Wladimir Lobato Paraense

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Área de identificação

tipo de entidade

Pessoa

Forma autorizada do nome

Wladimir Lobato Paraense

Forma(s) paralela(s) de nome

Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras

Outra(s) forma(s) de nome

identificadores para entidades coletivas

Área de descrição

Datas de existência

1914-2012

Histórico

Nasceu em 16 de novembro de 1914, em Igarapé-Miri (PA), filho de Joaquim Mamede de Moraes e Orminda Paraense Lopes. Em 1931 iniciou sua graduação na Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará, que foi concluída em 1937 na Faculdade de Medicina de Recife. Um ano antes fora aprovado em concurso para interno do Hospital Oswaldo Cruz, instituição ligada ao Departamento de Saúde Pública de Pernambuco. Entre 1938 e 1939 especializou-se em Anatomia Patológica na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Permaneceu no Hospital Oswaldo Cruz até 1939, quando ingressou como pesquisador assistente no Serviço de Estudo das Grandes Endemias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), comandado por Evandro Chagas. Em 1941 foi contratado como biologista extranumerário do IOC e assumiu a responsabilidade pelo serviço clínico do Hospital Evandro Chagas. Em 1943, como comissionado pela direção do IOC, investigou casos de pênfigo foliáceo e bouba em Minas Gerais. No mesmo ano comprovou a existência do ciclo exoeritrocitário da malária. Em 1945, por concurso de provas e títulos promovido pelo Departamento de Administração do Serviço Público, foi efetivado como biologista do IOC. Além das pesquisas dedicou-se à docência em cursos de Protozoologia, Parasitologia e Imunologia no instituto. De 1954 a 1956 atuou no Serviço Especial de Saúde Pública como pesquisador associado para o estudo de moluscos planorbídeos do Brasil. Em 1956 foi cedido pelo IOC para atuar no Instituto Nacional de Endemias Rurais, que dirigiu de 1961 a 1963. Ainda em 1956 foi comissionado pelo Conselho Nacional de Pesquisas para coletar moluscos planorbídeos em localidades-tipo no Peru, Bolívia, México, Cuba e Venezuela, a fim de estudar problemas de sistemática desse grupo zoológico. Em 1959 realizou a mesma tarefa nas Guianas Inglesa, Holandesa e Francesa, dessa vez comissionado pelo Departamento Nacional de Endemias Rurais. Entre 1961 e 1976 desenvolveu pesquisas sobre planorbídeos americanos, pela Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial da Saúde, a qual pertenceu como membro do Quadro de Peritos em Doenças Parasitárias (Esquistossomose) de 1964 a 1997. Em 1968 foi contratado como professor titular de Parasitologia pela Universidade de Brasília, onde ocupou os cargos de diretor do Instituto de Ciências Biológicas e chefe do Departamento de Biologia Animal. Em 1976 retornou ao Rio de Janeiro, a convite do presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Vinícius da Fonseca, para ocupar o cargo de vice-presidente de Pesquisas da instituição, função em que permaneceu até 1978. No ano seguinte tornou-se pesquisador titular da Fiocruz. Chefiou no IOC o Departamento de Malacologia (1980-1991) e o Laboratório de Malacologia (1991-2007). Ao longo de sua carreira publicou mais de cento e setenta artigos científicos, dos quais muitos foram elaborados em parceria com os pesquisadores Newton Deslandes e Lygia dos Reis Corrêa, sua segunda esposa. Recebeu diversas honrarias, como a medalha Pirajá da Silva (1958), o prêmio Golfinho de Ouro (1982), a Grã-cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico (1995) e o título de Pesquisador Emérito da Fiocruz (2006). Morreu em 11 de fevereiro de 2012, no Rio de Janeiro.

Locais

Igarapé-Miri (PA), nasc.
Rio de Janeiro (RJ), morte

Estado Legal

Funções, ocupações e atividades

Pesquisador da Fiocruz, 1965-2012
Diretor do IOC, 1976-1979
Vice-Presidente de Pesquisas da Fiocruz, 1976-1978
Chefe do Departamento de Malacologia do IOC, 1980-1991
Chefe do Laboratório de Malacologia do IOC, 1991-2007
Pesquisador emérito da Fiocruz, 2006

Mandatos/Fontes de autoridade

Estruturas internas/genealogia

Contexto geral

Área de relacionamento

Entidade relacionada

Dulcinéa Paraense (1918-)

Identifier of related entity

Categoria da relação

family

Tipo de relação

Dulcinéa Paraense

irmão(a) de

Wladimir Lobato Paraense

Datas da relação

Descrição da relação

Entidade relacionada

Hilda Paraense (19??-)

Identifier of related entity

Categoria da relação

family

Tipo de relação

Hilda Paraense

irmão(a) de

Wladimir Lobato Paraense

Datas da relação

Descrição da relação

Área de ponto de acesso

Ponto de acesso - assunto

Ponto de acesso - local

Ocupações

Área de controle da descrição

Identificador de autoridade arquivística de documentos

Identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

ISAAR(CPF): norma internacional de registro de autoridade arquivística para entidades coletivas, pessoas e famílias.

Status da descrição

nível de detalhamento

Datas das descrições (criação, revisão e remoção)

Idioma(s)

Escrita(s)

Fontes utilizadas na descrição

ACADEMIA BRASILEIRA DE CIÊNCIAS. Membros. Disponível em: https://www.abc.org.br/membro/wladimir-lobato-paraense. Acesso em: 16 dez. 2023.
CARVALHO, Roberto Barros de. Wladimir Lobato Paraense: um cientista versátil. Ciência Hoje, v. 34, n. 199, p. 58-65, nov. 2003.
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Casa de Oswaldo Cruz. Memória de Manguinhos: acervo de depoimentos. Rio de Janeiro: Casa de Oswaldo Cruz, 1991.
FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Galeria de honra. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/personalidade/wladimir-lobato-paraense. Acesso em: maio 2020.
INSTITUTO OSWALDO CRUZ. Personalidades. Disponível em: http://www.fiocruz.br/ioc/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=206&sid=77. Acesso em: jun. 2020.
KATZ, Naftale. Wladimir Lobato Paraense. An outstanding scientist (*1914 †2012). Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, Uberaba, v. 45, n. 3, p. 421, jun. 2012. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rsbmt/a/Sqtxr8Hsp59xCbr85NXKdRd/?format=pdf&lang=en. Acesso em: 14 dez. 2023.
PARAENSE, Wladimir Lobato. Curriculum vitae. Rio de Janeiro, 2006.
SCHALL, Virgínia. Contos de fatos: histórias de Manguinhos. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 2001.

Notas de manutenção