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Instituto Oswaldo Cruz (IOC) Rio de Janeiro (RJ) História oral
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Amilar Tavares

Entrevista realizada por Rose Ingrid Goldschmidt e Wanda Hamilton, na Fiocruz (Rio de Janeiro-RJ), nos dias 23 e 27 de novembro de 1987.

Sumário
1ª Sessão: fitas 1 e 2
Origem familiar; formação escolar; o trabalho na casa comercial do pai durante as férias escolares; o teste para ingressar na Fundação Rockefeller em 1940; o trabalho inicial no biotério; a admiração pela eficácia administrativa dos americanos; o trabalho como contador na Rockefeller; o pânico causado entre os funcionários da Rockefeller pelas demissões sem indenização; a autonomia administrativa exigida ao governo Getúlio Vargas pela Rockefeller; o trabalho realizado pela Rockefeller no combate à febre amarela e à malária a pedido do governo brasileiro; a inexistência de legislação trabalhista para os empregados da Rockefeller; a organização do biotério; as facilidades concedidas pelo governo brasileiro à Rockefeller; comentários sobre Francisco Laranja e Joaquim Travassos da Rosa; a disparidade salarial entre a Rockefeller e outras instituições brasileiras de pesquisa; o controle da malária no Nordeste realizado pela Rockefeller; a transferência dos funcionários da Rockefeller para o IOC em 1950; a dificuldade de entrosamento entre antigos funcionários da Rockefeller e do IOC; a auditoria financeira conduzida por Rocha Lagoa durante a gestão de Oswaldo Cruz Filho no IOC.

2ª Sessão: fitas 3, 4 e 5
As dificuldades de relação entre antigos funcionários da Rockefeller e do IOC; o trabalho como chefe do escritório comercial de Manguinhos e a burocracia existente; a autonomia financeira do IOC garantida pelo Regimento de 1962; os inquéritos policial e administrativo; a implantação do ponto obrigatório de frequência durante o governo Jânio Quadros; a transformação jurídico-administrativa do IOC em Fundação Oswaldo Cruz em 1970; a contratação de estagiários como funcionários efetivos; o trabalho como chefe da seção financeira do IOC; a intervenção do diretor Rocha Lagoa no convênios interinstitucionais realizados pelos chefes de divisão do IOC; o convite de Rocha Lagoa para trabalhar no Ministério de Saúde como diretor do Departamento de Pessoal; comentários sobre os diretores do IOC e suas administrações; a gestão de Olympio da Fonseca no IOC; as dificuldades para a obtenção de verbas para a pesquisa; o crescimento da seção administrativa na gestão Olympio da Fonseca; a exoneração do Ministério da Saúde devido a desentendimentos com Rocha Lagoa; a transferência para a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM) e o trabalho como diretor da Divisão de Segurança e Informação do Ministério da Saúde; as atividades exercidas na Divisão de Segurança e Informação; o trabalho na Escola Superior de Guerra (ESG) e na Delegacia Federal de Saúde; a aposentadoria compulsória devido a problemas de saúde; o IOC durante a gestão de Rocha Lagoa; o desinteresse pela política; opinião sobre os presidentes da República e o regime militar.

Anna Kohn Hoineff

Entrevista realizada por Laurinda Rosa Maciel, Magali Romero Sá e Natacha Regazzini Bianchi Reis, na Fiocruz (RJ), nos dias 14 de junho e 05 de julho de 2000.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Origem familiar, seus cursos básico e científico; o trabalho como assistente no Colégio Anglo-Americano; as atividades no Programa Ciência no Ar, na TV Tupi; a preparação para o curso de história natural; seus trabalhos com aranhas e cobras no programa Ciência no Ar; referência ao convite para trabalhar com Lauro Travassos no IOC e suas atividades com borboletas; o Curso de Especialização em Helmintologia e seu interesse pelo estudo de helmintos parasitos de peixes por sugestão de Lauro Travassos; a opção por este estudo em detrimento ao de borboletas; o primeiro trabalho publicado sobre helmintos parasitos de peixes e início do trabalho remunerado em Manguinhos; a rotina nos meios de transporte disponíveis para Manguinhos; a efetivação como pesquisadora no IOC; o estágio na Hebrew University, Israel; comentários sobre sua passagem por Paris, no Museu de História Natural, e o contato com os professores Alain Chabaud e Robert Philippe Dollfus.

Fita 1 - Lado B
Continuação dos comentários sobre a passagem por Paris e a pesquisa realizada no acervo do Museu de História Natural; a chegada em Israel e o encontro com os professores Wertheim e Illan Papema; comentários sobre o trabalho com parasitos de peixes do Mediterrâneo e parasitos de peixes de aquário; avaliação do estágio realizado por três meses e a oportunidade de estudar parasitos monogenéticos (parasitos de branquías); o retomo ao Brasil e seu casamento, as pesquisas no IOC e os trabalhos de campo; referência à publicação do catálogo de parasitos de peixes do Brasil; o falecimento de João Ferreira Teixeira de Freitas, de seu pai e de Lauro Travassos, todos no ano de 1970; o convite de Oswaldo Cruz Filho para o cargo de assessora técnica da direção do IOC; o impacto da criação da Fiocruz na atividade de pesquisa; os efeitos do Massacre de Manguinhos; referência ao trabalho de direção de Wladimir Lobato Paraense, no IOC, e de Vinícius da Fonseca, na Presidência da Fundação; a permanência no IOC como estatutária e a reforma no prédio do biotério que propiciou a crianção de caramujos e camundongos; o trabalho com Míriam Tendler; o uso do primeiro microscópio eletrônico no Instituto; referência à administração de José Coura; o credenciamento dos laboratórios do IOC, em 1991; o período do presidente da República, Fernando Collor de Melo, e seu pedido de aposentadoria.

Fita 2, - Lado A
Comentários sobre atividades acadêmicas como docente do curso de mestrado em Zoologia do Museu Nacional e sua orientação na primeira dissertação de Mestrado em Zoologia defendida na instituição; as bolsas do CNPq e a sua efetivação como pesquisadora titular na Fiocruz; o trabalho de orientação de teses; referência à gratificação oferecida aos pesquisadores pós-graduados na Fiocruz e o trabalho de docente no IOC; a criação e o desenvolvimento da Coleção Helmintológica no IOC; a importância das coleções científicas nas atividades de pesquisa; considerações sobre a definição dos tipos nas coleções científicas; os empréstimos de exemplares das coleções científicas do IOC para o exterior; as atividades de pesquisa sobre helmintos parasitos de peixes em reservatórios da usina hidrelétrica Itaipu; a abertura da linha de pesquisa sobre ultra-estrutura dos parasitos de peixes e a orientação de teses e dissertações sobre este tema; a elaboração do catálogo sobre parasitos de peixes da América do Sul; atualização do catálogo de espécies de trematódeos existentes no Brasil, cuja primeira edição foi elaborada com Travassos e Teixeira, em 1969.

Fita 2 - Lado B
Atualização do catálogo sobre parasitos de peixes e as publicações sobre o tema no Brasil; referência à sua equipe de trabalho na Fiocruz; tentativa de transferência da Coleção Helmintológica do IOC para o Museu Nacional na década de 1970; comentários sobre as dificuldades de contratação de pessoal; considerações sobre a questão da remuneração das atividades de pesquisa no país.

Delir Corrêa Gomes

Sumário
Fita 1 - Lado A
Origem familiar; os estudos primário e secundário realizados no colégio da Irmandade das Freiras Servas do Espírito Santo; o incentivo do pai para o estudo da Medicina e o interesse pela área de Biologia; primeiros contatos com o IOC, encontro com Lauro Travassos; incentivo para que prestasse vestibular para história natural; a opção pelo curso de história natural na UEG; o início do estágio no IOC e a importância deste no seu aperfeiçoamento profissional; breve comentário sobre os cursas e professores da UEG; reflexões sobre os cursos de entomologia e helmintologia realizados no IOC durante a graduação; comentários sobre a opção pela helmintologia; referência aos pesquisadores dos Laboratórios de Entomologia e Helmintologia, em 1961; a presença das mulheres no IOC e na UEG e as relações estabelecidas entre homens e mulheres; comentários acerca das cobranças de Lauro Travassos e João Ferreira Teixeira de Freitas em relação às avaliações dos estagiários nos cursos universitários; a importância do Curso de Aplicação do IOC em sua formação, as disciplinas e exigências curriculares; comentários sobre a questão da remuneração de estagiários do IOC; menção às bolsas fornecidas pelo CNPq; referências ao primeiro trabalho publicado em 1964; comentários sobre o estágio no IOC e as expectativas de contratação; referência à matrícula no primeiro Curso Avançado de Protozoologia, realizado na Universidade de Brasília (UnB), em 1970; o Curso de Imunoparasitologia, realizado no Instituto Castelo Branco, atual Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), em 1973; o interesse pela área de imunoparasitologia; breve comparação dos cursos de especialização e de pós-graduação, a partir dos anos 1970.

Fita 1 - Lado B
Considerações sobre os cursos de pós-graduação no início dos anos 1970; as exigências de títulos de pós-graduação; a opção pelo curso de pós-graduação na área de parasitologia na UFRRJ; o interesse por novos temas de pesquisa; referência ao convite de João Ferreira Teixeira de Freitas para ministrar curso de helmintologia no Curso de Aplicação; comentários acerca da prática na pesquisa e no magistério; breve relato das experiências no ensino de helmintologia; comparação dos requisitos para frequentar os cursos de medicina tropical e de parasitologia médica, ministrados na Fiocruz nos anos 1970; a experiência no ensino secundário durante a gestão de Vinícius da Fonseca, na Fiocruz; dificuldades enfrentadas para conciliar o Curso de Mestrado na UFRRJ e atividades profissionais do magistério; breve relato da efetivação na Fiocruz em fins dos anos 1970; considerações acerca da sua chefia no Departamento de Helmintologia; o perfil profissional dos pesquisadores Lauro Travassos e João Ferreira Teixeira de Freitas e as viagens de coleta realizadas por eles; a organização de excursões de coleta e sua importância na formação de várias coleções; a utilização do material da Coleção Helmintológica para as pesquisas da dissertação de mestrado; dificuldades financeiras enfrentadas nos 1970 para a realização de novas excursões de coleta; as coleções da Fiocruz e os materiais coletados por pesquisadores de outras instituições; reflexões acerca do período em que foi curadora da Coleção Helmintológica, entre 1982 e 1989; o acesso ao cargo de curadora, seu trabalho na recuperação e organização do material e a questão da falta de apoio institucional.

Fita 2 - Lado A
A situação das coleções científicas da Fiocruz na gestão Vinícius da Fonseca (1975-1979) e a ameaça de sua transferência para o Museu Nacional; comentários acerca do quadro de pesquisadores da Fiocruz durante a gestão de Vinícius da Fonseca; considerações sobre o trabalho de pesquisadores com espécimes da Coleção Helmintológica; relatos sobre o cotidiano do uso da Coleção Helmintológica; as trocas de materiais da coleção com pesquisadores de outras instituições; considerações acerca das medidas tomadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em relação à entrada e saída de espécimes no país; comentário sobre a importância do Projeto das Coleções Científicas da Fiocruz promovido pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz); sua participação na Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro; origem das verbas destinadas à manutenção da Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro e publicação dos trabalhos nas Atas da Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro, breves reflexões sobre a importância das coleções científicas.

Dely Noronha

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida, Laurinda Rosa Maciel e Nathacha Regazzini Bianchi Reis, na Fiocruz (RJ), no dia 01 de fevereiro de 2000.
Sumário
Fita 1 – Lado A
Origem familiar e o fascínio pelo pai; os primeiros estudos; a sensação quando pela primeira vez foi ao Teatro Municipal; o prêmio recebido do presidente Dutra; resultado de um concurso promovido entre estudantes de jardim de infância; lembranças da infância; o desejo de fazer um concurso para integrar o corpo do balé do Teatro Municipal e a reação da família; as disciplinas durante o curso básico e seu interesse por História e, principalmente, Química, a partir da vivência em laboratórios; as aulas de ciências com Domingos Arthur Machado Filho, pesquisador do IOC; o primeiro pré–vestibular em Química e o motivo de sua desistência; a segunda opção, História; a opção por Medicina e as aulas de Biologia com Fritz de Lauro.

Fita 1 - Lado B
Influência de Fritz de Lauro e o primeiro contato com uma coleção científica; a desistência da Medicina e a escolha por História Natural; comentários sobre o estágio no Departamento de Bacteriologia do IOC e a importância de Arthur Machado Filho; o convite de Lauro Travassos para trabalhar na coleção de borboletas e o início de sua carreira em pesquisa científica; a reação da família por sua opção pelo trabalho no IOC e pelo vestibular em História Natural; o trabalho na coleção de borboletas e sua relação com Lauro Travassos, Hugo de Souza Lopes e outros pesquisadores, neste período; a experiência como aluna na Faculdade de História Natural no período do golpe militar de 1964; as várias disciplinas e os professores da faculdade; comentários sobre as diferenças entre História Natural e Biologia; as bolsas de estudo para pesquisa; a repressão política na Faculdade Nacional de Filosofia.

Fita 2 – Lado A
Comentários sobre a repercussão do período de repressão política na década de 1960, no IOC; o início do trabalho na helmintologia junto a João Ferreira Teixeira de Freitas e o aprendizado com desenhos microscópicos; as atividades como professora de ciências na rede particular e estadual de ensino; o trabalho no IOC ainda como bolsista; comentários sobre as atividades de Delir Corrêa Gomes na Coleção Helmintológica e sobre a situação dos pesquisadores bolsistas no IOC; a contratação efetiva em 1983 para trabalhar com Míriam Tendler no Laboratório de Esquistossomose Experimental; o trabalho como responsável pelo moluscário; a difícil situação das Coleções Científicas na mudança do IOC para Fundação Oswaldo Cruz, na década de 1970 e o desejo da transferência para o Museu Nacional; mulheres cientistas no IOC e dificuldades do campo profissional feminino em ambiente majoritariamente masculino; as reuniões realizadas mensalmente para discussão de trabalhos na Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro; a publicação de trabalho próprio nas Atas da Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro, sua importância como periódico de divulgação científica e o processo de extinção; detalhamento das rotinas de trabalho no moluscário, cuidados com a temperatura ambiente e a cloração da água; o retorno para a helmintologia e o trabalho de rotina na manutenção da coleção; a atividade docente no IOC.

Fita 2 – Lado B
Continuação da abordagem sobre a atividade docente no IOC e a predileção pela área de pesquisa em laboratório; considerações sobre o início da constituição da Coleção Helmintológica com Adolpho Lutz e Gomes de Faria; importância histórica e científica das amostras do Instituto Bacteriológico de São Paulo, do Instituto Pasteur, do Butantan e da Escola Baiana de Medicina, incorporadas posteriormente à coleção do IOC; depósitos, empréstimos e doações entre instituições e o trabalho de agregar novas amostras coletadas nas excursões científicas à Coleção Helmintológica; informatização das coleções e o trabalho do curador; viagens para coleta de novas amostras; a divulgação e o envio de material das coleções para outras instituições; as condições ideais para a existência e manutenção de uma coleção; o apoio do IOC às coleções; a falta de quadros na Fiocruz e a necessidade de realização de concurso público.

Fita 3 – Lado A
A carência de funcionários para um tratamento adequado à Coleção Helmintológica; a descontinuidade nas atividades cotidianas de bolsistas e seu vínculo precário com a Fiocruz; a utilização da coleção por um pequeno grupo de pesquisadores do departamento; o apoio do IOC na participação em congressos e o incentivo às publicações; diversidade e particularidade da Coleção Helmintológica; considerações sobre o nome da coleção e sua correta designação como Coleção Parasitológica; trabalhos desenvolvidos em equipe e seus resultados; os procedimentos de informatização e acondicionamento da coleção; a abrangência da formação de Lauro Travassos; comentário sobre as metas de trabalho dos pesquisadores; a importância da informatização das lâminas e dos cadernos da coleção; breve comentário sobre o período pós-64 e o trabalho na Coleção Helmintológica.

Dyrce Lacombe

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida, Magali Romero Sá e Renata Fernandes Marques, na Fiocruz (RJ), nos dias 02 de julho e 11 de agosto de 1999.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Origem familiar e a rotina na Ilha do Governador; o curso secundário e a relação com o professor Newton Santos; comentário sobre seu primeiro contato com o IOC e sobre o professor Olympio da Fonseca; o ingresso na FNFi; os professores e o curso de História Natural; a presença de mulheres na faculdade, tanto alunas quanto professoras; o interesse pela biologia; o trabalho como assistente de Olympio da Fonseca no curso do IOC; as relações dos professores com as alunas; a viagem para os Estados Unidos logo após a conclusão da graduação; o convite para trabalhar em Manguinhos; o trabalho com o professor Rudolf Barth.

Fita 1 - Lado B
O trabalho com o professor Rudolf Barth; referência às pesquisadoras do IOC; a importância do desenho e da fotografia na histologia; a relação de amizade entre os departamentos e as unidades do IOC; referência ao temperamento de Rocha Lagoa; o concurso para zoóloga do Museu Nacional: o ingresso e as atividades na instituição; o movimento dos bolsistas no IOC e seus resultados.

Fita 2 - Lado A
Comentários acerca do Congresso Internacional sobre Doença de Chagas, realizado no Hotel Glória, em 1979, e o contato com importantes pesquisadores de várias nacionalidades.

Fita 3 - Lado A
Referência ao pesquisador José Cândido de Melo Carvalho e à equipe de trabalho da expedição no Rio Negro, na Amazônia, em 1962 e 1963; a saída do Museu Nacional e o ingresso no IOC; a relação com José Cândido e Newton Santos; as excursões e os trabalhos realizados com Lauro Travassos, Amilcar Vianna Martins e Rudolf Barth; a excursão a Belém do Pará, em 1964, com Lauro Travassos; viagem de férias à Europa com José Cândido e sua esposa; comentários sobre as primeiras participações em congressos internacionais realizados nos Estados Unidos, na América Central e na Europa; comentários sobre o seu interesse em cracas, a partir do trabalho realizado na Baía de Guanabara no começo dos anos 1960.

