Ilustração Científica

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  • Ilustração Científica é o elemento pelo qual se procura retratar, por meio de imagens, as informações acerca de um objeto de pesquisa ou mesmo aspectos complementares a este.

Fonte

  • Lacerda, Aline Lopes de; Lima, Ana Luce Girão Soares de; Vieira, Felipe Almeida; Lourenço, Francisco dos Santos; Marques, Regina Celie Simões. A imagem a serviço do conhecimento: a entomologia nas ilustrações do acervo histórico da Fiocruz. Rio de Janeiro: Fiocruz/COC, 2022. Disponível em https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/54874. Acessado em novembro de 2022.

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Alberto Federman

  • Pessoa
  • 1887-1958

Nasceu em 27 de abril de 1887 em Lerma (Itália). Estudou pintura em Paris, Milão e Florença e se transferiu para o Brasil no início da década de 1910. Ainda nessa mesma década apresentou seus trabalhos em mostras artísticas individuais e coletivas, como a XXIII Exposição Geral de Belas-Artes ocorrida em 1916 no Rio de Janeiro. Em 1924, a convite de Arthur Neiva, atuou como fotógrafo e desenhista na Comissão de Estudo e Debelação da Praga Cafeeira, junto com Carlos Rudolf Fischer e Joaquim Franco de Toledo. Também realizou um filme sobre a broca-do-café, voltado para o conhecimento do inseto e o seu combate. No Instituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal, criado em 1927 a partir da referida comissão (atual Instituto Biológico), dirigiu a área de fotomicrografia da Seção de Desenho e Fotomicrografia. Por meio da fotografia, documentou o cotidiano da instituição e, juntamente com Bruno Ulisses Mazza, formou importante acervo iconográfico. Em 1941 naturalizou-se brasileiro. Morreu em 1958, na cidade de São Paulo.

Angelo Moreira da Costa Lima

  • Pessoa
  • 1887-1964

Nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 29 de junho de 1887, filho de Valeriano Moreira da Costa Lima e Rosa Delfina Brum de Lima. Diplomou-se em 1910 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Ainda como estudante, foi auxiliar acadêmico do Serviço de Profilaxia da Febre Amarela na capital federal. De 1910 a 1913, na função de inspetor sanitário, fez parte das comissões de profilaxia da febre amarela em Belém - chefiada por Oswaldo Cruz - e em Santarém e Óbidos (PA). Em 1913 iniciou sua trajetória no IOC como estagiário no laboratório de Adolpho Lutz. No ano seguinte frequentou o Curso de Aplicação e, por indicação de Oswaldo Cruz, foi nomeado catedrático de Entomologia Agrícola da Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária (depois Escola Nacional de Agronomia e atualmente Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro). No ano de 1916 ingressou no Laboratório de Entomologia Agrícola do Museu Nacional, onde dirigiu o Serviço de Combate à Lagarta Rósea (1918-1920). Entre 1920 e 1926 esteve à frente do Serviço de Vigilância Sanitária Vegetal, do Instituto Biológico de Defesa Agrícola. Em 1924, com Arthur Neiva e Edmundo Navarro de Andrade, participou da comissão designada pelo governo paulista para estudar a broca-do-café e propor meios de combatê-la. Dois anos depois, a convite de Carlos Chagas, regressou ao IOC, onde atuou como assistente e chefe de laboratório. De 1933 a 1934 foi diretor do Instituto de Biologia Vegetal. Em 1938, em virtude da lei de desacumulação de cargos criada no Estado Novo, optou pelo cargo de professor da Escola Nacional de Agronomia, mas continuou a frequentar o IOC realizando pesquisas sobre entomologia até depois de sua aposentadoria, em 1956. Autor de mais de trezentos trabalhos científicos, investigou quase todos os grupos de insetos, como dípteros, coleópteros, himenópteros, lepidópteros, hemípteros e sifonápteros. A obra “Insetos do Brasil”, composta de 12 volumes publicados entre 1938 e 1962, foi a consagração de sua carreira. Outro destaque são os dois volumes do “Catálogo dos insetos que vivem nas plantas do Brasil”. Recebeu o prêmio Fundação Moinho Santista em 1956 e, em 1962 instituiu-se em sua homenagem o prêmio Costa Lima na Academia Brasileira de Ciências, pela família Campos Seabra, destinado a pesquisadores brasileiros de destaque na área de entomologia. Morreu em 20 de maio de 1964, no Rio de Janeiro.

Antonio Viegas Pugas

  • Pessoa
  • ?-1972

Ingressou no IOC em 1920 como servente de laboratório e desde então ali atuou como desenhista, embora tenha sido nomeado para essa função somente 11 anos depois, em 1931. Aposentou-se em 1956 e, após um período de trabalho no Museu Nacional, foi recontratado pelo IOC em 1960 como desenhista especializado, onde permaneceu até o ano seguinte. Ao longo de sua primeira década no Instituto, participou de expedições científicas no Rio de Janeiro e em Minas Gerais. Por ocasião do surto de febre amarela na capital federal entre 1928 e 1929, foi designado para trabalhar junto ao pesquisador argentino Alfredo Zuccarini durante estada no IOC para estudar a doença e dele recebeu elogio honroso. Em 1934 foi escolhido para acompanhar o pesquisador Emannuel Dias nos estudos sobre a doença de Chagas em Bambuí (MG). Contribuiu também para publicações de outros pesquisadores da instituição, como Adolpho Lutz, João Francisco Teixeira de Freitas, Walter Oswaldo Cruz, Francisco Laranja e Heráclides César de Souza Araújo. Foi congratulado por Herman Lent, em 1951, pela qualidade das ilustrações que fez para a reedição de monografia sobre triatomídeos do mundo. O mesmo pesquisador o homenageou na designação de uma espécie de barbeiro, o Triatoma pugasi Lent, 1953. Morreu no Rio de Janeiro, em 3 de fevereiro de 1972.

