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Raouf Sykora

Entrevista realizada por Carlos Fidelis Ponte, Claudia Trindade e Wanda Hamilton, em Bio-Manguinhos/Fiocruz (RJ), nos dias 27 de julho e 01 de agosto de 2005.
Sumário
Fita 1

Origem familiar; a decisão de seus pais virem para o Brasil; a opção pela veterinária; o primeiro estágio como estudante de veterinária, no Instituto Nacional de Proteção Animal; o ingresso no Instituto Estadual de Saúde Louis Pasteur (IESP), atual Noel Nutels, em 1978; a graduação em veterinária na Universidade Federal Rural; as atividades realizadas pelo IESP; seu trabalho no biotério da instituição; o estágio de um ano em Bio-Manguinhos, para trabalhar de cultura de células de vacina antipólio; o controle feito nos animais utilizados pelo IESP; da interface entre o Noel Nutels e demais setores públicos responsáveis por vigilância sanitária e epidemiologia; sobre seu treinamento para fazer diagnóstico de Aids, nos anos 80; o trabalho como consultor temporário da OMS; os esquemas de falsificação de testes de HIV; a chegada no Departamento de Qualidade da Fiocruz; a implantação dos testes de Aids em hemocentros; a falta de informação, naquela época, sobre as formas de contaminação pelo vírus da Aids; a questão da eficácia dos kits para diagnóstico de Aids.

Fita 2

Sobre o seu trabalho no Programa DST-AIDS; as atividades do controle de qualidade de testes para diagnóstico de HIV; a avaliação realizada nos laboratórios que faziam testes para HIV; considerações sobre qualidade os kits para diagnóstico atualmente; do fato do Brasil estar antenado às discussões internacionais sobre AIDS e ser pioneiro em garantir gratuidade para a realização de importantes exames para indivíduos soropositivos; sobre o caráter educativo que o programa DST-AIDS também exercia sobre os produtores de kits e os laboratórios públicos que os utilizavam; sobre a avaliação externa de qualidade feita hoje no Brasil pelo DST-AIDS; do fato de Bio-Manguinhos ser o produtor de kits e dos painéis de avaliação para a ANVISA e para o Programa Nacional DST-AIDS; o trabalho do controle de qualidade de Bio-Manguinhos para a avaliação dos kits e painéis produzidos pela Unidade; sua ida do Noel Nutels para o Controle de Qualidade de Bio-Manguinhos, em 1995; sobre o Controle de Qualidade de Bio-Manguinhos quando de seu ingresso na instituição; dos problemas ocorridos no laboratório de liofilização; do início da preocupação de Bio-Manguinhos com a validação de seus equipamentos e processos; sobre ter assumido, em 1995, a chefia do Departamento de Produção de Reativos; da introdução dos POPs (Procedimentos Operacionais Padrão) em Bio-Manguinhos, em 1998.

Fita 3

Da introdução dos POPs nas diversas áreas de Bio-Manguinhos; as diferenças entre as áreas de Controle de Qualidade e da Garantia da Qualidade em Bio-Manguinhos; da separação do setor de Controle de Qualidade e produção de Reativos; seu vínculo empregatício com o Noel Nutels e a cessão para Bio-Manguinhos; os testes para estabelecer a validade de um produto; o setor de pós-marketing de Bio-Manguinhos; comentários sobre as reações adversas decorrentes do uso da vacina de febre amarela; sobre não ter participado sobre as discussões em torno da eleição ou não de diretor para Bio-Manguinhos, por não ser funcionário; sobre a gestão Marcos Oliveira; a aprovação, em 1º lugar, no mestrado profissional de Bio-Manguinhos; a transferência para a chefia do Departamento de Produção de Reativos; da admiração pela competência do colega de trabalho Antonio Gomes; a dificuldade para conciliar mestrado e trabalho; a divisão do Departamento de Reativos entre Produção e Desenvolvimento; a necessidade de comunicação constante entre os chefes dessas duas áreas; considerações sobre o desenvolvimento de reagentes em escala industrial; do grande peso que a área de reagentes ocupa em Bio-Manguinhos; os kits para diagnóstico produzidos por Bio-Manguinhos atualmente; sobre os testes rápidos, atualmente em processo de transferência de tecnologia; sobre a concorrência mundial pelo mercado de testes rápidos; considerações sobre o papel do mestrado profissional de Bio-Manguinhos para os seus funcionários; as perspectivas na área de desenvolvimento e produção de reagentes e kits para diagnóstico; considerações sobre os aspectos políticos envolvidos na gestão de Bio-Manguinhos.

Neusa Feital Wöhrle

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Bianca Cortes, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 11 e 18 de julho de 2005.

José Wellington Gomes de Araújo

Entrevista realizada por Tania Fernandes e André Lima, no Departamento de Epidemiologia/ENSP-Fiocruz, no Rio de Janeiro, no dia 1º de novembro de 2016.

Ricardo Nogueira

Entrevista realizada por Nilson Moraes e Dilene Nascimento, entre agosto de 1987 e outubro de 1988.

Valdelice

Entrevista realizada por Laurinda Rosa Maciel e Maria Leide W. de Oliveira, em Barrolândia - Belmonte (BA), no dia 02 de agosto de 2010.

Fiocruz (Brasil) e INSA (Portugal): desafios da comunicação pública na pandemia de Covid-19

Reúne oito entrevistas realizadas por Cristiane D'Ávila, no modo presencial (Lisboa e Rio de Janeiro) e via plataforma Teams, entre março e outubro de 2022. As entrevistas resultam do projeto de pós-doutorado, realizado no Departamento de Filosofia, Comunicação e Informação da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, entre 2022 e 2023. O objetivo foi apurar desafios e elementos de aprendizado institucional de duas instituições de saúde, Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), com o intuito de verificar possibilidades e limites da comunicação praticada em contexto de infodemia, desinfodemia e crise política. O estudo foi realizado por meio de pesquisa qualitativa de natureza exploratória, com realização de oito entrevistas semiestruturadas gravadas com dirigentes e assessores de comunicação que estiveram na linha de frente na definição de políticas e ações de comunicação pública, nas duas instituições, durante a pandemia de COVID-19. Pela Fiocruz foram entrevistados um dirigente e quatro técnicos que exerceram funções na comunicação social em instâncias diretamente implicadas no enfrentamento da pandemia e pelo INSA um dirigente e dois técnicos que exerceram funções na comunicação social em instâncias diretamente implicadas no enfrentamento da pandemia.

Wladimir Lobato Paraense

Entrevista realizada por Eduardo Vilela Thielen, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 18 de setembro de 1990.

João Francisco dos Santos

Entrevista realizada por Fábio Souza, Michele Soares e Gleide Guimarães no Rio de Janeiro, no dia 14 de dezembro de 2004.

Samuel Goldenberg

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Wanda Hamilton, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 13 de novembro de 1996.