Fita 3 - Lado B
Considerações sobre a experiência de trabalho em instituições de pesquisa nos Estados Unidos; a relação entre Lauro Travassos e Olympio da Fonseca; referência a Herman Lent; comentários sobre o trabalho com embiídeos; referência a artigos publicados; comentários sobre Lejeune Pacheco H. de Oliveira; considerações sobre a Coleção de Cracas e a importância da Biologia Marinha no IOC; comentários sobre a administração de Vinícius da Fonseca e a transferência de Lejeune Pacheco H. de Oliveira para a UFRJ; o destino de várias coleções após a década de 1970, como a de Anatomia Patológica e de Febre Amarela; referência à palestra sobre cracas na cidade de Cabo Frio; sua relação com José Rodrigues Coura e Leonidas Deane; comentários sobre Alina Szumlewicz.

Fita 4 - Lado A
Comentários sobre a transferência da Alina Szumlewicz para Manguinhos e do Laboratório de Anatomia e Histologia de Vetores de Doença de Chagas de Manguinhos para Jacarepaguá; a relação com a direção do IOC; considerações sobre o universo feminino do IOC; os critérios para obtenção de recursos e bolsas de pesquisa; comentários sobre o trabalho como docente.

Augusto Cid de Mello Perissé

Entrevista realizada por Wanda Hamilton, na Fiocruz (Rio de Janeiro/RJ), no dia 27 de fevereiro de 1986.
Sumário
Fitas 1 a 4
Origem familiar; os problemas financeiros na época em que era estudante de farmácia; a atração pela medicina; o trabalho como tecnologista da Marinha; o emprego numa fábrica de pólvora a convite de um professor; o ingresso no IOC em 1943; considerações sobre o curso de farmácia; o interesse pela botânica e a decisão de permanecer no IOC; o primeiro contato com a química; a proibição de trabalhar com síntese de composto orgânico pelo diretor do IOC, Henrique Aragão; o desenvolvimento da química no IOC e a introdução de novos cursos durante a gestão Olympio da Fonseca; o trabalho no Instituto Nacional de Tecnologia; a transferência para a USP a convite do professor Hauptman e a convivência com químicos alemães; a importância da biblioteca do IOC até 1964; comentários sobre o trabalho do professor Hauptman e de Rheinboldt; crítica à orientação científica do IOC no período pós-1964; comentários sobre o doutorado na USP; o trabalho na Bahia a convite de Edgard Santos; o curso de pós-doutorado na Alemanha; a importância das pesquisas em química experimental na USP; a vida e o trabalho em São Paulo; as dificuldades de desenvolvimento da química no Brasil; o estudo e o trabalho em bioquímica da hanseníase a importância do vínculo entre pesquisa e produção; a interrupção da pesquisa sobre hanseníase em consequência de sua cassação; a reconstrução do laboratório após o regresso a Manguinhos; as atividades profissionais em Paris durante o exílio; o trabalho realizado em Moçambique; a bolsa do CNPq para desenvolver pesquisa em hanseníase; comentários sobre a descoberta da hanseníase; a fase de decadência do IOC após a direção de Carlos Chagas; as atividades exercidas em Manguinhos entre 1943 e 1969; perfil e gestão de Olympio da Fonseca; o incentivo do CNPq à ciência no Brasil; a crença no progresso da humanidade através da ciência; a importância do Ministério da Ciência e Tecnologia para o desenvolvimento científico do país; o impacto das multinacionais sobre o desenvolvimento autônomo da ciência no país; a difícil sobrevivência dos institutos de pesquisa no Brasil; a redemocratização e legalização do Partido Comunista Brasileiro (PCB); a intervenção dos militares na vida política do país; os inquéritos militares e as cassações em Manguinhos; a solidariedade dos colegas do IOC e a repercussão das cassações; o fim do regime militar e a redemocratização na FIOCRUZ durante a gestão Sérgio Arouca; o caráter pessoal das perseguições movidas por Rocha Lagoa; o fechamento do laboratório de química e a perda de seus produtos após a cassação; o conflito ente os pesquisadores de Manguinhos; a paralisação da produção científica no IOC após 1970; o financiamento à pesquisa concedido pela Fundação Ford; a importância da construção de Far-Manguinhos e de Bio-Manguinhos.

Carlos Chagas Filho

Entrevista realizada por Nara de Azevedo Brito, Paulo Gadelha, Luiz Fernando Ferreira e Rose Ingrid Goldschmidt, no Instituto de Biofísica (UFRJ), entre os dias 18 de fevereiro de 1987 e 30 de setembro de 1988.
Sumário
Fita 1 a Fita 3

O ingresso na faculdade de medicina; o encontro com Walter Oswaldo Cruz e Emanuel Dias no curso médico; a personalidade e inteligência de Walter Oswaldo Cruz; a penetração da literatura francesa no Brasil no início do século; A reforma de ensino Rocha Vaz e as repercussões no curso de medicina; o ingresso em Manguinhos com Walter Oswaldo Cruz e Emanuel Dias; a experiência como adjunto de serviço de autópsia de Magarino Torres no Hospital São Francisco; o método e a dedicação do pai à atividade docente; a boemia nos tempos da juventude com os amigos Walter Oswaldo Cruz e Emanuel Dias; o interesse de Walter Oswaldo Cruz pelo estudo de anemia; a opção pela universidade em detrimento de Manguinhos; a iniciativa da Fundação Ford em estabelecer cursos de pós-graduação no Brasil a partir de 1964; o perfil progressista de Walter Oswaldo Cruz; visão crítica sobre Rocha Lagoa; as gestões Francisco Laranja e Antonio Augusto Xavier no IOC; a decadência de Manguinhos; os conflitos internos gerados com a nomeação de Rocha Lagoa para a direção do IOC; o convite do presidente Castelo Branco para representar o Brasil na UNESCO; a reprovação de Rocha Lagoa no concurso promovido pelo Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) para biologista de Manguinhos; a presença de militares no IOC durante a gestão de Rocha Lagoa; o último encontro com Walter Oswaldo Cruz em 1965 e o choque causado por sua morte em 1967; a atual superioridade científica de São Paulo sobre o Rio de Janeiro; o perfil profissional dos filhos de Oswaldo Cruz.

Fita 4 a Fita 5

A infância na rua Paissandú (RJ); os banhos de mar com o pai na Praia do Flamengo (RJ); a admiração de Carlos Chagas por Oswaldo Cruz e o choque provocado por sua morte; a divisão política do IOC depois da morte de Oswaldo Cruz e a luta pela direção de Manguinhos; as dificuldades financeiras do IOC com o fim da verba da vacina contra a manqueira; o esvaziamento do IOC após a criação das universidades e centros de pesquisa a partir da década de 30; comentários sobre as causas da morte de Oswaldo Cruz; a crença positivista da família e o forte sentimento religioso; a educação voltada para as diversas manifestações culturais e artísticas; a influência estrangeira no desenvolvimento científico brasileiro; as leituras preferidas do pai; o questionamento da Academia Nacional de Medicina a respeito da descoberta da doença de Chagas; o desprestígio da carreira universitária no início do século; a fundação de um centro de pesquisa em universidade brasileira; o caráter centralizador da gestão de Carlos Chagas no IOC.

Fita 6 a Fita 7

Os primeiros contatos com Manguinhos e com Joaquim Venâncio; a personalidade de Adolpho Lutz; a amizade com Francisco Gomes no laboratório de Astrogildo Machado; a experiência profissional adquirida no contato com Osvino Pena, Magarino Torres e Burle Figueiredo no Hospital São Francisco de Assis; a vida boêmia de alguns cientistas do IOC; o perfil profissional de Carneiro Felipe; a relação paternalista dos cientistas do IOC com seus estagiários; a personalidade autoritária de Álvaro Osório de Almeida; a forte influência científico-cultural francesa nos fundadores de Manguinhos; comparações entre as questões sociais do início do século e as atuais; o crescimento das favelas do Rio de Janeiro após o Estado Novo; ausência de discriminação racial em Manguinhos; a participação na Aliança Liberal em 1930; o equívoco das políticas de saúde de Getúlio Vargas; resistência do pai à incorporação do IOC pelo Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP); o perfil político de Belisário Pena e sua relação com Carlos Chagas; ausência de grupos de esquerda organizados antes da década de 30; o mecenato de Guilherme Guinle e o financiamento ao SEGE dirigido por Evandro Chagas; o perfil profissional de Felipe Neri Guimarães e a coesão do grupo de cientistas do SEGE; a desvalorização da ciência por parte das autoridades brasileiras; inexistência de um período de decadência na história de Manguinhos; comentários sobre a baixa qualidade da penicilina produzida por Manguinhos na década de 40; a dificuldade da gestão Aragão em visualizar o futuro desenvolvimento do IOC.

Fita 8 a Fita 9

Perfil do professor Pacheco Leão; a experiência profissional na expedição à Lassance e o contato com lepra e malária no interior do país; as condições de vida do povo brasileiro; as qualidades e carências do Curso de aplicação do IOC; a convivência com o arquiteto Luiz de Morais, com o bibliotecário Overmeer e o fotógrafo J. Pinto; as diversas fontes de financiamento do laboratório de biofísica; o nascimento da microscopia eletrônica brasileira; a formação de profissionais competentes no Instituto de Biofísica; os motivos da opção pela universidade em detrimento do IOC; a dificuldade na escolha da banca examinadora do concurso na Universidade do Brasil; o pedido para sua permanência em Manguinhos feito por Evandro Chagas; o desgosto de Evandro Chagas ao ser reprovado no concurso para a cátedra de doenças tropicais da Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil; a nomeação para chefia do SEGE em 1942 após a morte de Evandro Chagas; as diversas origens das verbas do IOC e o incentivo à pesquisa brasileira com a criação do CNPq; o auxílio da fundação Rockefeller para o desenvolvimento da pesquisa em radioisotopia no Instituto de Biofísica; a personalidade de Miguel Osório de Almeida; a prisão de Carlos Chagas na Revolução de 1930; Pedro Ernesto e a tentativa de democratizar o governo Vargas; defesa da formação interdisciplinar do médico e do sanitarista brasileiro.

Fita 10 e Fita 11

A luta pelo progresso da ciência brasileira; a elevação do custo de vida e as dificuldades financeiras durante o Estado Novo; o contato com grandes cientistas europeus na década de 40; a formação inicial do quadro de profissionais do Instituto de Biofísica; as dificuldades do desenvolvimento científico na sociedade brasileira; a tentativa de Barros Barreto de transformar o IOC em uma instituição de saúde pública; a prática de interdisciplina no Instituto de Biofísica; o incentivo do CNPq ao desenvolvimento científico; perfil do Almirante Álvaro Alberto; o desenvolvimento da física brasileira; defesa da autonomia de pesquisa nas universidades; os riscos provenientes da privatização das instituições de pesquisa; considerações sobre a importância da tecnologia no desenvolvimento científico do Terceiro Mundo.

Fita 12 a Fita 14

Os principais problemas do Terceiro Mundo; o caráter colonial do desenvolvimento científico brasileiro; a necessidade de harmonia cultural para o desenvolvimento econômico e social de um país; a valorização da ciência e tecnologia após a Segunda Guerra Mundial; crítica ao comportamento das elites brasileiras; comparação entre o ensino médico do início do século e da década de 60; os obstáculos à pesquisa criados pela Reforma Universitária de 1964; defesa do ensino religioso nas universidades brasileiras.

Fita 15 a Fita 16

A inconveniente privatização da biotecnologia; ausência de políticos voltados para a defesa do desenvolvimento da ciência e tecnologia nacional; a necessidade de diferenciação entre prática médica e atividade científica; histórico da criação do CNPq e o trabalho desenvolvido na Divisão de Ciência e Biologia; o preconceito do CNPq em relação às ciências sociais; comentários sobre a soma de recursos do CNPq investidas em Manguinhos; o aproveitamento de cientistas europeus exilados durante a Segunda Guerra Mundial por instituições de pesquisa de São Paulo; definição de vocação científica e a diferenciação entre cientistas e “empregados da ciência”; comentários sobre a obrigatoriedade de publicação regular de artigos científicos; as disputas internas no CNPq durante o governo Café Filho e a demissão do Almirante Álvaro Alberto; o controle da ciência e da tecnologia pelos militares a partir de 1964.

Fita 17 a Fita 18 - Lado A

O contato com o Instituto Pasteur e com Emile Marchou em 1937; a equiparação tecnológica do IOC com o Instituto Pasteur na década de 30; comentário sobre a atuação de pesquisadores do Instituto Pasteur na Resistência Francesa durante a Segunda Guerra Mundial; perfil de Eráclides de Souza Araújo; Olympio da Fonseca e a tentativa de criar a área de microscopia eletrônica no IOC; o perfil acadêmico das universidades francesas.

Fita 18 - lado B a Fita 19

O trabalho da Academia Brasileira de Ciências na década de 60; as reuniões científicas com Álvaro Alberto e Arthur Moses; a questão da propriedade das patentes de vacina no IOC na década de 30; a supremacia do grupo biomédico na Academia Brasileira de Ciências a partir da década de 40; a valorização da saúde pelas autoridades públicas após a Reforma Carlos Chagas em 1921; a importância das academias científicas no desenvolvimento social e econômico dos países europeus; o trabalho desenvolvido como delegado do Brasil na UNESCO; o trabalho pela paz mundial; a importância de sua atuação como secretário geral da Conferência das Nações Unidas para a Aplicação da Ciência e Tecnologia ao Desenvolvimento realizada em 1962; a nomeação para presidente da Academia Pontifícia de Ciências.

Fita 20 a Fita 21

Perfil da bibliotecária Emília de Bustamante; o distanciamento entre os avanços da ciência nos países desenvolvidos e nos subdesenvolvidos; a necessária priorização da educação pelos futuros governantes brasileiros; o caráter predatório das elites brasileiras; a luta empreendida pela Academia Pontifícia de Ciências contra a guerra nuclear e a destruição da camada de ozônio da atmosfera; a defesa pela Igreja do sistema Ptolomáico ameaçado por Copérnico; as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Vaticano; comentários sobre a fé católica brasileira; a singular combinação entre ciência e religião e sua concepção de religiosidade; defesa da origem divina do universo; a forte religiosidade dos cientistas judeus; os méritos e defeitos da “Tecnologia da Libertação”; visão sobre o papel da ciência no desenvolvimento humano.

Herman Lent

Entrevista realizada por Flavio Coelho Edler e Wanda Suzana Hamilton, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 12, 20 e 27 de setembro, 11 e 21 de outubro, 8 e 23 de novembro de 1994.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Comparação entre os cientistas da década de 1920 e dos tempos atuais; considerações sobre a trajetória escolar e sua opção pela medicina; alusão ao currículo e aos professores da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (FMRJ), da Universidade do Brasil, no período da graduação no final dos anos 1920; a opção pela carreira científica e o relato da primeira tentativa de ingresso no IOC; a influência de Carlos Chagas em sua matrícula no Curso de Aplicação do IOC.

Fita 1 - Lado B
O ingresso no Curso de Aplicação do IOC, reflexões sobre o ensino neste curso e o perfil de Lauro Travassos; o estágio no Laboratório de Helmintologia, em 1932; breve referência à sua relação com João Ferreira Teixeira de Freitas; o Curso de Aplicação do IOC e seus professores; reflexões sobre o projeto de Oswaldo Cruz para o IOC; a formação em medicina; breve comentário sobre Carlos Chagas Filho, fundador do Instituto de Biofísica, da UFRJ; considerações sobre a FMRJ; o perfil de João Ferreira Teixeira de Freitas; menção às aulas ministradas por Carlos Chagas no anfiteatro da FMRJ.

Fita 2 - Lado A
Comparações entre a FMRJ e o Curso de Aplicação do IOC; a opção pela medicina; o perfil de Haity Moussatché; menção à sua contratação como assistente de Lauro Travassos na cadeira de zoologia da Faculdade de Ciências da UDF, em 1935; comentários acerca da Lei de Desacumulação de Cargos Públicos (1937) e a opção por permanecer no IOC; o perfil do professor Aristides Marques da Cunha, do Curso de Aplicação do IOC; as refeições no IOC; o perfil de Adolpho Lutz, Joaquim Venâncio, Miguel Ozório de Almeida e Carneiro Felipe.

Fita 2 - Lado B
As aulas ministradas por Lauro Travassos no Curso de Aplicação do IOC; considerações sobre o perfil de Lauro Travassos e a influência recebida na opção pela helmintologia; o perfil de Costa Lima; o período em que foi estagiário de Lauro Travassos; o perfil de Carlos Chagas; o trabalho na Seção de Zoologia Médica com Lauro Travassos; referência à importância da Coleção Helmintológica; a evolução da biologia e a influência da tecnologia nas linhas de pesquisa; o perfil de Miguel Ozório de Almeida; a importância da taxonomia para o pesquisador; os tipos conhecidos de helmintos; as excursões de coletas promovidas por Lauro Travassos; comentários sobre a tradição de realizar excursões de coletas de espécies no IOC; breve comentário sobre a doença de Chagas.

Fita 3 - Lado A
A primeira expedição de coleta; breve relato sobre o perfil de M. Cavalcanti Proença; os discípulos de Lauro Travassos no estado de São Paulo; considerações sobre o Boletim Biológico e os procedimentos técnicos após a coleta de material; a importância em publicar a respeito da descoberta de novas espécies; a importância da atualização bibliográfica na pesquisa; o convite de Pedro Wygodzinsky para permanecer em Nova York, com financiamento da Fundação Rockefeller; reflexões sobre o uso da expressão “Escola de Travassos” no IOC; considerações sobre o perfil de Lauro Travassos.

Fita 3 - Lado B
O perfil de Lauro Travassos; as publicações Ciência Médica, Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Memórias do Instituto Butantan e Boletim Biológico, breve relato de sua participação na criação da Revista Brasileira de Biologia, a colaboração como editor da Memórias do Instituto Oswaldo Cruz e Anais da Academia Brasileira de Ciências, o perfil de César Pinto; o convite para participar da Missão Científica Brasileira no Paraguai; considerações sobre o perfil de João Ferreira Teixeira de Freitas, os trabalhos publicados em colaboração com João Ferreira Teixeira de Freitas; a influência de Arthur Neiva no seu interesse pela entomologia; o perfil de Arthur Neiva.

Fita 4 - Lado A
Comentários sobre a helmintologia; o perfil de Gomes de Faria; a personalidade de Adolpho Lutz; as publicações em helmintologia; a importância da Coleção Helmintológica do IOC; as regras de nomenclatura na área de zoologia; as contribuições para a formação das coleções científicas; a importância da Coleção Helmintológica; reflexões sobre o empréstimo e a coleta de espécies; a relação entre o grupo da helmintologia no IOC e o grupo da parasitologia da “Escola do professor Samuel Pessoa”, no estado de São Paulo; a sistemática e a filogenia dos helmintos; comentários sobre o intercâmbio entre helmintologistas.

