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Álvaro Moncayo Medina

Entrevista realizada por Marília Coutinho e Nara Britto no dia 11 de novembro de 1993.

Sumário
Fita 1
O início de sua participação no TDR - Programa Especial de Pesquisa e Treinamento em Doenças Tropicais -, como secretário do Comitê Orientador de Pesquisa em Doença de Chagas. As agências das Nações Unidas patrocinadoras do programa. As doações voluntárias. A vinculação entre as comunidades científicas dos países desenvolvidos e dos países em desenvolvimento na gestão do programa. Os dois objetivos fundamentais do TDR. A especificidade da pesquisa em doença de Chagas: contrariamente ao que acontece com as outras doenças, tem uma tradição muito forte nos países diretamente afetados. O motivo do seu recrutamento para esse posto no TDR. O início das atividades do TDR relacionadas à pesquisa em doença de Chagas, em 1977. Formação acadêmica e primeiras atividades profissionais. O contexto de criação do programa TDR: a preocupação em aplicar os novos conhecimentos da biologia molecular ao estudo das doenças parasitárias. A Organização Mundial de Saúde. A predominância da pesquisa em doença de Chagas nos países em que a doença é endêmica. A concentração nos países desenvolvidos das pesquisas nas outras doenças parasitárias: o exemplo da malária. Os resultados da indução do TDR ao desenvolvimento de pesquisas em doenças parasitárias nos países pobres. A reorganização atual do programa. Os objetivos desta mudança. A nova estrutura do programa: a divisão em três áreas. As prioridades de cada área. O receio de que essa reorganização prejudique a pesquisa em doença de Chagas. Os critérios de recrutamento para o comitê de pesquisa estratégica. O desequilíbrio, nesse comitê, entre representantes dos países desenvolvidos e dos países em desenvolvimento. A forma de se garantir um equilíbrio nessa representação. Os motivos desse redirecionamento do TDR. A questão dos recursos. As novas conjunturas internacionais. As novas forças geopolíticas a partir de 1991. A importância do TDR para a pesquisa em doença de Chagas.

Fita 2
A notícia da reorganização do TDR. A organização do documento-base apresentado ao comitê científico do programa. As críticas ao documento. As consequências do fim da Guerra Fria na realocação dos investimentos em ciência nos diferentes países. As consequências do neoliberalismo. Pela formação de novos laços de solidariedade e cooperação entre os países. Os fatores que geram desigualdades na competição científica entre os países. A importância de se aproveitar as vantagens da relação com instituições dos países desenvolvidos. A importância das relações entre instituições brasileiras e instituições americanas no caso da pesquisa em doença de Chagas. A iniciativa do Cone Sul quanto à eliminação, até o fim da década, das formas vetorial e transfusional da doença de Chagas. As formas de se obter essa eliminação. Os recursos para isso. Previsões de datas para esse resultado em cada país. A reação da comunidade científica aos excessos de sofisticação da área de biologia molecular: a tendência a não se preocupar mais com a solução concreta do problema da doença. O grande interesse, na reunião de Caxambu, por uma mesa sobre pesquisa aplicada. O questionamento, pela geração mais jovem, dos paradigmas científicos atuais. A preocupação dos jovens cientistas em proporcionar solução aos problemas reais de seus próprios países. Agradecimento a Carlos Morel pela presidência da mesa da qual participou na reunião de Caxambu. A tendência da comunidade científica em ter cada vez mais consciência da necessidade de aplicar os conhecimentos básicos para se obter as soluções dos problemas. A responsabilidade social do cientista, inclusive daquele de pesquisa básica. A inclusão na reunião de Caxambu, a partir de 1985, de temas de controle. Recursos do TDR para a reunião anual de pesquisa aplicada em doença de Chagas, em Uberaba. A tendência ao fim dos investimentos do TDR em pesquisa clínica. A necessidade de se fazer uma reunião de pesquisa em doença de Chagas onde se cruzem as duas perspectivas, a básica e a clínica e aplicada. O predomínio dos investimentos do TDR na área de pesquisa básica em doença de Chagas. Os critérios do TDR para a alocação de recursos em pesquisa básica e pesquisa aplicada.