Hélio Bezerra Coutinho

Entrevista realizada por Antonio Torres Montenegro, em Recife (PE), no dia 05 de abril de 1996.
Sumário
Fita 1 - Lado A
A infância e a família; o encaminhamento para o curso de medicina; o cotidiano da infância; a vida escolar; o curso pré-médico; a convocação para o Exército; o mestrado nos EUA; o incêndio do edifício nos EUA; o aprendizado em embriologia e histologia na Universidade de Michigan; o concurso para a Fundação Kellogg; a criação de uma cadeira no Departamento de Histologia, na Faculdade de Odontologia de Pernambuco; a reforma universitária (1968); o convite para trabalhar em ensino programado com especialistas de Porto Rico; os problemas com o Serviço Nacional de Informação (SNI); a experiência na Inglaterra; a Fiocruz; o trabalho na universidade; os convênios firmados na Escócia para o CPqAM.

Fita 1 - Lado B
A pesquisa no Brasil; o convite para trabalhar no CPqAM; sua gestão no CPqAM; a aquisição de recursos para a produção científica; o movimento de 1935; o teste para a escola experimental; lembranças de uma antiga professora; comentários sobre Cristiano Cordeiro; o período ginasial; a Faculdade de Medicina; o período em que esteve no quartel.

Fita 2 - Lado A
O Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Rio de Janeiro (CPOR); a dedicação exclusiva na universidade; a participação nos movimentos políticos; o episódio Demócrito; o Partido Comunista; o Comitê Nacional de Organização e Preparação do Partido (CNOP); o golpe de 1964; a vida no bairro do Recife; a convivência com o mundo intelectual de Recife; os cinemas do período e o cinema mudo; o trabalho no CPqAM; a pesquisa científica no Brasil; as homenagens e os títulos recebidos.

Fita 2 - Lado B
A experiência de trabalhos na Inglaterra; memórias de Portugal; o contato com o mundo acadêmico português; o período pós-revolucionário em Portugal; os alunos portugueses; a falta de adaptação da esposa em Portugal.

José Carvalheiro

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Simone Kropf, em São Paulo (SP) no dia 21 de maio de 2002.

Ermiro Estevam de Lima

Entrevista realizada por Marcos Chor Maio para o projeto 'Associativismo Médico no Rio de Janeiro'.

Chagas no Acre e Purus

Terceira parte do projeto Revisitando a Amazônia de Carlos Chagas: da borracha à biodiversidade, o qual refaz a expedição científica de Carlos Chagas à Amazônia, de 1912, tendo como objetivo fazer uma comparação entre as condições de vida e de saúde da região, no início do século e hoje. Neste documentário são visitadas as populações ribeirinhas dos rios Acre e Purus.

Palestra de François Delaporte

Versões acerca da descoberta da Doença de Chagas. O palestrante inicia lendo 2 textos com diferentes versões históricas sobre a descoberta da Doença de Chagas: o primeiro texto é de Oswaldo Cruz, produzido em 1915 e o segundo, de Carlos Chagas, datado de 1921. Em seguida, François Delaporte faz uma análise comparativa das duas versões apresentadas. Segue-se, então, debate com participação de pesquisadores da Casa de Oswaldo Cruz.

Haity Moussatché

Entrevista realizada por Arlindo Fábio Gomez de Souza, Luiz Fernando Ferreira, Paulo Gadelha, Cristina Tavares e Wanda Hamilton, na Fiocruz (Rio de Janeiro/RJ), nos dias 28 de novembro de 1985 e 17 de janeiro de 1986.
Sumário
Fitas 1 a 3
Origem familiar; a influência das condições sanitárias do Rio de Janeiro sobre o fluxo migratório; o curso preparatório no Rio de Janeiro; a influência do professor César Salles na escolha dos estudos em biologia; a faculdade de medicina como instrumento para o estudo da biologia; o interesse pela parasitologia e os primeiros contatos com o IOC; o curso de fisiologia ministrado por Álvaro Osório de Almeida e a decisão de se dedicar à fisiologia; o pedido de Carlos Chagas para trabalhar no IOC; a inexistência de pesquisas em fisiologia no curso de medicina; o laboratório de fisiologia da Álvaro Osório de Almeida na rua Machado de Assis (RJ); a atuação como monitor de Álvaro Osório de Almeida na faculdade de medicina; os estudo de Miguel Osório de Almeida sobre o sinal de Babinsky; perfil dos irmãos Osório de Almeida; o convite de Carlos Chagas a Miguel Osório para instalar o Departamento de Fisiologia no IOC; o desinteresse pelos cursos da faculdade de medicina; a residência médica no Hospital Evandro Chagas; a opção pela fisiologia e o restrito mercado de trabalho; comentários sobre o atual ensino médico; a implantação do laboratório de fisiologia no IOC e as primeiras experiências desenvolvidas por Miguel Osório de Almeida; a saída de Miguel Osório de Almeida do IOC em 1921; o ingresso de Thales Martins no IOC; as pesquisas pioneiras em etologia desenvolvidas por Thales Martins; perfil de Thales Martins; a transferência de Thales Martins para São Paulo em 1934; a participação de Branca Osório de Almeida nos trabalhos do laboratório da rua Machado de Assis; a influência de seu pai e de César Salles na escolha da carreira profissional; o positivismo no Brasil; a precariedade instrumental do laboratório de fisiologia da rua Machado de Assis e do IOC; a habilidade técnica dos irmãos Osório de Almeida; o uso da matemática por Miguel Osório de Almeida em suas pesquisas; o trabalho com cultura de tecidos de febre amarela; o concurso para ingresso no IOC em 1941; as dificuldades de promoção no IOC; crítica aos comentários sobre a decadência de Manguinhos; comentários sobre a qualidade profissional de vários pesquisadores do IOC; a relação entre desenvolvimento socioeconômico e ciência; o movimento pela separação do IOC do Ministério da Saúde; crítica à qualidade dos produtos farmacêuticos produzidos pelo IOC; a participação na discussão sobre o uso da energia nuclear no Brasil; a evasão de pesquisadores do IOC em decorrência das cassações; a desvalorização social da ciência no Brasil; e relação entre desenvolvimento econômico em São Paulo na década de 1930 e o florescimento científico; a falsa distinção entre ciência básica e aplicada; o papel da tecnologia no desenvolvimento da ciência; a luta no IOC pela liberdade de pesquisa.

Fitas 4 a 6
O laboratório de fisiologia do IOC como polo de atração da pesquisa básica; a pesquisa científica e o Instituto de Biofísica da Universidade do Brasil; os estudos realizados no laboratório de fisiologia do IOC por pesquisadores visitantes; o caso Arthur Moses no IOC; as disputas entre os pesquisadores na sucessão de Oswaldo Cruz; o perfil e gestão de Olympio da Fonseca no IOC; a luta pela modernização do IOC nas décadas de 1940 e 1950; a resistência de Henrique Aragão à criação de um conselho auxiliar para a direção do IOC; as diversas concepções no IOC quanto à orientação científica; a dificuldade de obtenção de recursos para a pesquisa básica no IOC; comentários sobre os motivos das cassações; os atuais contatos com o Ministério da Ciência e Tecnologia; a inexistência de investigação nas universidades; o retorno a Manguinhos e a reconstrução do laboratório de fisiologia; a conservação de material e equipamentos de seu laboratório feita por antigos auxiliares desde a cassação; a prisão de Fernando Ubatuba em 1968; os inquéritos policial-militar e administrativo no período pós-1964; as divergências político-ideológicas como explicação para a cassação dos pesquisadores em 1970; o papel de Rocha Lagoa no ato de cassação; a participação na criação da UnB; o exílio e o trabalho desenvolvido na Venezuela; o retorno ao Brasil e as expectativas de trabalho na FIOCRUZ; comentários sobre o atual desenvolvimento do Brasil; a necessidade de relações científicas internacionais para o desenvolvimento socioeconômico da humanidade.