Fita 4 - Lado B
Os pesquisadores estrangeiros da área de helmintologia; a importância das separatas para a divulgação de trabalhos; a importância da revisão bibliográfica; as publicações internacionais na área de zoologia; a fotografia como novo recurso tecnológico trazido de Hamburgo por Lauro Travassos; críticas ao tratamento dispensado à Coleção Helmintológica do IOC.

Fita 5 - Lado A
A importância das separatas para o pesquisador; os temas publicados na área de helmintologia; comentários sobre os helmintólogos do laboratório de Lauro Travassos e a pesquisa em entomologia; o processo de sua transferência para a entomologia; o período em que chefiou a Seção de Entomologia; o primeiro trabalho em entomologia; o perfil de Arthur Neiva; considerações sobre a transferência para a entomologia e sobre sua contratação pelo IOC; o perfil de Costa Lima; a gestão Vinícius da Fonseca; o contexto da criação da Fiocruz; a definição das linhas de pesquisas prioritárias do IOC; considerações sobre Carlos Alberto Seabra e a formação de coleções entomológicas; o perfil de Fábio Leoni Werneck.

Fita 5 - Lado B
O perfil de Fábio Leoni Werneck; a gestão de Sebastião José de Oliveira como curador da Coleção Entomológica; comentários sobre coleções abertas e fechadas; o processo de aquisição da Coleção Zikán pelo IOC; comentários sobre Carlos Alberto Seabra, Fábio Leoni Wemeck e Hugo de Souza Lopes.

Fita 6 - Lado A
O perfil de Fábio Leoni Werneck e sua coleção depositada no IOC; o momento de ingresso no IOC e a possibilidade de escolha das linhas de pesquisa; considerações sobre Miguel Ozório de Almeida, Lauro Travassos e Costa Lima; comentários sobre troca de espécies e correspondência entre pesquisadores; o perfil de Carlos Alberto Seabra; considerações sobre a Coleção Zikán; o perfil de Costa Lima; comentários sobre a revista Chácaras e Quintais; reflexões sobre o contexto de criação da Fiocruz e o universo de pesquisas; a importância de Manguinhos na formação de profissionais; as Memórias do Instituto Oswaldo Cruz; reflexões sobre as seções científicas do IOC; breve comentário sobre o período inicial do IOC.

Fita 6 - Lado B
Considerações sobre o período inicial do IOC; referência ao projeto de Oswaldo Cruz para Manguinhos; considerações sobre as seções científicas do IOC; os trabalhos publicados com Sebastião José de Oliveira, na Revista Brasileira de Biologia; o processo aberto pelo pesquisador José Jurberg relativo às Memórias do Instituto Oswaldo Cruz; reflexões sobre a passagem por Manguinhos e o envolvimento com a instituição; considerações sobre pesquisadores da área de entomologia; críticas à gestão do IOC no período das cassações; breve análise de sua personalidade; o perfil de Francisco de Paula Rocha Lagoa; comentário sobre sua demissão da Divisão de Entomologia; o perfil de Hugo de Souza Lopes; considerações sobre o Laboratório de Helmintologia e seu papel na assessoria aos pesquisadores de outras instituições.

Fita 7 - Lado A
Menção a Hugo de Souza Lopes e a homenagem recebida por este ao nomear uma espécie com o sobrenome Lent; comentários sobre as atividades na FMRJ.

Fita 8 - Lado A
A importância das publicações científicas; a diversidade de suas publicações desde o período da faculdade; menção ao perfil dos irmãos Álvaro e Miguel Ozório de Almeida; o financiamento de Guilherme Guinle, nos anos 1940, para a publicação da Revista Brasileira de Biologia, comentários sobre a participação como editor da Revista Brasileira de Biologia, menção à eleição como membro titular da Academia Brasileira de Ciências, em 1968; o convite de Aristides Pacheco Leão para editar os Anais da Academia Brasileira de Ciências, considerações sobre a repercussão da sua cassação na Revista Brasileira de Biologia, os perfis de Tito Cavalcanti e Sebastião José de Oliveira; considerações sobre a “doação” da Revista Brasileira de Biologia à Academia Brasileira de Ciências, na década de 1970; as revistas existentes na época da fundação da Revista Brasileira de Biologia.

Fita 8 - Lado B
As revistas existentes na época da fundação da Revista Brasileira de Biologia, o artigo denunciando plágio na revista O Campo, o conhecimento das publicações de referência na área de zoologia; o desligamento da supervisão das publicações da Academia Brasileira de Medicina, em 1981; a Revista Brasileira de Biologia, a parceria com José Jurberg para publicar trabalhos em colaboração nas Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, descrição dos atributos de um periódico científico ideal; o trabalho publicado no boletim do American Museum of Natural History, de Nova York; menção à falta de financiamento dos periódicos científicos nos anos 1940; as instituições de fomento à pesquisa; o financiamento para a participação em eventos científicos no exterior, na gestão de Amilcar Vianna Martins no IOC; o perfil de Olympio da Fonseca, reflexões sobre as opções dos funcionários no momento da Lei de Desacumulação de Cargos Públicos, de 1937.

Fita 9 - Lado A
Considerações sobre sua relação com Olympio da Fonseca; os trabalhos de helmintologia publicados no Boletim Biológico, dirigido por Lauro Travassos e César Pinto; importância da Sociedade Brasileira de Entomologia; considerações sobre a Revista de Entomologia e a Revista Brasileira de Entomologia, homenagem recebida pela contribuição à pesquisa científica.

Fita 9 - Lado B
A participação como editor das Atas do Simpósio da Biota Amazônica; o perfil de José Cândido de Carvalho, do Museu Nacional; considerações sobre a Revista de Biologia e a Revista Brasileira de Biologia, menção à área de editoração científica; indicação para integrar o corpo editorial das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, comentários sobre os critérios de publicação de algumas revistas estrangeiras; considerações sobre a utilização de “estrangeirismos” nas publicações científicas; comentários sobre os diversos diretores do IOC; a gestão de Gustavo Capanema no Ministério da Educação e Saúde; recebimento da verba originada da vacina da manqueira.

Fita 10 - Lado A
O ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema; os cientistas Alcides Godoy e Astrogildo Machado, criadores da vacina contra a peste da manqueira; a situação do IOC com a perda da verba da vacina da manqueira; o gosto pela pesquisa e o estágio no IOC; o convite de Lauro Travassos para ser seu assistente na cátedra de zoologia da UDF, em 1935; a gestão de Cardoso Fontes em Manguinhos; a influência da política na gestão dos diretores do IOC; os reflexos da instabilidade política em 1960 e 1970 no IOC; a gestão de Henrique Aragão; breve comentário sobre o “Massacre de Manguinhos”, em 1970; a participação como presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Niterói, atual Associação Médica Fluminense de Niterói; a experiência como assistente de Lauro Travassos na UDF e comentários sobre os professores; o perfil de Anísio Teixeira; a conjuntura da Lei de Desacumulação de Cargos Públicos, em 1937; o perfil de Costa Lima.

Fita 10 - Lado B
A presença de profissionais de outros estados no Curso de Aplicação do IOC; reflexões sobre o Curso de Saúde Pública, na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP); o projeto de Oswaldo Cruz e de Carlos Chagas para o IOC; as instituições de pesquisa do Estado de São Paulo; a trajetória profissional de Henrique de Beaurepaire Aragão; considerações sobre as atividades de um cientista; a gestão de Cardoso Fontes no IOC, entre 1934 e 1942; os recursos extras cedidos ao IOC por instituições de fomento à pesquisa; os remédios fabricados pelo IOC; comentário acerca da sua ocupação na gestão de Henrique de Beaurepaire Aragão, entre 1942 e 1944; reflexões sobre as expectativas dos profissionais que frequentavam o Curso de Aplicação do IOC e o Curso de Saúde Pública da ENSP; as aulas que ministrou no Instituto Gonçalo Muniz, na Bahia.

Fita 11 - Lado A
A insatisfação com o tratamento dado, pelo IOC, à Coleção Geral Entomológica; a gestão de Rocha Lagoa no Ministério da Saúde; a mudança da Coleção Entomológica para o Hospital Evandro Chagas e suas consequências; referência a Orlando Vicente Ferreira; comentários sobre o papel de José Jurberg na preservação da Coleção Entomológica; o momento em que a coleção retomou ao Castelo, na gestão de Sérgio Arouca na Fiocruz (1985-1989); reflexões sobre as novas intenções de transferência da Coleção Entomológica; o perfil de Rocha Lagoa; considerações sobre a atuação de Costa Lima na preservação da Coleção Entomológica; o quantitativo de espécies da Coleção Entomológica; os motivos que o levam, até hoje, a proteger as coleções; comparação entre as coleções particulares e as institucionais; considerações sobre Orlando Vicente Ferreira; a organização da Coleção Entomológica; os empréstimos de espécies da coleção que não foram devolvidos ao IOC; o papel das coleções científicas e a postura de alguns dirigentes com a mesma; menção à coleção de barbeiros.

Fita 11 - Lado B
O ciclo evolutivo do barbeiro; o perfil de Dario Mendes; referência ao período em que as coleções eram utilizadas para fins didáticos; a importância da Coleção Entomológica do IOC; comparação entre as coleções do Museu Nacional e as do IOC; explicação sobre os elementos que constituem uma coleção; a preferência em Manguinhos por alguns grupos de espécies; a importância da coleção do pesquisador Costa Lima; reflexões sobre coleções abertas e fechadas; considerações sobre Costa Lima e a diversidade dos temas por ele pesquisados; as espécies estudadas por Costa Lima que estão na Coleção Entomológica; o recebimento do prêmio Costa Lima, da Academia Brasileira de Ciências; o intercâmbio de espécies para identificação; considerações sobre as regras internacionais na Nomenclatura Zoológica; o perfil de Antônio Pugas; considerações sobre o intercâmbio de espécies.

Constança Arraes de Alencar

Entrevista realizada por Lúcio Flávio Taveira e Rose Ingrid Goldschmidt, na Fiocruz, no dia 08 de agosto de 1989.
Sumário
Fitas 1 a 3
Origem familiar; a formação profissional dos pais; o pioneirismo do avô imigrante; as atividades profissionais da mãe; o desejo pela experiência da maternidade; a infância em Ipanema; a vida escolar; a descoberta da vocação científica; a opção pelo curso médico e a posterior escolha pela biologia; o curso de biologia da UFRJ; a opção pela especialização em genética; o desprestígio do curso de biologia na década de 1970; o ingresso no Instituto Oswaldo Cruz (IOC) por intermédio de Carlos Morel; o fantasma da mão-de-obra barata presente no estágio da FIOCRUZ; o ingresso no curso de mestrado; as dificuldades do desenvolvimento científico em um país subdesenvolvido; comentários sobre as dificuldades advindas das restrições à contratação de pesquisadores e escassez de recursos materiais; os riscos de contaminação no trabalho diário com Trypanosoma cruzi; a gestão de Carlos Morel como chefe do departamento de bioquímica e Biologia Molecular; os vínculos entre os cursos de pós-graduação da UFRJ e da FIOCRUZ.

Dalton Mario Hamilton

Entrevista realizada por Jaime Araújo Oliveira, Nara de Azevedo Brito e Rose Ingrid Goldschmidt, na Fiocruz (Rio de Janeiro/RJ), entre os dias 14 de maio e 12 de agosto de 1987.
Sumário
1ª Sessão: fitas 1 a 3
Origem familiar; a infância em Buenos Aires; formação escolar; o estudo em escolas públicas; perfil do pai; a vocação pela medicina; a morte do pai e o trabalho numa companhia de seguros; a experiência em empresas privadas e na administração de saúde pública; o trabalho como pediatra de um hospital público; as características do sistema de saúde argentino; a Escola de Medicina de Buenos Aires e as características do sistema universitário argentino; o governo peronista; o trabalho na campanha de diarréia estival e as primeiras ligações com saúde pública; a experiência de trabalho na província de Jujuy (AR); as opções político-partidárias; o planejamento em saúde pública; o exercício da medicina privada; a criação da Escola Nacional de Saúde Pública na Argentina em 1959; a realização do curso de saúde pública em 1963; as características do curso de saúde pública; a prática hospitalar dos médicos argentinos ligados à saúde pública e a dicotomia entre saúde e atenção médica no Brasil; a implantação do planejamento em saúde na América Latina através do método OPAS/CENDES – Centro Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Venezuela); a implementação de um sistema de informação em saúde na província de Tucumán (AR); a extensão do modelo Tucumán a todo o território argentino; o Modelo Nacional de Programação de Atividades em Saúde da Argentina em 1966; o método OPAS/CENDES e os discursos sobre planejamento; a tradição chilena em saúde pública; a introdução do planejamento em saúde nos países da América Latina; comparação entre o sistema de saúde no Brasil e na Argentina; o planejamento estratégico e o caso Montes Claros; a atividade político-partidária na Argentina; o curso de mestrado na Universidade de Michigan (EUA); o Programa Nacional de Estatística em Saúde na Argentina.

2ª Sessão: fitas 4 e 5
A elaboração do programa de saúde para o Partido Justicialista em 1973; a situação política argentina durante a década de 70; a morte de Perón e as perseguições políticas da Triple A (Aliança Anticomunista Argentina); a demissão do Ministério da Saúde da Argentina em meio à crise política; o trabalho nas obras sociais dos ferroviários; a mudança para o Brasil e o golpe militar em 1976 na Argentina; o trabalho como consultor da OPAS em Brasília; os primeiros contatos com Sérgio Arouca; o Programa de Preparação Estratégica de Pessoal em Saúde (PPREPS); a adaptação da família no Brasil; a experiência profissional de Susana Badino em Buenos Aires e na Escola Brasileira de Administração Pública (EBAP) da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro; a solidariedade brasileira aos exilados argentinos; a mudança para o Rio de Janeiro contratado pela PAPPE; o Projeto de Caruaru.

3ª Sessão: fitas 5 a 7
O Projeto Integrado de Serviços de Saúde em Montes Claros; o Programa de Integração das Ações de Saúde e Saneamento (PIASS); a difusão do modelo Montes Claros; a lógica do planejamento estratégico; a experiência do PIASS na Bahia; a criação do PIASS; a continuidade do projeto em Montes Claros após a sua saída.

4ª Sessão: fitas 8 e 9
O ingresso na ENSP em 1978; o Departamento de Administração e Planejamento; a coordenação do curso básico e dos cursos de especialização da ENSP; a criação dos cursos de mestrado e doutorado e dos cursos regionalizados para dinamizar áreas estratégicas de saúde; a incorporação da política ao planejamento; os cursos regionalizados em Alagoas, Minas Gerais, Pernambuco e Paraíba; a difusão dos cursos regionalizados; o intercâmbio entre o Instituto de Medicina Social (IMS), a EBAP e a ENSP; o primeiro curso de planejamento do IMS em 1976; os cursos de planejamento da ENSP; a busca de respostas às experiências políticas do momento; o papel dos argentinos na introdução do planejamento em saúde pública no Brasil; comparação entre a formação profissional em saúde no Brasil e na Argentina; a criação do curso especializado em planejamento da Escola de Medicina de Buenos Aires em 1973; Brasil e Colômbia: centros de referência em planejamento em saúde para a América Latina; os latino-americanos no Departamento de Planejamento da ENSP; a assessoria na Nicarágua a convite de Sérgio Arouca.

5ª Sessão: fitas 10 e 11
A experiência de Joaquim Moreira Nunes na área de administração hospitalar e na ENSP; o elo entre teoria e prática nos cursos de administração; as características da gestão Vinícius da Fonseca na FIOCRUZ; a gestão Guilardo Martins Alves na FIOCRUZ; o modelo administrativo da FIOCRUZ; a incorporação de unidades isoladas à FIOCRUZ e a dificuldade de implantação de um projeto modernista e integrador; a democratização brasileira e a indicação de Sérgio Arouca para a Presidência da FIOCRUZ; a gestão Arouca; a concentração de informações na Superintendência de Administração Geral (SAG) e a centralização de decisões na presidência devido à ineficácia da área administrativa; proposta de reestruturação do modelo organizacional da FIOCRUZ; a intervenção na SAG; a indicação para chefiar a SAG; o papel do poder burocrático durante o período de reformas.

6ª Sessão: fitas 12 e 13
Avaliação do sistema de saúde brasileiro nos últimos 15 anos; as propostas do “partido sanitário” e as divergências em torno da reforma sanitária; a unificação do sistema de saúde como medida de racionalização; a participação popular visando a melhoria dos serviços de saúde; as divergências entre os membros do “partido sanitário” na Previdência Social, na Comissão de Reforma Sanitária e no Ministério da Saúde; o retorno a Buenos Aires após a abertura democrática; a experiência como gerente de planejamento do Instituto de Servicios de Obras Sociales para Trabajadores Rurales (ISARA); a experiência de Susana Badino no Instituto de Administración Pública (INAP); o regresso ao Brasil.

7ª Sessão: fita 14
Relato de sua posse na SAG; a relação do antigo superintendente com os funcionários administrativos; a proposta de reformas na área administrativa e a adesão gradual dos funcionários; a legitimação no trabalho pelo aumento da eficiência; as mudanças na estrutura organizacional da SAG; a eleição dos funcionários para promoção; a descentralização das decisões administrativas; os problemas do Departamento de Recursos Humanos; a informatização de processos financeiros; as demissões de funcionários devido a irregularidades.

8ª Sessão: fitas 15 e 16
A democratização da SAG com a socialização de informação; a descentralização de programas e orçamentos; a transparência administrativa e a consequente dificuldade do aparecimento de processos ilícitos; os resultados da descentralização dos recursos em nível das unidades; a informatização dos processos como forma de desburocratizar o poder, socializar a informação e adequar tecnologicamente a SAG; as resistências internas ao processo de informatização; a facilidade de acesso às informações e ao acompanhamento de processos através da informatização; a relação das unidades da FIOCRUZ com o processo de descentralização administrativa; as transformações da estrutura organizacional da SAG; a expectativa de irreversibilidade nas mudanças empreendidas na SAG.
NOTA: As 5ª, 7ª e 8ª sessões contaram com a participação de Joaquim Moreira Nunes e Susana Esther Badino.