Medalhas

  • BR RJCOC JR-FC-HC-01
  • Dossiê
  • 01/12/1945-03/05/1999
  • Parte de José Reis

Homenagens concedidas: medalha comemorativa do Centenário do nascimento do Barão do Rio Branco concedida pelo Ministério das Relações Exteriores (01/12/1945); medalha de Honra ao Mérito concedida pelo Clube de Ciências do Instituto Estadual Conselheiro Rodrigues Alves (11/1965); medalha concedida pelo Instituto de Educação João Gomes de Araújo, na 1ª Feira de Ciências (23/10/1966); medalha de agradecimento pela colaboração concedida no Prêmio Boileseil (1974). medalha da UNESCO, Prêmio Kalinga (1974); medalha concedida pela Academia Brasileira de Literatura Infantil e Juvenil (02/02/1979); Medalha do Instituto Oceanográfico (USP), em comemoração aos 30 anos da universidade (05/12/1981); medalha Butantan concedida pelo governo do Estado de São Paulo (1987); medalha da Ordem do Mérito Científico (1995); medalha concedida pela Associação Paulista de Imprensa em sessão solene da Assembleia Legislativa de São Paulo (03/05/1999).

Memória de Manguinhos

Reúne 30 depoimentos que foram coletados com o objetivo de reconstituir a história do Instituto Oswaldo Cruz através da vivência de alguns de seus cientistas, auxiliares e administradores, enfocando questões relativas ao ensino, pesquisa, política institucional e governamental, produção de terapêuticos e o desenvolvimento da ciência. As entrevistas tratam principalmente do período compreendido entre a década de 1930 e o "Massacre de Manguinhos" nos anos 1970. O projeto obteve apoio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

Carlos Chagas Filho

  • BR RJCOC CF
  • Fundo
  • 1756-2010

Reúne cartas, memorandos, ofícios, telegramas, bilhetes, convites, cartões-postais, discursos, conferências, diplomas, certificados, declarações, currículos, projetos de pesquisa, comunicações, artigos científicos, programas de eventos, notas para imprensa, protocolos de pesquisa, atas de reunião, entrevistas, relatórios de atividades, jornais, informativos, fotografias, recortes de jornais e revistas, passaportes, mensagens por fax e cartazes, entre outros documentos referentes à vida pessoal e à trajetória profissional do titular como professor, pesquisador, dirigente e membro de numerosas instituições e associações científicas, acadêmicas e culturais, tanto no Brasil como no exterior.

Carlos Chagas Filho

Astrogildo Machado

  • BR RJCOC AM
  • Fundo
  • 1901-2002

Reúne cartas, ofícios, recortes de jornais, noticiários, faturas, recibos, necrológicos, certificados, bulas, fotografias, cadernos de apontamentos, publicações, artigos científicos, certificados e prospectos, entre outros documentos referentes à vida pessoal e à trajetória profissional do titular como professor, pesquisador e gestor.

Astrogildo Machado

Arthur Neiva

  • BR RJCOC AN
  • Fundo
  • 1904-1985

Reúne cartas, ofícios, cartões-postais, telegramas, currículos, discursos, fotografias, desenhos, diários de campo, artigos científicos, conferências, notas para imprensa e recortes de jornais e revistas, entre outros documentos referentes à vida pessoal e à trajetória profissional do titular nas áreas de entomologia e parasitologia.

Arthur Neiva

Aristides Limaverde

  • BR RJCOC LM
  • Coleção
  • 1949-1957

Reúne fotografias e fotogramas de cópias-contato referentes às campanhas de combate à endemias rurais, como doença de Chagas e malária.

Aristides Celso Ferreira Limaverde

Cláudio Amaral

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida e Laurinda Rosa Maciel nos dias 01 de junho, 13 e 19 de julho e 27 de setembro de 2001, em Niterói (RJ).

Alina Perlowagora-Szumlewicz

  • BR RJCOC PW
  • Coleção
  • 1943-2002

Reúne cartas, documentos funcionais, artigos científicos, resumos de trabalhos em eventos, certificados, relatórios de pesquisa e fotografias, entre outros documentos referentes à trajetória profissional da titular como pesquisadora.