Cristiano Cláudio Torres

Entrevista realizada por Laurinda Rosa Maciel e Maria Leide W. de Oliveira, em Salvador (BA), no dia 09 de agosto de 2002.

Otávio Oliva

Entrevista realizada por Carlos Fidelis Ponte e Wanda Hamilton, em Bio-Manguinhos/Fiocruz, nos dias 25 e 28 de novembro de 2005.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Formação acadêmica; o convite para trabalhar na Fiocruz e o ingresso em Bio-Manguinhos; o processo de transferência de tecnologia realizado entre Bio-Manguinhos e a Jica, agência japonesa; sobre suas atividades de coordenação do processo de transferência entre Brasil e Japão; a crise ocorrida com a vacina anti-rábica, em 1980; a montagem do Laboratório Central de Controle de Drogas e Medicamentos (LCCDR), atual INCQS; sobre as atividades do Centro Nacional de Referência para a Raiva (CNRR).

Fita 1 - Lado B
A necessidade de Bio-Manguinhos investir no desenvolvimento de reagentes; o estudo sobre o tempo de duração da imunidade da vacina contra a febre amarela, produzida pela Fiocruz; o surgimento da notícia da Aids no Brasil e o início das políticas de saúde pública voltadas para o combate à doença; a implantação do diagnóstico de Aids, pela Fiocruz; o trabalho realizado pela Fiocruz no âmbito da política nacional contra a Aids.

Fita 2 - Lado A
A preocupação com o controle de qualidade de sangue e hemoderivados, em decorrência do surgimento da Aids; a equipe do Programa de Aids; o papel de Bio-Manguinhos nas políticas de saúde e a relação com o Ministério da Saúde.

Fita 2 - Lado B
O período como diretor de Bio-Manguinhos; o projeto de construção da planta industrial de Bio-Manguinhos; considerações sobre a necessidade de Bio-Manguinhos em transformar o conhecimento científico em produto; a dificuldade de Bio-Manguinhos competir com indústrias privadas; da necessidade de os laboratórios brasileiros gerarem suas próprias tecnologias.

Fita 3 - Lado A
Considerações sobre o projeto do Centro de Biotecnologia na Fiocruz; comentários sobre o CDTS; a importância de a Fiocruz estar inserida nas metas no Ministério da Saúde; a renda gerada pela venda da vacina de febre amarela; sobre as atividades de pesquisa e desenvolvimento priorizadas em Bio-Manguinhos durante sua gestão; a eleição para diretor de Bio-Manguinhos; as dificuldades enfrentadas enquanto diretor da instituição; as prioridades de sua gestão; a implantação da garantia de qualidade em Bio-Manguinhos; a certificação da vacina de febre amarela produzida em Bio-Manguinhos pela OMS; a importância das Boas Práticas de Fabricação para a produção de vacinas; sobre sua ida para a OPAS e o trabalho que desenvolveu na entidade.

Fita 3 - Lado B
Considerações sobre a necessidade de promover a integração de diversos institutos produtores de vacinas brasileiros; comentários sobre as dificuldades de cooperação entre a Fiocruz e o Instituto Butantan; o investimento em o desenvolvimento tecnológico, durante sua gestão como diretor de Bio-Manguinhos; considerações sobre a necessidade de se gerir Bio-Manguinhos como uma instituição peculiar dentro da Fiocruz.

Fita 4 - Lado A
Comentário sobre a importância de a Fiocruz estar intrinsecamente ligada à área da saúde; sobre a impossibilidade de sucesso de Bio-Manguinhos como órgão independente da Fiocruz; sobre a ideia de promover a integração entre laboratórios produtores da América Latina; as funções que assumiu após deixar o cargo de diretor de Bio-Manguinhos; a preparação do plano de combate à influenza, desenvolvido pelo Brasil e outros países da América Latina; sobre o papel fundamental de Bio-Manguinhos no desenvolvimento do citado plano.

Fita 4 - Lado B
Sua visão sobre o processo de modernização pelo qual vem passando Bio-Manguinhos; considerações sobre a inexistência de normas boas práticas de produção nas plantas produtoras de vacinas que visitou na China; a decepção com a atual crise pela qual passa o PT; sobre sua preocupação em sempre agir com transparência, em defesa dos interesses nacionais.

José Celano Valadão

Entrevista realizada por Alex Varela e Dilene Raimundo do Nascimento, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 25 de agosto de 2006.

Nikolai Sharapin

Entrevista realizada por Tania Fernandes (TF) e Lina Rodrigues (LR), em Niterói (RJ), nos dias 06 de agosto e 08 de setembro de 1997.

Sumário
Fita 1 - Lado A
A vida de sua família na China e a imigração para o Brasil; o primeiro emprego e os estudos no Brasil; o interesse pela Química; referência ao seu curso de Farmácia e o trabalho do professor Donald Quintela; o curso de Anatomia avulso na Faculdade de Farmácia; o curso de Farmácia na Universidade Federal Fluminense (UFF); a relação entre a Faculdade de Farmácia e a Faculdade de Química; o convite para trabalhar no Instituto de Química Agrícola (IQA); os trabalhos que realizou como monitor na faculdade; o curso na Faculdade de Farmácia de Química Bromatológica em Natal; o trabalho do professor Paulo Lacaz e o trabalho de pesquisa dos professores da faculdade; a disciplina de Química Biológica, a relação de sua faculdade com outras instituições de ensino nacionais e internacionais; a entrada no IQA.

Fita 1 - Lado B
As atividades de pesquisa no IQA; seu colega de faculdade Hugo Jorge Monteiro; a extinção do IQA e a migração de seus pesquisadores para outras instituições de pesquisa; a transferência para o Núcleo de Pesquisas em Produtos Naturais (NPPN); o descontentamento com o NPPN e a transferência para o Centro de Tecnologia Agrícola e Alimentar (CTAA); referência aos financiamentos e escolha dos objetos de pesquisa do NPPN, IQA e CTAA; o retorno e seus trabalhos no IQA; a entrada no Instituto de Química da UFF como professor; o trabalho como farmacêutico hospitalar no Miguel Couto e no Laboratório Estadual de Produtos Farmacêuticos (LEPF); a produção e a extinção do LEPF; o trabalho na Indústria Farmacêutica Merck; o concurso que realizou para professor adjunto para faculdade em Juiz de Fora; a passagem para professor de 40 horas na UFF e o convite para trabalhar na Universidade de Campinas (UNICAMP).

Fita 2 - Lado A
Referência as suas dificuldades para dar aulas na UNICAMP e seu desligamento da instituição; o trabalho na UNICAMP, a relação de suas atividades na instituição e a Pontifícia Universidade Católica (PUC); a relação institucional entre a UNICAMP e a PUC; o trabalho na Faculdade de Farmácia da PUC e a formação dos alunos.