José Jurberg

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida e Magali Romero Sá, na Fiocruz (RJ), em 25 e 31 de maio de 1999.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Origem familiar e referência ao irmão Pedro Jurberg, pesquisador do IOC; a trajetória escolar; breve comentário sobre religião e costumes judaicos; o primeiro vestibular para medicina e a influência do pai: o curso ginasial no Instituto Lafayette; a vocação profissional; referência à formação na Faculdade de Farmácia e Odontologia do Estado do Rio de Janeiro, em Niterói; a inscrição no Curso de Entomologia do IOC; o gosto pela fotografia e pelo desenho; menção ao estágio realizado sob a orientação de Herman Lent; o convite para trabalhar com Hugo de Souza Lopes; referência à primeira publicação; o primeiro contato com os triatomíneos e a descoberta de uma nova espécie; menção ao financiamento CAPES para sua manutenção no IOC; referência à contratação como professor da cadeira de higiene e legislação farmacêutica na Faculdade de Farmácia e Odontologia, do Estado do Rio de Janeiro; considerações a respeito da impossibilidade de acumulação de cargos públicos e a opção por permanecer no IOC; a contratação no IOC, em 1963, através de Regime Jurídico Único (RJU); o processo de seleção de pesquisadores no IOC, no passado e no presente; o perfil do professor José Messias do Carmo e o trabalho na Faculdade de Farmácia e Odontologia do Rio de Janeiro; alusão ao período em que foi assistente-estagiário de Hugo de Souza Lopes, na Escola Nacional de Veterinária, da atual UFRRJ; a remuneração no IOC e a necessidade de trabalhar com o pai para se manter; a bolsa do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) na categoria de pesquisador assistente, em 1965; referência ao Curso de Especialização em Saúde Pública para Farmacêuticos da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz); o período como assistente de Herman Lent na cadeira de parasitologia aplicada, no curso da ENSP; breve referência à cassação de 1970; a gestão de Francisco Paulo da Rocha Lagoa como Ministro da Saúde; o ingresso no mestrado do Museu Nacional, em 1970, sob a orientação de José Cândido de Melo Carvalho.

Fita 1 - Lado B
A diversidade de suas publicações e a habilidade para o desenho; comentários sobre o período dos trabalhos de campo e a interrupção em 1970; o perfil profissional de Herman Lent; os pesquisadores do IOC no momento de seu ingresso; comparação entre pesquisadores do passado e presente; o perfil de Costa Lima e Fábio Leoni Werneck; a ética profissional da nova geração de pesquisadores da Fiocruz; o curso de Histologia de Invertebrados do IOC, ministrado pelo professor Rudolf Barth, em 1964; o mestrado no Museu Nacional; a influência da tecnologia na entomologia; reflexões sobre o grau de dificuldade de aperfeiçoamento dos antigos pesquisadores; a gestão de Vinícius da Fonseca na Fiocruz; sobre a coordenação do Projeto dos Programas Prioritários de Pesquisa da Fiocruz e o Programa de Doença de Chagas, em 1976; a transferência da Coleção Entomológica para o prédio do Castelo, na gestão de Vinícius Fonseca; o crescimento do Departamento de Entomologia após o ingresso de novos pesquisadores; o reingresso na gestão de Sergio Arouca dos cientistas cassados Hugo de Souza Lopes e Sebastião José de Oliveira; a participação como membro do Grupo Executivo do Curso de Mestrado em Parasitologia Médica da Fiocruz, em 1979; a mudança da Coleção Entomológica para o Hospital Evandro Chagas (HEC); o retorno da Coleção Entomológica para o prédio do Castelo na gestão de Vinícius da Fonseca e suas consequências; os problemas institucionais vividos por Sebastião José de Oliveira; a importância da Coleção Entomológica; a atuação no Departamento de Entomologia do IOC; alusão à Vice-Presidência de Pesquisa, sob a direção de José Rodrigues Coura; a gestão de Leonidas Deane como chefe do Departamento de Entomologia; o convite de Leonidas Deane para atuar como chefe substituto do Departamento de Entomologia; considerações sobre Leonidas e Maria Deane; o pedido de demissão do cargo de chefe substituto do Departamento de Entomologia; considerações sobre Wladimir Lobato Paraense e a Coleção Entomológica do IOC.

Fita 2 - Lado A
O perfil de Leonidas e Maria Deane; o período como assessor especial da Presidência da Fiocruz, em 1990; o convite do Ministério da Saúde, em 1988, para a implantação do Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos do Departamento de Entomologia do IOC, com o auxílio do BIRD, em convênio com a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA); considerações sobre a administração dos recursos cedidos pelo convênio; comentários sobre os pesquisadores selecionados no primeiro convênio; a importância da Coleção de Triatomíneos para o Departamento de Entomologia: a aquisição da coleção do argentino Rodolfo Carcavalho; menção ao quantitativo atual de exemplares da coleção; a presença de Rodolfo Carcavalho no laboratório de Entomologia; referência à publicação do Atlas dos Vetores da Doença de Chagas nas Américas, reflexões sobre a definição de coleção institucional; breve relato sobre a Coleção de Arthur Neiva; as coleções emprestadas a pesquisadores cassados em 1970; considerações sobre as coleções que se encontram no Museu Nacional desde o período da cassação.

Fita 3 - Lado A
A Biblioteca da Fiocruz e sua importância para as atividades dos pesquisadores; a participação como secretário do Conselho Técnico Científico da Fiocruz; a gestão de Hermann Schatzmayr na Fiocruz e a reforma da biblioteca; a participação como coordenador da comissão designada para realizar o projeto da biblioteca; a importância da biblioteca para os pesquisadores; comentários sobre a European Community Latin America Triatominae Research Network (ECLAT); considerações sobre a viabilidade da profilaxia de alguns insetos; menção às atas das reuniões quando secretariava o Conselho Técnico Científico da Fiocruz; análise sobre a unificação, nos anos 1970, da Coleção Entomológica e das Coleções Laboratoriais; breve referência a Orlando Vicente Ferreira e sua participação na unificação das coleções; a experiência em trabalhar com os pesquisadores Costa Lima e Hugo de Souza Lopes; referência acerca da designação de curadoria para as coleções; considerações sobre a curadoria de parte da coleção; considerações sobre a gestão de Francisco de Paula da Rocha Lagoa; comentários acerca da transferência da Coleção Entomológica para o HEC e suas consequências; alusão à importância de Orlando Vicente Ferreira para a coleção; considerações sobre a gestão de José Guilherme Lacorte; reflexões sobre o período que a Coleção Entomológica ficou no HEC; nova menção à gestão de Vinícius da Fonseca; breve relato sobre a aposentadoria compulsória de Orlando Vicente Ferreira e sua recontratação; reflexões acerca da atual conservação da coleção; novas considerações à gestão de Vinícius da Fonseca; a normatização da Coleção Entomológica; menção ao professor Costa Lima; a aquisição da Coleção Zikán; comentários sobre o desaparecimento do livro de registro; reflexões acerca das avarias sofridas pela coleção; a postura de alguns dirigentes quanto à Coleção Entomológica; a atuação de Wladimir Lobato Paraense como vice-presidente de Pesquisa da Fiocruz.

Fita 3 - Lado B
O perfil de Wladimir Lobato Paraense e sua postura frente à manutenção da Coleção Entomológica; referência ao papel de José Cândido de Melo Carvalho na manutenção da Coleção Entomológica no IOC; a postura de Francisco de Paula da Rocha Lagoa, Wladimir Lobato Paraense, Leonidas Deane e Paulo Gadelha quanto à Coleção Entomológica; a importância da Coleção Entomológica; o perfil de Sebastião José de Oliveira; as gestões de José Rodrigues Coura e Elói Garcia, na Vice-Presidência de Pesquisa; considerações sobre as técnicas de conservação da Coleção Helmintológica; comparação entre o quantitativo da Coleção Helmintológica e Entomológica; opinião acerca da entomologia vinculada à área médica; a implantação de laboratórios como centros de referência; considerações acerca do Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos do Departamento de Entomologia do IOC; a estratégia administrativa para os centros de referência criados na Fiocruz; menção à criação da Câmara Técnica de Implantação dos Centros de Referência e de Institucionalização das Coleções do IOC, em 1997; considerações sobre o processo de formação do centro de referência do Departamento de Entomologia; a importância da coleção de triatomíneos; breve relato sobre o fim do convênio com o BIRD; considerações sobre a manutenção do centro de referência apenas com verbas da FUNASA; considerações sobre a formação de coleções particulares e institucionais e sobre o registro de algumas coleções; breve referência à contratação de Dario Mendes pelo IOC para o registro das coleções; o perfil do pesquisador Leonidas Deane; menção ao estágio no The Natural History Museum para desenvolver projeto sobre morfologia e taxonomia de triatomíneos, em 1992; considerações sobre o Laboratório de Taxonomia e Bioquímica; referência ao número de artigos publicados; a abertura de um processo para publicar nas Memórias do Instituto Oswaldo Cruz em português; comentários sobre o periódico Entomologia y Vetores, criada por Rodolfo U. Carcavallo; a participação como 'referee' e editor no periódico Entomologia y Vetores; considerações sobre o perfil do pesquisador Herman Lent.

Fita 4 - Lado A
O perfil de Herman Lent; referência ao estágio na Divisão de Zoologia do Museu Nacional, com José Lacerda de Araújo Feio; reflexões sobre sua experiência profissional e pessoal.

Orlando Vicente Ferreira

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida e Magali Romero Sá, no Rio de Janeiro (RJ), em 21 de fevereiro de 2001.
Sumário
Fita 1 - Lado A
O perfil de Fred Soper, dirigente da Fundação Rockefeller no Brasil; comentários a respeito da participação como assistente-técnico e desenhista na Fundação Rockefeller entre 1940 e 1946; a organização do Setor de Entomologia da Fundação Rockefeller e a rotina de trabalho; o destino das coleções científicas da Fundação Rockefeller após a saída da instituição do Brasil; considerações acerca de sua especialização e a necessidade de reconhecer as várias espécies de mosquitos para a realização do trabalho de taxonomia; a participação na coleta de mosquitos em Teresópolis (RJ); considerações sobre as várias espécies coletadas por profissionais da Fundação Rockefeller e levadas para os Estados Unidos; as excursões de coletas organizadas pela Fundação Rockefeller e sua participação nestas; os vários espécimes de mosquitos e larvas coletados nas excursões organizadas pela Fundação Rockefeller; a catalogação e o armazenamento do material coletado pelo Laboratório de Entomologia da Fundação Rockefeller.

Fita 1 - Lado B
O perfil de Nelson Cerqueira e suas funções na Fundação Rockefeller, assim como aquelas exercidas pelos desenhistas contratados; a transferência para o Serviço Nacional de Febre Amarela (SNFA), como auxiliar de entomologia, após a saída da Fundação Rockefeller do Brasil; o destino das coleções de mosquitos organizadas pela Fundação Rockefeller; os atuais curadores de parte das coleções de mosquitos da Fundação Rockefeller, catalogadas no Centro de Pesquisas René Rachou; comparação entre os curadores das coleções científicas atuais e os do passado; o processo de transferência da Fundação Rockefeller para o SNFA; breve comentário sobre as rivalidades entre os funcionários da Fundação Rockefeller e os do IOC; o ingresso no setor de desenhos da Seção de Zoologia Médica na década de 1950 no IOC; referência à formação de grupos na Seção de Entomologia; o perfil profissional de Edith da Fonseca e de Antônio Pugas, desenhistas da Seção de Zoologia Médica do IOC; a formação profissional e os primeiros trabalhos como desenhista.

Fita 2 - Lado A
O investimento profissional na área de desenho científico; o trabalho com a Coleção Entomológica de Costa Lima, pesquisador do IOC; a formação da coleção do professor Costa Lima; os critérios para a incorporação de novos espécimes coletados por pesquisadores do IOC na coleção organizada por Costa Lima; referência à Bertha Lutz; as coleções deixadas por Adolpho Lutz; o perfil profissional de Adolpho Lutz e de Costa Lima; a formação da coleção organizada por Costa Lima; o relacionamento profissional entre os pesquisadores Lauro Travassos e Costa Lima; a formação da Coleção Geral de Entomologia; referência aos
roubos de espécimes das coleções científicas; considerações acerca de sua participação na organização da Coleção Geral de Entomologia; as coletas realizadas pelo coronel Moacyr Alvarenga; a falta de apoio institucional do IOC para a coleta, catalogação e organização das coleções científicas; a idealização de um prédio para armazenar as coleções na Fiocruz; a necessidade de curadores para as coleções científicas; o envolvimento dos pesquisadores na organização das coleções no passado; o perfil profissional de Hugo de Souza Lopes.

Fita 2 - Lado B
Comparações entre os colecionadores do passado e do presente; a necessidade de organizar as coleções científicas da Fiocruz para facilitar o acesso dos pesquisadores de outras instituições; relato das atividades realizadas quando exerceu a curadoria da Coleção Entomológica; reflexão sobre as implicações do "Massacre de Manguinhos" na trajetória de alguns pesquisadores do IOC; comparações entre os curadores de coleções científicas na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil; o perfil profissional de Herman Lent e José Jurberg; a transferência das coleções científicas para o Hospital Evandro Chagas (HEC) na Fiocruz; as questões políticas envolvidas na transferência das coleções científicas para o HEC; a contribuição para organização das coleções científicas da Fiocruz; os prejuízos causados às coleções científicas devido a transferência para o HEC; reflexões acerca do futuro das coleções científicas da Fiocruz.

Fernando Braga Ubatuba

Sumário: fitas 1 a 4
Origem familiar; a vocação inventiva e a projeção nacional da família; observações sobre a formação cultural brasileira; a vida escolar em Pelotas; observações sobre a Revolução russa de 1917 e sobre a utilização do método científico nas ciências humanas; a opção pela medicina; considerações sobre o desenvolvimento da ciência no mundo; o papel da mãe na formação intelectual; a transferência para a o Rio de Janeiro e o ingresso no curso pré-médico; a influência da ética protestante na vida profissional; a convivência com um tio oftalmologista; perfil profissional dos filhos; a influência exercida pelo IOC e por seus cientistas em toda a América Latina; a formação profissional na medicina norte-americana; a opção por uma visão de mundo materialista e seu significado moral e ético na vida e na ciência; a importância da tecnologia para o desenvolvimento científico; a importância de um maior contato com a literatura científica na formação dos pesquisadores; o caráter individual do trabalho em ciência; o vestibular prestado para a faculdade de medicina e o ingresso no IOC; o trabalho desenvolvido com Carlos Chagas Filho no estudo da cultura de protozoários; a função de professor catedrático da Escola Nacional de Veterinária; as tendências iniciais do desenvolvimento científico do IOC; impressões sobre o Curso de Aplicação do IOC; os estudos desenvolvidos por Humberto Cardoso com óleo de chalmoga; os serviços prestado pelo IOC no “esforço de guerra” e as dificuldades e subversão de seu status científico; o papel de Thales Martins no desenvolvimento do IOC e da endocrinologia brasileira; a proeminência do IOC sobre as instituições científicas de São Paulo na década de 1940; o perfil profissional de Thales Martins; comentários sobre os ciclos evolutivos das instituições de pesquisa; a importância da literatura científica e da organização bibliográfica para a ciência; crítica a Olympio da Fonseca.

Francisco Gomes

Entrevista realizada por Luiz Fernando Ferreira da Silva, Paulo Gadelha, Thereza Cristina Tavares e Wanda Hamilton, na Fiocruz (Rio de Janeiro/RJ), nos dias 09 de dezembro de 1985 e 09 de janeiro de 1986.
Sumário
Fitas 1 e 2
O trabalho aos sete anos com Carlos Chagas em Lassance (MG); o ingresso no IOC em 1925; o estudo e o trabalho com Otávio Magalhães no Instituto Ezequiel Dias (MG); o retorno ao IOC após a morte de Carlos Chagas; o trabalho na seção de fisiologia com Miguel Osório de Almeida; o contato com pesquisadores e moradores locais durante o trabalho de campo; perfil de Carlos Chagas; o entrosamento da equipe de trabalho do IOC e a dedicação às pesquisas; as campanhas no Nordeste com Evandro Chagas, Olympio da Fonseca e Álvaro Lobo; o trabalho com Geth Jansen no combate à esquistossomose; a admiração por Joaquim Venâncio; a descoberta acidental do diagnóstico de gravidez por Joaquim Venâncio; as motivações de caráter pessoal como causa das perseguições de Rocha Lagoa aos pesquisadores; os inquéritos militar e administrativo no IOC e o caso do “vatapá subversivo”; comentários sobre o IOC após 1964; perfil de Walter Oswaldo Cruz, seu trabalho e relacionamento com a administração Rocha Lagoa; a relação do grupo de cassados com outros cientistas do Instituto; os vínculos do IOC com a Fundação Rockefeller durante a gestão Henrique Aragão.

Fitas 3 a 5
A campanha contra a doença de Chagas em Araxá (MG); a relação fraternal entre os pesquisadores do IOC; a experiência de trabalho com Thales Martins; comentários sobre a direção de Cardoso Fontes; a gestão Henrique Aragão; o programa de fabricação de penicilina; a incorporação da Fundação Rockefeller ao IOC; o fim da verba da vacina contra a manqueira; o trabalho com Evandro Chagas; comentários sobre as três primeiras gerações de pesquisadores; a transformação do IOC em Fundação em 1970; os inquéritos militares no IOC após o golpe de 1964; os motivos de caráter pessoal das cassações; a transferência dos pesquisadores não cassados em 1970; a decadência do IOC como consequência das cassações e da transferência de pesquisadores; o pedido de aposentadoria devido às perseguições sofridas; o trabalho voluntário com Gilberto Villela após a aposentadoria; a proibição de entrar no IOC depois de aposentado; opinião sobre a recuperação do Instituto durante a gestão Sérgio Arouca.