Alina Perlowagora-Szumlewicz

Pessoas em praia de Trujillo

Na imagem está presente a canoa típica da região, chamada de Caballito de Totora.

Diretor do Serviço Nacional de Tuberculose

Reúne discursos, cartas, transcrições de eventos, fotografias, relatórios de atividades, resoluções, telegramas, apontamentos, cartões postais, cópias contato, ensaios, programas de evento, propostas e crachá.

Cartas

  • BR RJCOC SZ-DP-IC-01
  • Dossiê
  • 11/11/1959 - 15/11/1996
  • Parte de Szachna Cynamon

Maria José Deane

Entrevista realizada por Lúcio Flávio Taveira e Rose Ingrid Goldschmidt, na Fiocruz (RJ), no dia 12 de setembro de 1989.
Sumário
Fitas 1 e 2
As heranças austríaca, portuguesa e italiana presentes na formação dos pais; observações sobre a morte da irmã por difteria; recordações da infância em Belém; comentários sobre o avô e a busca da riqueza na Amazônia; o desprezo ao título de nobreza da família von Paumgartten; o empobrecimento da família devido à Primeira Guerra Mundial; a disciplina na educação e a valorização da literatura desde a infância; a formação francesa da mãe; o vínculo direto de Belém com a Europa no início do século; a qualidade do ensino público em Belém durante o ciclo da borracha; a organização do Colégio von Paumgartten pelas tias educadoras; a formação do pai; a morte do avô; o casamento por procuração dos pais; o curso normal realizado pela mãe em Paris; a aversão pelos movimentos políticos e ideológicos; críticas ao conceito de vocação nata; a escolha profissional; o desenvolvimento do senso crítico e o desprezo aos dogmas religiosos; a liberdade concedida pela família na escolha profissional; o significativo número de mulheres na turma da faculdade de medicina; o encontro com Leônidas Deane na faculdade e sua influência no interesse pela pesquisa científica; o estágio como interna na Santa Casa da Misericórdia; o ingresso na equipe de Evandro Chagas e a presença feminina em grupo de pesquisadores exclusivamente masculino; a recepção como cientista no interior do Brasil; a questão da virgindade e o questionamento da importância do casamento; o contato com a família Chagas na década de 1930; o choque causado pela morte de Evandro Chagas; as aventuras presentes nas campanhas pelo interior do Brasil; a importância do estágio realizado no Curso de Aplicação do IOC; a ausência de nomes femininos de peso no IOC na década de 1930; o trabalho em hematologia com Walter Oswaldo Cruz; o ingresso na campanha contra o Anopheles gambiae e a briga com Evandro Chagas; a estruturação da Fundação Rockefeller nas campanhas contra a malária; a discriminação em sua carreira profissional; as mudanças profissionais devido à maternidade; as aulas preparadas a partir da narrativa de experiências passada; a opção pela dedicação exclusiva à maternidade durante os primeiros anos da filha; o convite de Samuel Pessoa para ingressar na USP; o envolvimento da filha em movimentos estudantis durante a ditadura militar e a sua fuga para a Argentina; a violência moral sofrida pelos presos políticos; comentários sobre a ditadura militar argentina.

Cartas

  • BR RJCOC PC-VP-RS-03.v.3
  • Dossiê
  • 01/01/1940 - 15/12/1944
  • Parte de Paulo Carneiro

José Antônio Nunes de Miranda

Entrevista realizada por Dilene Raimundo do Nascimento e Tânia Maria Dias Fernandes, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 30 de junho, 09 de julho e 01 de setembro de 1992.

Plano de Operação Cívico Social da Divisão Blindada do Exército

Trata-se de um conjunto de relatórios das “ações cívico militares de assistência às populações rurais” desenvolvidas pela Divisão Blindada do Exército brasileiro no Estado do Rio de Janeiro, mais especificamente nas cidades de Barra Mansa, Piraí, Rio Claro e Mendes, durante o mês de outubro de 1969. O documento foi encaminhado por ofício pelo general Tasso Villar de Aquino, comandante da Divisão Blindada, para o gabinete do Ministro da Saúde, cargo que era exercido por Francisco de Paula da Rocha Lagôa. . As ações relatadas, que integraram esforços de “organizações públicas e privadas”, ofereceram assistência médica e odontológica, vacinação, distribuição de medicamentos e material escolar informativo, bem como atendimento veterinário.

