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Código de referência
Título
Data(s)
- 2002 (Produção)
nível de descrição
Dimensão e suporte
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Nome do produtor
Entidade custodiadora
História arquivística
Procedência
Área de conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
Sumário de assuntos
Fita 1 – Lado A
Sobre o local de seu nascimento; lembranças da infância e dos pais; formação escolar nos Estados Unidos, no Davidson College, Carolina do Norte e Universidade de Montpellier, na França; a ida à Índia, para lecionar no Goverment College Commerce, em 1968; a passagem pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) durante a guerra do Vietnã e sua oposição; sua estada por dois anos na Universidade Yale, nos Estados Unidos, e o início do interesse pela hanseníase através do contato com a ALM; a bolsa de estudos para estudar na Tanzânia; o casamento e a vinda para o Brasil para trabalhar na Divisão Nacional de Dermatologia Sanitária em 1973; a ida a Bauru para fazer pesquisa e o contato com o dr. Opromolla; o início da transformação de sanatórios em
hospitais gerais na década de 1980; o trabalho no Sanatório Aimorés, atual Instituto Lauro de Souza Lima; a passagem em estados como Amazonas, Pará e Rondônia, entrevistando doentes; relatos da resistência de doentes em assumir seus próprios nomes e o estigma em torno da doença; sobre o Projeto de Reabilitação do Hanseniano (PRO-Rehab) implementado por ele em Bauru; a
reestruturação do Sanatório Aimorés e as melhorias em todas as áreas; a criação da Sociedade para a Reabilitação e Reintegração do Incapacitado (Sorri), em 1981, e seu êxito; a criação do primeiro curso no Brasil para conselheiros de reabilitação, com o auxílio da faculdade Southern University, norte-americana; os cursos em Harvard e Columbia em 1984; a criação do programa “A Turma do
Bairro” para esclarecer a população sobre aspectos gerais da doença; sobre a expansão das Sorris para o restante do país; sua luta contra o estigma e o preconceito que envolvem a doença.
Fita 1 – Lado B
Sobre Francisco Augusto Vieira Nunes, o Bacurau, e a ideia de utilizá-lo como símbolo de esclarecimento à população; a reunião em Brasília com a participação de pacientes para consolidar esse movimento; sobre os fatores que levaram à criação do Morhan em São Bernardo do Campo; a respeito da presidência da ALM; a amizade com Bacurau e a participação na administração do Congresso da International Leprosy Association (ILA) em Orlando (Flórida, EUA), em 1993, com a efetiva participação de portadores e ex-portadores de hanseníase; sua permanência no Brasil por 14 anos; opinião sobre a mudança na designação da doença e sobre a necessidade de se dar maior importância à manutenção da dignidade dos pacientes; os movimentos implementados por ele para reintegração do ex-paciente à sociedade; sobre as campanhas de combate à doença no país e o início do uso de medicamentos, como a Talidomida.
Fita 2 – Lado A
Comparação do tratamento da doença no Brasil e nos Estados Unidos; relatos sobre o baixo índice de hanseníase naquele país; comentários a respeito do sanatório de Carville, Louisiana, e a descoberta da Sulfona; sobre a vida de ex-pacientes residentes nos Estados Unidos e a independência destes em relação aos sanatórios, depois de curados; sua opinião favorável em relação à cura da
hanseníase; o receio de contrair a doença em razão de sua baixa resistência; a respeito da meta de eliminação da hanseníase estipulada pelo governo e sobre a possibilidade do surgimento de uma vacina eficaz; sobre as graves questões sociais do país, como a desigualdade social; ênfase na reintegração e manutenção da dignidade dos pacientes e ex-pacientes.
Avaliação, selecção e eliminação
Ingressos adicionais
Sistema de arranjo
Área de condições de acesso e uso
Condições de acesso
Condições de reprodução
Idioma do material
Forma de escrita do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Instrumentos de pesquisa
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Nota de publicação
Disponível em: <http://revista.historiaoral.org.br/index.php?journal=rho&page=article&op=view&path%5B%5D=696&path%5B%5D=pdf>
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Nota
Thomas Ferran Frist nasceu em 02 de julho de 1945, em Temple, Flórida, Estados Unidos. Passou a infância no Alabama com a mãe, escritora, e o pai, pastor presbiteriano. Frequentou o Davidson College na Carolina do Norte, onde cursou Medicina, e estudou na Universidade de Montpellier, França, durante um ano. Após a graduação, esteve na Índia, onde deu aulas em uma universidade. Nesse período trabalhou no Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), ocupando um cargo responsável pela ajuda a refugiados da Guerra do Vietnã. Foi durante essa atividade que surgiu o interesse em atuar com hanseníase. A partir daí dedicou-se inteiramente ao estudo da doença e foi para Universidade de Yale, onde recebeu uma bolsa da American Leprosy Missions (ALM) para realizar pesquisa sobre o tema. Em 1973 chegou ao Brasil para desenvolver um projeto financiado pela ALM e aprovado pela Divisão Nacional de Dermatologia Sanitária. Em 1974 foi para o Instituto Lauro de Souza Lima, em Bauru, São Paulo, realizar alguns estudos e pesquisas sobre prevenção de Incapacidades, no projeto PRO-Rehab, que teve três anos de duração. Nesse período trabalhou com o dr. Opromolla, promovendo o programa de educação e prevenção sanitária contra a hanseníase. Em 1981, “Ano Internacional das pessoas com deficiência”, começou a fazer contatos para criar um movimento de pessoas com deficiência física, que pretendia reunir vítimas em geral. Nessa época estava internado lá o paciente Francisco Augusto Vieira Nunes, o Bacurau, que apoiou seu projeto para a moradia dos pacientes internos em uma vila ao redor da Colônia. Thomas o estimulou a representar os portadores de hanseníase nesse movimento. Logo depois Bacurau canalizou o movimento para as causas específicas dos pacientes das colônias, para fazer frente à Portaria n. 165, do Ministério da Saúde, de maio de 1976. O entrevistado acabou criando a Sociedade para Reabilitação e Reintegração do Incapacitado (Sorri), que teve pouca adesão dos portadores de hanseníase e, em 1984, voltou para os Estados Unidos, onde frequentou cursos de administração de ONGs nas Universidades Harvard e Columbia. Thomas participou da elaboração de um curso no Brasil para conselheiros de reabilitação. Foi presidente da ALM, de 1989 a 1994, e da Federação Internacional de Luta contra a Lepra (ILEP). Publicou em 1996 o livro Don't treat me like I have leprosy! – a guide to overcoming prejudice and segregation. Casado e pai de dois filhos, mantém um sítio em Bauru que, eventualmente, visita com a família brasileira. Atualmente, participa em projetos, encontros e congressos relativos à hanseníase e outras causas de deficiências físicas.
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- Thomas Ferran Frist (Assunto)