Sebastião de Oliveira

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida e Magali Romero Sá, na Fiocruz (RJ), em 08 de novembro de 2000.
Sumário
Fita 1 - Lado A
O primeiro contato com a Coleção de Dípteros, no Laboratório de Lauro Travassos, chefe da Seção de Zoologia do IOC; referência aos trabalhos realizados por Lauro Travassos, Hugo de Souza Lopes e Ferreira de Almeida em entomologia; a opção de trabalhar com mosquitos; as viagens de coleta de parte do acervo da Coleção Entomológica; relato das primeiras excursões à Fazenda Japuíba, de Lauro Travassos, em Angra dos Reis; breve comentário sobre as habilidades de Francisco José Rodrigues Gomes, o Chico Trombone, auxiliar no IOC; os primeiros mosquitos coletados; o início das coleções da entomologia; comparação entre os procedimentos dos atuais coletores de insetos e dos pioneiros do IOC; o caráter multidisciplinar da organização das excursões para coleta realizadas por Lauro Travassos; o momento da consolidação da Coleção Entomológica do IOC e a atuação de Herman Lent; as coleções dos laboratórios do IOC; as coleções da Fiocruz nos dias atuais; considerações acerca da coleção de Adolpho Lutz; a diferença entre coleções fechadas e coleções gerais; alguns exemplos de coleções que tiveram continuidade mesmo após o falecimento do precursor; considerações acerca da interferência das aposentadorias compulsórias, na década de 1970, durante o processo de organização da Coleção Entomológica; os problemas enfrentados por José Jurberg, pesquisador do IOC, para assegurar a conservação da Coleção Entomológica; a transferência da coleção para o Hospital Evandro Chagas (HEC); comentários sobre a falta de incentivo às coleções científicas; referência à formação e atuação de Leonidas Deane.

Fita 1 - Lado B
Considerações acerca da posição de Leonidas Deane diante da Coleção Entomológica; as tentativas de doação das coleções para outras instituições e a resistência de José Jurberg; as dificuldades enfrentadas atualmente para a manutenção e a classificação da Coleção Entomológica; a necessidade de pessoal para trabalhar na organização da coleção; considerações acerca do perfil dos contratados para tal função; o perfil profissional de Wanda Cunha; a importância de um inventário do material da coleção; a aquisição de novos espécimes para a coleção; o perfil dos antigos coletores de espécimes do IOC; a falta de infra-estrutura para incorporação de novos espécimes; considerações sobre as últimas coleções adquiridas; referência à Coleção Zikán, incorporada à Coleção Geral; considerações sobre o entomologista Carlos Alberto Seabra; breve referência ao entusiasmo de Moacyr Alvarenga, coronel da Força Aérea Brasileira (FAB), para a coleta de besouros; os espécimes de moscas cedidos por Moacyr Alvarenga a Hugo de Souza Lopes; considerações acerca da coleção de Aldo Ferreira de Almeida adquirida pelo Museu Nacional e sua trajetória; referência à Coleção de Mosquitos da Fundação Rockefeller; considerações sobre o método utilizado pela Fundação Rockefeller na coleta e organização dos espécimes; comentário sobre o perfil de Lélio Gomes, coletor de espécimes da Fundação Rockefeller incorporado ao IOC; comentários sobre o destino da Coleção de Mosquitos da Fundação Rockefeller, sob a guarda do Centro de Pesquisas René Rachou.

Fita 2 - Lado A
Comentários acerca da Coleção de Flebótomos, sob curadoria de Olga Falcão no CPqRR; novas considerações acerca da coleção de mosquitos da Fundação Rockefeller; referências ao aprendizado com John Lane e Nelson Cerqueira e seus trabalhos desenvolvidos junto à Fundação Rockefeller; considerações acerca da Coleção de Mosquitos da Faculdade de Higiene e Saúde Pública de São Paulo; a proibição do envio de espécimes, sem autorização, para outros países; a situação atual das Coleções Científicas da Fiocruz.

Francisco Laranja

Entrevista realizada por Rose Ingrid Goldschmidt, Jaime Benchimol e Marcos Chor Maio, na Fiocruz, nos dias 26 de novembro, 08, 10 e 17 de dezembro de 1986.
Sumário
Fitas 1 a 3
Origem familiar e a infância no interior do Rio Grande do Sul; formação escolar; o curso ginasial em Porto Alegre; a morte do pai; a experiência como capataz de fazenda na adolescência e as transformações da vida rural; o caráter do homem gaúcho; a influência da migração europeia no Rio Grande do Sul; as personalidades políticas do sul do país; a convivência com personalidades políticas; a Revolução de 1930; a conclusão do ginásio em Porto Alegre; a relação com os pais; o lazer na infância; as relações com a família de Getúlio Vargas; o quadro epidemiológico no interior do Rio Grande do Sul; o interesse pelos estudos e o vestibular para medicina; a cadeira de direito do trabalho criada por Lindolfo Collor; o convívio com os estudantes na pensão em Porto Alegre; o comunismo na década de 1930; o curso médico e o interesse pela psicologia; a primeira viagem ao Rio de Janeiro em busca do melhores condições de trabalho; o concurso para datilógrafo do IAPI; a transferência para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro; o atentado integralista de 1938; o trabalho burocrático no IAPI.

Fitas 4 e 5
O concurso interno do IAPI; as atividades em cardiologia no IAPI; a atividade assistencial do IAPI; comentários sobre as doenças cardíacas no Brasil; a perícia e a consultoria médica do IAPI; a política salarial do IAPI na década de 1930; a questão da saúde pública durante o curso médico; o concurso para cardiologista do IAPI; a relação entre médico e paciente; a organização do posto de Bambuí (MG); a especialidade em cardiologia; o primeiro contato com a doença de Chagas; a profilaxia da doença de Chagas; a divulgação de trabalhos no exterior.

Fitas 6 a 8
O desdobramento do Ministério da Educação e Saúde e a repercussão no IOC; a gestão Olympio da Fonseca no IOC; o ingresso no IOC na gestão Henrique Aragão; críticas à centralização administrativa do IOC; a indicação para a direção do IOC em 1953; as divisões científicas e os pesquisadores do IOC; a descentralização de sua administração no IOC; a produção do IOC; os recursos do IOC; a política científica do IOC; a modificação na estrutura física de Manguinhos; a gestão Antônio Augusto Xavier; o serviço fotográfico do IOC; o Curso de Aplicação do IOC; comentários sobre a sua gestão no IOC; o retorno à pesquisa; comentários sobre o Estado Novo; avaliação da FIOCRUZ; a influência americana e os modelos de pesquisa; saúde pública e educação sanitária.

Fitas 9 a 11
A nomeação para a direção do SAMDU; os vínculos de amizade com João Goulart; a estrutura funcional do SAMDU; o retorno ao IAPI em 1964; referência ao Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS); a padronização dos serviços do SAMDU; definição político-ideológica; adesão ao getulismo e ao juscelinismo; os acordos para as indicações de cargos públicos; a descentralização administrativa de sua gestão no SAMDU; o orçamento do SAMDU; o desligamento do SAMDU no governo Jânio Quadros; a pressão partidária sobre a nomeação nos cargos públicos; o concurso para acadêmico de medicina do SAMDU; o atendimento ambulatorial; a instalação de postos ambulatoriais na região Centro-Oeste no governo Juscelino Kubitschek; a ligação entre o SAMDU e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); a relação ambulatorial entre médico e paciente; a relação entre saúde pública e política salarial; os critérios adotados para a instalação de postos do SAMDU; a direção do SAMDU no final dos anos 1950; o retorno ao IAPI após o golpe de 1964; a viagem com Jango à URSS e Europa Oriental; o regresso ao IOC e os trabalhos desenvolvidos; comentários sobre a FIOCRUZ; a questão dos relatórios administrativos do IOC; o governo João Goulart; a administração da NOVACAP; o retorno à fazenda de Goiás após o golpe de 1964; o casamento e a vida em Brasília na década de 1970; a “cassação branca”; o concurso para cardiologista no Hospital Distrital; a interferência do Serviço Nacional de Informação (SNI) em sua vida profissional.

Wladimir Lobato Paraense

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida e Magali Romero Sá, na Fiocruz (RJ), entre os dias 03 de junho e 05 de novembro de 1998.
Sumário
Fita 1 - Lado A
A descoberta de caramujos infectados com esquistossoma em um córrego no IOC e as medidas profiláticas adotadas; considerações acerca dos trabalhos pioneiros de Adolpho Lutz com moluscos no IOC e a introdução desta espécie no IOC; as aulas de histologia ministradas por Jaime Aben Athar na Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará e seu perfil profissional; a experiência no Laboratório de Biologia da Santa Casa da Misericórdia; a aquisição da primeira coleção de lâminas; a viagem a Recife e a procura por emprego; o primeiro contato com a Faculdade de Medicina de Recife.

Fita 1 - Lado B
Os contatos com Aloísio Bezerra Coutinho e Jorge Lobo e o interesse despertado pela Coleção de Lâminas trazidas de Belém do Pará; o concurso para o internato no Hospital Oswaldo Cruz, em Pernambuco; a transferência para a Faculdade de Medicina de Recife; o ingresso no Hospital Oswaldo Cruz; a importância do trabalho realizado no hospital em sua formação profissional; o primeiro contato com Aggeu Magalhães e breve referência ao seu perfil e trajetória profissional; a aquisição de bolsa de estudo em anatomia patológica na USP, concedida por Assis Chateaubriand em 1938; a viagem para São Paulo; breve alusão ao encontro com Assis Chateaubriand, no Rio de Janeiro, e os métodos utilizados por ele para angariar recursos para a concessão de bolsas de estudo.

Fita 2 - Lado A
O trabalho realizado na USP e a orientação de Jorge Queiroz Teles Tibiriça; breve referência ao estudo autodidata sobre o sistema nervoso humano; considerações acerca das precárias condições de vida dos imigrantes nordestinos em São Paulo, tendo como consequência um alto índice de mortalidade; lembrança do transtorno ao diagnosticar casos de esquistossomose e doença de Chagas em autópsias realizadas em corpos de imigrantes e as discussões travadas com Cunha Mota sobre estes diagnósticos; a decisão de escrever uma tese sobre esquistossomose; a continuidade da pesquisa na área de patologia; breve referência aos convites de Evandro Chagas para trabalhar no estado do Pará e no estado de Pernambuco; a opção pelo IOC; o ingresso no laboratório de Evandro Chagas; as pesquisas realizadas sobre leishmaniose visceral; as iniciativas de Evandro Chagas para a criação do Instituto de Patologia Experimental do Norte (IPEN); relato da coleta de material para autópsias no estado do Pará; a decepção dos que voltaram para Recife após o estágio na USP e a decisão de permanecer no Rio de Janeiro.

Fita 2 - Lado B
O convite de Evandro Chagas para participar de um curso de malária no estado do Pará, em 1940; lembranças da morte de Evandro Chagas; a alternativa encontrada por Carlos Chagas Filho para financiar sua permanência no IOC; a necessidade de prestar esclarecimentos a Assis Chateaubriand da sua recusa em retornar a Recife; menção às primeiras publicações sobre leishmaniose visceral; o curso ministrado no Estado do Pará e os primeiros estudos do ciclo da malária; as intenções de Evandro Chagas ao indicar o professor Antônio Emeriano de Souza Castro para a direção do IPEN; a primeira publicação sobre malária; considerações sobre a importância dos desenhistas no trabalho científico; menção ao pioneirismo de seu trabalho sobre o ciclo da malária; comparação entre as condições de trabalho no Brasil e na Alemanha; a sua decisão de reiniciar os estudos de leishmania; a importância do seu estudo sobre a dispersão da Leishmania enriettii em cobaia e o auxílio para a compreensão da leishmaniose humana; a ida para Belo Horizonte; o convite para trabalhar no SESP; breves comentários sobre a criação do SESP; considerações sobre a esquistossomose na região do Vale do Rio Doce.

Fita 3 - Lado A
O convite para trabalhar como pesquisador associado do SESP; as primeiras impressões sobre o trabalho e a resistência inicial em aceitar o convite; breves considerações acerca da participação no Conselho do CNPq; a resolução de aceitar o convite para trabalhar no SESP e a montagem do laboratório em Belo Horizonte, em 1954; o início das investigações sobre os focos de esquistossomose em Belo Horizonte; os problemas relacionados à nomenclatura e à classificação de moluscos; a metodologia utilizada na coleta de moluscos; o trabalho sobre os moluscos encontrados em Belo Horizonte; comparação entre as espécies encontradas em regiões do Estado de Minas Gerais; a necessidade de viajar para Pernambuco à procura de espécimes de moluscos; a decisão do CNPq de encerrar as pesquisas com moluscos; os embates e a solução encontrada para a continuidade da pesquisa; lembranças da emoção da descoberta de caramujos albinos; breves referências às pesquisas genéticas realizadas com os moluscos.

Fita 3 - Lado B
O interesse pela malacologia; o trabalho realizado no Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Belo Horizonte; considerações sobre a organização do SESP e suas prioridades durante a Segunda Grande Guerra Mundial; reflexões sobre a boa qualidade dos serviços oferecidos pelo SESP; a necessidade da realização de trabalhos voltados para a esquistossomose na década de 1950; referências ao convite para investigações voltadas à taxonomia de moluscos; reflexões acerca dos problemas relacionados à sistemática dos moluscos; o trabalho realizado no SESP.

Fita 4 - Lado A
A metodologia utilizada no trabalho com os moluscos; referência à trajetória profissional de Nilton Deslandes e sua aptidão para o trabalho científico; considerações sobre o grupo de trabalho no SESP; referência aos problemas enfrentados na classificação de moluscos; a conservação e catalogação das fontes de pesquisas realizadas com moluscos; os problemas enfrentados na publicação dos resultados destas pesquisas; considerações sobre as dificuldades do SESP no combate a determinadas espécies de moluscos no vale do São Francisco e sua contribuição para solucionar o problema.

Fita 4 - Lado B
O procedimento metodológico utilizado nas pesquisas com moluscos; a publicação em inglês do artigo referente à pesquisa em 1954; referência à decisão de se extinguir os moluscos em Belo Horizonte; as espécies de moluscos encontradas na região de Santa Luzia, Minas Gerais; as investigações genéticas realizadas com caramujos; considerações sobre o seu interesse pelas coleções; o encerramento da pesquisa pelo SESP; o convite para trabalhar no Serviço Nacional de Malária; a vinculação das pesquisas em esquistossomose ao Serviço Nacional de Malária.

Fita 5 - Lado A
Comentário sobre a passagem pelo DNERu a partir de 1959; menção à coleta e pesquisa de moluscos planorbídeos realizadas pelo SESP nas regiões Norte e Nordeste do Brasil e na América Latina nos anos 1950; as técnicas e experiências genéticas realizadas com moluscos; os desafios com as pesquisas de moluscos coletados no Brasil; a necessidade de coletar moluscos em diversos países da América Latina; o financiamento recebido do CNPq para coletar moluscos planorbídeos no Peru, Bolívia, México, Cuba e Venezuela; relato das viagens de coletas realizadas em países da América Latina, em 1956.

Fita 5 - Lado B
Relato das viagens de coleta realizadas na América Latina, em 1956.

Fita 6 - Lado A
A passagem por Cuba para coleta de moluscos; a importância do auxílio de professores locais na coleta do material; a diversidade de moluscos encontrados em Cuba; a necessidade de coletar urna espécie de molusco no lago de Valência, na Venezuela; relato de sua estadia na Venezuela.

Fita 6 - Lado B
Considerações sobre a atividade de coleta realizada na Venezuela; a coleta de um exemplar vivo de molusco planorbídeo; as divergências com pesquisadores sobre a espécie coletada; o convite da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para participar do comitê sobre moluscos e esquistossomose em Washington (EUA); as dificuldades quando da elaboração do guia; a nomeação e gestão na direção do INERu entre 1961 e 1963; o comitê sobre moluscos e esquistossomose em Washington.

Fita 7 - Lado A
Relato da reunião promovida pela OPAS, em Washington; considerações sobre a criação do Centro Nacional de Identificação de Planorbídeos no seu laboratório na década de 1960; as viagens realizadas pela América Latina para identificação de moluscos planorbídeos patrocinadas pela OPAS e Fundação Rockefeller; o estado atual da catalogação do material coletado nesta época; a visita de um pesquisador da Fundação Rockefeller e a oferta para auxilio às pesquisas com moluscos planorbídeos; menção às pesquisas que vem realizando atualmente com pesquisadores norte-americanos; o envio de materiais da coleção para estes pesquisadores; considerações sobre o estado atual da Coleção Malacológica; relato da viagem de coleta feita na cidade de Cochabamba, na Bolívia; a transferência do Centro Nacional de Identificação de Planorbídeos para a Universidade de Brasília (UnB), em 1968.

Fita 7 - Lado B
Considerações sobre a viagem para a Argentina, em 1972, a convite do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET) para auxiliar na elaboração de um livro sobre a fauna local; as coletas de moluscos realizadas na Argentina; considerações sobre o retomo à Fiocruz, em 1976, e a continuidade das pesquisas com moluscos planorbídeos; relato sobre a passagem pela UNB entre 1968 e 1976; o convite do presidente da Fiocruz, Vinícius da Fonseca, para que retornasse à instituição; considerações sobre o estado atual da Coleção Malacológica: o material catalogado e os cuidados e técnicas para conservação e dissecação do acervo.

Fita 8 - Lado A
Relato sobre as técnicas de conservação dos moluscos planorbídeos; a introdução da metodologia de dissecação de moluscos em Cuba, em 1956; as dificuldades na transferência para o Brasil do material coletado em Cuba; considerações sobre a passagem pela Vice-Presidência de Pesquisa da Fiocruz entre 1976 e 1978; a prática das revistas de carros na gestão de Vinícius da Fonseca; comentários sobre a importância das coleções científicas da Fiocruz; considerações sobre sua responsabilidade para com a Coleção Malacológica; o empréstimo de materiais da coleção para pesquisadores nacionais e estrangeiros.

Hamlet William Aor

Entrevista realizada por Jaime Benchimol, Nara Azevedo e Wanda Hamilton, na Fiocruz (Rio de Janeiro/RJ), nos dias 28 de agosto e 04 de setembro de 1986.
Sumário
Fitas 1 a 3
Origem familiar; o trabalho de seu pai nas primeiras edificações do IOC, as primeiras edificações e a mão-de-obra estrangeira especializada; a importação de material de construção; perfil do pai e o ingresso no IOC após sua morte; formação escolar; a profissão de vidreiro; o curso profissionalizante na Faculdade de Farmácia da Universidade do Brasil; o conflito com Fábio Leoni Werneck, do laboratório de entomologia, e sua consequente demissão de Manguinhos; a militância no Partido Comunista Brasileiro (PCB) e a clandestinidade; a desmobilização política no IOC; defesa da posição de Prestes em 1945; o afastamento do PCB no começo dos anos 1950; a homenagem a Walter Oswaldo Cruz e Ernani Martins; o relacionamento de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas com os funcionários; a excelência do trabalho dos auxiliares do IOC; a epidemia de gripe espanhola em 1918 e a atuação dos técnicos de Manguinhos.