Correspondência entre Cientistas, Médicos, Professores, Autoridades Sanitárias, Políticos e Ministros

  • BR RJCOC OC-COR-CI-02
  • Dossiê
  • 30/11/1897-29/01/1916
  • Parte de Oswaldo Cruz

Iniciando no período em que esteve em Paris estudando bacteriologia no Instituto Pasteur e era consultado por colegas a respeito de livros e periódicos científicos. A correspondência percorre período significativo de sua trajetória profissional: pedido de envio de tubos com a cultura do bacilo de Yersin (da peste bubônica), pedidos de favores feitos pelo titular ou enviados a ele, convite do governador da Bahia para realizar serviços bacteriológicos não identificados naquele estado, envio de resultado de exames laboratorias, resposta ao ofício de Emílio Ribas, em que este o felicita pela indicação para a Diretoria Geral de Saúde Pública e pela solidariedade quando da implantação das campanhas sanitárias no Rio de Janeiro, carta a Carlos Seidl, diretor do Hospital Afrânio Peixoto, agradecendo palavras de incentivo, carta a Francisco Castro, professor da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, sobre a comissão enviada a Ribeirão das Lajes (RJ) para investigar casos de malária, carta de Bulhões de Carvalho felicitando o titular por representar o Brasil no Convênio Sanitário Sul-Americano, e carta a Gonçalo Muniz enviando estatísticas sobre acidentes com a soroterapia.

Movimento Antimanicomial

filmes, item 01/04: "Casa de Saúde Anchieta, entrevista com os pacientes, Santos, 03/05/1989" - visita de inspeção retratando as condições precárias de funcionamento e atendimento aos internos, entrevista com os pacientes; item 02/04: Documentário "Intervenção Casa de Saúde Anchieta", 17/05/1989; item 03/04: "Projeto Tam Tam nas emissoras de televisão" Compilado de reportagens veiculadas nos canais de televisão sobre o Projeto , que consistiu no tratamento humanizado e integração dos pacientes de saúde mental à sociedade, implementado após a intervenção municipal da Casa de Saúde Anchieta; item 04/04: "Manifestação Popular Pró-Anchieta".

Fernando Braga Ubatuba

Sumário: fitas 1 a 4
Origem familiar; a vocação inventiva e a projeção nacional da família; observações sobre a formação cultural brasileira; a vida escolar em Pelotas; observações sobre a Revolução russa de 1917 e sobre a utilização do método científico nas ciências humanas; a opção pela medicina; considerações sobre o desenvolvimento da ciência no mundo; o papel da mãe na formação intelectual; a transferência para a o Rio de Janeiro e o ingresso no curso pré-médico; a influência da ética protestante na vida profissional; a convivência com um tio oftalmologista; perfil profissional dos filhos; a influência exercida pelo IOC e por seus cientistas em toda a América Latina; a formação profissional na medicina norte-americana; a opção por uma visão de mundo materialista e seu significado moral e ético na vida e na ciência; a importância da tecnologia para o desenvolvimento científico; a importância de um maior contato com a literatura científica na formação dos pesquisadores; o caráter individual do trabalho em ciência; o vestibular prestado para a faculdade de medicina e o ingresso no IOC; o trabalho desenvolvido com Carlos Chagas Filho no estudo da cultura de protozoários; a função de professor catedrático da Escola Nacional de Veterinária; as tendências iniciais do desenvolvimento científico do IOC; impressões sobre o Curso de Aplicação do IOC; os estudos desenvolvidos por Humberto Cardoso com óleo de chalmoga; os serviços prestado pelo IOC no “esforço de guerra” e as dificuldades e subversão de seu status científico; o papel de Thales Martins no desenvolvimento do IOC e da endocrinologia brasileira; a proeminência do IOC sobre as instituições científicas de São Paulo na década de 1940; o perfil profissional de Thales Martins; comentários sobre os ciclos evolutivos das instituições de pesquisa; a importância da literatura científica e da organização bibliográfica para a ciência; crítica a Olympio da Fonseca.

