Área de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- 2002 (Produção)
nível de descrição
Dimensão e suporte
Área de contextualização
Nome do produtor
Entidade custodiadora
História arquivística
Procedência
Área de conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
Sumário de assuntos
Fita 1 – Lado A
Sobre a origem de seu apelido, ‘Bill’, criado por Maria Leide W. de Oliveira; data e local de nascimento; lembranças da família; comentários a respeito da Segunda Guerra Mundial e da profissão dos pais; a influência da religião em sua vida; o primeiro contato com a hanseníase e as ONGs que ajudavam seus portadores; formação escolar e a passagem por um seminário Batista; a vinda para o Brasil em 1960 como missionário; o trabalho como paramédico e a opção pela Medicina para ajudar os habitantes da Vila de Canutama, na Amazônia; o ingresso na Universidade Federal do Amazonas em 1968 e os colegas de faculdade; o estágio com o professor René Garrido Neves no Hospital Frei Antônio, no Rio de Janeiro, em 1973; a escolha pela especialização em oftalmologia; a mudança do Amazonas para o Acre em 1979; observações sobre a oficina de calçados que montou em Manaus, em 1969, para prevenir as deformidades causadas pela hanseníase, e as oficinas montadas em outras regiões como Marituba, em Belém, e no ILSL, em Bauru; seu trabalho como gerente do Programa de Dermatologia do Acre a partir de 1981; comentários sobre o Leprosário
Souza Araújo e o isolamento compulsório; a situação precária do Leprosário, com cerca de 400 pacientes; ceticismo em relação à municipalização do serviço de hanseníase no Acre; a utilização da Sulfona e a poliquimioterapia no combate à doença; a respeito das 12 doses medicamentosas e os casos de recidivas; sua dúvida em relação à cura da hanseníase.
Fita 1 – Lado B
Relatos sobre pacientes e ex-pacientes e as dificuldades no atendimento a essas populações; comentários sobre o papel das ONGs internacionais e o Morhan no Brasil; observações sobre Francisco Augusto Vieira Nunes, o Bacurau, e o caminho errado que, segundo o depoente, o Morhan vem seguindo; o prêmio de Cavaleiro da Ordem do Império Britânico, concedido pela Rainha da
Inglaterra, em 1997, por seu trabalho no combate à hanseníase no estado do Acre; os congressos de que participou, os planos de aposentadoria e a equipe de trabalho.
Avaliação, selecção e eliminação
Ingressos adicionais
Sistema de arranjo
Área de condições de acesso e uso
Condições de acesso
Condições de reprodução
Idioma do material
Forma de escrita do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Instrumentos de pesquisa
Área de fontes relacionadas
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Nota de publicação
Disponível em: <http://revista.historiaoral.org.br/index.php?journal=rho&page=article&op=view&path%5B%5D=696&path%5B%5D=pdf>
Área de notas
Nota
William John Woods nasceu em 1937, em Belfast, Irlanda do Norte, em família com quatro irmãos. Seu pai trabalhou como marinheiro voluntário na Segunda Guerra Mundial. Desde os 14 anos William é filiado à Igreja Evangélica, onde teve o primeiro contato com a hanseníase, através da ajuda que o seu grupo oferecia à American Leprosy Missions (ALM). Frequentou um seminário batista e ali conheceu diversas pessoas que migraram para a região Norte do Brasil para fundar novas igrejas. Influenciado pelas histórias contadas por esses seminaristas, o depoente decidiu partir também para o Brasil. William Woods chegou ao Brasil através do estado do Amazonas, em 1960. Vendo a difícil realidade daquela população, comoveu-se e resolveu tornar-se médico para diminuir um pouco os problemas de saúde e o sofrimento do povo da região. Inicialmente se tornou paramédico, realizando curso voltado para a área de hanseníase, promovido pela Leprosy Research Unit. Em 1968 foi para Manaus, cursar Medicina, e se graduou em 1974 pela Universidade Federal do Amazonas. Estagiou com o professor René Garrido no Instituto de Leprologia (IL) em São Cristóvão, no Rio de Janeiro. No IL obteve a especialização em oftalmologia e trabalhou no Hospital Colônia de Curupaiti, em Jacarepaguá. William Woods fez parte do primeiro grupo a trabalhar com prevenção de incapacidades provocadas pela hanseníase, em Manaus. Transferiu-se em 1979 para o Acre, onde foi gerente do Programa de Dermatologia desde 1981 até o início da década de 2000. Em 1997 recebeu o título de Cavalheiro da Ordem Britânica, concedido pela Rainha da Inglaterra, sobretudo por seu esforço
em combater a doença no Brasil. Com sua equipe, William implementou a prevenção de incapacidades físicas e a adaptação de calçados, juntamente com a poliquimioterapia, no estado do Amazonas, que já foi o mais endêmico do país. Considera-se o Acre um exemplo de sucesso com grande redução da endemia, mesmo antes de apresentar boa cobertura da atenção básica. Isso graças às ações no interior de igarapés, coordenadas por ele, levando diagnóstico e tratamento a todas as populações ribeirinhas, na medida do possível. Atualmente continua atuando como assessor do Programa Estadual de Controle da Hanseníase e outras dermatoses tropicais no Acre, dedicando sua vida ao trabalho e à Igreja.
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- William John Woods (Assunto)