Área de identificação
Código de referência
BR RJCOC 05-05-02-05-21
Título
Masao Goto
Data(s)
- 1986 (Produção)
nível de descrição
Item
Dimensão e suporte
Documentos sonoros: 4 fitas cassete e 4 CD's (3h30min; cópia digital)
Área de contextualização
Nome do produtor
(1985-)
Entidade custodiadora
História arquivística
Entrevista realizada por Nara Azevedo e Wanda Hamilton, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 02 de setembro de 1986.
Procedência
Área de conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
Sumário: fitas 1 a 4
Comentários sobre o curso da faculdade de medicina; o concurso para biologista extranumerário de Manguinhos em 1944; a linha de trabalho desenvolvida em Manguinhos na seção de micologia; a interrupção das pesquisas após o golpe de 1964; a posição do IOC em relação às outras instituições de pesquisa do país; a prioridade dada à pesquisa aplicada em detrimento da pesquisa básica; a transformação do IOC em fundação em 1970 e a implantação do regime celetista; a influência da política eleitoral na produção de vacinas; comentários sobre a administração de Rocha Lagoa; o impacto causado pela notícia da cassação; o papel de Rocha Lagoa como ministro da Saúde na cassação de pesquisadores do IOC; a utilização do telegrama enviado por cientistas a Luiz Carlos Prestes em 1946, como prova incriminatória nos inquéritos administrativo e policial pós-1964; o Inquérito Policial-Militar (IPM) no IOC; os entendimentos de Rocha Lagoa com o Centro de Informações da Marinha (CENIMAR); a indicação de Olympio da Fonseca para presidir o inquérito administrativo no IOC; a posição política dos cientistas; a Escola Nacional de Veterinária; o estágio de Sebastião de Oliveira na seção de entomologia do IOC em 1939; o seu trabalho no Serviço de Malária da Baixada Fluminense e no Serviço de Controle de Malária do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em Minas Gerais em 1942; a participação de Sebastião de Oliveira na construção do primeiro hospital de Governador Valadares (MG); o seu trabalho com inseticidas na Geigy do Brasil S.A. em 1944 e na linha de classificação de insetos no IOC antes do golpe de 1964; a sua atuação na área de entomologia após 1964; o curso de química na Universidade do Distrito Federal (UDF); o concurso do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) para biologista do IOC e o trabalho de Moacyr Vaz de Andrade como químico analista; o contato de Moacyr Vaz de Andrade com Gilberto Villela e o seu trabalho na Divisão de Bioquímica e na seção de micologia; o projeto desenvolvido por Moacyr Vaz de Andrade e Arêa Leão sobre metabolismo de fungos em 1964; a interrupção de suas pesquisas após a cassação; as consequências do golpe de 1964 em Manguinhos; a administração de Rocha Lagoa no IOC e sua relação com a comunidade científica; a influência da Igreja e da Escola Superior de Guerra (ESG) na indicação de Rocha Lagoa para a direção do IOC; comentários sobre o projeto de criação de um ministério da ciência; as motivações de caráter pessoal como causa das perseguições políticas no IOC; a importância da participação dos cientistas na definição da política científica do país; as áreas de pesquisa privilegiadas na gestão Rocha Lagoa; observações sobre a conjuntura política do IOC pós-1964; o perfil profissional de Walter Oswaldo Cruz; a situação financeira de Moacyr Vaz de Andrade e as perspectivas de trabalho após a cassação; as consequências das cassações no desenvolvimento da ciência brasileira; a “feijoada e o vatapá subversivos” no IOC; as atuais perspectivas de trabalho na FIOCRUZ.
Nota: Entrevista temática sobre o episódio denominado “Massacre de Manguinhos”, que contou com a participação dos pesquisadores Sebastião de Oliveira e Moacyr Vaz de Andrade.
Comentários sobre o curso da faculdade de medicina; o concurso para biologista extranumerário de Manguinhos em 1944; a linha de trabalho desenvolvida em Manguinhos na seção de micologia; a interrupção das pesquisas após o golpe de 1964; a posição do IOC em relação às outras instituições de pesquisa do país; a prioridade dada à pesquisa aplicada em detrimento da pesquisa básica; a transformação do IOC em fundação em 1970 e a implantação do regime celetista; a influência da política eleitoral na produção de vacinas; comentários sobre a administração de Rocha Lagoa; o impacto causado pela notícia da cassação; o papel de Rocha Lagoa como ministro da Saúde na cassação de pesquisadores do IOC; a utilização do telegrama enviado por cientistas a Luiz Carlos Prestes em 1946, como prova incriminatória nos inquéritos administrativo e policial pós-1964; o Inquérito Policial-Militar (IPM) no IOC; os entendimentos de Rocha Lagoa com o Centro de Informações da Marinha (CENIMAR); a indicação de Olympio da Fonseca para presidir o inquérito administrativo no IOC; a posição política dos cientistas; a Escola Nacional de Veterinária; o estágio de Sebastião de Oliveira na seção de entomologia do IOC em 1939; o seu trabalho no Serviço de Malária da Baixada Fluminense e no Serviço de Controle de Malária do Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) em Minas Gerais em 1942; a participação de Sebastião de Oliveira na construção do primeiro hospital de Governador Valadares (MG); o seu trabalho com inseticidas na Geigy do Brasil S.A. em 1944 e na linha de classificação de insetos no IOC antes do golpe de 1964; a sua atuação na área de entomologia após 1964; o curso de química na Universidade do Distrito Federal (UDF); o concurso do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) para biologista do IOC e o trabalho de Moacyr Vaz de Andrade como químico analista; o contato de Moacyr Vaz de Andrade com Gilberto Villela e o seu trabalho na Divisão de Bioquímica e na seção de micologia; o projeto desenvolvido por Moacyr Vaz de Andrade e Arêa Leão sobre metabolismo de fungos em 1964; a interrupção de suas pesquisas após a cassação; as consequências do golpe de 1964 em Manguinhos; a administração de Rocha Lagoa no IOC e sua relação com a comunidade científica; a influência da Igreja e da Escola Superior de Guerra (ESG) na indicação de Rocha Lagoa para a direção do IOC; comentários sobre o projeto de criação de um ministério da ciência; as motivações de caráter pessoal como causa das perseguições políticas no IOC; a importância da participação dos cientistas na definição da política científica do país; as áreas de pesquisa privilegiadas na gestão Rocha Lagoa; observações sobre a conjuntura política do IOC pós-1964; o perfil profissional de Walter Oswaldo Cruz; a situação financeira de Moacyr Vaz de Andrade e as perspectivas de trabalho após a cassação; as consequências das cassações no desenvolvimento da ciência brasileira; a “feijoada e o vatapá subversivos” no IOC; as atuais perspectivas de trabalho na FIOCRUZ.