Carlos Chagas Filho

Entrevista realizada por Nara de Azevedo Brito, Paulo Gadelha, Luiz Fernando Ferreira e Rose Ingrid Goldschmidt, no Instituto de Biofísica (UFRJ), entre 18 de fevereiro de 1987 e 30 de setembro de 1988.
Sumário
Fitas 1 a 3
O ingresso na faculdade de medicina; o encontro com Walter Oswaldo Cruz e Emanuel Dias no curso médico; a personalidade e inteligência de Walter Oswaldo Cruz; a penetração da literatura francesa no Brasil no início do século; A reforma de ensino Rocha Vaz e as repercussões no curso de medicina; o ingresso em Manguinhos com Walter Oswaldo Cruz e Emmanuel Dias; a experiência como adjunto de serviço de autópsia de Magarinos Torres, no Hospital São Francisco; o método e a dedicação do pai à atividade docente; a boemia nos tempos da juventude com os amigos Walter Oswaldo Cruz e Emmanuel Dias; o interesse de Walter Oswaldo Cruz pelo estudo de anemia; a opção pela universidade em detrimento de Manguinhos; a iniciativa da Fundação Ford em estabelecer cursos de pós-graduação no Brasil a partir de 1964; o perfil progressista de Walter Oswaldo Cruz; visão crítica sobre Rocha Lagoa; as gestões Francisco Laranja e Antonio Augusto Xavier no IOC; a decadência de Manguinhos; os conflitos internos gerados com a nomeação de Rocha Lagoa para a direção do IOC; o convite do presidente Castelo Branco para representar o Brasil na UNESCO; a reprovação de Rocha Lagoa no concurso promovido pelo Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) para biologista de Manguinhos; a presença de militares no IOC durante a gestão de Rocha Lagoa; o último encontro com Walter Oswaldo Cruz em 1965 e o choque causado por sua morte em 1967; a atual superioridade científica de São Paulo sobre o Rio de Janeiro; o perfil profissional dos filhos de Oswaldo Cruz.

Fitas 4 e 5
A infância na rua Paissandú, Flamengo, na cidade do Rio de Janeiro; os banhos de mar com o pai na Praia do Flamengo; a admiração de Carlos Chagas por Oswaldo Cruz e o choque provocado por sua morte; a divisão política do IOC depois da morte de Oswaldo Cruz e a luta pela direção de Manguinhos; as dificuldades financeiras do IOC com o fim da verba da vacina contra a manqueira; o esvaziamento do IOC após a criação das universidades e centros de pesquisa a partir da década de 30; comentários sobre as causas da morte de Oswaldo Cruz; a crença positivista da família e o forte sentimento religioso; a educação voltada para as diversas manifestações culturais e artísticas; a influência estrangeira no desenvolvimento científico brasileiro; as leituras preferidas do pai; o questionamento da Academia Nacional de Medicina a respeito da descoberta da doença de Chagas; o desprestígio da carreira universitária no início do século; a fundação de um centro de pesquisa em universidade brasileira; o caráter centralizador da gestão de Carlos Chagas no IOC.

Fitas 6 e 7
Os primeiros contatos com Manguinhos e com Joaquim Venâncio; a personalidade de Adolpho Lutz; a amizade com Francisco Gomes no laboratório de Astrogildo Machado; a experiência profissional adquirida no contato com Osvino Pena, Magarinos Torres e Burle Figueiredo no Hospital São Francisco de Assis; a vida boêmia de alguns cientistas do IOC; o perfil profissional de Carneiro Felipe; a relação paternalista dos cientistas do IOC com seus estagiários; a personalidade autoritária de Álvaro Osório de Almeida; a forte influência científico-cultural francesa nos fundadores de Manguinhos; comparações entre as questões sociais do início do século e as atuais; o crescimento das favelas do Rio de Janeiro após o Estado Novo; ausência de discriminação racial em Manguinhos; a participação na Aliança Liberal em 1930; o equívoco das políticas de saúde de Getúlio Vargas; resistência do pai à incorporação do IOC pelo Departamento Nacional de Saúde Pública (DNSP); o perfil político de Belisário Pena e sua relação com Carlos Chagas; ausência de grupos de esquerda organizados antes da década de 30; o mecenato de Guilherme Guinle e o financiamento ao SEGE dirigido por Evandro Chagas; o perfil profissional de Felipe Neri Guimarães e a coesão do grupo de cientistas do SEGE; a desvalorização da ciência por parte das autoridades brasileiras; inexistência de um período de decadência na história de Manguinhos; comentários sobre a baixa qualidade da penicilina produzida por Manguinhos na década de 40; a dificuldade da gestão Aragão em visualizar o futuro desenvolvimento do IOC.

