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Título
Data(s)
- 2001 (Produção)
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Nome do produtor
Entidade custodiadora
História arquivística
Procedência
Área de conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
Sumário de assuntos
Fita 1 – Lado A
Lembranças da cidade natal, São João Nepomuceno, em Minas Gerais; ida da família para o Rio de Janeiro em função da crise econômica na cidade na década de 1940. As origens familiares libanesa e italiana; o curso primário na Escola Rio Grande do Sul, no Engenho de Dentro e a continuação dos estudos no Colégio Metropolitano, no Méier, e no Colégio Pedro II, no Engenho Novo. Lembranças do curso secundário quando era presidente do grêmio estudantil e os principais professores que marcaram este período, tais como o de Latim, Florentino Marques Leite, e Manuel Jairo Bezerra, de Matemática. As leituras de História que suscitaram o interesse pela medicina. As circunstâncias que o levaram a ser professor primário aos 15 anos. O ingresso na graduação de medicina, na UERJ, em 1958; a simpatia pela área de ciências humanas que o levaria à Psiquiatria. Sobre a Faculdade de Ciências Médicas, na Universidade do Estado da Guanabara (UEG, hoje UERJ) e comentários sobre professores que marcaram esse momento, como Américo Piquet Carneiro e Raul Bittencourt. O estágio no Centro Psiquiátrico Pedro II (CPP II), que o levou a conhecer o Dr. Washington Loyello. Comentários sobre os hospitais em que trabalhou como plantonista, tais como Fernando Magalhães, em São Cristóvão e Antônio Pedro, em Niterói. Sobre a Especialização em Psiquiatria, da Escola de Saúde Pública, atual Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca (ENSP), em 1964. A contratação definitiva no CPP II, em 1962. O curso de especialização em Neurologia no Instituto de Neurologia da UFRJ, em 1965, coordenado pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio). A rotina administrativa do CPP II, as internações e o programa de reabilitação de pacientes, cuja responsabilidade era da Dra. Nise da Silveira.
Fita 1 – Lado B
Opinião sobre os motivos de criação de um hospital psiquiátrico como a Colônia Juliano Moreira. Uso de medicamentos no tratamento aos pacientes. Concursos para professor na UFRJ e na UERJ, na década de 1960. Razões para fazer os mestrados de Psiquiatria e de Psicologia, comentários sobre psicoses reativas, tema da dissertação em Psiquiatria na UFRJ, em 1973. Comentários sobre delírio, tema de sua dissertação em Psicologia defendida na UERJ, em 1974. A importância dos cursos de Filosofia e Ciências Sociais em sua formação. A tese de doutorado em Medicina, defendida na UFRJ, em 1979, com tema de psiquiatria legal. Comentários sobre a lei brasileira de isenção da pena ao doente mental. A história de Custódio Serrão, um paciente que foi internado no Hospício de Pedro II, no início do século XX, e pediu para ser julgado. As atuais atividades profissionais, o consultório particular, a docência e a supervisão em Residência Médica. A formação psicanalítica no Instituto de Psicanálise da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro, em 1980. As atividades acadêmica e de pesquisa. O pós-doutorado na Universidade John Hopkins, nos Estados Unidos, sobre dependência química. Comentários sobre o Movimento da Reforma Psiquiátrica e a assistência hétero-familiar de Gustavo Riedel.
Fita 2 – Lado A
Comentários sobre a fundação do Hospício de Pedro II, na Praia Vermelha, no século XIX e o tratamento aos doentes naquele momento; as mudanças ocorridas com o movimento de reforma da psiquiatria tais como o CAPS, os ambulatórios e o hospital-dia. Sobre a rotina da Residência Terapêutica, recentemente regulamentada. Observações sobre a diminuição do interesse dos alunos pelo curso de Psiquiatria e, por outro lado, a procura cada vez maior pelas áreas mais tecnológicas da Medicina; sua preocupação em ensinar a importância da relação médico-paciente e motivos para continuar as atividades de professor na graduação. Sobre os congressos financiados pela indústria farmacêutica; a participação na Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro e no Conselho Regional de Medicina (CREMERJ). A publicação do livro Introdução à psicopatologia forense, pela Editora Forense, em 1981, originalmente sua tese de doutorado. A publicação de Temas de Psicopatologia, pela Editora Zahar, em 1977, onde reuniu as dissertações de mestrado em psiquiatria e em psicologia. O curso de psiquiatria jurídica, ministrado na UERJ, destinado a advogados e psicólogos. Relato sobre a experiência em perícia civil; comentários sobre a propaganda de cigarros. A falta de financiamento ao projeto de pesquisa desenvolvido no IPUB, em psiquiatria forense que pretende analisar a cidadania do doente mental. As diferenças entre clínica pública e privada.