Nota: Entrevista temática sobre o episódio denominado “Massacre de Manguinhos”, que contou com a participação dos pesquisadores Sebastião de Oliveira e Moacyr Vaz de Andrade.
Avaliação, selecção e eliminação
Ingressos adicionais
Sistema de arranjo
Transcrição e sumário
Área de condições de acesso e uso
Condições de acesso
Sem restrição
Condições de reprodução
Sem restrição
Idioma do material
Forma de escrita do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Instrumentos de pesquisa
Área de fontes relacionadas
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Área de notas
Nota
Resenha biográfica
Masao Goto nasceu em 11 de fevereiro de 1919, no Rio de Janeiro. Em 1942, formou-se em medicina pela Universidade do Brasil, atual UFRJ, onde também lecionou na Escola de Enfermagem Ana Nery e na Faculdade de Farmácia e Bioquímica. Formado pelo Curso de Aplicação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), foi contratado por esta instituição em 1944, após ser aprovado em concurso. Masao Goto foi pesquisador, professor de micologia dos cursos do IOC e chefe da seção de micologia, cargo que ocupou até 1964. Dedicou-se ao estudo das micoses sistêmicas e superficiais, sendo colaborador de Arêa Leão durante muitos anos. Além disso, apresentou contribuições para o melhor conhecimento de várias doenças causadas por fungos. Desenvolveu ainda trabalhos em micologia, alergia e imunologia clínica no Hospital Evandro Chagas. Em 1970, vinha desenvolvendo pesquisa sobre a ação antitumor de substâncias produzidas por fungos com os cientistas Moacyr Vaz de Andrade e Arêa Leão, quando foi aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional nº 5 (AI-5). Ao sair de Manguinhos, interrompeu suas investigações e se dedicou a sua clínica particular. Masao Goto foi membro da Sociedade Latino-Americana de Alergia e Imunopatologia, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), das Sociedades de Patologia Clínica e de Alergia e Imunopatologia, da Associação Médica Brasileira e da Sociedade de Microbiologia do Brasil. Em 1986, após a sua reintegração ao quadro de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Masao Goto faleceu, vítima de problemas cardíacos, não chegando a reassumir o seu cargo na instituição.
Masao Goto nasceu em 11 de fevereiro de 1919, no Rio de Janeiro. Em 1942, formou-se em medicina pela Universidade do Brasil, atual UFRJ, onde também lecionou na Escola de Enfermagem Ana Nery e na Faculdade de Farmácia e Bioquímica. Formado pelo Curso de Aplicação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), foi contratado por esta instituição em 1944, após ser aprovado em concurso. Masao Goto foi pesquisador, professor de micologia dos cursos do IOC e chefe da seção de micologia, cargo que ocupou até 1964. Dedicou-se ao estudo das micoses sistêmicas e superficiais, sendo colaborador de Arêa Leão durante muitos anos. Além disso, apresentou contribuições para o melhor conhecimento de várias doenças causadas por fungos. Desenvolveu ainda trabalhos em micologia, alergia e imunologia clínica no Hospital Evandro Chagas. Em 1970, vinha desenvolvendo pesquisa sobre a ação antitumor de substâncias produzidas por fungos com os cientistas Moacyr Vaz de Andrade e Arêa Leão, quando foi aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional nº 5 (AI-5). Ao sair de Manguinhos, interrompeu suas investigações e se dedicou a sua clínica particular. Masao Goto foi membro da Sociedade Latino-Americana de Alergia e Imunopatologia, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), das Sociedades de Patologia Clínica e de Alergia e Imunopatologia, da Associação Médica Brasileira e da Sociedade de Microbiologia do Brasil. Em 1986, após a sua reintegração ao quadro de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Masao Goto faleceu, vítima de problemas cardíacos, não chegando a reassumir o seu cargo na instituição.
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- Instituto Oswaldo Cruz (IOC) (Assunto)
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