Fitas 8 e 9
Perfil do professor Pacheco Leão; a experiência profissional na expedição à Lassance e o contato com lepra e malária no interior do país; as condições de vida do povo brasileiro; as qualidades e carências do Curso de aplicação do IOC; a convivência com o arquiteto Luiz de Morais, com o bibliotecário Overmeer e o fotógrafo J. Pinto; as diversas fontes de financiamento do laboratório de biofísica; o nascimento da microscopia eletrônica brasileira; a formação de profissionais competentes no Instituto de Biofísica; os motivos da opção pela universidade em detrimento do IOC; a dificuldade na escolha da banca examinadora do concurso na Universidade do Brasil; o pedido para sua permanência em Manguinhos feito por Evandro Chagas; o desgosto de Evandro Chagas ao ser reprovado no concurso para a cátedra de doenças tropicais da Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil; a nomeação para chefia do SEGE em 1942 após a morte de Evandro Chagas; as diversas origens das verbas do IOC e o incentivo à pesquisa brasileira com a criação do CNPq; o auxílio da fundação Rockefeller para o desenvolvimento da pesquisa em radioisotopia no Instituto de Biofísica; a personalidade de Miguel Osório de Almeida; a prisão de Carlos Chagas na Revolução de 1930; Pedro Ernesto e a tentativa de democratizar o governo Vargas; defesa da formação interdisciplinar do médico e do sanitarista brasileiro.

Fitas 10 e 11
A luta pelo progresso da ciência brasileira; a elevação do custo de vida e as dificuldades financeiras durante o Estado Novo; o contato com grandes cientistas europeus na década de 40; a formação inicial do quadro de profissionais do Instituto de Biofísica; as dificuldades do desenvolvimento científico na sociedade brasileira; a tentativa de Barros Barreto de transformar o IOC em uma instituição de saúde pública; a prática de interdisciplina no Instituto de Biofísica; o incentivo do CNPq ao desenvolvimento científico; perfil do Almirante Álvaro Alberto; o desenvolvimento da física brasileira; defesa da autonomia de pesquisa nas universidades; os riscos provenientes da privatização das instituições de pesquisa; considerações sobre a importância da tecnologia no desenvolvimento científico do Terceiro Mundo.

Fitas 12 a 14
Os principais problemas do Terceiro Mundo; o caráter colonial do desenvolvimento científico brasileiro; a necessidade de harmonia cultural para o desenvolvimento econômico e social de um país; a valorização da ciência e tecnologia após a Segunda Guerra Mundial; crítica ao comportamento das elites brasileiras; comparação entre o ensino médico do início do século e da década de 60; os obstáculos à pesquisa criados pela Reforma Universitária de 1964; defesa do ensino religioso nas universidades brasileiras.

Fitas 15 e 16
A inconveniente privatização da biotecnologia; ausência de políticos voltados para a defesa do desenvolvimento da ciência e tecnologia nacional; a necessidade de diferenciação entre prática médica e atividade científica; histórico da criação do CNPq e o trabalho desenvolvido na Divisão de Ciência e Biologia; o preconceito do CNPq em relação às ciências sociais; comentários sobre a soma de recursos do CNPq investidas em Manguinhos; o aproveitamento de cientistas europeus exilados durante a Segunda Guerra Mundial por instituições de pesquisa de São Paulo; definição de vocação científica e a diferenciação entre cientistas e “empregados da ciência”; comentários sobre a obrigatoriedade de publicação regular de artigos científicos; as disputas internas no CNPq durante o governo Café Filho e a demissão do Almirante Álvaro Alberto; o controle da ciência e da tecnologia pelos militares a partir de 1964.