Fita 3 - Lado A
Comenta a migração de russos para construção da Estrada de Ferro Leste da China e a relação da comunidade russa com os chineses; a situação política e social da China na primeira metade do século XX; o problema da cidadania russa no final dos conflitos e guerras na China; a dispersão de russos da China e a migração de sua família; a chegada ao Brasil e o aprendizado da língua portuguesa; as primeiras atividades de sua família no país; a adaptação e os estudos no Brasil até a faculdade; sua posição e o trabalho no Instituto de Química Agrícola (IQA); o não enquadramento como funcionário no IQA; a extinção do IQA e a dispersão dos pesquisadores; a mudança para o Núcleo de Pesquisas de Produtos Naturais (NPPN).

Fita 3 - Lado B
Referência ao seu descontentamento com o NPPN; sua mudança e o seu trabalho no Centro de Tecnologia Agrícola e Alimentar (CTAA); o trabalho no Instituto Agronômico de Campinas; a relação do Centro de Pesquisas Pluridisciplinares de Química, Biologia e Agricultura com outras instituições de pesquisa; a contribuição do Instituto de Agronomia de Campinas à agricultura nacional; o envolvimento da Universidade Federal Fluminense (UFF) com pesquisas de produtos naturais; as redes nacionais de pesquisadores que trabalham com química de produtos naturais; a análise química e síntese orgânica; a relação e o trabalho da Vital Brasil; a química no Brasil e a relação com a química internacional.

Fita 4 - Lado A
Comenta sobre a condução de pesquisas com solventes orgânicos e a utilização de outras técnicas no exterior; a relação do desenvolvimento da ecologia e o uso terapêutico de plantas no Brasil; a necessidade de se coletar amostras botânicas para as pesquisas com plantas medicinais; a relação da UFF com os colégios técnicos agrícolas; os congressos de profissionais na área de produtos naturais; compara as políticas de financiamento de pesquisas com plantas do Brasil e da China; a política de investimento e verbas da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP); o investimento da UFF em pesquisas científicas e a política de ensino básico, secundário e de graduação no país.

Fita 4 - Lado B
Referência ao interesse dos alunos de graduação pelos produtos naturais; a diferença na formação acadêmica na área de produtos naturais entre o Rio de Janeiro e São Paulo.

Rosemere de Souza Moniz

Entrevista realizada por Ana Paula Zaquieu e Dilene Raimundo do Nascimento, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 07 de outubro, 05 e 19 de dezembro de 1997.
Sumário
1ª Sessão: 07 de outubro
Fita 1 – Lado A
Sua família e ressalta sua condição de adotada. Detalha o processo de sua adoção; explica que, na verdade, seu nascimento é fruto de uma relação extraconjugal de seu pai. A verdade sobre sua paternidade, já na adolescência, por intermédio de sua madrinha. Explica detalhadamente a composição de sua família adotiva e a diferença de idade entre ela e os irmãos mais velhos. O casamento dos irmãos mais velhos; a predileção de seu pai; a separação dos pais, seguida da morte violenta do pai. A rejeição das irmãs mais velhas. A educação conservadora; a convivência feliz com o pai e o impacto de sua morte; a convivência com a mãe e a ida para a casa dos padrinhos. Convivência com os primos maiores e as brincadeiras de criança. Os primeiros anos da adolescência; a conversão religiosa da mãe e o início da tensão no relacionamento entre elas. Os bailes e os namoros da adolescência. O rigor materno; as desconfianças da mãe quanto à perda de sua virgindade. O constrangimento durante a consulta ao ginecologista para a confirmação de sua virgindade; o completo desconhecimento sobre seu corpo. Destaca os rigorosos valores morais da mãe. O impacto da primeira menstruação; a surra dada pela mãe ao saber que ela havia contado para a vizinha sobre o que se passara. Enfatiza as diferenças existentes entre elas, principalmente no que refere aos valores morais. As lembranças da proteção paterna. A fuga da casa da mãe aos 13 anos de idade, devido à tentativa de abuso sexual do irmão. A escolaridade; a vida confortável da família; o cotidiano distanciado das atividades domésticas. O temperamento seco e distante da mãe. O ciúme e o ressentimento dos irmãos diante do temperamento violento do pai e de sua predileção por ela. O desconhecimento dos irmãos a respeito da verdade sobre sua adoção. Avalia a boa educação recebida de sua mãe e episódio do impedimento de seu casamento com um namorado. Ressalta o seu comportamento incontrolável durante a adolescência. O conflito com o irmão, que resultou em sua fuga de casa. O primeiro contato com a rua; a escolha aleatória pela Praça Mauá; a perda da virgindade, ainda no primeiro dia de fuga. As estratégias de sobrevivência aprendidas na rua. O emprego como doméstica e as dificuldades iniciais pela sua inexperiência. A boa adaptação no segundo emprego. A iniciativa de provocar a mãe, ligando para contar-lhe sobre o seu desvirginamento. As complicações com o Juizado de Menores, depois que a mãe denunciou sua fuga; a percepção negativa do Juizado de Menores. A convivência harmoniosa com a segunda família que lhe empregou. A gravidez inesperada do primeiro filho e a saída do trabalho. Menciona a dor da primeira relação sexual e as dificuldades iniciais em manter uma vida sexual plena. Os novos relacionamentos e o fim das dificuldades sexuais. Ressalta o desinteresse por relacionamentos afetivos estáveis; a resistência ao uso de bebidas alcoólicas. Os anos de trabalho como doméstica no bairro do Estácio; a boa convivência com a família que lhe empregara. A pequena reaproximação com a mãe e o completo distanciamento dos irmãos. Retorna às brigas entre seus pais, relembrando o comportamento violento e ciumento do pai que, em uma das brigas, resultou num ferimento à bala na empregada da família. Faz uma avaliação positiva do relacionamento dos pais. Cita as atividades profissionais da mãe, comentando que os pais não eram casados legalmente.

Fita 1 – Lado B
As diferenças de idade entre os irmãos. Os momentos de lazer, o relacionamento afetuoso no trabalho; o sentimento de pertencimento à família que lhe empregara. A gravidez inesperada do primeiro filho, o desemprego e a volta para as ruas. O afastamento do pai da criança; os conflitos quanto manter ou não a gravidez. O primeiro marido e a mudança para a Central do Brasil. O casamento sem amor; o nascimento do primeiro filho; a decisão do marido de reconhecer a paternidade da criança. Alusão aos frequentadores de sua casa atrás da Central do Brasil e ao uso indiscriminado de drogas e bebidas alcoólicas pelo grupo. Comenta seu envolvimento com ladrões de residência e a sua participação na guarda dos produtos roubados. O convívio cotidiano com usuários de drogas, destacando a resistência em se drogar. A falta de contato com a mãe. Os constantes conflitos com o marido; a decisão de traí-lo, para, em seguida, contar-lhe sobre a traição. Afirma nunca ter sentido medo durante a adolescência. Comentários sobre um episódio que resultara em problemas com a polícia. A boa convivência com a polícia. Relembra dos amigos. O seu temperamento abusado; a ausência de medo da morte. A separação do marido. A inserção no mundo da prostituição; o trabalho como prostituta na Avenida Atlântica (Rio de Janeiro). Relata, em detalhes, o cotidiano da prostituição, citando algumas dicas sobre a execução do trabalho. A organização, os códigos e as regras da prostituição na orla de Copacabana: a divisão dos espaços, a ausência de “cafetões”, os tipos e os preços dos “programas”, a relação com a polícia, a prostituição infantil, o uso de drogas, a média de ganhos diários, os horários de movimento, a relação com os clientes. Menciona a desilusão com os sonhos de casamento. Fala de seu primeiro casamento, classificando-o como um período de “bagunça”. Relembra as situações de perigo e da constante proximidade com a morte. Frisa a solidariedade existente entre as prostitutas. Menciona episódios que resultaram na morte violenta de alguns de seus amigos. Ao comentar os riscos e as ameaças do universo da prostituição, salienta a sua capacidade de articulação. Ressalta sua lucidez e resistência a qualquer tipo de vício.