Fita 2 – Lado B
A necessidade de um atendimento ambulatorial mais humano, destacando algumas dificuldades para manter a relação médico-paciente, como a falta de lugar adequado para atendimento ao doente. Comentários sobre o Hospital Pinel, anteriormente considerado um modelo de assistência e por isso uma contradição na vida humilde dos pacientes. A importância do atendimento no posto de saúde na formação dos alunos.
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Nota
Miguel Chalub, de ascendência libanesa e italiana, nasceu em São João Nepomuceno, na Zona da Mata em Minas Gerais, em 29 de março de 1939. Veio para o Rio de Janeiro ainda criança devido aos problemas econômicos por que passava sua cidade natal, na década de 1940. Começou sua formação escolar na Escola Rio Grande do Sul, no Engenho de Dentro; estudou no Colégio Metropolitano, no Méier, onde estudou metade do curso secundário que terminou no Colégio Pedro II, do Engenho Novo. Foi um dos fundadores da “Academia de Letras” daquele colégio, com atividades semelhantes às nacionais com reuniões periódicas e apresentação de trabalhos com apoio e orientação dos professores. Em 1958, iniciou a graduação de Medicina e a finalizou em 1963, na Faculdade de Ciências Médicas, da Universidade do Estado da Guanabara (UEG), atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). Depois de se inserir nas áreas de Cirurgia e Neurologia, descobriu seu verdadeiro interesse na Psiquiatria, por considerá-la uma área médica mais próxima das Ciências Sociais e da Filosofia. Ainda na graduação, trabalhou no pronto socorro do Hospital Souza Aguiar como assistente do neurocirurgião, optando, em seguida, pelo estágio em Psiquiatria, no Centro Psiquiátrico Pedro II (CPPII) no Engenho de Dentro. Já graduado em Medicina prosseguiu nos estudos fazendo cursos de especialização. A primeira delas foi em Psiquiatria, em 1964, no Curso de Saúde Mental, da Escola de Saúde Pública, atual ENSP. Nesse mesmo ano se especializou em Neurologia, na Universidade do Brasil, e em Neurologia Infantil, em 1966, na mesma instituição. Alguns anos depois, iniciou dois cursos de mestrado concomitantemente. Durante o Mestrado em Psicologia, na PUC, em 1973, cujo tema foi delírio, a instituição o convidou a dar aulas de Psicologia no curso de graduação. Na UFRJ, fez o Mestrado em Psiquiatria tendo trabalhado com psicoses reativas, em 1974. Esse curso era bastante voltado para a área de ciências humanas, resultado da influência recebida pelo curso de Ciências Sociais, no qual estava se formando nesta ocasião, e Filosofia, que havia terminado pouco antes. Defendeu a tese de doutorado em Medicina, em 1979, na UFRJ, sobre psiquiatria forense, e a lei brasileira que isenta da responsabilidade penal o doente mental. Quase paralelamente, e durante cinco anos, entre 1975 e 1980, realizou sua formação Psicanalítica, no Instituto de Psicanálise da Sociedade Psicanalítica do Rio de Janeiro. Em 1981, publicou sua tese de doutorado pela Editora Forense com o título Introdução à Psicopatologia Forense, e reuniu as dissertações de mestrado em Psiquiatria e Psicologia, no livro Temas de Psicopatologia, pela Editora Zahar, em 1977. Fez pós-doutorado nos Estados Unidos, na Universidade John Hopkins, Baltimore, onde trabalhou com o tema de dependência química. Já atuava como psicanalista em consultório particular, onde continua até hoje. É professor da Faculdade de Psiquiatria da UERJ e da UFRJ, e presta supervisão e orientação à residência nestas Universidades. É médico do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Heitor Carrilho, do Rio de Janeiro.
Notação anterior
Pontos de acesso
Ponto de acesso - assunto
Ponto de acesso - local
Ponto de acesso - nome
- Miguel Chalub (Assunto)
- Paulo Duarte de Carvalho Amarante (Assunto)
- Washington Loyello (Assunto)
- Instituto de Psiquiatria da UFRJ (IPUB) (Assunto)
- Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico Heitor Carrilho (Assunto)