Fitas 4 a 6
O trabalho na tipografia; a dificuldade de relacionamento com as chefias devido ao temperamento explosivo; a gestão Rocha Lagoa e as dificuldades de contratação; a formação dos auxiliares de Manguinhos; a remuneração das crianças aprendizes no IOC; a rigidez hierárquica no IOC; as dificuldades de acesso a Manguinhos; a rotina na seção de embalagem; os salários e as acomodações dos auxiliares no IOC em meados do século XX; as primeiras mulheres contratadas pelo IOC; o trabalho numa tipografia da cidade e no laboratório de produtos terapêuticos da prefeitura; o aprendizado profissional; comentários sobre as condições de vida no Rio de Janeiro no início do século; as aulas no Liceu de Artes e Ofícios; os comentários sobre o desenhista Raimundo Honório; as fotomontagens de J. Pinto; a franqueza e o não-convencionalismo de Adolpho Lutz; Miguel Osório de Almeida e os experimentos em fisiologia; o respeito e temor dos auxiliares pelos cientistas; a aprendizagem da fabricação de ampolas de vidro; o retorno a Manguinhos em 1926; a seção de vidraria; a saída do IOC em 1936; o trabalho na colocação de vitrais nas igrejas; a tradição de vidraria em Manguinhos; os auxiliares e o processo de sucessão de Carlos Chagas; as gratificações recebidas por alguns técnicos; perfil de J. Pinto; a descoberta do carteiro especialista em borboletas; a dedicação dos auxiliares ao trabalho; a criação do Centro Espírita Oswaldo Cruz em Bonsucesso; a experiência como professor do curso de vidraria na Universidade do Brasil; o trabalho com Walter Oswaldo Cruz.

Hugo de Souza Lopes

Entrevista realizada por Paulo Gadelha, Rose Ingrid Goldschmidt e Wanda Hamilton, na Universidade Santa Úrsula (RJ), nos dias 03 e 09 de abril, 23 de maio e 01 de julho de 1986.
Sumário
Fitas 1 e 2
A infância no sítio do pai; o ginásio no Colégio São Bento; o exame de história natural em Campos (RJ); o curso de veterinária na Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária; o contato com Lauro Travassos e o estágio no laboratório de helmintologia em 1931; a relação de liberdade que Lauro Travassos mantinha com seus subordinados; perfil de Oswaldo Cruz; observações sobre Arthur Moses; a entomologia médica; a sucessão de Oswaldo Cruz no IOC; perfil de Arthur Neiva e de Adolpho Lutz; os conflitos entre Lauro Travassos e Carlos Chagas; a nomeação para professor da Escola de Veterinária; o museu de anatomia do IOC; o Instituto de Biologia Vegetal no Jardim Botânico; o laboratório de parasitologia da UFRJ; as pesquisas desenvolvidas por Costa Lima e Frei Borgmeier no Instituto de Biologia Vegetal; a contratação no IOC durante a gestão Olympio da Fonseca.

Fitas 3 e 4
As atividades desenvolvidas no IOC; a divisão do IOC em grupos antagônicos; os assistentes de Lauro Travassos; o carteiro entomologista Ferreira de Almeida; a cassação dos cientistas do IOC; observações sobre Costa Lima; a entomologia agrícola; os arredores de Manguinhos no início do século XX; a arquitetura do castelo mourisco; as pesquisas desenvolvidas na seção de entomologia do IOC; a participação de pesquisadores do IOC nas reuniões da Sociedade Brasileira de Biologia; as coleções entomológicas do IOC; as verbas provenientes da venda da vacina contra a manqueira; a importância do Departamento de Entomologia do IOC; as funções dos auxiliares em Manguinhos; os efeitos negativos da pesquisa dirigida no desenvolvimento científico; o Curso de Aplicação do IOC e a decadência de Manguinhos; o Estado Novo e a organização da ciência médica no Rio de Janeiro; críticas à contratação de funcionários na gestão Olympio da Fonseca; a administração de Carlos Chagas; as expedições científicas dos pesquisadores de Manguinhos.

Fitas 5 e 6
Perfil de Cardoso Fontes; o prestígio internacional de Oswaldo Cruz e de Carlos Chagas; comentários sobre César Pinto; as administrações de Henrique Aragão e de Olympio da Fonseca; comentários sobre as instalações da Fundação Rockefeller no campus de Manguinhos; o telegrama de apoio enviado pelos pesquisadores do IOC a Luís Carlos Prestes em 1946; o abaixo-assinado dos pesquisadores do IOC enviado a Getúlio Vargas pedindo a demissão de Olympio da Fonseca; a gestão Francisco Laranja; o CNPq; a campanha “O Petróleo é Nosso”; o movimento pela criação do Ministério da Ciência e Tecnologia e o apoio da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências; a administração de Joaquim Travassos da Rosa; o governo João Goulart e a reforma de base na área de saúde pública; as delações no IOC após o Golpe de 1964 e o inquérito administrativo do Ministério da Saúde.

Fitas 7 e 8
A nomeação de Joaquim Travassos da Rosa para o cargo de diretor do IOC; comentários sobre as áreas de pesquisa antes do Golpe de 1964; perfil de Olympio da Fonseca; considerações sobre a administração de Rocha Lagoa; o “Massacre de Manguinhos”; concepções sobre ciência, pesquisa e educação; perfil de Lauro Travassos; a zoologia no Brasil; as atividades docentes na USU; a reintegração ao quadro de funcionários de Manguinhos em 1986.

José Cunha

Entrevista realizada por Nara de Azevedo Brito e Wanda Hamilton, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 26 de março e 02 de abril de 1987.
Sumário
Fitas 1 e 2
Origem familiar; o perfil do pai; a formação técnica autodidata no início do século; o emprego do irmão como guarda sanitário; impressões sobre o Rio de Janeiro de sua juventude; a epidemia de gripe espanhola em 1918; a família materna; a formação escolar; a morte do pai e a necessidade prematura de trabalhar; o emprego como encadernador; a evolução nas concepções de educação e saúde ao longo do século; o trabalho do auxiliar de laboratório; o curso de admissão; o ingresso no IOC em 1924; o trabalho no laboratório de bacteriologia de Genésio Pacheco; o interesse dos técnicos pela aprendizagem do serviço de laboratório; o trabalho na seção de protozoologia com Júlio Muniz; o relacionamento entre os técnicos de Manguinhos; o conflito entre auxiliares e cientistas; a contribuição de cientistas e auxiliares na sua formação; os conflitos entre os cientistas do IOC; as pesquisas do IOC na área de protozoologia; as diferenças entre os cargos de chefe de serviço e de laboratório; a viagem ao Pará com Evandro Chagas; as primeiras mulheres funcionárias do IOC e o perfil de Bertha Lutz; o aumento salarial concedido por Carlos Chagas; comparação entre os técnicos da Fundação Rockefeller e os do IOC; comentários sobre a gestão Henrique Aragão; o trabalho nos laboratórios privados dos cientistas de Manguinhos; a equipe de Evandro Chagas no IPEN; as diferenças salariais entre auxiliares e cientistas; as pesquisas de Júlio Muniz em diagnóstico da doença de Chagas; a decadência do IOC na década de 40; a gestão Carlos Chagas; o perfil científico de Carlos Chagas e as oposições à descoberta da doença de Chagas.

Fitas 3 a 5
A excursão a Angra dos Reis com Lauro Travassos; a tradição familiar dos técnicos de Manguinhos; o trabalho do fotógrafo J. Pinto no IOC; comentários sobre os arredores de Manguinhos; o salário dos auxiliares e a falta de mobilização política no IOC; a produção de vacinas no Instituto; o significado social do trabalho de Manguinhos; histórias pitorescas sobre os cientistas; comentários sobre a posição do auxiliar de laboratório na publicação de trabalhos científicos; a versatilidade dos técnicos do IOC; comparação entre os auxiliares do IOC e de outras instituições; a formação atual do técnico; o trabalho na Faculdade de Medicina de Nova Iguaçu; a incorporação da Fundação Rockefeller ao IOC em 1950; os conflitos internos em Manguinhos; a reforma administrativa de 1942; a sucessão de Carlos Chagas na direção do IOC e o perfil de Cardoso Fontes; a rigidez hierárquica entre auxiliares e cientistas; a regulamentação do cartão de ponto durante a gestão Henrique Aragão; a gestão Olympio da Fonseca e a contratação de pessoal; a divisão do IOC em grupos antagônicos; a gestão Francisco Laranja; os grupos de oposição e apoio às gestões Amilcar Vianna Martins e Joaquim Travassos; o perfil científico de Rocha Lagoa e sua gestão; o Curso de Aplicação do IOC; a cassação dos cientistas de Manguinhos; o esvaziamento dos laboratórios na década de 1970; perfil de Walter Oswaldo Cruz e o fechamento da seção de hematologia; a transferência para o laboratório de Bernardo Galvão e a perda das culturas de Júlio Muniz; o trabalho na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com preparação de antígenos; a aposentadoria em 1980; a diferença salarial entre o funcionário estatutário e o celetista; a atividade como professor de prática de laboratório na Faculdade de Medicina de Nova Iguaçu; a decadência do IOC e a renovação após a transformação em fundação; a relação dos antigos funcionários com Manguinhos; a premiação pelos 56 anos de serviços prestados à FIOCRUZ; as facilidades do trabalho técnico provenientes do avanço tecnológico; as semelhanças entre os técnicos antigos e os atuais.

Manuel Isnard Teixeira

Entrevista realizada por Carlos Roberto Oliveira, Flávio Edler e Rose Ingrid Goldschmidt, na Santa Casa de Misericórdia (RJ), entre os dias 16 de junho e 04 de novembro de 1987.
Sumário
Fitas 1 a 3
A infância no interior do Ceará; o coronelismo e a disputa pelo poder em Itapipoca; o antigo costume da alfabetização doméstica; a formação escolar em Fortaleza; a paixão pelo futebol; o curso preparatório; o apoio familiar na escolha profissional; a participação em movimentos políticos na faculdade; a organização do 1º Congresso Leigo Acadêmico do Brasil realizado na Bahia em 1933; a formação político-ideológica; a participação no movimento Ala Médica Reivindicadora organizado em 1934; impressões sobre a Revolução de 1930; a atuação na Juventude Comunista da Bahia; a penetração da ideologia comunista na classe operária baiana; a participação do PCB na Revolução de 1930 e o posicionamento teórico de seus dirigentes; observações sobre a prisão de Luís Carlos Prestes em 1936 e a posterior perseguição aos comunistas; a passagem pela Aliança Nacional Libertadora (ANL) em 1935; as influências francesa e inglesa no curso médico; referência à reforma de Rocha Vaz; avaliação das reformas curriculares do curso de medicina; o perfil acadêmico da Faculdade de Medicina da Bahia; a influência do jornal Gazeta de Notícias em sua saída da prisão; a indicação para o cargo de chefe de laboratório de Inspetoria de Defesa Sanitária Animal de Fortaleza em 1936; impressões sobre a Constituinte de 1934; a experiência como preso político e a candidatura a deputado federal pela União Sindical da Bahia; defesa da medicina previdenciária.

Fitas 4 e 5
O ingresso no Curso de Aplicação do IOC; impressões sobre o curso de medicina tropical ministrado por Carlos Chagas; a fragilidade dos movimentos sociais na década de 30; a participação no Socorro Vermelho antes do ingresso no PCB; o aperfeiçoamento em bacteriologia no IOC; a pesquisa em leishmaniose realizada na Fundação Gonçalo Moniz; o desenvolvimento da medicina legal na Bahia; a baixa frequência feminina no curso médico nas décadas de 1930 e 1940; o difícil acesso a Manguinhos; comentários sobre a rotina de trabalho de um estagiário no IOC.

Fitas 6 a 8
O ingresso no IOC; a projeção internacional do IOC na primeira metade do século XX; a perda de autonomia científica do IOC com a reforma administrativa do ministro Gustavo Capanema; as diferenças pessoais e ideológicas entre Carlos Chagas e Cardoso Fontes; o perfil de alguns cientistas mineiros do IOC; a administração Carlos Chagas e sua relação com a comunidade científica de Manguinhos; o acelerado ritmo de trabalho dos cientistas do IOC até os anos 1950; o processo de especialização do trabalho técnico nos laboratórios do IOC; as dificuldades financeiras do IOC com o fim da verba da vacina contra a manqueira na década de 1930; a alienação da ciência pura e o processo de aristocratização da ciência no IOC; a influência americana nas medidas sanitárias implantadas por João Barros Barreto; os interesses econômicos da Fundação Rockefeller no Brasil; a reprovação no concurso promovido pelo Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) por motivos políticos; a experiência como aluno do Curso de Aplicação do IOC e o aproveitamento dos alunos desse curso por organismos públicos e privados; o perfil profissional de Genésio Pacheco; o trabalho do DNSP nos anos 1940; a importância de Barros Barreto na formação dos profissionais da área de saúde pública; o perfil político e profissional de Mário Magalhães.

Fitas 9 a 11
O perfil profissional de Evandro Chagas e o desenvolvimento do Serviço de Estudos de Grandes Endemias (SEGE) com o apoio financeiro de empresas privadas; o vandalismo cultural do poder público denunciado pela destruição de prédios públicos; a desistência do exercício da medicina liberal; a expulsão de Carlos Lacerda da Juventude Comunista; a participação na Comissão Jurídica e Popular responsável pela apuração de crimes políticos; o alto índice de tuberculose no Brasil desde o início do século XX; a relação entre a Ordem dos Médicos e o Sindicato dos Médicos; a receptividade às ideias fascistas no meio intelectual e em Manguinhos; a alienação política dos cientistas do IOC; a separação entre ciência pura e ciência aplicada e o consequente declínio de Manguinhos; o fracasso acadêmico da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP); o encontro com a futura esposa em Manguinhos e seu perfil profissional; avaliação da experiência na School of Higiene of Johns Hopkins University como bolsista do Institute of American Affairs; a participação no manifesto pela legalização do PCB em 1945; o convite para dirigir o Instituto Evandro Chagas em Belém; o ingresso no Instituto de Nutrição e a nomeação para assistente de microbiologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1944; o trabalho em saúde pública no Nordeste; o trabalho no laboratório Eduardo Bezerra S.A.; a bolsa de estudos para os Estados Unidos; a arcaica tecnologia na preparação da vacina contra a febre aftosa; a supremacia de São Paulo no desenvolvimento da saúde pública brasileira; o contato com Amilcar Vianna Martins e Otávio Magalhães no Instituto Biológico de São Paulo; a nomeação para chefe de laboratório do Serviço Nacional de Tuberculose em 1961; comentários sobre o modelo de pesquisa do Instituto Biológico em São Paulo e do Instituto Ezequiel Dias em Minas Gerais; a influência científico-tecnológica europeia e norte-americana sobre o IOC.

Fitas 12 a 14
A rotina de trabalho na Inspetoria Sanitária de Defesa Animal de Fortaleza; o contato com Raimundo Arraes em Crato (CE) em 1932; observações sobre o clima de guerra fomentado pelo interventor do Ceará durante o Estado Novo; a identificação política do ministro Gustavo Capanema sobre questões sanitárias; perfil de Gustavo Capanema e o brilho intelectual de seus assessores; a diferença entre as atuações de Gustavo Capanema e Barros Barreto; observações sobre a conjuntura política brasileira no pós-64; a convivência com o imperialismo nos anos 1940; Barros Barreto e o projeto de formação de enfermeiras especialistas em saúde pública; o interrogatório sofrido no Departamento de Imigração em sua viagem aos Estados Unidos.

Fita 15
O perfil político do PC americano; o papel desempenhado pelo Institute of Interamerican Affairs durante a Segunda Guerra Mundial; a experiência adquirida na visita a diferentes laboratórios e cursos nos Estados Unidos; a utilização inicial da penicilina no combate ao pneumococo; observações sobre a divisão técnica do trabalho nos laboratórios norte-americanos na década de 1940; o perfil profissional dos professores Adauto Botelho e Jorge Bandeira e Mello.

Fitas 16 e 17
O trabalho no instituto Evandro Chagas nos anos 1940; o programa de combate à malária desenvolvido pelo Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) no Norte do Brasil e a utilização do DDT no combate aos focos da malária no fim da década de 1940; o caráter imperialista do SESP no Brasil; o perfil profissional dos funcionários do SESP; o interesse americano pela borracha brasileira durante a Segunda Guerra Mundial; a descontinuidade entre o trabalho sanitário desenvolvido pelo IOC no início do século e o programa do SESP nos anos 1940; o trabalho no Instituto Nacional de Nutrição com Josué de Castro.

Fitas 18 e 19
O perfil profissional de Marcolino Gomes Candau e Ernani Braga; os acordos políticos na obtenção de recursos para o desenvolvimento de programas de saúde pública; o oportunismo político do SESP; críticas às reformas empreendidas por Miguel Couto Filho nos cargos de direção da área de saúde; a atuação de Roberval Cordeiro de Farias na Secretaria Nacional de Fiscalização da Medicina; a candidatura a deputado federal na Assembléia Constituinte de 1946 e a atuação da corporação médica na defesa dos interesses da saúde; o discurso de Alcedo Coutinho na Assembléia Constituinte sobre a organização da saúde pública; a alienação política das associações médicas brasileiras; o estoicismo dos comunistas brasileiros; a grande aceitação popular do movimento comunista brasileiro após a Segunda Guerra Mundial; o trabalho como professor assistente da cadeira de microbiologia da Faculdade Nacional de Medicina.

Fitas 20 e 21
A atuação na campanha de helmintoses dirigida pela Divisão de Organização Sanitária de 1947 a 1954; o levantamento epidemiológico de helmintoses nas escolas nordestinas; o impacto do desenvolvimento da indústria farmacêutica sobre a saúde pública na década de 1940; a formação de quadros na área de saúde pública como obstáculo à burocratização dos serviços; a defesa da medicina liberal pelos médicos conservadores; a criação da AMDF, em 1950, com a participação de comunistas e previdenciários.

Fitas 22 e 23
A constituição dos institutos de aposentadoria e pensões nos anos 1930; Castelo Branco e a unificação da assistência médico-previdenciária com a criação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS); o perfil profissional de Erlindo Salsano na direção do DNSP; a importância social do Serviço Nacional de Lepra; a falta de especialização do corpo profissional da Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM); a experiência como chefe de laboratório do Serviço Nacional de Tuberculose; o perfil profissional de Bichat de Almeida Rodrigues; a tese do professor José Oliveira Coutinho sobre a semelhança entre malária e esquistossomose; o trabalho de Mário Pinotti no Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu); os gastos do Serviço Nacional de Tuberculose; a renúncia de Jânio Quadros.