Fitas 17 e 18 - Lado A
O contato com o Instituto Pasteur e com Emile Marchou em 1937; a equiparação tecnológica do IOC com o Instituto Pasteur na década de 30; comentário sobre a atuação de pesquisadores do Instituto Pasteur na Resistência Francesa durante a Segunda Guerra Mundial; perfil de Heráclides César de Souza Araújo; Olympio da Fonseca e a tentativa de criar a área de microscopia eletrônica no IOC; o perfil acadêmico das universidades francesas.

Fitas 18 - lado B e 19
O trabalho da Academia Brasileira de Ciências na década de 60; as reuniões científicas com Álvaro Alberto e Arthur Moses; a questão da propriedade das patentes de vacina no IOC na década de 30; a supremacia do grupo biomédico na Academia Brasileira de Ciências a partir da década de 40; a valorização da saúde pelas autoridades públicas após a Reforma Carlos Chagas em 1921; a importância das academias científicas no desenvolvimento social e econômico dos países europeus; o trabalho desenvolvido como delegado do Brasil na UNESCO; o trabalho pela paz mundial; a importância de sua atuação como secretário geral da Conferência das Nações Unidas para a Aplicação da Ciência e Tecnologia ao Desenvolvimento realizada em 1962; a nomeação para presidente da Academia Pontifícia de Ciências.

Fitas 20 e 21
Perfil da bibliotecária Emília de Bustamante; o distanciamento entre os avanços da ciência nos países desenvolvidos e nos subdesenvolvidos; a necessária priorização da educação pelos futuros governantes brasileiros; o caráter predatório das elites brasileiras; a luta empreendida pela Academia Pontifícia de Ciências contra a guerra nuclear e a destruição da camada de ozônio da atmosfera; a defesa pela Igreja do sistema Ptolomáico ameaçado por Copérnico; as dificuldades financeiras enfrentadas pelo Vaticano; comentários sobre a fé católica brasileira; a singular combinação entre ciência e religião e sua concepção de religiosidade; defesa da origem divina do universo; a forte religiosidade dos cientistas judeus; os méritos e defeitos da “Tecnologia da Libertação”; visão sobre o papel da ciência no desenvolvimento humano.

Comissão Nacional da Reforma Sanitária

  • BR RJCOC CN
  • Fundo
  • 1978-1992

Reúne cartas, ofícios, telegramas, circulares, discursos, relatórios de atividades, informativos, atas e pautas de reuniões, portarias, decretos, comunicações em eventos, recortes de jornais, filmes e manifestos, entre outros documentos referentes às atividades da comissão.

Comissão Nacional da Reforma Sanitária

Augusto Cid de Mello Perissé

Entrevista realizada por Wanda Hamilton, na Fiocruz/RJ, no dia 27 de fevereiro de 1986.