Carlos Leal Lacerda

  • Pessoa
  • 1906-19??

Nasceu em 22 de junho de 1906, no Rio de Janeiro, filho de Antônio de Abreu Lacerda e Maria Leal Lacerda. Em 1924 foi admitido como trabalhador rural no Instituto Biológico de Defesa Agrícola, onde, posteriormente, passou à condição de ajudante (1930) e auxiliar de desenho (1931). Ainda nesse ano ingressou no Instituto de Óleos como desenhista fotógrafo. De 1933 a 1939 manteve a mesma função no Instituto de Biologia Vegetal da Diretoria de Pesquisas Científicas do Ministério da Agricultura, à época dirigido por Angelo Moreira da Costa Lima. Entre as atividades que realizou nesse período destacam-se o atendimento prestado aos Fitopatologistas do Brasil, grupo de pesquisadores ligados ao Jardim Botânico do Rio de Janeiro, e a coleta de amostras de terra para estudos a seu cargo na Estação Biológica de Itatiaia, onde deu continuidade aos trabalhos de desenho e fotomicrografia. Transferido em 1939 para a Escola Nacional de Agronomia com a incumbência de produzir desenhos e fotografias de Insetos do Brasil, de Costa Lima, permaneceu na instituição até a finalização da obra, em 1961. Essa longa e profícua parceria não esteve restrita aos 12 volumes da publicação, visto que desde o início da década de 1930 o desenhista já assinava trabalhos de igual natureza para o pesquisador. Em 1956 aposentou-se como funcionário do Ministério da Agricultura.

Carlos Rudolf Fischer

  • Pessoa
  • 1886-1955

Nasceu em 17 de setembro de 1886, em Leipzig (Alemanha). Transferiu-se para o Rio de Janeiro a convite de Oswaldo Cruz para trabalhar no IOC como desenhista. Na instituição permaneceu de 1912 a 1917 e nela iniciou sua parceria com Adolpho Lutz, de cuja obra foi importante ilustrador. Mesmo após sua saída, prosseguiu realizando desenhos para pesquisadores do IOC. Ao transferir-se para São Paulo, no final da década de 1910, atuou inicialmente no Instituto Butantan. Participou como ilustrador nas publicações de divulgação científica da Campanha Contra a Broca, levada a efeito pela Comissão de Estudos e Debelação da Praga Cafeeira (1924-1927), chefiada por Arthur Neiva. Compôs a primeira equipe do Instituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal, instituição de pesquisa criada em 1927 pelo governo paulista e dirigida também por Arthur Neiva. Nesse instituto atuou por vinte anos, primeiro como desenhista microscopista e posteriormente como redator e revisor. Dedicou-se ainda ao estudo de insetos, em especial sua metamorfose, sistemática e distribuição geográfica, tendo descrito novas espécies. Morreu na cidade de São Paulo, em 25 de maio de 1955.

Dyrce Lacombe de Almeida

  • Pessoa
  • 1932-

Nasceu em 16 de março de 1932, no Rio de Janeiro, filha de Luís Lacombe e Maria Franco da Cunha. Em 1955 graduou-se em história natural pela Faculdade Nacional de Filosofia (FNFi) da Universidade do Brasil. Ainda estudante, trabalhou na faculdade como assistente de Olympio da Fonseca Filho e participou do curso de extensão universitária em zoologia ministrado por Newton Dias dos Santos, do Museu Nacional. Em 1952 fez o Curso de Entomologia Geral do IOC com Rudolf Barth. A partir desse momento, como bolsista da instituição, iniciou uma frutífera carreira de pesquisa junto ao pesquisador, trabalhando com anatomia e histologia de insetos, principalmente barbeiros. Nos anos seguintes, manteve forte vínculo com a atividade docente na FNFi, Universidade do Distrito Federal, Ministério da Educação e IOC. Em 1957 foi aprovada em concurso do Departamento Administrativo do Serviço Público, sendo lotada como zoóloga no Museu Nacional. Afastou-se da instituição em 1960 para ingressar nos quadros do IOC, primeiramente como bolsista do Conselho Nacional de Pesquisas e, depois, biologista e pesquisadora. Ainda nessa data passou a se interessar pela pesquisa com crustáceos, em especial pelas cracas (cirrepédios), iniciando a constituição de uma coleção histológica e sistemática. Em 1967 recebeu convite do Osborn Laboratories of Marine Science, em Nova York, para desenvolver pesquisas sobre cracas e, em 1969, colaborou com a Califórnia Academy of Sciences na confecção de monografia sobre insetos da ordem Embioptera. Aposentou-se em 1991, mas permaneceu no IOC desenvolvendo suas pesquisas sobre cracas, embiópteros e histologia de barbeiros.

Edith da Fonseca Nogueira Penido

  • Pessoa
  • 1912-19??

