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registro de autoridade

Nelson de Castro Barbosa

  • Pessoa
  • 1885-1963

Nasceu no dia 25 de julho de 1885, em Campos dos Goytacazes (RJ), filho de Joaquim Silvério de Castro Barbosa e Anna Lima de Castro Barbosa. Diplomou-se médico em 1910 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Anos depois, em viagem à Europa, esteve com o biólogo francês Félix-Alexandre Le Dantec e Ilya Ilyich Metchnikoff, biólogo e anatomista ucraniano. Embora durante o curso médico tivesse manifestado interesse pela cirurgia, ao retornar ao Brasil iniciou sua trajetória na área de análises clínicas e montou um laboratório na rua da Quitanda, região central do Rio de Janeiro. Nessa especialidade permaneceu atuando até o fim da vida. Em 1918 ocupou o cargo de lente da Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária. Um ano depois foi nomeado assistente da Clínica Ginecológica da faculdade em que se formou. Em 1924 assumiu a chefia do Laboratório do Hospital da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo, do qual se tornaria diretor técnico em 1956. A partir de 1943 passou a comandar o Laboratório de Análises Clínicas instalado no Hospital Moncorvo Filho, que servia às clínicas da Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil que ali funcionavam. Manteve-se no cargo até os 68 anos, quando foi aposentado, e prosseguiu no hospital dedicando-se a pesquisas, em especial sobre provas de gravidez, aperfeiçoamento de técnicas químicas e histológicas em exames de sangue, e emprego de injeções de formol na terapêutica do câncer. Em 1961, ao completar 38 anos de atividades na instituição, foi homenageado com a inauguração de uma placa comemorativa no laboratório, que passou a receber o seu nome. Ainda na década de 1960 assumiu a direção do laboratório da Maternidade Arnaldo de Moraes. Participou como membro fundador da Sociedade Brasileira de Ginecologia (1936), da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica (1944) e da Sociedade Brasileira de Esterilidade (1948). Foi colaborador assíduo dos “Anais Brasileiros de Ginecologia” (1936-1961) e da “Revista Brasileira de Medicina” (1944-1963). Publicou também em outros periódicos médicos do Brasil e exterior, como a “Revista Brasileira de Patologia Clínica”, “O Hospital”, “Brazil Médico”, “Presse Médicale” e “The Journal of the American Medical Association”. Foi casado com Marina Magalhães de Castro, com quem teve duas filhas, Lila e Sarah. Morreu em 17 de junho de 1963, na cidade do Rio de Janeiro.

Darcy Deitos

  • Pessoa
  • 1944-2013

Lauro Morhy

  • Pessoa
  • 1940-2016

Amadeu Cury

  • Pessoa
  • 1917-2008

Matheus Marim

  • Pessoa
  • 1942-2021

Instituto Oswaldo Cruz (IOC)