Resenha biográfica
Augusto Cid de Mello Perissé nasceu a 30 de abril de 1917, em Barbacena, Minas Gerais. Formado em 1938 pela Escola Nacional de Farmácia da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especializou-se em química orgânica e bioquímica no Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Além disso, é doutor em ciências pela Universidade de São Paulo (USP).
Em 1943, ingressou no IOC como químico analista. Em Manguinhos, foi tecnologista, professor, pesquisador, e organizou o laboratório de química orgânica. Também lecionou química no Instituto de Tecnologia do Rio de Janeiro e na Universidade Federal da Bahia.
Em 1957, viajou para Frankfurt, Alemanha Ocidental, a fim de realizar um curso de pós-doutorado como bolsista do Serviço Germânico de Intercâmbio Acadêmico. Em seguida, passou dois anos no Collège de France, em Paris. Retornou à França, em 1965, como pesquisador visitante do Instituto de Química de Substâncias Naturais, publicando vários trabalhos com o professor Mester.
Membro da Sociedade Brasileira de Química, da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), das Sociedades de Química de Londres e da Alemanha, além da Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro, Augusto Perissé, em 1970, teve seus diretos políticos cassados e foi aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional nº 5 (AI-5).
Embora tenha sido aprovado em concurso para professor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (SP), foi impedido de ocupar o posto devido a sua cassação. Além disso, foi obrigado a interromper suas pesquisas sobre venenos de Diplopodas (gongolô) brasileiros.
Em 1971, viajou para a França a convite do professor Mester, voltando a trabalhar no Instituto de Química de Substâncias Naturais, onde permaneceu até 1975. Diretor de pesquisa do Instituto de Saúde e Pesquisa Médica de Paris, Augusto Perissé esteve ainda no Instituto Max Planck, de Heidelberg, trabalhando com síntese automática de proteínas, e na Universidade Técnica de Munique.
Em 1976, foi para Moçambique como professor catedrático concursado da Universidade Eduardo Mondlane. Porém, mais tarde, com a esposa gravemente enferma, retornou ao Brasil.
Augusto Perissé recomeçou seu trabalho em Manguinhos, em 1981, como bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), prestando consultoria à Vice-Presidência de Desenvolvimento e retomando suas pesquisas sobre os Diplopodas e sobre química e bioquímica da hanseníase.
Em 1986, foi reintegrado ao quadro de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Devido a problemas de saúde, afastou-se deste cargo em 1994.

Sumário
Fitas 1 a 4
Origem familiar; os problemas financeiros na época em que era estudante de farmácia; a atração pela medicina; o trabalho como tecnologista da Marinha; o emprego numa fábrica de pólvora a convite de um professor; o ingresso no IOC em 1943; considerações sobre o curso de farmácia; o interesse pela botânica e a decisão de permanecer no IOC; o primeiro contato com a química; a proibição de trabalhar com síntese de composto orgânico pelo diretor do IOC, Henrique Aragão; o desenvolvimento da química no IOC e a introdução de novos cursos durante a gestão Olympio da Fonseca; o trabalho no Instituto Nacional de Tecnologia; a transferência para a USP a convite do professor Hauptman e a convivência com químicos alemães; a importância da biblioteca do IOC até 1964; comentários sobre o trabalho do professor Hauptman e de Rheinboldt; crítica à orientação científica do IOC no período pós-1964; comentários sobre o doutorado na USP; o trabalho na Bahia a convite de Edgard Santos; o curso de pós-doutorado na Alemanha; a importância das pesquisas em química experimental na USP; a vida e o trabalho em São Paulo; as dificuldades de desenvolvimento da química no Brasil; o estudo e o trabalho em bioquímica da hanseníase a importância do vínculo entre pesquisa e produção; a interrupção da pesquisa sobre hanseníase em consequência de sua cassação; a reconstrução do laboratório após o regresso a Manguinhos; as atividades profissionais em Paris durante o exílio; o trabalho realizado em Moçambique; a bolsa do CNPq para desenvolver pesquisa em hanseníase; comentários sobre a descoberta da hanseníase; a fase de decadência do IOC após a direção de Carlos Chagas; as atividades exercidas em Manguinhos entre 1943 e 1969; perfil e gestão de Olympio da Fonseca; o incentivo do CNPq à ciência no Brasil; a crença no progresso da humanidade através da ciência; a importância do Ministério da Ciência e Tecnologia para o desenvolvimento científico do país; o impacto das multinacionais sobre o desenvolvimento autônomo da ciência no país; a difícil sobrevivência dos institutos de pesquisa no Brasil; a redemocratização e legalização do Partido Comunista Brasileiro (PCB); a intervenção dos militares na vida política do país; os inquéritos militares e as cassações em Manguinhos; a solidariedade dos colegas do IOC e a repercussão das cassações; o fim do regime militar e a redemocratização na FIOCRUZ durante a gestão Sérgio Arouca; o caráter pessoal das perseguições movidas por Rocha Lagoa; o fechamento do laboratório de química e a perda de seus produtos após a cassação; o conflito ente os pesquisadores de Manguinhos; a paralisação da produção científica no IOC após 1970; o financiamento à pesquisa concedido pela Fundação Ford; a importância da construção de Far-Manguinhos e de Bio-Manguinhos.

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