Nasceu em 9 de abril de 1912, no Rio de Janeiro. Ingressou no IOC em 1930 para atuar voluntariamente no laboratório dirigido por Olympio Oliveira Ribeiro da Fonseca, de quem recebeu elogio pela qualidade e volume de desenhos parasitológicos micro e macroscópicos que realizou enquanto esteve sob sua orientação. Após sua admissão no IOC, em 1934, produziu desenhos sobre crustáceos, carrapatos, helmintos e protozoários para os pesquisadores Henrique Aragão, Lejeune de Oliveira, Flávio da Fonseca e Carlos Bastos Magarinos Torres, entre outros. Também pintora e ilustradora botânica, em 1950 assumiu a área de pintura, desenho e caligrafia do Serviço de Documentação Científica do instituto. Casou-se em 1954 com o médico e pesquisador do IOC João Carlos Nogueira Penido. Aposentou-se em 1964.

Fábio Leoni Werneck

  • Pessoa
  • 1891-1961

Nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 13 de agosto de 1891. Em 1919 formou-se em medicina pela Faculdade Nacional de Medicina e, em 1920, em farmácia pela Faculdade de Farmácia e Odontologia do Rio de Janeiro. O título de doutor em medicina foi obtido somente em 1936, com a defesa da tese intitulada “Contribuição ao conhecimento dos Mallophagos encontrados nos mamíferos sul-americanos”. Ainda estudante, frequentou, como voluntário, os laboratórios de Zoologia, Parasitologia e Histologia da Faculdade de Medicina e os de Química Mineral e Analítica da Escola Politécnica. Também esteve no Laboratório de Química Analítica do Serviço Geológico e Mineralógico, sob a direção de Orville Derby. De 1919 a 1931 exerceu a profissão de farmacêutico como diretor técnico do Laboratório Werneck, que havia recebido de herança. Ingressou no IOC em 1930, como voluntário, no Laboratório de Entomologia, chefiado por Angelo Moreira da Costa Lima. Entre 1931 e 1932 frequentou o Curso de Aplicação do IOC, tendo obtido diploma de aperfeiçoamento e especialização. Nessa época, publicou seu primeiro trabalho, intitulado “Nota prévia sobre uma nova espécie de Mallophaga (Gyropidae)”, Logo após a conclusão do curso tornou-se adjunto de chefe de laboratório, atuando nesta função de 1933 a 1936, quando passou a chefe de laboratório. Em 1951 foi promovido a pesquisador, exercendo também a função de professor de entomologia do IOC. Realizou várias excursões científicas pelo interior do país coletando anopluros e malófagos de mamíferos e aves, sua especialidade. Em 1945 foi designado para exercer a função de professor de entomologia aplicada no Curso de Peste, do Departamento Nacional de Saúde, realizado em Recife. Em 1943 recebeu bolsa de estudos da John Simon Guggenheim Memorial Foundation para estagiar na Universidade de Stanford e, em 1953, beneficiou-se de bolsa de estudos concedida pelo Conselho Nacional de Pesquisas para viajar à África a fim de coletar material e visitar as coleções de malófagos e anopluros depositadas em museus europeus. Autor de dois livros e de mais de sessenta trabalhos publicados, foi homenageado com o gênero Werneckiella Eichler,1940 e algumas espécies, tais como Ornithonyssus wernecki (Fonseca, 1935); Strongylocotes wernecki Guimarães &Lane, 1937; e Pariodontis wernecki, Lima 1940. Morreu em 19 de fevereiro de 1961, no Rio de Janeiro.

Gordon Floyd Ferris

  • Pessoa
  • 1893-1958

Nasceu em Bayard, Kansas, Estados Unidos, em 2 de janeiro de 1893. Em 1909 ingressou na Universidade Ottawa, no Kansas, mas logo desistiu para trabalhar em uma companhia de energia. Como esta financiava educação para seus empregados, em 1912 foi enviado para estudar na Universidade de Stanford. Em 1917 obteve o grau de mestre e tornou-se professor assistente permanecendo na instituição ao longo de seus 42 anos de carreira acadêmica. Atuou como taxonomista, pesquisando Anoplura, Mallophaga, Diptera, Coccoidea, Cimicidae e Polyctenidae. Realizou viagens de estudos e coleta de insetos por todo o sudoeste dos Estados Unidos, além de México, China e Inglaterra. Publicou 275 trabalhos dos quais se destaca a obra em sete volumes intitulada Atlas of the scale insects of North America (1937-1955). Entre os inúmeros táxons novos de sua autoria, criou em 1951 o gênero Werneckia para homenagear o pesquisador do IOC. Morreu em 21 de maio de 1958, na Califórnia.