Fita 2 – Lado A
O início do trabalho na “pista”, a convivência com um fugitivo da polícia, que seria seu segundo marido. O início do romance; sua recaptura pela polícia. A decisão de não o abandonar na prisão. O fim de sua pena e a decisão de abandonar o trabalho na pista, para viverem juntos em Itaguaí. A infidelidade do marido. Narra uma das brigas do casal por ciúmes. Ressalta a dedicação durante o período em que o marido esteve preso e a sua predileção por ela. A segunda gravidez. Cita as preocupações do grupo de prostitutas com as DST's, com risco constante de uma gravidez indesejada e o sadismo dos clientes. Ressalta seu completo desconhecimento sobre a Aids e a resistência dos clientes em usar preservativo. Menciona algumas experiências com clientes; os momentos divertidos; as situações de perigo; a prostituição infantil; as constantes batidas policiais; o estupro de uma colega; o preço e o pagamento pelos programas. A organização e as regras de convivência entre as prostitutas. O relacionamento com os clientes. Traça um perfil dos clientes, destacando o predomínio de homens casados. A desilusão com o casamento formal e a descrença na fidelidade. A percepção pragmática dos relacionamentos amorosos. Os relacionamentos amorosos das prostitutas; o número reduzido de prostitutas que saem para o casamento; a dificuldade de algumas em abandonar a prostituição; o vínculo corrente com amantes; o zelo com os filhos; a permanente proximidade com o universo da prostituição.

Fita 2 – Lado B
O retorno à Copacabana e a constatação da morte precoce de várias companheiras de sua “época”. As ameaças que cercam a vida nas ruas. A traição, a separação e a morte violenta do segundo marido. Afirma ter “encomendado” no Candomblé a morte do marido. A reaproximação com a mãe; a solidariedade dos amigos. Relembra a desaprovação da família quanto ao seu envolvimento com a prostituição. A volta para a casa da mãe no bairro suburbano de Costa Barros, após a separação do segundo marido; o novo emprego e a decisão de internar o filho em uma instituição para menores. O terceiro marido; relembra um aborto que, supostamente, a teria esterilizado; o temperamento violento do marido. Comenta as circunstâncias em que foi feito o aborto. A primeira pneumonia, a recuperação e a notícia, inesperada, de uma nova gravidez, em 1995. As brigas com o marido; o pré-natal; o intenso mal-estar; o diagnóstico de anemia. O contato com a Aids através da TV; o diagnóstico equivocado. O parto prematuro; o início dos exames; a volta para casa com o bebê.

2ª Sessão: 05 de dezembro
Fita 3 - Lado A
As duras experiências vividas na prostituição em Copacabana; conta sobre a “curra” que sofreu na época, que resultou na saída definitiva das “ruas”. A volta para casa com bebê e os primeiros sintomas da criança; as passagens pelo hospital e o exame para o HIV ainda no ano de 1995; a indignação diante da solicitação do exame pela médica; o resultado positivo, dois meses depois do parto; a incredulidade no diagnóstico; a imprudência do médico ao informar a família sobre o diagnóstico. O choque diante do diagnóstico; a imediata associação Aids/morte. A reação dos amigos e de seu marido; o medo do preconceito dos vizinhos; a surpreendente reação solidária da vizinhança. A postura diante da doença. Relembra momentos difíceis da sua vida, ressaltando sua personalidade “guerreira”. A busca de tratamento; o exame dos filhos e o diagnóstico positivo da filha Tainara. Especula sobre o possível responsável por sua contaminação. Numa retrospecção, cita o romance com Jorge, ocorrido durante a prisão do segundo marido; o abandono da prostituição, aos 19 anos; a ida para Fundação Leão XIII; a mudança para Itaguaí; o fim da pena do marido; o início da fase em que virou “dona de casa” e a gravidez da filha Tainara. Retorna à questão da contaminação e a partir de algumas recordações, afirma ser seu segundo marido o responsável pela contaminação. O início do tratamento no posto de saúde Treze de Maio. O agravamento do quadro clínico do filho; a busca por maiores informações sobre a doença; a indicação, dada por um médico, do Grupo Pela Vidda. Fala longamente sobre o bebê, menciona a fragilidade de seu estado de saúde; o desentendimento com o pediatra, destacando sua relação com a criança.

Fita 3 – Lado B
Retorna comentando a importância do carinho dos amigos de Barros Filho. O fim do terceiro casamento; a contaminação do marido; a sua reação violenta diante do diagnóstico; as brigas do casal. Menciona a surra levada do marido, durante o período de internação do bebê. Ressalta a solidariedade dos vizinhos de Barros Filho. A sua desinformação sobre a doença; a reaproximação da mãe. Cita algumas situações isoladas de preconceito. Volta a comentar o agravamento do estado de saúde do bebê, ressaltando a relação afetiva existente entre eles. Sua última visita ao filho; a morte do bebê aos 9 meses de idade; o ingresso definitivo no Grupo pela Vidda. Fala sobre o medo de perder a filha Tainara. A decepção com a fuga do filho mais velho. Menciona alguns episódios que poderiam explicar o comportamento arredio do filho mais velho: a invasão de sua casa, em Costa Barros; a morte da avó; a mudança para a casa do padrasto, com quem ele não se dava; e a segunda mudança, quando, expulsos de casa pelo ex-marido, ela e os filhos ficaram abrigados numa casa próxima; o medo de perder a família. Enfatiza a postura intransigente em relação a fuga do filho. A doença da filha Tainara; a estabilidade de seu quadro clínico; a confiança em sua médica; a relação dos médicos do Hospital Jesus com sua filha. Menciona a cesta básica recebida pela filha do projeto Renascer; explica as finalidades do projeto, que assiste crianças carentes no Hospital da Lagoa. Elogia o tratamento recebido no hospital dos Servidores do Estado, local onde faz o acompanhamento clínico da doença.

