Fundo JR - José Reis

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Área de identificação

Código de referência

BR RJCOC JR

Título

José Reis

Data(s)

  • 1922-2007 (Produção)

nível de descrição

Fundo

Dimensão e suporte

Documentos textuais: 3,78 m
Documentos cartográficos: 12 itens (plantas)
Documentos iconográficos: 557 itens (307 fotografias, 4 tiras de negativos flexíveis com 17 fotogramas, 138 fotogramas de negativos flexíveis, 48 imagens impressas, 43 desenhos e 4 diapositivos)
Documentos tridimensionais: 35 itens (10 medalhas, 21 placas, 1 flâmula, 1 abridor de cartas, 1 troféu e 1 xícara)

Área de contextualização

Nome do produtor

(1907-2002)

Biografia

Nasceu em 12 de junho de 1907, na cidade do Rio de Janeiro, filho de Alfredo de Souza Reis e Maria Paula Soares. Em 1925 ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Ainda durante a graduação realizou no Instituto Oswaldo Cruz (IOC) o Curso de Aplicação (1927-1928), sendo reconhecido com o prêmio “Medalha de Ouro Oswaldo Cruz”. Durante o curso prestou serviços no hospital do IOC durante um surto de febre amarela, mas sem ser contratado. Em 1929, transferiu-se para a cidade de São Paulo ao ser contratado como bacteriologista no recém-criado Instituto Biológico (IB), trabalhando com Arthur Neiva e Henrique da Rocha Lima. Na instituição ocupou os cargos de assistente, chefe de seção e de serviço. No IB dedicou-se à pesquisa em microbiologia, passando a estudar as doenças que acometiam as aves, por influência de Rodolfo von Ihering. Suas pesquisas resultaram nas publicações “Moléstias das Aves Domésticas” (1932) e “Doenças das Aves: tratado de ornitopatologia” (1936) – em colaboração com Paulo Nóbrega e Annita Swensson – criando o termo para definir sua área. Além disso, elaborou folhetos de divulgação voltados para os criadores de aves, visando a prevenção e o tratamento. Em 1932 casou-se com Annita, farmacêutica e colega de IB. A partir de seu trabalho sobre as doenças aviárias foi convidado para pesquisar na Fundação Rockefeller, transferindo se para os Estados Unidos em 1935, onde permaneceu um ano. Foi a partir dessa experiência que passou a se interessar pelo tema da administração. Foi convidado a ocupar o cargo de diretor do Departamento do Serviço Público do Estado de São Paulo, entre 1943 e 1945, organizando cursos, uma biblioteca especializada, plano de cargos e a lei que ordenou o Regime de Tempo Integral. Também atuou como professor de administração na Universidade Presbiteriana Mackenzie e na Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas da USP, da qual foi fundador e vice-diretor (1946). Ainda na década de 1940 começou a escrever obras para o público pré-escolar, adaptando temas da ciência por meio da literatura infantil. Em 1947 retornou ao IB como diretor da Divisão de Documentação e Ensino, cargo no qual se aposentou (1958). Também em 1947 passou a colaborar com os jornais do grupo Folha, sendo efetivado como funcionário no ano seguinte, condição que manteve até sua morte. Passou a dedicar-se cada vez mais ao jornalismo e a divulgação científica, escrevendo na Folha de São Paulo as colunas “Periscópio”, “Gota a Gota” e “No Mundo da Ciência”. Entre 1962 e 1967 chegou a ocupar o cargo de diretor de redação do jornal. Redigiu ainda os suplementos “Ciência para todos” do jornal A Manhã (1948-1953) e “Ciência” do Jornal do Comércio (1958-1962). Esteve envolvido na criação da criação da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) em 1948, onde ocupou o cargo de secretário geral (1949-1951), presidente (1979-1980), e criou a Revista Ciência e Cultura, onde sempre trabalhou, sendo seu diretor por dois períodos: de 1949 a 1954 e de 1972 a 1985. Posteriormente, colaborou com a Revista Anhembi (1955-1962) e na criação da editora Instituição Brasileira de Difusão Cultural (IBRASA), na qual permaneceu entre 1958 e 1978. Entre as muitas homenagens que recebeu destacam-se os prêmios Kalinga (1974), de divulgação científica concedido pela Unesco, e John Reitemeyer, de jornalismo científico da Sociedade Interamericana de Imprensa, a Ordem Nacional do Mérito Científico (1995) e a criação pelo CNPq do Prêmio José Reis de Divulgação Científica em 1978. Morreu em São Paulo em 16 de maio de 2002.

História arquivística

Após a morte do titular, parte de seus documentos, objetos e livros permaneceram em uma sala do extinto Núcleo José Reis de Divulgação Científica na Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo. Através de contatos de profissionais da Casa de Oswaldo Cruz (COC) com a família do titular foi definida a transferência do acervo para o Rio de Janeiro. Os acervos bibliográfico, museológico e arquivístico do titular foram transferidos para a COC em agosto de 2014, e a doação formalizada apenas dois anos depois.

Procedência

Doação de Marcos Swensson Reis, filho do titular, em 2016.

Área de conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

Reúne artigos, aerogramas, albúns, apontamentos, cartas, cartões-postais, certidões, certificados, comunicações em eventos, conferências, convites, currículos, desenhos, diapositivos, diplomas, discursos, documentos de identificação, ensaios, entrevistas, fichas, folhetos, fotografias, imagens impressas, informativos, jornais, medalhas, memoriais, negativos flexíveis, ofícios, pareceres, placas, propostas, prospectos, provas tipográficas, publicações, revistas, relatórios, resumos, telegramas, transcrições de aulas, entre outros documentos referentes à vida pessoal e à trajetória profissional do titular como pesquisador do Instituto Biológico, redator e editor do jornal Folha de São Paulo e da Revista Ciência e Cultura, escrevendo sobre temas relacionados à divulgação científica, bem como professor, gestor e membro de instituições e associações culturais e científicas.

Avaliação, selecção e eliminação

Ingressos adicionais

Sistema de arranjo

Grupo Vida Pessoal
Grupo Formação e Administração da Carreira
Grupo Docência e Pesquisa
Grupo Divulgação Científica
Grupo Relações Interinstitucionais e Intergrupos

Área de condições de acesso e uso

Condições de acesso

Sem restrições.

Condições de reprodução

Sem restrições.

Idioma do material

  • alemão
  • espanhol
  • francês
  • inglês
  • italiano
  • latim
  • português

Forma de escrita do material

Notas ao idioma e script

Características físicas e requisitos técnicos

Instrumentos de pesquisa

Área de fontes relacionadas

Existência e localização de originais

Existência e localização de cópias

Unidades de descrição relacionadas

Descrições relacionadas

Área de notas

Notação anterior

Pontos de acesso

Ponto de acesso - assunto

Ponto de acesso - local

Ponto de acesso - nome

Pontos de acesso de género

Área de controle da descrição

Identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS. NOBRADE: norma brasileira de descrição arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2006.

Status da descrição

Final

nível de detalhamento

Integral

Datas de criação, revisão, eliminação

agosto de 2019 (criação)

Fontes utilizadas na descrição

MASSARANI, Luisa. José Reis: caixeiro-viajante da ciência. Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz/Casa de Oswaldo Cruz, 2018.

Nota do arquivista

Equipe: Felipe Almeida Vieira, Gabriel da Silva Rodrigues, Guilherme da Cunha Pessanha, Lívia Holanda Govêa, Marcus Vinicius Rubim Gomes e Vanêssa Alves Pinheiro.

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