Henrique da Rocha Lima

  • Pessoa
  • 1879-1956

Nasceu em 24 de novembro de 1879, na cidade do Rio de Janeiro, filho de Henrique Carlos da Rocha Lima e Hermizilia Cássia Rocha Lima. Formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1901. Um ano antes frequentou o Instituto Soroterápico Federal, em Manguinhos, quando teve o primeiro contato com Oswaldo Cruz e a pesquisa científica. Entre 1901 e 1902 realizou cursos de higiene, bacteriologia, protozoologia, microbiologia e anatomia patológica no Instituto de Higiene e no Hospital Charité de Berlim (Alemanha). Em 1903, a convite de Oswaldo Cruz, ingressou como chefe de serviço no Instituto Soroterápico Federal. Ali se destacou na orientação de estudantes de medicina que frequentavam os laboratórios para desenvolver suas teses de doutoramento e na estruturação de cursos sobre anatomia patológica, bacteriologia e zoologia médica. Retornou à Alemanha em 1906, para estudar no Instituto de Patologia anexo ao Hospital de Munique. No ano seguinte, ao lado de Oswaldo Cruz, participou em Berlim do XIV Congresso Internacional de Higiene e Demografia e da Exposição de Higiene a este vinculada. Sua atuação no preparo do material referente às atividades do Instituto Soroterápico Federal contribuiu significativamente para o primeiro lugar alcançado pela mostra brasileira no evento. Em 1909 vinculou-se ao Instituto de Anatomia Patológica da Universidade de Jena e, posteriormente, ao Instituto de Doenças Marítimas e Tropicais de Hamburgo. Em 1910 pediu exoneração de Manguinhos. No Tropeninstitut permaneceu até 1927, onde pesquisou várias moléstias, como febre amarela, verruga peruana, doença de Chagas e tifo exantemático, do qual descreveu o agente etiológico em 1916, a Rickettsia prowazekii. Em 1928, já de volta ao Brasil, incorporou-se ao Instituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal (Instituto Biológico em 1937), que viria a dirigir de 1933 a 1949. A consolidação desse instituto paulista no cenário científico brasileiro e internacional foi o maior legado de sua administração. Em 1952 recebeu o título de doutor honoris causa da Universidade de Hamburgo. Morreu em 12 de abril de 1956, na cidade de São Paulo.

Hugo de Souza Lopes

  • Pessoa
  • 1909-1991

Nasceu no Rio de Janeiro em 5 de janeiro de 1909. Formou-se médico veterinário pela Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária (1933). Ainda estudante, em 1931 ingressou como estagiário voluntário no laboratório de Lauro Travassos no IOC, onde iniciou suas pesquisas sobre dípteros Sarcophagidae (moscas). De 1932 a 1938 foi auxiliar técnico da Seção de Entomologia do Instituto de Biologia Vegetal, chefiada por frei Thomaz Borgmeier. Em 1938 retornou ao IOC, ocupando os cargos de pesquisador na Seção de Helmintologia (1949) e chefe da Seção de Entomologia (1960-1964). Além de suas atividades de pesquisa, dedicou-se ao ensino de zoologia médica, parasitologia e entomologia na escola onde se formou (1934-1964), no Curso de Aplicação do IOC (1950-1968) e no Curso de Saúde Pública da Fundação Gonçalo Muniz (1951). Em 1970, com outros nove pesquisadores do IOC, teve seus direitos políticos suspensos e foi aposentado pelos AI-5 e AI-10, no episódio denominado Massacre de Manguinhos. Passou, então, a desenvolver suas pesquisas no laboratório de entomologia do Museu Nacional. Em 1976 integrou o corpo docente da Universidade Santa Úrsula. Com a anistia, foi reintegrado à Fiocruz em 1986 e passou a atuar no Departamento de Biologia do IOC como pesquisador titular. Suas pesquisas abrangeram os campos da entomologia, malacologia e botânica. Formou expressiva coleção de espécies dos grupos estudados, principalmente de insetos, bem como descreveu inúmeros gêneros e espécies novas para a ciência, com mais de duzentas publicações nessa área. Morreu em 10 de maio de 1991, no Rio de Janeiro.

Joaquim Franco de Toledo

  • Pessoa
  • 1905-1952

Nasceu em 31 de janeiro de 1905, na cidade de Piracicaba (SP), filho de Serafim Franco de Toledo e Guilhermina Augusta de Toledo. Iniciou as atividades de desenho aos 16 anos elaborando mapas para um recenseamento escolar em sua terra natal. Em 1923 mudou-se para São Paulo e no ano seguinte foi admitido na Sessão de Botânica do Museu Paulista, onde produziu ilustrações para os trabalhos a serem publicados pela instituição. No mesmo período realizou desenhos de ofídios para Afrânio do Amaral, do Instituto Butantan, e de insetos e animais marinhos para Hermann Luederwaldt. Junto com Carlos Rudolf Fischer, integrou a equipe de desenhistas da Comissão de Estudos e Debelação da Praga Cafeeira (1924-1927), chefiada por Arthur Neiva. Esses profissionais foram os responsáveis pela elaboração do material de propaganda e orientação a respeito do inseto que atacava os cafezais paulistas. Passou a atuar no Instituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal em 1927, que se originou da mesma comissão. Dedicou-se também à classificação botânica como autodidata. Entre 1937 e 1938 atuou no Departamento de Botânica da Universidade de São Paulo, cooperando com o diretor Felix Rawitscher. Convidado por Frederico Carlos Hoehne, em 1938, ocupou o cargo de chefe do Serviço Científico de Embriófitas na Seção de Botânica do Instituto Biológico. Em 1942 dirigiu a Seção de Fitotécnica do Instituto de Botânica. Além dos trabalhos de sua autoria como botânico, assinou ilustrações para diversos pesquisadores, como Lauro Travassos, César Ferreira Pinto e Adolph Hempel. Morreu em 17 de maio de 1952, na cidade de São Paulo.