Fita 4 – Lado A
Acentua os benefícios do coquetel de drogas contra Aids, mencionando a redução dos sintomas da doença em seu corpo. Explica em detalhes origem, finalidades, funcionamento e atividades do grupo organizado pelos pacientes do Hospital dos Servidores do Estado, chamado Viva a Vida. Menciona a intenção de criar um grupo de mães no hospital Jesus; dá informações sobre outros projetos e sobre o sistema de distribuição de cestas básicas para soropositivos no Rio de Janeiro e Niterói. O ingresso no grupo pela Vidda, após a morte do filho em 1996; a intenção de ajudar outras mães soropositivas; a solidariedade encontrada junto aos outros voluntários; a frequência no Grupo de Mulheres. Ressalta a importância dos Grupos de apoio aos soropositivos, inclusive o Pela Vidda. Para ilustrar, comenta a experiência com uma mãe soropositiva no Hospital Jesus. Inicia uma longa avaliação sobre as campanhas de prevenção à Aids elaboradas pelo Ministério da Saúde; entre suas críticas, enfatiza a necessidade de campanhas direcionadas para as camadas populares. Comenta a mudança na concepção da doença a partir do lançamento do “coquetel de drogas” e a sua contribuição para uma maior banalização da Aids; a resistência ao uso de preservativo. Critica o desejo de engravidar manifestado por mulheres soropositivas. Fala sobre sua resistência ao uso de preservativo. Destaca a opção pela abstinência sexual, após a separação do terceiro marido. Comenta as especificidades que tornam as mulheres um segmento mais vulnerável à Aids. Ressalta os estereótipos que caracterizam, para as pessoas comuns, os doentes de Aids. Cita as iniciativas frustradas de iniciar um novo relacionamento; critica o descaso dos homens com as mulheres. Tece comentários sobre sua própria condição de soropositiva, a partir de um programa de TV, onde foi abordado o impacto da contaminação e as possíveis formas de lidar com o preconceito contra o soropositivo.

Fita 4 – Lado B
Continuando a discussão sobre preconceito, relembra um dos episódios em que foi vítima de discriminação. Retorna à questão das campanhas, afirmando que elas são ineficazes junto às camadas populares. Fala um pouco de sua experiência como voluntária na luta contra a Aids, do seu contato cotidiano com os vizinhos e dos resultados, percebidos através da mudança no comportamento de amigos. Enfatiza o desejo de desenvolver um trabalho voluntário com mães soropositivas. Explica as razões de a filha Tainara da escola; menciona as dificuldades de cuidar da saúde da menina e a preocupação com o preconceito. Volta a mencionar as campanhas de prevenção do governo, enfatizando a necessidade de campanhas direcionadas para as classes populares. Faz referência às experiências de suas amigas; ao comportamento masculino; à resistência a qualquer tipo de mudança de comportamento; a submissão feminina. Ao falar da omissão da mulher diante da infidelidade masculina, menciona um antigo relacionamento de seis anos com um homem casado. Mais uma vez afirma jamais ter usado preservativo. Fala rapidamente sobre seus últimos amantes e da possibilidade de tê-los contaminado. Menciona as estratégias para não pensar na morte. A doença, o sofrimento causado aos filhos, as restrições impostas à filha hoje. A percepção sobre seu atual estado de saúde. Relaciona a contaminação pelo HIV e sua trajetória de vida. Comenta os sonhos de encontrar um companheiro; o cuidado com sua saúde. Ressalta a responsabilidade com o tratamento da filha e o custo do tratamento de Aids. Destaca a dor pela perda do filho; a morte de todos os parentes próximos e a importância da solidariedade dos amigos. Volta a destacar a necessidade de campanhas preventivas nas favelas. Reafirma a vontade de viver; enfatiza a importância da solidariedade oferecida pelos amigos. O esforço pessoal para se manter bem; o tratamento; a relação estabelecida com o vírus HIV; o convívio cotidiano com a possibilidade da morte; o zelo com a filha.

3ª Sessão: 19 de dezembro
Fita 5 – Lado A
Sua opinião a respeito da eficácia das campanhas de prevenção à Aids, elaboradas pelo ministério da Saúde. Ressalta o distanciamento entre as campanhas e os pobres, propõe como alternativa mais eficiente a adoção de trabalhos de prevenção desenvolvidos diretamente nas comunidades carentes. Comenta o alto custo do tratamento da Aids. Enfatiza a necessidade de aproximar a Aids da realidade cotidiana das pessoas, priorizando jovens e adolescentes. Explica a forma como aborda questões relacionadas ao sexo e à Aids com os filhos. Associa sexo, Aids e a infidelidade masculina com inibição sexual das mulheres casadas. Ressalta a importância do sexo no casamento; sua experiência sexual; o modelo de mulher ideal; a necessidade de conversas diretas sobre sexo durante as oficinas de prevenção à Aids. Relembra o ótimo relacionamento sexual com o segundo marido e os motivos que levaram ao fim do casamento. Defende o retorno à fidelidade conjugal como a melhor forma de prevenir a Aids. Cita um exemplo de traição feminina. Define as diferenças, na prostituição, dos “serviços” oferecidos pela prostituta e pelo travesti.

Fita 5 – Lado B
Menciona o projeto voltado para mães de crianças soropositivas a ser desenvolvido no ambulatório do Hospital Jesus. Destaca o desejo de produzir um vídeo informativo para mães soropositivas. Fala da convivência com a doença; de seu bom estado de saúde; de seus compromissos cotidianos; dos problemas familiares; da luta diária contra a doença; da responsabilidade com os filhos; de suas atividades semanais; da gratificação encontrada na convivência com os integrantes do Grupo pela Vidda. Ressalta o esforço em viver da melhor forma possível com a Aids; os resultados de seus cuidados com a filha e o importante papel da mãe no tratamento de crianças soropositivas. Reafirma a necessidade de um programa informativo voltado para mães soropositivas e a importância da alimentação para os soropositivos. Conclui, destacando a importância da superação do preconceito do próprio soropositivo.

A biotecnologia em saúde no Brasil

Reúne 14 entrevistas de História Oral. O objetivo do projeto foi analisar a trajetória científica e profissional de pesquisadores da Fiocruz que atuam na área da biotecnologia. A pesquisa integrou um projeto maior realizado pela Vice-Presidência de Desenvolvimento Institucional da Fiocruz em convênio com a Organização Pan-americana de Saúde, que visou promover uma série de estudos sobre o panorama das instituições de pesquisa em saúde na América Latina, particularmente no que diz respeito a novos mecanismos de gestão e novos padrões de inovação científica e tecnológica. Foram realizadas entrevistas com pesquisadores e dirigentes institucionais da Fiocruz cujas trajetórias profissionais estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento da área de biotecnologia no Brasil e na instituição. Os depoimentos foram colhidos tendo como critério norteador os temas pertinentes à pesquisa, não se constituindo, portanto, em histórias de vida. As informações de natureza qualitativa, obtidas através das entrevistas, serviram como subsídio para a interpretação dos dados quantitativos resultantes de uma pesquisa realizada com o auxílio da plataforma Survey Monkey aplicada inicialmente, da qual participaram cerca de 100 pesquisadores vinculados à sete unidades técnico-científicas da Fiocruz.

Fioravanti di Piero

Entrevista realizada por Gilberto Hochman, Luiz Octávio Coimbra e Marcos Chor Maio, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 06, 13, 20 de novembro, 09 de dezembro de 1986 e 16 de junho de 1987.

