de livros e periódicos científicos. A correspondência percorre período significativo de sua trajetória profissional: pedido de envio de tubos com a cultura do bacilo de Yersin (da peste bubônica), pedidos de favores feitos pelo titular ou enviados a ele, convite do governador da Bahia para realizar serviços bacteriológicos não identificados naquele estado, envio de resultado de exames laboratorias, resposta ao ofício de Emílio Ribas, em que este o felicita pela indicação para a Diretoria Geral de Saúde Pública e pela solidariedade quando da implantação das campanhas sanitárias no Rio de Janeiro, carta a Carlos Seidl, diretor do Hospital Afrânio Peixoto, agradecendo palavras de incentivo, carta a Francisco Castro, professor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, sobre a comissão enviada a Ribeirão das Lajes (RJ) para investigar casos de malária, carta de Bulhões de Carvalho felicitando o titular por representar o Brasil no Convênio Sanitário Sul-Americano, e carta a Gonçalo Muniz enviando estatísticas sobre acidentes com a soroterapia.
Texto a respeito da febre causada pela tuberculose em diversos períodos e o tratamento a ela adequado. A correspondência trocada por Oswaldo Cruz com Ernesto Nascimento e Silva indica que tal trabalho foi realizado a pedido deste. Em anexo, um rascunho e uma bibliografia referente ao assunto indicado.
Documentos envolvendo o Ministério da Justiça e Negócios Interiores, a Academia Nacional de Medicina, a Prefeitura do Distrito Federal e a Liga Brasileira Contra a Tuberculose, além de registros relatando as despesas referentes às expedições científicas requisitadas pela Inspetoria das Obras contra as Secas ao Instituto Oswaldo Cruz (1912-1913) e relatórios do Hospital Paula Cândido (1904).
Documentos envolvendo o Ministério da Justiça e Negócios Interiores, a Academia Nacional de Medicina, a Prefeitura do Distrito Federal e a Liga Brasileira Contra a Tuberculose, além de registros relatando as despesas referentes às expedições científicas requisitadas pela Inspetoria das Obras contra as Secas ao Instituto Oswaldo Cruz (1912-1913) e relatórios do Hospital Paula Cândido (1904).
Certidões de batismo e casamento do titular; passagem ferroviária com destino a Santos e passaporte sanitário expedido pelo Serviço Sanitário de São Paulo por ocasião da comissão empreendida a Santos, onde grassava uma epidemia de peste bubônica.
Relatório dos trabalhos executados pela Comissão de Profilaxia da Febre Amarela; carta do titular em que comunica a erradicação da febre amarela em Belém; listagem de profissionais contratados para a campanha; mapa original (1905) da cidade de Belém, indicando o número de infectados e óbitos de febre amarela durante o ano de 1911; relatório dos trabalhos executados pela polícia de focos no porto; lista com número de atendidos nos hospitais de Belém durante o mês de outubro de 1910; relatório de Ângelo da Costa Lima contendo descrição das atividades da Comissão de Profilaxia da Febre Amarela em Santarém e Óbidos.
Documentos enviados ao presidente da República Afonso Pena agradecendo a distinção de ter seu nome batizando o Instituto Soroterápico Federal, em vez de transformá-lo em Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos; telegramas enviados às autoridades sanitárias dos portos a respeito de casos suspeitos de peste bubônica, difteria e cólera; aos delegados dos distritos sanitários do Rio de Janeiro sobre casos de varíola e, aos cientistas Carlos Chagas e Belisário Penna, que se encontravam em Lassance, Minas Gerais, realizando pesquisas sobre a recém descoberta doença de Chagas.
Manuscritos do regulamento da Inspetoria Geral de Higiene (órgão que antecedeu a Diretoria Geral de Saúde Pública); esboços dos projetos de reorganização sanitária de 1903 e da reforma dos serviços sanitários em 1907; os documentos acerca da discussão sobre a unificação dos serviços de higiene, entre estes, uma carta enviada pelo prefeito Francisco Pereira Passos ao ministro José Joaquim Seabra, criticando a interferência do órgão federal de saúde pública nas atribuições municipais, além dos recortes de jornais mostrando a repercussão desta questão na imprensa.