Joel Sampaio Antunes

  • Pessoa
  • 1919-1995

Nasceu em 12 de julho de 1919, no Rio de Janeiro. Trabalhou no IOC como cartógrafo de 1960 a 1961 e reingressou na instituição em 1969, no cargo de desenhista projetista. Com Walter Alves da Silva, foi responsável pela cartografia da obra Atlas florestal do Brasil (Rio de Janeiro, Ministério da Agricultura, 1966), organizado por Henrique Pimenta Veloso, pesquisador do IOC e membro do Conselho Florestal Federal. Morreu em 30 de abril de 1995, no Rio de Janeiro.

José Jurberg

  • Pessoa
  • 1937-

Nasceu em 24 de julho de 1936, no Rio de Janeiro. Em 1960 graduou-se em farmácia pela Faculdade de Farmácia e Odontologia do Estado do Rio de Janeiro, atual Universidade Federal Fluminense. Ainda em 1960 iniciou sua trajetória no IOC como estagiário na Seção de Entomologia sob a orientação de Herman Lent e Hugo de Souza Lopes. Dois anos depois frequentou o Curso de Entomologia e em seguida foi contratado como pesquisador da instituição. Em 1963 publicou nas Memórias do IOC seu primeiro trabalho científico, intitulado “Contribuição para o estudo da morfologia do Myrmeleon januarius (Navas, 1916) (Neuroptera, Myrmeleonidae)”. Nessa mesma década ingressou na área de ensino como professor de higiene e legislação farmacêutica da faculdade em que se formou. Junto aos orientadores participou da criação de uma nova ferramenta para identificar os triatomíneos (barbeiros) e outros grupos de insetos por meio da análise comparativa das estruturas fálicas e anatomia interna. A partir desse momento, destacou-se por sua habilidade na arte do desenho científico e pelo intercâmbio estabelecido com instituições brasileiras e estrangeiras. Com a suspensão dos direitos políticos e a aposentadoria de dez pesquisadores do IOC pelos Atos Institucionais 5 e 10 em 1970, episódio denominado Massacre de Manguinhos, tornou-se responsável pela Seção de Entomologia e defensor da manutenção da Coleção Entomológica. Além disso, se empenhou pelo reingresso dos pesquisadores à Fiocruz, fato ocorrido em 1986 durante a gestão de Sérgio Arouca, de quem foi assessor no Conselho Técnico-Científico. Em 1978 foi mestre em ciências biológicas pelo Museu Nacional. Em 1989 implantou o Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos. No ano de 1996 obteve o título de doutor em ciências pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Entre 1991 e 1997 chefiou o Departamento de Entomologia do IOC. Aposentou-se em 2006, mas permaneceu como chefe de laboratório e curador da Coleção de Triatomíneos.

Leônidas de Mello Deane

  • Pessoa
  • 1914-1993

Nasceu em 18 de março de 1914, em Belém (PA), filho de Leonard Eustace Deane e Helvécia de Mello Deane. Em 1935 formou-se pela Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará, onde ingressou como professor de microbiologia em 1936. Dessa data até 1939, e de 1942 a 1949, foi parasitologista do Instituto de Patologia Experimental do Norte. No primeiro período, fez parte da equipe de Evandro Chagas que realizava estudos pioneiros sobre leishmaniose visceral e outras endemias rurais. De 1939 a 1942 atuou no Serviço de Malária do Nordeste, quando participou da campanha de combate ao mosquito Anopheles gambiae. Desse período até 1949 atuou como parasitologista do Laboratório Central do Serviço Especial de Saúde Pública, em Belém. Entre 1944 e 1945 realizou nos Estados Unidos o mestrado em saúde pública na Escola de Higiene e Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins e os cursos de entomologia geral e parasitologia humana na Universidade de Michigan. Retornando ao Brasil, ocupou o cargo de chefe do Laboratório de Entomologia do Instituto de Malariologia, no Rio de Janeiro, até 1953. Ainda nesse ano, a convite de Samuel Pessoa, ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde lecionou parasitologia até 1970 e defendeu a tese de livre-docência "Leishmaniose visceral no Brasil: estudos sobre reservatórios e transmissores realizados no estado do Ceará (1956-1958)". Em 1966 esteve também na Universidade de Carabobo, na Venezuela, como professor visitante de parasitologia. A partir da década de 1960 atuou em instituições médicas e de pesquisa científica internacionais, como a Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial da Saúde. Nessa instituição, além de ter participado de uma viagem ao redor do mundo para estudos relacionados à malária simiana (1964), foi perito em doenças parasitárias (1964-1980 e 1985), membro do Grupo Científico sobre a Parasitologia da Malária (1968) e do Comitê de Conselheiros em Pesquisa Médica (1974-1977) e consultor temporário em doenças tropicais (1978-1979). A partir de 1970 foi professor titular de parasitologia da Faculdade de Medicina do Norte do Paraná, cientista visitante do Colégio Imperial, em Ascot, Inglaterra, além de professor titular de parasitologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais, entre 1971-1973. Em 1968 Luísa, filha única de seu casamento com a pesquisadora Maria José von Paumgartten Deane, deixou o Brasil como tantos outros cujas atividades políticas não foram toleradas depois de 1964. O episódio fez com que o casal Deane buscasse, no exterior, uma colocação que lhes permitisse acompanhar a filha. O exílio voluntário levou-os de volta à Universidade de Carabobo (1976-1979), após um período no Instituto de Higiene e Medicina Tropical de Lisboa (1975). Em 1980, com a Anistia, retornou ao Brasil, e convidado por José Rodrigues Coura, vice-presidente de Pesquisa da Fiocruz, ingressou na instituição como pesquisador titular e chefe do Departamento de Entomologia do IOC. Embora aposentado em 1990, permaneceu desenvolvendo suas atividades como chefe do Laboratório de Transmissores de Hematozoários. Morreu em 30 de janeiro de 1993, no Rio de Janeiro.