Resenha biográfica:
Fioravante Alonso di Piero nasceu em Itatinga, São Paulo, a 13 de maio de 1905, filho de imigrantes italianos. A partir de 1942, ocupou o cargo de consultor-médico da Previdência Social, no qual permaneceu durante 32 anos.
Em 1930, obteve o título de Doutor pela Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, onde trabalhou como interno na clínica de propedêutica médica, a cargo do professor Rocha Vaz.
Iniciou suas atividades profissionais em 1928, como auxiliar-acadêmico da Assistência Municipal do Rio de Janeiro. Após a sua formatura, foi admitido no corpo médico do Hospital São Francisco de Assis, da Santa Casa da Misericórdia, além da contratação para professor de clínica de propedêutica médica na Escola de Medicina e Cirurgia do Instituto Hahnemaniano do Rio de Janeiro (professor catedrático desde 1933), professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, em 1934, e professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1937.
A experiência universitária que adquiriu no decorrer dos anos, levou-o à direção da Escola de Medicina do Instituto Hahnemaniano, em 1958, quando então separou a escola do instituto, fundando a Escola de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro.
Iniciou o seu trabalho em Previdência Social ao assumir o cargo de diretor-médico da Caixa dos Estivadores, em 1934, quando teve a oportunidade de elaborar um plano de assistência e previdência para o serviço médico desta Caixa de Aposentadoria e Pensões (CAP).
Em 1937, participou da seleção médica dos candidatos ao primeiro concurso do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI). A partir daí, tornou-se então, sucessivamente, consultor-médico do IAPI e da Previdência social, cargo para o qual foi nomeado pelo Presidente Eurico Gaspar Dutra.
Como consultor-médico da Previdência Social, participou da organização do Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU) e presidiu a Comissão de Unificação das CAPs.
Foi representante do Brasil em várias entidades e conferências internacionais sobre Previdência Social, durante três décadas, tendo ainda contribuído na constituição do sistema previdenciário do México.
Proprietário e articulista do jornal Gazeta de Notícias, escreveu e publicou inúmeros artigos e livros, abordando temas médicos, previdenciários e trabalhistas.
Durante o governo João Goulart, a expressão política e administrativa da Consultoria Médica da Previdência Social (CMPS) ficou reduzida. Porém, com o movimento militar de 1964, o consultor-médico recuperou a sua importância e Fioravanti permaneceu no cargo até a sua aposentadoria, em 1974.
Ainda na década de 70, organizou a Faculdade de medicina de Vassouras e Nova Iguaçu, ambas no Rio de Janeiro.
Na data da entrevista, o depoente tinha 83 anos e mantinha consultório particular no centro do Rio.
Sumário
1ª Sessão: 06 de novembro
Fita 1
Origem familiar; a infância em Itatinga (SP); o Colégio Coração de Jesus em São Paulo; a figura do pai; aspectos de Itatinga; a vida familiar; o grupo escolar; os médicos, hospitais e doenças em Itatinga; o colégio em São Paulo; o vestibular para medicina; os padres salesianos do colégio; a faculdade de medicina no Rio de Janeiro.

Fita 2
A chegada ao Rio de Janeiro; a Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro; o vestibular para medicina; a faculdade de medicina de Vassouras e Nova Iguaçu; caracterização do médico da Previdência; a mobilização dos trabalhadores; o projeto para a Ordem dos Médicos; a indicação feita por Rocha Vaz; comentários sobre Olympio da Fonseca; a reforma Rocha Vaz; a Revolta Constitucionalista de 1932; o Hospital São Francisco de Assis; o concurso para a Escola Hahnemaniana; a organização da Escola de Medicina e Cirurgia; o Hospital Gaffrée Guinle; o Congresso de Homeopatia em São Paulo; comentários sobre a alopatia, homeopatia e acupuntura; as atividades no Hospital São Francisco de Assis; o serviço médico da Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Estivadores.

2ª Sessão: 13 de novembro
Fita 3
As atividades como jornalista na Gazeta de Notícias; o apoio ao General Dutra; comentário sobre a esposa; as atividades como professor; a Escola de Medicina do Instituto Hahnemaniano; Miguel Couto e o fim da escola do Instituto Hahnemaniano; a organização do serviço médico da Caixa dos Estivadores; comentário sobre o SAMDU; as doenças profissionais entre os estivadores; comentário sobre os ambulatórios da Caixa dos Estivadores; o pagamento de despesas hospitalares na Caixa dos Estivadores; a participação dos trabalhadores na Caixa dos Estivadores; referência aos médicos da Caixa dos Estivadores; relato do caso de doença profissional de um estivador; comentário sobre a assistência farmacêutica; os serviços médicos na Caixa dos Estivadores; o concurso de 1937 para o IAPI.

Fita 4
Comentário sobre a Caixa dos Estivadores; o médico da família; referência à polêmica com os atuários no Boletim do Ministério do Trabalho, o Plano de Assistência e Previdência; os diretores-médicos da Caixa; referência a Isaac Brown; os reflexos do Plano de Assistência e Previdência no serviço atuarial; comentário sobre o Plano Beveridge; a crise da Previdência Social francesa; o Plano do Instituto Nacional de Assistência Médico-Social (INAMES); o Instituto de Previdência Social do México; origem do cargo de consultor-médico da Previdência Social; o exame médico e psicotécnico do concurso para o IAPI de 1937; o trabalho como consultor-médico do IAPI.

Fita 5
A função do consultor-médico do IAPI; parecer em caso de cirurgia plástica; as doenças de trabalho dos industriários.

3ª Sessão: 20 de novembro
Fita 5 (continuação)
Relato do caso de um segurado do IAPI que recusou-se a prestar exame médico; origem da CMPS; comentário sobre o período do Estado Novo; referência a Filinto Müller; o relacionamento com Eurico Dutra; assistência médica à esposa do General Dutra; a estrutura da CMPS; o fluxo dos processos enviados à consultoria médica; comentário sobre o Conselho de Recursos da Previdência Social (CRPS); comparação entre os dois períodos do governo Getúlio Vargas; o parecer favorável da CMPS a uma cirurgia plástica.

Fita 6
Relato de um caso de parecer favorável a uma cirurgia plástica; a comissão sobre seguro por acidente de trabalho; a importância da assistência médica na Previdência; a primeira concessão de benefício no IAPI; aspectos da assistência médica nos IAPs: comentários sobre a publicação "Curso de Orientação Sindical"; as divergências entre a CNOS e Dante Pelacani; a suspensão das funções do consultor-médico no governo João Goulart; os atos do consultor-médico após a unificação da Previdência Social; os setores da Consultoria Médica; a intervenção política na Consultoria; o papel do irmão na verificação dos processos da CMPS.

4ª Sessão: 09 de dezembro
Fita 7
A I Conferência Internacional de Seguridade Social no Chile, em 1942; os critérios para a determinação de incapacidade profissional; conceito de segurança social; conclusões da I Conferência Interamericana de Seguridade social; a Conferência de Filadélfia, em 1944; conceito de doença profissional; histórico da conceituação de doenças do trabalho; o acidente de trabalho na legislação brasileira; aspectos da Conferência de Filadélfia; criação da Comissão de Reabilitação dos Incapacitados das Forças Armadas (CRIFA); comentário sobre os congressos internacionais de Previdência; o encontro com Eva Perón; a comissão de estudo sobre estatização dos seguros por acidente de trabalho; comentário sobre o Instituto de Serviços Sociais do Brasil (ISSB).

