Hanseníase

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  • Infecção granulomatosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae. As lesões granulomatosas são manifestadas na pele, nas mucosas e nos nervos periféricos. Há dois tipos polares ou principais: a lepromatosa e a tuberculoide.

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Heráclides César de Souza-Araújo

  • Pessoa
  • 1886-1962

Nasceu em 24 de junho de 1886, em Imbituva (PR), filho de Júlio César de Souza Araújo e Manoela Alves de Souza Araújo. Em 1912 formou-se pela Escola de Farmácia de Ouro Preto. No ano seguinte transferiu-se para a capital federal e ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e no Curso de Aplicação do IOC, onde foi aluno de Adolpho Lutz e trabalhou com doenças venéreas. Nesse período, por indicação de Adolpho Lutz, especializou-se em dermatologia na Universidade de Berlim, onde apresentou um trabalho sobre a lepra no Brasil. De volta ao Rio de Janeiro, concluiu em 1915 a graduação em medicina com a tese Estudo clínico do granuloma venéreo: casos observados no Brazil, Uruguay e Argentina e permaneceu no IOC, além de ter estagiado no Hospital dos Lázaros. Em 1916 conheceu o presidente do Paraná, Affonso Alves de Camargo, que tinha interesse em implantar políticas de saúde contra a lepra no estado. O programa elaborado pelo cientista com esse objetivo foi transformado em lei em 1917. No ano seguinte, juntamente com Adolpho Lutz e Olympio da Fonseca Filho, participou da expedição científica ao rio Paraná e a Assunção para analisar as condições de saúde da população da região Sul do país. Ainda em 1918 foi nomeado chefe do Serviço de Saneamento Rural no Paraná, onde permaneceu até 1921, quando foi transferido para o Pará, na mesma função. Inaugurou o hospital colônia Lazarópolis do Prata e exerceu a clínica atendendo aos portadores dessa doença e de sífilis. Em 1924 retornou ao IOC e ao grupo de trabalho coordenado por Adolpho Lutz, e no mesmo ano teve início sua viagem ao redor do mundo, que durou três anos. A partir das observações que obteve na ocasião, publicou o livro A lepra: estudos realizados em quarenta países (1924-1927). No retorno à instituição, inaugurou o Laboratório de Leprologia, que dirigiu até sua aposentadoria, em 1956. Em 1928 começou a lecionar no Curso de Aplicação do IOC e a atender pacientes no Hospital Oswaldo Cruz, em Manguinhos. Em 1931 especializou-se em dermatologia pela Escola de Dermatologia de Londres. De 1936 a 1958 foi professor de leprologia das universidades do Distrito Federal, do Brasil e do Rio de Janeiro. Após a criação do Serviço Nacional de Lepra, em 1941, ministrou cursos de reciclagem para leprologistas pelo Departamento Nacional de Saúde. Entre 1941 e 1956 foi editor das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz e exerceu a chefia da Seção de Bacteriologia e da Divisão de Microbiologia e Imunologia do IOC. No ano seguinte e até sua morte, foi perito da Organização Mundial da Saúde em leprologia. Participou de associações acadêmicas e profissionais em todo o mundo, tendo contribuído para a criação da Sociedade Internacional de Leprologia, em que ocupou o cargo de vice-presidente entre 1932 e 1956. Após a aposentadoria, continuou seu trabalho no IOC. Morreu em 10 de agosto de 1962, no Rio de Janeiro.