Luiz Kattenbach

  • Pessoa
  • 1898-1953

Nasceu no Rio de Janeiro, em 27 de agosto de 1898. Cursou pintura na Escola Nacional de Belas Artes, que concluiu em 1920. Contratado em 1921 no IOC como ajudante de desenhista, permaneceu até pelo menos 1928 na instituição, onde produziu desenhos e aquarelas para Lauro Travassos, Arthur Neiva, Eurico Villela e César Ferreira Pinto, entre outros pesquisadores. Além de ilustrador foi pintor, professor e crítico de arte. Com trajetória longeva nas artes plásticas, expôs em importantes salões de arte nas décadas de 1920 e 1930. No mesmo ano em que se formou, obteve a medalha de bronze na XXVII Exposição Geral de Belas Artes, na época um dos principais eventos do circuito artístico nacional. Até 1933 suas obras foram selecionadas para várias dessas exposições, e na de 1930 ele obteve medalha de prata. Morreu no Rio de Janeiro, em 3 de novembro de 1953.

Manoel de Castro Silva

  • Pessoa
  • 18??-1934

Primeiro desenhista de Manguinhos, ingressou no IOC em 1906, a convite de Oswaldo G. Cruz, para prestar serviços como desenhista e foi efetivado no cargo dois anos depois. Durante o surto epidêmico de gripe espanhola em 1918, foi transferido para hospital e pronto socorro de Ramos, bairro do subúrbio carioca, e os trabalhos que ali realizou receberam elogios de Carlos Chagas e do diretor do hospital. Em 1921 foi designado para ocupar provisoriamente o cargo de bibliotecário e retornou à função de desenhista no ano seguinte. Em 1931 a função que exercia passou a denominar-se desenhista chefe. No IOC produziu vasto material sobre insetos, protozoários, helmintos e anatomia patológica para artigos e livros de pesquisadores da instituição, entre eles Oswaldo G. Cruz, Arthur Neiva, Antonio Gonçalves Peryassú, Cesar Pinto, Carlos Chagas, Gaspar Vianna, Angelo Moreira da Costa Lima e Adolpho Lutz. Atuou também como professor de desenho do Instituto Profissional João Alfredo, na cidade do Rio de Janeiro. Foi homenageado na designação das espécies de helmintos Castroia silvai Travassos, 1928 e Longistriata castrosilvai Almeida 1934. Morreu em 12 de maio de 1934, no Rio de Janeiro.

Marcos Kogan

  • Pessoa
  • 1933-

Nasceu em 9 de junho de 1933 no Rio de Janeiro. Em 1961 gradou-se engenheiro agrônomo pela Escola Nacional de Agronomia da Universidade Rural do Rio de Janeiro. Ainda como estudante, estagiou no IOC com Sebastião de Oliveira até 1962. Posteriormente, atuou no Ministério da Agricultura como agrônomo no Instituto de Pesquisas e Experimentação Agropecuárias entre os anos de 1962 e 1965. Em 1963 regressou ao IOC como biologista da Seção de Entomologia da Divisão de Zoologia. Nesse período publicou artigos sobre a biologia e taxonomia de Coleoptera e Strepsiptera, bem como de pragas de tomateiros e cítricos. Entre 1966 e 1967 foi para a Universidade da Califórnia, Riverside, Estados Unidos, estudar os fatores biológicos e fisiológicos da seleção específica de hospedeiros por insetos zoo e fito-parasitos com bolsa da John Simon Guggenheim Memorial Foundation. De 1968 a 1970 realizou doutoramento na mesma instituição, novamente com finaciamento da Guggenheim. Ainda vinculado ao IOC, foi nomeado pesquisador em Biologia em 1970 e se exonerou em 1974. Posteriomente, atuou no Illinois Natural History Survey e na Universidade de Illinois. Em 1991 tornou-se diretor do Centro Integrado de Proteção de Plantas da Universidade do Estado do Oregon. Aposentou-se em 2003, mas continuou estudando insetos de suas áreas de interesse. Recebeu os títulos de professor emérito das Universidades de Illinois e do Oregon.

Maria José von Paumgartten Deane

  • Pessoa
  • 1916-1995

Nasceu em 24 de julho de 1916, na cidade de Belém (PA), filha de Sigismundo von Paumgartten e Adelaide Borges. Graduou-se pela Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará em 1937. Durante o curso atuou como assistente da Comissão Encarregada dos Estudos da Leishmaniose Visceral Americana e, posteriormente, do Serviço de Estudos das Grandes Endemias, ambas as iniciativas sob o comando de Evandro Chagas. Em 1939 se transferiu para o Serviço de Malária do Nordeste e fez parte da vitoriosa campanha contra o mosquito Anopheles gambiae no Ceará e Rio Grande do Norte. No ano seguinte casou-se com Leônidas de Mello Deane, de quem se tornou parceira em importantes estudos sobre parasitologia e entomologia médica. Em 1942 assumiu a função de assistente do Departamento de Parasitologia do Serviço Especial de Saúde Pública e, três anos depois, foi indicada para comandar a Seção de Parasitologia do Laboratório Central da instituição. Em 1953, junto ao marido, ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. De 1958 a 1959 chefiou o Laboratório de Entomologia da Campanha de Erradicação da Malária do Ministério da Saúde. Em 1961 foi para o Instituto de Medicina Tropical de São Paulo. A partir de 1969 esteve na Faculdade de Medicina de Taubaté, na Universidade Federal de Minas Gerais (1971-1973), no Instituto de Higiene e Medicina Tropical de Lisboa (1973-1975) e na Universidade de Carabobo, na Venezuela (1976-1979). Em 1980, também com Leônidas Deane, transferiu-se para o IOC, onde inicialmente atuou como chefe pro-tempore do Centro de Microscopia Eletrônica. Em seguida exerceu as funções de chefe do Departamento de Protozoologia (1980-1988), vice-diretora (1986-1988) e chefe do Laboratório de Biologia de Tripanossomas (1992-1995). Morreu em 13 de agosto de 1995, no Rio de Janeiro.