Fita 8
Origem do SAMDU: comentário sobre o Serviço de Alimentação da Previdência social (SAPS); concepção de Previdência Social; as relações entre o SAMDU e a CMPS; o esvaziamento das funções da CMPS no governo João Goulart; o encontro com o deputado Nelson Omegna na CMPS; contribuição à legislação previdenciária; o encontro com o deputado Nelson Omegna na CMPS; contribuição à legislação previdenciária; o encontro com Juscelino Kubitschek em Brasília; opinião sobre a participação dos trabalhadores na administração da Previdência; comentário sobre a indicação de um motorista à previdência do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas (IAPETEC); a imprevisão nos laudos médicos; o caso de exames a pedido do ministro; relato de uma conversa com o Presidente João Goulart; o golpe de março de 1964; a Consultoria Médica pós-1964; resistência à unificação das Caixas.

Fita 9
Os conflitos de competência entre a CMPS e o CRPS; o consultor-técnico do Ministério do Trabalho; o caso da tentativa do CRPS em rever uma decisão da CMPS; o conflito com o presidente do CRPS; critérios para as decisões da CMPS; comentário sobre as faculdades de medicina de Vassouras e Nova Iguaçu.

5ª Sessão: 16 de junho
Fita 9 (continuação)
O afastamento do presidente da Caixa dos Estivadores; parecer sobre a compra do Hospital da Lagoa (RJ); a suspensão das atribuições da CMPS; a compra de um hospital em Goiás; os concursos para a seleção dos médicos da Previdência; o concurso de 1937 do IAPI; a necessidade de prestação de assistência médica pela Previdência; comentário sobre o INAMES.

Fita 10
O regime de trabalho dos médicos; as escolas médicas; comentário sobre as licenças para tratamento médico; o ensino médico na Previdência Social; comentário sobre os serviços médicos da Previdência; as refeições no SAPS; o Congresso Internacional de Previdência no Chile, em 1942; a tese sobre reabilitação dos inválidos apresentada no Chile; referência à hanseníase e ao alcoolismo como motivo de aposentadoria; as doenças mentais na Previdência; a criação da CRIFA; o surgimento dos assistentes sociais na Previdência; a criação da CMPS; os salários dos médicos do IAPI; a rotina diária de trabalho; o Hospital Geral da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro; a criação do SAMDU; assistência médica domiciliar e assistência farmacêutica nas CAPs; a propedêutica e a terapêutica no ensino médico; comentário sobre a massificação do ensino médico.

Fita 11
Conceito de segurança social; comentário sobre o Relatório Beveridge; a participação no ISSB; contribuição à Previdência do México; a comissão organizadora do ISSB; referência à unificação da Previdência, em 1967; assistência médica previdenciária pós-unificação; parecer sobre a compra de aparelho de raio-X por um hospital previdenciário; a necessidade no Brasil de fiscalização das atividades econômicas.

Francisco Laranja

Entrevista realizada por Rose Ingrid Goldschmidt, Jaime Benchimol e Marcos Chor Maio, na Fiocruz, nos dias 26 de novembro, 08, 10 e 17 de dezembro de 1986.
Sumário
Fitas 1 a 3
Origem familiar e a infância no interior do Rio Grande do Sul; formação escolar; o curso ginasial em Porto Alegre; a morte do pai; a experiência como capataz de fazenda na adolescência e as transformações da vida rural; o caráter do homem gaúcho; a influência da migração europeia no Rio Grande do Sul; as personalidades políticas do sul do país; a convivência com personalidades políticas; a Revolução de 1930; a conclusão do ginásio em Porto Alegre; a relação com os pais; o lazer na infância; as relações com a família de Getúlio Vargas; o quadro epidemiológico no interior do Rio Grande do Sul; o interesse pelos estudos e o vestibular para medicina; a cadeira de direito do trabalho criada por Lindolfo Collor; o convívio com os estudantes na pensão em Porto Alegre; o comunismo na década de 1930; o curso médico e o interesse pela psicologia; a primeira viagem ao Rio de Janeiro em busca do melhores condições de trabalho; o concurso para datilógrafo do IAPI; a transferência para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro; o atentado integralista de 1938; o trabalho burocrático no IAPI.

Fitas 4 e 5
O concurso interno do IAPI; as atividades em cardiologia no IAPI; a atividade assistencial do IAPI; comentários sobre as doenças cardíacas no Brasil; a perícia e a consultoria médica do IAPI; a política salarial do IAPI na década de 1930; a questão da saúde pública durante o curso médico; o concurso para cardiologista do IAPI; a relação entre médico e paciente; a organização do posto de Bambuí (MG); a especialidade em cardiologia; o primeiro contato com a doença de Chagas; a profilaxia da doença de Chagas; a divulgação de trabalhos no exterior.

Fitas 6 a 8
O desdobramento do Ministério da Educação e Saúde e a repercussão no IOC; a gestão Olympio da Fonseca no IOC; o ingresso no IOC na gestão Henrique Aragão; críticas à centralização administrativa do IOC; a indicação para a direção do IOC em 1953; as divisões científicas e os pesquisadores do IOC; a descentralização de sua administração no IOC; a produção do IOC; os recursos do IOC; a política científica do IOC; a modificação na estrutura física de Manguinhos; a gestão Antônio Augusto Xavier; o serviço fotográfico do IOC; o Curso de Aplicação do IOC; comentários sobre a sua gestão no IOC; o retorno à pesquisa; comentários sobre o Estado Novo; avaliação da FIOCRUZ; a influência americana e os modelos de pesquisa; saúde pública e educação sanitária.

Fitas 9 a 11
A nomeação para a direção do SAMDU; os vínculos de amizade com João Goulart; a estrutura funcional do SAMDU; o retorno ao IAPI em 1964; referência ao Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS); a padronização dos serviços do SAMDU; definição político-ideológica; adesão ao getulismo e ao juscelinismo; os acordos para as indicações de cargos públicos; a descentralização administrativa de sua gestão no SAMDU; o orçamento do SAMDU; o desligamento do SAMDU no governo Jânio Quadros; a pressão partidária sobre a nomeação nos cargos públicos; o concurso para acadêmico de medicina do SAMDU; o atendimento ambulatorial; a instalação de postos ambulatoriais na região Centro-Oeste no governo Juscelino Kubitschek; a ligação entre o SAMDU e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); a relação ambulatorial entre médico e paciente; a relação entre saúde pública e política salarial; os critérios adotados para a instalação de postos do SAMDU; a direção do SAMDU no final dos anos 1950; o retorno ao IAPI após o golpe de 1964; a viagem com Jango à URSS e Europa Oriental; o regresso ao IOC e os trabalhos desenvolvidos; comentários sobre a FIOCRUZ; a questão dos relatórios administrativos do IOC; o governo João Goulart; a administração da NOVACAP; o retorno à fazenda de Goiás após o golpe de 1964; o casamento e a vida em Brasília na década de 1970; a “cassação branca”; o concurso para cardiologista no Hospital Distrital; a interferência do Serviço Nacional de Informação (SNI) em sua vida profissional.

Paulo Marchiori Buss

Entrevista realizada por Eduardo Navarro Stotz e Cristina Fonseca, no Rio de Janeiro, em três sessões, nos dias 06 de julho (fitas 1 e 2), 15 de julho (fita 3) e 05 de agosto de 1999 (fita 4).

Resultados 241 a 270 de 709