  • Entidade coletiva
  • 1900-

Em 1900 foi criado no bairro de Manguinhos, subúrbio da cidade do Rio de Janeiro, o Instituto Soroterápico Federal sob o comando do barão de Pedro Affonso. Seu objetivo imediato foi a produção de soros e vacinas contra a peste bubônica que, tendo atingido o porto de Santos em 1899, ameaçava a capital federal. A partir de 1902, já sob a direção de Oswaldo Cruz, o Instituto Soroterápico transformou-se também em uma instituição destinada à pesquisa científica. Em 1906 criou uma filial em Belo Horizonte e no ano seguinte teve o nome alterado para Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos. Em 1908 este passou a denominar-se Instituto Oswaldo Cruz, em homenagem ao sucesso obtido por seu diretor nas campanhas de combate à febre amarela, à peste bubônica e à varíola, no Rio de Janeiro, e na Exposição de Higiene que integrava o XIV Congresso Internacional de Higiene e Demografia, realizado em Berlim, Alemanha, em 1907. Nessa oportunidade o IOC teve aprovado o seu primeiro regulamento, que manteve as atividades de pesquisa e ensino em andamento. De 1910 a 1920 seus profissionais realizaram expedições científicas ao interior do Brasil para proceder à profilaxia e ao estudo das zonas flageladas por doenças ainda pouco estudadas. Em 1909 Carlos Chagas protagonizou um dos feitos mais importantes de Manguinhos: a descoberta do ciclo biológico da tripanossomíase americana, doença que posteriormente levou seu nome. Em 1912, em virtude da repercussão dessa descoberta, o IOC deu início à construção de um hospital, que seria inaugurado em 1918 com o nome de Hospital Oswaldo Cruz. Tinha por finalidade receber doentes vindos do interior, sobretudo das áreas mais afetadas pela doença, para tratamento e estudos. Vitoriosa a revolução de outubro de 1930, o IOC, até então vinculado à pasta da Justiça e Negócios Interiores, foi transferido para o recém-criado Ministério da Educação e Saúde Pública, subordinando-se ao Departamento Nacional de Medicina Experimental (DNME). Essa situação perdurou até 1932, quando foi extinto o DNME e suas atribuições incorporadas ao IOC, que passou a ser regido por um novo regulamento, que manteve as seções científicas já instituídas. Em 1937 ficou subordinado ao Departamento Nacional de Saúde (DNS), após um curto período de vinculação ao Departamento Nacional de Educação. Suas atribuições concentraram-se sobre aquelas relativas à saúde humana, e a renda proveniente de serviços e da comercialização de imunizantes foi integrada à receita geral da União. Em janeiro de 1946 foi incorporado à Universidade do Brasil, e assim permaneceu até março do mesmo ano, quando foi desligado da universidade e vinculado diretamente ao ministro da Educação e Saúde. Ao longo da década de 1940 houve um incremento na produção de soros e vacinas destinadas ao atendimento das demandas das autoridades sanitárias e à formação de estoques estratégicos. Quando, em 1953, foi criado o Ministério da Saúde, o IOC ficou a ele subordinado. Em 1970 passou a integrar, como um de seus órgãos centrais, a Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz), que em 1974 foi denominada Fundação Oswaldo Cruz, com a manutenção da mesma sigla. A nova estrutura do IOC, composta por departamentos em suas áreas finalísticas, permaneceu inalterada até 1976, data em que as atividades de pesquisa foram orientadas pelos programas de doença de Chagas, esquistossomose, lepra, virologia, enterobactérias e pesquisa clínica. Em 1980 o IOC foi estruturado novamente em departamentos, cuja existência se verificou até 2007, quando foram substituídos por laboratórios, que desenvolvem atividades de pesquisa básica e aplicada, de desenvolvimento tecnológico, de ensino, de serviços de referência e de manutenção de coleções científicas.

Wladimir Lobato Paraense

  • Pessoa
  • 1914-2012

Nasceu em 16 de novembro de 1914, em Igarapé-Miri (PA), filho de Joaquim Mamede de Moraes e Orminda Paraense Lopes. Em 1931 iniciou sua graduação na Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará, que foi concluída em 1937 na Faculdade de Medicina de Recife. Um ano antes fora aprovado em concurso para interno do Hospital Oswaldo Cruz, instituição ligada ao Departamento de Saúde Pública de Pernambuco. Entre 1938 e 1939 especializou-se em Anatomia Patológica na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Permaneceu no Hospital Oswaldo Cruz até 1939, quando ingressou como pesquisador assistente no Serviço de Estudo das Grandes Endemias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), comandado por Evandro Chagas. Em 1941 foi contratado como biologista extranumerário do IOC e assumiu a responsabilidade pelo serviço clínico do Hospital Evandro Chagas. Em 1943, como comissionado pela direção do IOC, investigou casos de pênfigo foliáceo e bouba em Minas Gerais. No mesmo ano comprovou a existência do ciclo exoeritrocitário da malária. Em 1945, por concurso de provas e títulos promovido pelo Departamento de Administração do Serviço Público, foi efetivado como biologista do IOC. Além das pesquisas dedicou-se à docência em cursos de Protozoologia, Parasitologia e Imunologia no instituto. De 1954 a 1956 atuou no Serviço Especial de Saúde Pública como pesquisador associado para o estudo de moluscos planorbídeos do Brasil. Em 1956 foi cedido pelo IOC para atuar no Instituto Nacional de Endemias Rurais, que dirigiu de 1961 a 1963. Ainda em 1956 foi comissionado pelo Conselho Nacional de Pesquisas para coletar moluscos planorbídeos em localidades-tipo no Peru, Bolívia, México, Cuba e Venezuela, a fim de estudar problemas de sistemática desse grupo zoológico. Em 1959 realizou a mesma tarefa nas Guianas Inglesa, Holandesa e Francesa, dessa vez comissionado pelo Departamento Nacional de Endemias Rurais. Entre 1961 e 1976 desenvolveu pesquisas sobre planorbídeos americanos, pela Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial da Saúde, a qual pertenceu como membro do Quadro de Peritos em Doenças Parasitárias (Esquistossomose) de 1964 a 1997. Em 1968 foi contratado como professor titular de Parasitologia pela Universidade de Brasília, onde ocupou os cargos de diretor do Instituto de Ciências Biológicas e chefe do Departamento de Biologia Animal. Em 1976 retornou ao Rio de Janeiro, a convite do presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Vinícius da Fonseca, para ocupar o cargo de vice-presidente de Pesquisas da instituição, função em que permaneceu até 1978. No ano seguinte tornou-se pesquisador titular da Fiocruz. Chefiou no IOC o Departamento de Malacologia (1980-1991) e o Laboratório de Malacologia (1991-2007). Ao longo de sua carreira publicou mais de cento e setenta artigos científicos, dos quais muitos foram elaborados em parceria com os pesquisadores Newton Deslandes e Lygia dos Reis Corrêa, sua segunda esposa. Recebeu diversas honrarias, como a medalha Pirajá da Silva (1958), o prêmio Golfinho de Ouro (1982), a Grã-cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico (1995) e o título de Pesquisador Emérito da Fiocruz (2006). Morreu em 11 de fevereiro de 2012, no Rio de Janeiro.