Fitas 24 e 25
Os vínculos com a OMS e as viagens ao Canadá, Estados Unidos e México para estudar a técnica de produção de vacina BCG; o contato com a China maoísta como representante da OMS; a importância da medicina popular para o desenvolvimento das instituições médicas da China comunista; o posicionamento do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) quanto às políticas de saúde pública; o perfil profissional de Carlos Gentile de Mello; o golpe militar de 1964; o aparecimento do Movimento Médico Renovador em 1968; a impossibilidade ideológica e prática de trabalhar em Manguinhos; a constante alienação política do pesquisadores do IOC em função da total dedicação ao trabalho; a influência norte-americana na ENSP; o inquérito administrativo do Ministério da Saúde em 1964; a aposentadoria compulsória por motivos políticos; avaliação de sua trajetória de vida; perspectivas em relação ao futuro do país.

Mário Vianna Dias

Entrevista realizada por Nara Azevedo Brito, Rose Ingrid Goldschmidt e Wanda Hamilton, na Academia Brasileira de Ciências (RJ), nos dias 08, 15, 21 e 29 de maio, 06, 12, 19 e 25 de junho, 02 e 09 de julho de 1987.
Sumário
Fita 1 a Fita 3

Origem familiar; a infância em Petrópolis; formação escolar e educação familiar; as concepções de religiosidade e morte; o prematuro interesse pela ciência; crítica aos métodos educacionais de sua época; a iniciação intelectual; os primeiros contatos com o IOC e a morte de Oswaldo Cruz; o índice de sífilis na cidade do Rio de Janeiro no início do século XX; o status social do cientista brasileiro na primeira metade do século.

Fita 3 – Lado B a Fita 6

O ingresso na Faculdade Nacional de Medicina do Rio de Janeiro o curso médico e suas disciplinas; impressões sobre a Revolução de 30; os professores e métodos de ensino do curso de medicina; o ingresso em Manguinhos e o trabalho com Miguel Osório de Almeida; o prestígio do laboratório de fisiologia dos irmãos Osório de Almeida no meio acadêmico; as características do Curso de Aplicação do IIOC; a experiência profissional no setor de psiquiatria da Santa Casa de Misericórdia; o desenvolvimento da terapêutica no início do século XX; a formação acadêmica dos irmãos Osório de Almeida; história do desenvolvimento fisiologia no cenário cientifico brasileiro; a escola naturalista de Adolpho Lutz.

Fita 7 a Fita 10 – Lado A

O trabalho na Comissão Técnica de Piscicultura do Nordeste na década de 30; perfil profissional de Arthur Neiva; Rodolfo Von Ihering e o desenvolvimento da piscicultura no Brasil ; Barros Barreto e a criação da Divisão de Higiene do IOC; o papel do IOC nas políticas de saúde pública e na institucionalização da pesquisa biomédica; o desenvolvimento da pesquisa científica com a fundação da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade do Distrito Federal (UDF); o conflito científico entre Arthur Moses e Oswaldo Cruz; a relação de Cardoso Fontes com o Ministro Gustavo Capanema; a vulnerabilidade política do IOC após a morte de Carlos Chagas; o abandono das pesquisas de ponta após a morte de Oswaldo Cruz e a permanência do IOC nos moldes das instituições científicas do século XIX; o desenvolvimento científico do IOC; a vulnerabilidade político do IOC durante a ditadura militar; a desvalorização da ciência pura na sociedade brasileira, os institutos de pesquisa e a criação das universidades; os objetivos principais da gestão Olympio da Fonseca; o caráter personalizado e centralizador das direções do IOC.

Fita 10 – Lado B a Fita 13

A equipe da Comissão Técnica de Piscicultura do Nordeste e a rotina de trabalho em Campina Grande (PB); as atividades profissionais desenvolvidas no seu Museu Goeldi; o impacto causado pela descoberta da fauna e flora amazônica; o trabalho da translação de espécies de peixe; a pesquisa de campo no interior do Nordeste; comentários sobre Lampião; a queda qualitativa das pesquisas da comissão Técnica de Piscicultura do Nordeste após 1937; a importância do mecenato de Guilherme Guinle para as atividades científicas no Brasil; o retorno ao Rio de Janeiro, em 1937 e a conclusão do curso de medicina; o trabalho desenvolvido por Aity Moussatché na Fundação Rockefeller; a tentativa de transformar Manguinhos em campas universitário e a conjuntura política durante a ditadura Vargas; impressões sobre os movimentos comunistas e integralistas nos anos 30; a guerra civil espanhola e o totalitarismo europeu.

Fita 14 a Fita 17 – Lado A

A contratação pelo IOC em 1938; as aulas de higiene ministradas pelo professor Arfando Peixoto; o perfil da psiquiatria brasileira em mediados do século XX; a influência do Instituto Pasteur na formação dos cientistas brasileiros no início do século; as influências francesa e alemã no desenvolvimento científico brasileiro; o caráter prático das pesquisa realizadas pela Fundação Rockefeller no Brasil; a relação entre ciência e saúde pública no IOC; a formação técnica dos sanitaristas brasileiros até meados do século XX; a importância da atividade prática na formação médica; o perfil profissional de Evandro Chagas, o conflito entre a Faculdade Nacional de Medicina e o IOC; a posição da Academia Nacional de Medicina diante da descoberta do Trypanossoma cruzi por Carlos Chagas; comentários sobre o antigo processo de doutoramento na área médica; a experiência profissional na área de parasitologia como aluno de Olympio da Fonseca; o concurso para biologista promovido pelo DASP para integrar o quadro do IOC; o desprestígio da seção de fisiologia em Manguinhos até os anos 30; a organização da Divisão de Fisiologia do IOC; observações sobre as vantagens e desvantagens do vínculo administrativo entre instituições de pesquisa e universidades no Brasil; as deficiências no Curso de Aplicação do IOC na área de fisiologia; comparação entre o desenvolvimento científico do Rio de Janeiro e de São Paulo; a baixa qualidade dos profissionais recrutados pelo IOC durante algumas administrações; o caráter centralizador das direções do IOC.

Fita 17 – Lado B e Fita 18

O impulso dado por Miguel Osório de Almeida e Thales Martins à fisiologia no IOC; a equipe de Miguel Osório de Almeida na seção de fisiologia; a relação com Antônio Augusto Xavier; o perfil profissional de Thales Martins; a relação de Thales Martins com os colegas de trabalho; as pesquisas desenvolvidas por Fernando Ubatuba e Thales Martins em endocrinologia; a competência profissional da equipe de Thales Margins; a necessidade de independência na escolha das linhas de pesquisa, pesquisas e o ambiente de trabalho no laboratório de Miguel Osório, perfil científico de Carlos Chagas Filho e o Instituto de biofísica.

Fita 19 a Fita 21

Os pesquisadores estrangeiros visitantes do laboratório de fisiologia; Miguel Osório de Almeida a criação do Instituto Franco-Brasileiro de Alta Cultura; a influência estrangeira na ciência brasileira; a formação francesa de Miguel Osório de Almeida o trabalho desenvolvido em neurologia; a influência americana na fisiologia brasileira; os primeiros contatos com o acervo bibliográfico do IOC; perfil da família Osório de Almeida; o interesse de Miguel Osório de Almeida pelo movimento cultural de sua época; o perfil ideológico dos irmãos Osório de Almeida e o envolvimento com a Associação Brasileira de Ensinos.

Fita 22 a Fita 24

O impacto da Segunda Guerra Mundial no Rio de Janeiro; a produção científica durante a Segunda Guerra Mundial e a sua utilização para fins bélicos; o impacto causado pela explosão da bomba atômica e a evolução tecnológica no período pós-guerra; a tentativa de Olympio da Fonseca em equipar tecnicamente o IOC; a baixa qualidade dos pesquisadores contratados pelo IOC nos anos 50 e 60; a avaliação da reforma dos cursos do IOC realizada por Olympio da Fonseca; o trabalho em nutrição desenvolvido por Moura Campos no IOC; o desenvolvimento da fisiologia em São Paulo nas décadas de 40 e 50; o trabalho desenvolvido por Paulo Galvão em fisiologia no Instituto Biológico de São Paulo; a importância da Sociedade de Fisiologia e dos pesquisadores mineiros; comparação entre o desenvolvimento tecnológico do IOC e das demais instituições de pesquisa do país; os métodos de trabalho utilizados por Miguel Osório de Almeida e a orientação para o desenvolvimento de pesquisas em áreas diversificadas.

Fita 24 a Fita 26

As divergências entre o Ministro Clemente Mariani e o diretor do IOC Henrique Aragão; a participação de Olympio da Fonseca no pleito acadêmico Potsch-Mello Leitão; as reivindicações pela criação de um conselho consultivo do IOC; a gestão Francisco Laranja; a relação pessoal e profissional de Olympio da Fonseca com os pesquisadores do IOC; crítica à gestão Antônio Augusto Xavier; a luta do Herman Lent e Haity Moussatché pelo intercâmbio entre o IOC e as universidades; a influência negativa da política na escolha da direção do IOC; a fragilidade política e científica do Ministério da Saúde; as gestões Tito Cavalcanti e Amilcar Vianna Martins; a criação do CNPq em 1951 e os benefícios obtidos pelo IOC; o militarismo na América Latina e o caráter corporativo dos militares; a importância da participação dos pesquisadores nos rumos da política científica; a ciência e como instrumento de poder e seu papel na política; a marginalização da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) na política nuclear durante o governo Geisel; o trabalho desenvolvido no National Instituto for Medical Reasearch em Londres com Lindon Brown; o trabalho com Francisco Gomes e a importância da colaboração dos auxiliares para o desenvolvimento da pesquisa no IOC; perfil de Joaquim Venâncio; o perfil profissional dos bibliotecários Mário Araújo Filho e Emília de Bustamante; a qualidade do acervo bibliográfico de Manguinhos.

Fita 27 a Fita 30

Impressões sobre o governo João Goulart; a gestão Joaquim Travassos; a tentativa de implantação da pesquisa aplicada no IOC durante o governo Goulart e a reação dos pesquisadores; perfil de Nicanor Botafogo; crítica ao baixo investimento da União do IOC; o trabalho em microbiologia desenvolvido por Genésio Pacheco; a baixa credibilidade científica de José Guilherme Lacorte; o cenário político no início dos anos 60; o descrédito político de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubitschek em Manguinhos; o golpe militar em 1964 e a repercussão em Manguinhos; a perseguição de Olympio da Fonseca e Herman Lent; a perseguição de Rocha Lagoa a Walter Oswaldo Cruz; a divisão ideológica da comunidade científica brasileira; prisão do filho de Herman Lent; as motivações de caráter pessoal como causa das perseguições políticas no IOC; a personalidade de Rocha Lagoa; o convite para a direção do Instituto Biomédico da UFF; as cassações dos pesquisadores; as consequências para o IOC; as ligações pessoais de Rocha Lagoa com os militares; avaliação das pesquisas em fisiologia realizadas na UFF; o desejo de retornar a Manguinhos; a situação atual das instituições de pesquisa no país; comentários sobre a gestão Sérgio Arouca na Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Fitas 27 a 30.

Masao Goto

Entrevista realizada por Nara Azevedo de Brito e Wanda Hamilton, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 02 de setembro de 1986.
Sumário
Fitas 1 a 4
Comentários sobre o curso da faculdade de medicina; o concurso para biologista extranumerário de Manguinhos em 1944; a linha de trabalho desenvolvida em Manguinhos na seção de micologia; a interrupção das pesquisas após o golpe de 1964; a posição do IOC em relação às outras instituições de pesquisa do país; a prioridade dada à pesquisa aplicada em detrimento da pesquisa básica; a transformação do IOC em fundação em 1970 e a implantação do regime celetista; a influência da política eleitoral na produção de vacinas; comentários sobre a administração de Rocha Lagoa; o impacto causado pela notícia da cassação; o papel de Rocha Lagoa como ministro da Saúde na cassação de pesquisadores do IOC; a utilização do telegrama enviado por cientistas a Luiz Carlos Prestes em 1946, como prova incriminatória nos inquéritos administrativo e policial pós-1964; o Inquérito Policial-Militar (IPM) no IOC; os entendimentos de Rocha Lagoa com o Centro de Informações da Marinha (CENIMAR); a indicação de Olympio da Fonseca para presidir o inquérito administrativo no IOC; a posição política dos cientistas; a Escola Nacional de Veterinária; o estágio de Sebastião de Oliveira na seção de entomologia do IOC em 1939; o seu trabalho no Serviço de Malária da Baixada Fluminense e no Serviço de Controle de Malária do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em Minas Gerais em 1942; a participação de Sebastião de Oliveira na construção do primeiro hospital de Governador Valadares (MG); o seu trabalho com inseticidas na Geigy do Brasil S.A. em 1944 e na linha de classificação de insetos no IOC antes do golpe de 1964; a sua atuação na área de entomologia após 1964; o curso de química na Universidade do Distrito Federal (UDF); o concurso do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) para biologista do IOC e o trabalho de Moacyr Vaz de Andrade como químico analista; o contato de Moacyr Vaz de Andrade com Gilberto Villela e o seu trabalho na Divisão de Bioquímica e na seção de micologia; o projeto desenvolvido por Moacyr Vaz de Andrade e Arêa Leão sobre metabolismo de fungos em 1964; a interrupção de suas pesquisas após a cassação; as consequências do golpe de 1964 em Manguinhos; a administração de Rocha Lagoa no IOC e sua relação com a comunidade científica; a influência da Igreja e da Escola Superior de Guerra (ESG) na indicação de Rocha Lagoa para a direção do IOC; comentários sobre o projeto de criação de um ministério da ciência; as motivações de caráter pessoal como causa das perseguições políticas no IOC; a importância da participação dos cientistas na definição da política científica do país; as áreas de pesquisa privilegiadas na gestão Rocha Lagoa; observações sobre a conjuntura política do IOC pós-1964; o perfil profissional de Walter Oswaldo Cruz; a situação financeira de Moacyr Vaz de Andrade e as perspectivas de trabalho após a cassação; as consequências das cassações no desenvolvimento da ciência brasileira; a “feijoada e o vatapá subversivos” no IOC; as atuais perspectivas de trabalho na FIOCRUZ.
Nota: Entrevista temática sobre o episódio denominado “Massacre de Manguinhos”, que contou com a participação dos pesquisadores Sebastião de Oliveira e Moacyr Vaz de Andrade.

Moacyr Vaz de Andrade

Entrevista realizada por Rose Ingrid Goldschmidt e Wanda Hamilton, na Fiocruz, nos dias 14 e 16 de dezembro de 1987, 29 de janeiro e 05 de fevereiro de 1988.
Sumário
Fita 1 e Fita 2 – Lado A

Origem familiar; a importância do meio universitário na formação do indivíduo; a influência do Colégio Batista em sua vida; formação religiosa; o interesse pela leitura; a atividade do pai como líder sindical; o clima de diálogo na família; a descoberta do marxismo; o rompimento com o Partido Comunista Brasileiro (PCB); a militância política no PCB; o ingresso no PCB em 1945; a célula do PCB no IOC; o desligamento do Partido na época da ilegalidade; a preparação para o vestibular de medicina no Colégio Universitário; a reprovação no exame de física; o vestibular para química na Universidade do Distrito Federal (UDF); a encampação da UDF pela Faculdade Nacional de Filosofia em 1937; o interesse pela ciência através do contato com o professor Victor Strawinsky; comentários sobre a UDF; a Segunda Guerra Mundial e o retorno dos professores estrangeiros à Europa; o ingresso na seção de ensaios biológicos e controle do IOC; as dificuldades para se tornar pesquisador; o incentivo do professor Hasselmann e o concurso de Manguinhos; a orientação do curso de química voltada para a formação de professores do segundo grau; os vínculos entre Brasil e Estados Unidos na área de química; o mercado de trabalho na área de química; a convocação para a guerra e o adiamento da contratação no IOC.

Fita 2 – Lado B a Fita 4 – Lado A

O trabalho desenvolvido na seção de ensaios biológicos e controle; a química no IOC; a implantação do ponto obrigatório no IOC; o papel de Gilberto Villela no desenvolvimento da bioquímica no Brasil; a produção de plasma seco durante a guerra; a relação dos pesquisadores do IOC com a Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro; o trabalho de controle de produtos farmacêuticos no IOC; a escassez de mercado de trabalho na área de pesquisa; a produção de penicilina no IOC; a produção de vacinas no IOC; a gestão Henrique Aragão no IOC; o prestígio pessoal como elemento fundamental na distribuição de verbas para o IOC; as irregularidades na administração do IOC; os inquéritos militares e administrativos no IOC e as perseguições aos pesquisadores; o Congresso de Microbiologia realizado em 1950; os desníveis salariais entre funcionários do IOC; o Curso de Aplicação do IOC; a transferência para a seção de micologia a convite de Arêa Leão; as disputas entre os pesquisadores pelo uso de equipamentos científicos.

Fita 4 – Lado B a Fita 6 – Lado A

A amizade com Masao Goto; o trabalho na seção de micologia; a interrupção da pesquisa em conseqüência da cassação e os planos para continuá-la ao retornar a Manguinhos; as pesquisas sobre câncer desenvolvidas por Arêa Leão; a atividade política e comercial da fabricação de vacinas; o perfil de Arêa Leão; a realização profissional na micologia; o veto de Rocha Lagoa à homenagem a Arêa Leão; o afastamento de Olympio da Fonseca do IOC e sua volta como diretor em 1950; a falta de incentivo à pesquisa no Brasil; o desenvolvimento da micologia no IOC; o desenvolvimento da micoteca; os cursos de Manguinhos na área de micologia; as dificuldades profissionais em conseqüência da cassação; o trabalho como professor de fisiologia e bioquímica de fungos; a importância da criação de um conselho administrativo no IOC; opinião sobre a administração de Sérgio Arouca; a ilegalidade do PCB e a apreensão de seus arquivos em 1964; o retorno a Manguinhos depois da cassação.