Martín Ladislao Aczél

  • Pessoa
  • 1906-1958

Nasceu em 8 de junho de 1906 na cidade de Budapeste (Hungria). Em 1933, com uma tese sobre botânica, obteve seu doutorado pela Real Universidade Húngara de Ciências. De 1934 a 1945 trabalhou em entomologia aplicada para o Real Instituto Húngaro para Proteção de Plantas, período no qual passou a se interessar pela taxonomia de insetos da ordem Diptera. Em 1937 publicou seu primeiro artigo sobre moscas das frutas. Em 1943 foi indicado para lecionar Dipterologia na Real Universidade Húngara de Ciências. Após a Segunda Guerra Mundial deixou a Hungria com sua família e por mais de dois anos viveu em campos de refugiados na zona de ocupação francesa na Áustria. Em 1948 imigrou para a Argentina. Nesse país foi professor de Entomologia no Instituto Miguel Lillo da Universidade Nacional de Tucumán, onde retomou suas pesquisas sobre dípteros e tornou-se uma das principais referências em moscas neotropicais. Suas pesquisas focalizaram principalmente as famílias Dorilaidae (Pipunculidae), Tephritidae (Trypetidae), Tylidae, Neriidae, Musidoridae (Lonchopteridae), Muscidae, Clythiidae (Platypezidae) e Pyrgotidae. Morreu em 28 de abril de 1958 em San Miguel de Tucumán (Argentina).

Octávio Mangabeira Filho

  • Pessoa
  • 1913-1963

Nasceu na cidade do Rio de Janeiro em 13 de julho de 1913. Em 1936 graduou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro. De 1936 a 1937 fez o Curso de Aplicação do IOC. Ingressou na instituição como técnico especializado em 1938, integrando a Comissão Encarregada dos Estudos da Leishmaniose Visceral Americana, coordenada por Evandro Chagas, com sede no Instituto de Patologia Experimental do Norte, em Belém (PA). Nessa mesma época iniciou seus estudos sobre os vetores de leishmanioses, os flebotomíneos. Em 1940 foi convidado por Evandro Chagas para participar do Serviço de Estudos das Grandes Endemias, excursionando pelo Norte e Nordeste do Brasil, coletando vasto material entomológico. Após a morte do pesquisador nesse mesmo ano, deu continuidade aos seus trabalhos com flebotomíneos no IOC, onde passou em 1945 a entomologista e, em 1947, a pesquisador. Entre 1943 e 1944 recebeu bolsa de estudos da Oficina Sanitária Pan-Americana para visitar centros de investigações epidemiológicas de países latino-americanos. Em 1950 reestruturou o Instituto de Saúde Pública da Bahia na Fundação Gonçalo Moniz, que dirigiu até 1956. No ano seguinte criou o Núcleo de Pesquisas da Bahia, do Instituto Nacional de Endemias Rurais, com o objetivo de estudar leishmanioses, doença de Chagas e esquistossomose. De 1956 a 1959 atuou como assessor-técnico do gabinete do ministro da Saúde. À época coletou informações para o IOC sobre leishmaniose visceral na Bahia, Minas Gerais e São Paulo. Foi responsável pela padronização dos estudos de sistemática, morfologia e biologia dos vetores de leishmanioses, bem como descreveu cerca de quarenta espécies novas para a ciência. Com Hugo de Souza Lopes publicou trabalhos sobre insetos das famílias Muscidae e Bittacidae. Morreu em 4 de maio de 1963, em Salvador (BA).