Paulo de Góes

  • Pessoa
  • 1913-1988

Nasceu em 14 de julho de 1913, no Rio de Janeiro, filho de Gil de Góes e Ângela Alípio de Góes. Em 1931 ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, e concluiu o curso em 1936. Durante a graduação trabalhou como auxiliar-técnico de microbiologia e depois como assistente de biologia na mesma faculdade, instituição à qual dedicou a maior parte de sua carreira acadêmica. A partir de 1937 teve início sua atuação como professor de biologia geral, higiene e história natural. Lecionou na Universidade do Brasil, como auxiliar de história natural do Curso Complementar de Medicina em 1937, no curso de patologia geral da Faculdade Nacional de Medicina em 1938 e no curso de microbiologia da Escola de Enfermagem Anna Nery em 1939. Foi também chefe do Laboratório de Patologia Geral da Faculdade Nacional de Medicina, em 1938, do Laboratório de Clínica Propedêutica Médica da Faculdade de Ciências Médicas, e, no ano seguinte, do laboratório do Hospício Nossa Senhora da Saúde (Hospital da Gamboa). Em 1944 doutorou-se em medicina e obteve o título de livre-docente de microbiologia pela Universidade do Brasil, da qual tornou-se professor catedrático em 1945. Passou a professor catedrático interino da Faculdade Nacional de Farmácia e chefe do Departamento de Biologia e Higiene da mesma faculdade, em 1946. Nesse ano lecionou na cadeira de alergia e imunidade da Escola Nacional de Tisiologia. Criou, em 1951, o Curso de Especialização em Microbiologia, com duração de um ano, em período integral, que se tornou uma referência nacional. Em 1955, antecipando-se à reforma universitária, reuniu as cátedras de microbiologia das faculdades de Farmácia e de Medicina, fundando o Instituto de Microbiologia, que recebeu seu nome em 1995, entidade pioneira na história da microbiologia no Brasil. Entre 1967 e 1968 exerceu o cargo de adido científico junto à Embaixada do Brasil em Washington, Estados Unidos. Nesse período requereu e obteve sua aposentadoria como professor catedrático da Faculdade de Odontologia e Farmácia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ao retornar ao Brasil, ocupou de 1969 a 1971 a Sub-Reitoria de Pesquisa e Graduação dessa universidade, na qual desenvolveu trabalho sobre o êxodo de cientistas brasileiros para o exterior, intitulado "Brain Drain". Entre os diversos títulos e homenagens recebidos, destaca-se a comenda da Ordem do Rio Branco, concedida em 1968. Morreu em 13 de novembro de 1982, no Rio de Janeiro.

Marieta Alves

  • Pessoa
  • 1892-1981
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