Fita 6 – Lado B e Fita 7

As aulas de micologia no Curso de Aplicação do IOC; o aproveitamento de alunos do curso como estagiários; a crise do IOC durante a gestão Olympio da Fonseca; a gestão Travassos da Rosa e a exoneração de funcionários; o trabalho desenvolvido na administração do IOC; os conflitos entre os setores de pesquisa e de produção; as dificuldades em conciliar pesquisa e administração; a surpresa pela cassação; o grupo de cassados e o entusiasmo pelo trabalho; a administração de Olympio da Fonseca; a produção de vacinas no IOC; o perfil de José Fonseca da Cunha e seu relacionamento com os pesquisadores; o interesse político-governamental na área de produção; as dificuldades para a realização de pesquisas no Brasil.

Orlando Guerra Junior

Entrevista realizada por Nara de Azevedo Britto, Rose Ingrid Goldschmidt e Wanda Hamilton, na Fiocruz, nos dias 10, 11 e 26 de junho e 03 de julho de 1986.
Sumário
Fita 1 e Fita 2

A família de imigrantes alemães; o perfil aristocrático da família materna; o talento musical da família e a amizade com Villa-Lobos; o autoritarismo e a disciplina educacional das crianças da classe média; a amizade com parentes idosos; a perseguição aos alemães no Estado Novo; a facilidade para aprender idiomas estrangeiros na infância; o caráter filantrópico da atividade médica do pai; o impacto da medicina previdenciária sobre a corporação médica do Rio de Janeiro nos anos 1930; a influência paterna na escolha da profissão; o contato com o professor Mello Leitão no curso de Biologia; a participação nos movimentos estudantis da década de 1960; a experiência política no Centro Popular de Cultura e no Diretório Acadêmico da Faculdade Nacional de Filosofia; a demissão por motivos políticos da função de professor do Colégio de Aplicação da UFRJ em 1966; avaliação dos movimentos políticos dos anos 1960 e o surgimento da guerrilha urbana; a influência do Partido Comunista Brasileiro (PCB) na Faculdade Nacional de Filosofia e a greve estudantil de 1963; o perfil conservador de Sobral Pinto; o cotidiano no curso de Biologia.

Fita 3 a Fita 5 – Lado A

Ausência de pesquisa científica e a formação técnica nas universidades brasileiras; a estagnação das universidades brasileiras decorrente das cátedras vitalícias; argumentos em defesa da liberdade de pesquisa; a criação e a experiência no Curso Alba; a experiência profissional na Universidade Gama Filho; o ingresso no IOC como estagiário em 1959; o perfil do cientista Hugo de Souza Lopes e seu interesse em formar novos pesquisadores; a marginalização das mulheres nas universidades brasileiras; os projetos científicos dos diretores de Manguinhos; a falência da ciência básica em Manguinhos após 1964; a perseguição de Rocha Lagoa a seus adversários; a comissão de inquérito presidida por Olympio da Fonseca em Manguinhos; o corte de verbas para a compra de material científico no exterior durante a gestão Rocha Lagoa no IOC; o método científico e os critérios para o estabelecimento da verdade; os limites da experimentação nas pesquisas científicas; as restrições ao desenvolvimento da pesquisa científica nas universidades brasileiras; a remuneração dos cientistas do IOC antes de 1964 e posterior deterioração desta.

Fita 5 – Lado B a Fita 7

As dúvidas quanto à escolha da carreira profissional; a opção pelo status econômico privilegiado do cientista; o preconceito acadêmico em relação à carreira universitária na década de 1960; o curso de mergulhador na Marinha para desenvolver trabalhos em biologia marinha; a inviabilidade da pesquisa básica no IOC na década de 1970; as dificuldades impostas por Rocha Lagoa para obtenção de recursos externos; as diferentes concepções sobre a atividade científica como origem dos conflitos no IOC; os projetos para o desenvolvimento de um tratado de zoologia no Brasil; a inconveniência de unificar ciência e tecnologia em um mesmo ministério; a incapacidade do poder público em reconhecer a ciência básica como fator de desenvolvimento tecnológico; as dificuldades de afirmação da ciência nacional em um país dependente; a necessidade de reformas político-sociais na liberação de verbas para as pesquisas científicas; a visão sanitarista da administração Sergio Arouca; os perigos decorrentes de se priorizar tecnologia em detrimento da ciência; observações sobe o caráter despersonificado da "big-science"; a necessária utilização dos métodos científicos do século XIX para o desenvolvimento da ciência no Brasil; o processo social brasileiro pós-1964; a perseguição política e a cassação dos cientistas de Manguinhos nos anos 1960; a rapinagem do acervo histórico do IOC nas administrações Rocha Lagoa e Vinícius Fonseca; ausência de zoólogos lato sensu no IOC; o projeto de produção de soros antiofídicos em Manguinhos; o prestígio dos estagiários do IOC no meio acadêmico; críticas à "big-science".

Fita 8 a Fita 10

O aperfeiçoamento profissional; a proibição por motivos políticos de fazer o curso de doutorado em Marselha em 1968; o curso no Museu Britânico em 1972; perfil de Geth Jansen; o caráter solitário da pesquisa científica; o perfil profissional e ideológico de Rudolf Barth; a influência positivista na ciência no início do século XX; o reconhecimento social do cientista brasileiro; a política científica brasileira pós-1964; a visão tecnocrática na seleção do quadro científico do IOC nos anos 1980; a reintegração dos cientistas cassados na FIOCRUZ; a necessidade de elaboração de uma política científica para a área de Biologia.

Pedrina Cunha de Oliveira

Entrevista realizada por Lúcio Flávio Taveira e Rose Ingrid Goldschmidt, na Fiocruz (RJ), no dia 06 de junho de 1989.
Sumário
Fitas 1 a 3
Origem familiar; o perfil do pai; a infância em uma fazenda em Goiás; a personalidade da mãe; as dificuldades de comunicação no interior do Brasil na década de 1940; a educação familiar voltada para o trabalho; a ausência de preconceito na educação informal; a igualdade no trato com os trabalhadores da fazenda; os papéis sociais do homem e da mulher no interior brasileiro em meados do século XIX; o espaço doméstico como locus feminino; a profissionalização como caminho para a emancipação; a generosidade característica da educação materna; os papéis familiares: a mãe educadora e pai provedor; a população “encardida” de Goiás; os primeiros estudos realizados na comunidade local; o ingresso no colégio interno feminino; a rígida disciplina de uma instituição religiosa; o cotidiano no internato; a “disciplinarização” do diálogo e a preocupação com a higiene na escola; a vigilância do corpo nos banhos no internato; a preocupação das freiras com a educação humanitária; a censura à literatura; o ingresso em colégio leigo de Goiânia; a liberdade na escolha profissional; a opção pelo curso de farmácia; o desejo inicial de retornar a Goiás após a graduação; a fascinação pelo trabalho laboratorial; o curso de farmácia da UFRJ na década de 1950; a ausência de preconceito sexual na faculdade; as qualidades da Faculdade de Farmácia da UFRJ; a opção por não retornar a Goiás e o primeiro contato com o IOC; o ingresso em Manguinhos como estagiária e o trabalho desenvolvido com Oswaldo Lazzarini Peckolt no Departamento de Química; a rápida efetivação no IOC; os trabalhos realizados com Fernando Ubatuba nos laboratórios das Pioneiras Sociais e o seu abandono devido ao trabalho no IOC em tempo integral; o preconceito em Manguinhos pelo trabalho feminino; a admiração por Bertha Lutz; a mudança para o Departamento de Micologia; o Curso de Aplicação do IOC; o corpo de pesquisadores do Departamento de Micologia na década de 1960; a qualificação profissional de Adolpho Furtado e sua marginalização em Manguinhos; as dificuldades dos pesquisadores do IOC em optarem pelo regime celetista na década de 70; o casamento em 1970 e a experiência da maternidade; a opção pela família no momento de crise do IOC; as dificuldades em conciliar vida privada e vida profissional; o intercâmbio com o Instituto de Biologia de São Paulo; histórico do desenvolvimento da micologia no Brasil desde a década de 50; a demanda de conhecimento da micologia provocada pelo desenvolvimento tecnológico dos últimos anos; a trajetória profissional no Departamento de Micologia; a situação da mulher nas instituições científicas internacionais; a experiência adquirida no mestrado realizado na Universidade de Sheffield; a conscientização feminina na Inglaterra; os grandes nomes da micologia brasileira: Antônio Arêa-Leão e Adolpho Furtado; a organização do Departamento de Micologia a partir da gestão Coura e a demanda de conhecimento dos setores agrícola e industrial do Brasil.

Sebastião de Oliveira

Entrevista realizada por Nara de Azevedo Britto e Wanda Hamilton, na Fiocruz (RJ), nos dias 01, 11 e 24 de setembro, 30 de outubro, 08 e 09 de dezembro de 1986 e 25 de dezembro de 1987.
Sumário
Fita 1
Origem familiar; a influência exercida pelo irmão mais velho e pelo professor Ernani Xavier de Brito; a paixão pela aviação na infância; as raízes africanas presentes na avó materna; os primeiros contatos com Manguinhos; a infância junto aos ferroviários; a vida no subúrbio de Cascadura (RJ).

Fitas 2 e 3
O bairro em que morava e os seus vizinhos; a amizade com uma família espanhola anarquista e com a comunidade árabe de Cascadura; as festas populares do Rio de Janeiro: o Carnaval, as festas de Santo Antônio, São João e São Pedro e a festa da Penha; a incidência de tuberculose no Rio de Janeiro até meados do século XX; a posição política do pai e sua atuação junto ao sindicato dos ferroviários; as influências culturais traduzidas pelo samba, chorinho e pela seresta.

Fitas 4 a 8
A vida escolar em Cascadura; a recepção a Getúlio Vargas em Cascadura em 1930; o exame de admissão realizado no Colégio Pedro II e o nível de escolaridade das crianças do subúrbio na década de 30; o desenvolvimento da rede escolar no governo Pedro Ernesto; as tendências fascistas presentes no Estado Novo; o currículo ginasial e a reforma do ensino realizada pelo ministro Francisco Campos nos anos 1930; a influência do curso complementar na escolha profissional; a estratégia para escapar do serviço militar; os movimentos integralista e comunista em Cascadura; o ingresso na Escola Nacional de Veterinária; o contato com professores e futuros colegas de trabalho no IOC; a opção pela entomologia; o perfil profissional e a personalidade de Joaquim Venâncio e de Bertha Lutz; o preconceito racial no IOC; a influência das pesquisas sobre febre amarela e malária no desenvolvimento de estudos sobre mosquitos em Manguinhos; a atuação do IOC na área de saúde pública; a Fundação Rockefeller no Brasil e o estudo sobre malária na América Latina; os colegas da Escola Nacional de Veterinária; a participação em movimentos negros; a divisão político-ideológica do movimento negro nas eleições de 1986; considerações sobre a Segunda Guerra Mundial; o perfil profissional dos professores da Escola Nacional de Veterinária.

Fitas 9 e 10
O trabalho no Ministério da Agricultura; a formação na área biológica; o perfil profissional de César Pinto e de Lauro Travassos; as expedições científicas do IOC promovidas por Lauro Travassos nas décadas de 1950 e 1960; comentários sobre a metodologia científica desenvolvida no IOC; as influências estrangeiras presentes nas atividades de pesquisas do IOC; as expedições à Fazenda Japuíba em Angra dos Reis (RJ) para coleta de insetos; a influência da Semana de Arte Moderna na ciência brasileira; a amizade com Peter Vigodzinsky; a vida cultural no Rio de Janeiro na década de 40; o trabalho com inseticida na Geigy do Brasil S.A.; observações sobre a administração de Cardoso Fontes; comentários sobe a questão ciência pura versus ciência aplicada.

Fitas 11 a 13
A desqualificação profissional de alguns pesquisadores do IOC na gestão Henrique Aragão; o perfil de Henrique Aragão; a gestão Olympio da Fonseca; as dificuldades financeiras enfrentadas no IOC durante o Estado Novo; a relação de trabalho entre Lauro Travassos e seus colaboradores no laboratório de helmintologia; a estruturação da Divisão de Zoologia Médica; a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM) e o combate à dengue no Rio de Janeiro em 1986; a avaliação do desenvolvimento atual da entomologia no IOC.

Fitas 14 e 15
O ingresso no IOC; o trabalho de controle da malária com César Pinto em Governador Valadares (MG); os métodos de controle e prevenção da malária existentes na década de 1940; o trabalho de atendimento médico prestado em Governador Valadares; a contratação no IOC durante a gestão Olympio da Fonseca; o desprestígio da administração Olympio da Fonseca junto a alguns pesquisadores; a preocupação de Olympio da Fonseca em desenvolver a área de química no IOC; a desqualificação profissional de Rocha Lagoa.

Fitas 16 a 18
O impacto da explosão da bomba atômica na comunidade científica e a criação do Conselho Brasileiro de Pesquisas Físicas; a visita de Oppenheimer ao Brasil; o desenvolvimento da tecnologia nuclear e sua utilização pelas Forças Armadas; os riscos das usinas nucleares no Brasil; a inexistência de pesquisas com energia nuclear no IOC; as vantagens do IOC em se manter independente das universidades; a falta de orientação do IOC no sentido de atender às necessidades sanitárias do país; a relação entre o IOC e o Ministério da Saúde; o trabalho atual com quironomídeos-marinhos; avaliação da situação atual da entomologia no Brasil.

Sylvia Hasselmann

Entrevista realizada por Paulo Gadelha e Ruth B. Martins, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 17 de março de 1987.
Sumário
Fitas 1 a 3
Perfil de Walter Oswaldo Cruz; o encontro de Sylvia Hasselmann com Walter Oswaldo Cruz no Curso de Aplicação do IOC; as dificuldades burocráticas enfrentadas por Walter Oswaldo Cruz no IOC para o desenvolvimento de pesquisas; o círculo de amizades de Walter Oswaldo Cruz; a seriedade no relacionamento com os colegas de trabalho; a amizade com Haity Moussatché e Herman Lent; as dificuldades impostas pela gestão Cardoso Fontes às pesquisas de Walter Oswaldo Cruz; a opção de Sylvia Hasselmann pela família em detrimento da carreira científica; o perfil boêmio de Walter Oswaldo Cruz; o apoio na administração do laboratório do marido; a captação de recursos financeiros externos para a pesquisa no IOC; comentários sobre a utilização política do mito Oswaldo Cruz; as relações entre Walter Oswaldo Cruz e o pai; a personalidade competitiva do marido; a vida familiar; o auxílio financeiro de Guilherme Guinle às pesquisas de Walter Oswaldo Cruz; a crítica de Walter Oswaldo Cruz aos diretores do IOC; os motivos que levaram Walter Oswaldo Cruz a assinar o telegrama de apoio a Luís Carlos Prestes; a ligação de Walter Oswaldo Cruz com o Partido Comunista Brasileiro (PCB); a crença de Walter Oswaldo Cruz na libertação nacional através do desenvolvimento tecnológico; o boicote às pesquisas de Walter Oswaldo Cruz em Manguinhos; a defesa da pesquisa básica e direcional; o relacionamento de Walter Oswaldo Cruz com o desenvolvimento tecnológico; o processo de seleção enfrentado pelos estagiários do laboratório de Walter Oswaldo Cruz; a admiração profissional por Walter Oswaldo Cruz dos pesquisadores cassados; os métodos educacionais de Walter Oswaldo Cruz; o processo de perseguição a Walter Oswaldo Cruz no IOC e o boicote às suas pesquisas após 1964.
Nota: A entrevista de Sylvia Hasselmann é sobre Walter Oswaldo Cruz e contou com a participação de sua filha Vera.

Tito Cavalcanti

Entrevista realizada por Paulo Gadelha e Wanda Hamilton, na Fiocruz (RJ), nos dias 19 e 27 de fevereiro de 1986.
Sumário
Fitas 1 e 2
Origem familiar; a escolha da profissão; comentários sobre o estudo da fisiologia e o ensino da medicina em São Paulo nos anos 1920; a participação na Revolução de 1932; os motivos da transferência de São Paulo para o Rio de Janeiro; o ingresso em Manguinhos; o trabalho na Divisão de Higiene; o perfil de Barros Barreto; a chefia de Barros Barreto na Divisão de Higiene e os estudos em medicina do trabalho; as pesquisas desenvolvidas no laboratório de fisiologia; a atuação como secretário de gabinete da gestão Francisco Laranja no IOC; a passagem pelo INPA; o trabalho desenvolvido no CNPq; o regresso ao IOC na gestão Amilcar Vianna Martins; a nomeação para vice-diretor do IOC e a chefia da Divisão de Fisiologia; o período de interinidade na direção do IOC após a exoneração de Amilcar Vianna Martins; a participação na organização da UnB; comentários sobre o desenvolvimento da área de fisiologia no IOC; o trabalho com Álvaro Osório de Almeida na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro; o desenvolvimento e o ensino de fisiologia no Rio de Janeiro e em São Paulo; as atividades docentes no curso de bioquímica do IOC; a importância do Curso de Aplicação do IOC para o desenvolvimento da medicina no Brasil; a atuação como membro do Conselho Deliberativo do CNPq; o inquérito administrativo presidido por Olympio da Fonseca em 1964; o inquérito policial-militar (IPM); a entrevista com o ministro Roberto Campos a respeito da criação de um ministério da ciência; a administração Rocha Lagoa e a cassação; as perspectivas de trabalho após a cassação; comentários sobre Manguinhos após a ditadura militar.

Fitas 3 e 4
As crises político-administrativas do IOC; a gestão Francisco Laranja e a criação do Conselho Deliberativo; a gestão Antônio Augusto Xavier; a importância da criação de um ministério da ciência para o desenvolvimento científico do país; as divergências pessoais como explicação para a cassação dos pesquisadores em 1970; a ideologia política do grupo de cassados; avaliação do trabalho de pesquisa desenvolvido atualmente na FIOCRUZ; as expectativas quanto à reintegração dos cientistas cassados; perfil de Thales Martins e de Barros Barreto; o papel da Academia Brasileira de Ciências e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) no desenvolvimento científico nacional; a participação na missão científica promovida pela UnB ao Leste europeu; comentários a respeito da visita ao campo de concentração de Auschwitz.

Lygia Madeira César de Andrade

Entrevista realizada em duas sessões: 21 de agosto de 2001 e em 29 de abril de 2003; na primeira sessão os entrevistadores foram Laurinda Rosa Maciel, Maria Eugênia Noviski Gallo, Márcio Campista e Vivian Cunha e foram gravadas as fitas 1 e 2 lado A; na segunda sessão, os entrevistadores foram Laurinda Rosa Maciel, Mariana Santos Damasco e Nathacha Regazzini Bianchi Reis e foram gravadas as fitas 2 Lado B e 3.

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