Petr Wolfgang Wygodzinsky

  • Pessoa
  • 1916-1987

Nasceu em Bonn, na Alemanha, em 27 de janeiro de 1916. Doutorou-se pela Universidade de Basileia, na Suíça, em 1941. No mesmo ano imigrou para o Brasil após um período em Portugal. Foi taxonomista no Serviço Nacional de Malária e, posteriormente, no Instituto de Ecologia e Experimentação Agrícolas, do Ministério da Agricultura, no Rio de Janeiro. Durante sua estada no país travou amizade com vários pesquisadores, entre eles Herman Lent e Hugo de Souza Lopes. Do primeiro tornou-se parceiro em estudos sobre os insetos da família Reduviidae. Em 1948 transferiu-se para a Universidade Nacional de Tucumán, na Argentina, sendo especialista em taxonomia de Simuliidae no Instituto de Medicina Regional e professor de entomologia e genética na Faculdade de Ciências Naturais. Em 1954 foi para o Instituto Miguel Lillo, pertencente à mesma universidade, e, de 1959 a 1962, lecionou entomologia na Universidade de Buenos Aires. Enquanto esteve na Argentina recebeu duas bolsas da John Simon Guggenheim Memorial Foundation (1955 e 1960) para estudar na Universidade da Califórnia em Berkeley. Em 1962 ingressou no Museu Americano de História Natural, em Nova York, onde atuou como curador das coleções de Diptera e Heteroptera até o final de sua carreira. Publicou mais de duzentos trabalhos, entre os quais se destacam as monografias sobre Emesinae (1966) e Enicocephalidae (1991), bem como a revisão dos Triatominae realizada com Herman Lent (1979). Foi um exímio desenhista, tendo produzido em torno de 21 mil desenhos científicos. Afirmava que ao produzir seus próprios desenhos, o pesquisador teria melhor compreensão da estrutura morfológica do inseto estudado. Morreu em 27 de janeiro de 1987, na cidade de Middletown (NY).

Raymundo Honório Daniel

  • Pessoa
  • 18??-19??

Ingressou no IOC em 1915 como servente e permaneceu no cargo até 1921. Readmitido na instituição em 1927, desempenhou funções de desenhista até 1944. Entre os pesquisadores da instituição com quem trabalhou encontram-se Lauro Travassos, Adolpho e Bertha Lutz, César Ferreira Pinto, Fábio Leoni Werneck, Herman Lent, Angelo Moreira da Costa Lima e Carlos Bastos Magarinos Torres. Ainda em 1944 ingressou como desenhista na Prefeitura do Distrito Federal, onde participou, no ano seguinte, da banca de examinadores em concurso para desenhista especializado daquele órgão. Em 1960 foi designado para o Departamento de Assistência Hospitalar da Guanabara, após o que se aposentou

Roger Pierre Hipolyte Arlé

  • Pessoa
  • 1909-2001

Nasceu em 7 de setembro de 1909 na cidade de Joigny (França). Em 1930 concluiu os cursos de Ciências Naturais e de Entomologia Geral e Sistemática de René Jeannel, na Faculdade de Ciências de Paris. De 1929 a 1932 foi estagiário no Laboratório de Entomologia do Museu Nacional de História Natural, em Paris, e participou de missão científica no norte da África para a coleta de himenópteros. Em 1932 veio para o Brasil, onde inicialmente se dedicou ao desenho de joias, ofício que aprendeu em seu país após se formar em desenho técnico no Liceu Voltaire. Em seguida estagiou na Divisão de Zoologia do Museu Nacional. Durante esse período colaborou como desenhista com o professor Cândido de Mello Leitão, trabalhando em pesquisas sobre aracnídeos e himenópteros. Desenhos de sua autoria também figuraram em publicações de outros pesquisadores. No museu especializou-se no grupo dos microinsetos do solo, principalmente da ordem Collembola. Em 1938 fez parte da primeira expedição científica do pesquisador do IOC Lauro Travassos a Mato Grosso, onde coletou material para a coleção de colêmbolos da instituição. Em 1939 foi nomeado naturalista do Ministério da Educação e Saúde, mas exonerou-se dois anos depois. Atuou novamente no Museu Nacional até 1962, data em que foi requisitado pelo Conselho Nacional de Pesquisas para colaborar com as atividades científicas do Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém. Entre as décadas de 1970 e 1980 foi professor de cursos de graduação e pós-graduação sobre ecologia de insetos do solo e mesofauna. Ao longo de sua carreira descreveu gêneros e espécies novos para a ciência das ordens Hymenoptera, Collembola e Orthoptera. Morreu em 7 de dezembro de 2001.

Rubens Pinto de Mello

  • Pessoa
  • 1934-

Nasceu em Petrópolis (RJ), em 16 de setembro de 1934. Graduou-se médico veterinário pela Escola Nacional de Veterinária da Universidade Rural do Brasil em 1961. Ainda como estudante, foi bolsista sob a supervisão de Hugo de Souza Lopes, pesquisando dípteros da família Calliphoridae. Com a orientação desse pesquisador também elaborou sua dissertação de mestrado (1967) e tese de doutorado (1989). Em 1962 ocupou o cargo de médico veterinário do Ministério da Agricultura, inicialmente no Instituto de Biologia Animal. Com a reforma do ministério, em 1975, passou a realizar fiscalização zoosanitária no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, função que exerceu até 1994, quando se aposentou. Em 1964 foi aprovado em concurso público na universidade onde se formou, mas não assumiu a vaga devido à exigência de dedicação exclusiva. Em 1969 ingressou como professor no Departamento de Biologia Animal do Instituto de Biologia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, cargo que ocupou até 1991. Em 1972 criou, junto com seu colega Hugo Edison Barboza de Rezende, o Curso de Pós-Graduação em Parasitologia no departamento em que atuava. Em 1999 foi agraciado com o título de professor emérito. Lecionou em outras instituições, como a Universidade Plínio Leite, a Universidade do Grande Rio e a Universidade Estácio de Sá. No IOC, instituição que frequenta desde sua graduação, foi colaborador a partir de 1987 nos departamentos de Entomologia, a convite de José Jurberg, e de Biologia, com Hugo de Souza Lopes. Posteriormente, convidado por Leônidas Deane para chefiar o Laboratório de Diptera, exerceu essa função de 1991 a 2006. Prossegue com seus estudos sobre Diptera e com atividades docentes no IOC.