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registro de autoridade

Jean Darcante

  • Pessoa
  • 1910-1990

Kalervo Oberg

  • Pessoa
  • 1901-1973

Luiz de Moraes Júnior

  • Pessoa
  • 1867-1955

Nasceu em 30 de janeiro de 1867, em Faro, Algarve, Portugal, filho de Luiz de Moraes e Eugênia Emília da Fonseca Moraes. Engenheiro-arquiteto, em 1900 imigrou para o Brasil a convite do padre Ricardo, vigário-geral da Igreja da Penha, e fixou-se no Rio de Janeiro, onde iniciou atividades de restauração das fachadas dessa igreja, concluídas em 1902. Nesse ano, durante trajeto que fazia de trem diariamente até o local das obras, conheceu Oswaldo G. Cruz, com quem travou sólida amizade. Chefe da Diretoria Geral de Saúde Pública (DGSP), Oswaldo o convidou para projetar e coordenar os trabalhos de construção do complexo arquitetônico do instituto que mais tarde levaria seu nome, com destaque para o Pavilhão Mourisco, castelo de estilo eclético. O primeiro projeto de sua autoria construído no campus de Manguinhos foi um biotério para pequenos animais, espécie de gaiola de alvenaria, que serviu de modelo para construções posteriores de finalidade semelhante. De 1903 a 1907 trabalhou para a ordem dos padres beneditinos, executando obras de recuperação de mosteiros da cidade do Rio de Janeiro. Depois da morte do cientista, em 1917, ainda realizou outros trabalhos para o IOC, tendo coordenado a ampliação do seu conjunto arquitetônico, assinando os projetos do Pavilhão Quinino ou Figueiredo Vasconcellos, em 1919, e do Pavilhão Vacínico, em 1922, destinado às atividades de profilaxia da varíola. Com a experiência acumulada até então adquiriu expertise em construções civis e executou diversos projetos de arquitetura hospitalar e sanitária, bem como de laboratórios para pesquisas experimentais. Em 1914 concluiu a edificação de dois projetos sob sua condução: a nova sede da DGSP, no centro da cidade, e o prédio da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, na Praia Vermelha, demolido em 1975. Na década de 1940 esteve à frente de projetos de construção de hospitais da rede pública, durante a gestão de Pedro Ernesto na prefeitura do Rio de Janeiro. Projetou e construiu também residências, como o palacete da família Oswaldo Cruz, em Botafogo (já demolido), o palacete Seabra, no Flamengo (ainda preservado), e o Rio Hotel, na praça Tiradentes, além do Grande Hotel e da sua residência, ambas as construções localizadas em Petrópolis. Casou-se em Portugal com Beatriz Adelaide Pereira de Souza Girão, e teve duas filhas. Já no Brasil casou-se em segunda núpcias com Gelmina Fazzioni, com quem não teve filhos. Morreu em 15 de julho de 1955, no Rio de Janeiro.

Raphael de Paula Souza

  • Pessoa
  • 1902-1999

Nasceu em 19 de maio de 1902, em São Paulo, filho de Calixto de Paula Souza e Elfrida Pacheco de Paula Souza. Enquanto aluno da Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, em 1923, foi acometido pela tuberculose, doença que o afastaria temporariamente dos estudos. Mudou-se para Belo Horizonte, onde, mesmo em tratamento, conseguiu concluir os estudos na Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais, em 1927. Dois anos depois seguiu para a França a fim de fazer o Curso de Aperfeiçoamento em Tisiologia na Faculdade de Medicina de Paris com o professor Leon Bernard. De volta ao Brasil, em 1930, assumiu a direção do Sanatório São Paulo, atividade que exerceu até 1932. O sucesso de sua administração resultou na organização de um conjunto de sanatórios beneficentes, voltados para pacientes de tuberculose, denominado Associação de Sanatórios Populares (Sanatorinhos), do qual foi presidente de honra. Nesse mesmo período exerceu a clínica particular, atividade que desempenhou até 1945. Ainda em São Paulo, ingressou, como assistente voluntário, na Clínica do Instituto de Higiene de São Paulo, tornando-se funcionário efetivo em 1938. Quando, em 1945, o instituto transformou-se em Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), passou a professor catedrático de tisiologia, tendo sido diretor da faculdade em 1953-1959 e 1961-1962. Organizou, ainda, o Serviço de Inspeção de Saúde de estudantes e funcionários da USP, onde respondeu pela área de pneumologia. Posteriormente, quando o serviço transformou-se em Instituto de Saúde e Serviço Social da Faculdade de Higiene e Saúde Pública, assumiu sua direção. Em 1945, mudou-se para o Rio de Janeiro a fim de dirigir o Serviço Nacional de Tuberculose (SNT) a convite de Ernesto de Souza Campos, ministro da Educação e Saúde. Condicionou sua ida para o SNT à autonomia na elaboração e gestão de uma campanha de cunho nacional contra a doença. Uma vez traçadas as linhas básicas de trabalho, foi criada a Campanha Nacional Contra a Tuberculose (CNCT), em 1946, da qual ocupou a superintendência até 1951. Ao deixar nesse ano o SNT e a CNCT, retornou a São Paulo, onde, paralelamente às atividades desenvolvidas na faculdade, assumiu a Divisão dos Serviços de Tuberculose da Secretaria de Saúde do estado. Ficou no cargo de 1967 a 1968, e foi responsável pela Coordenadoria de Saúde da Comunidade de 1968 a 1970. Foi também diretor da Divisão dos Serviços de Tuberculose da Secretaria de Saúde de São Paulo, membro da Comissão Técnica da Divisão Nacional de Tuberculose, da Comissão Científica da Federação Brasileira de Tuberculose, da Comissão de Peritos sobre Tratamento da Tuberculose e da Divisão Nacional de Pneumologia Sanitária, além de consultor da Organização Pan-Americana da Saúde no Curso de Pós-Graduação de Sanitaristas da Escola de Saúde Pública do México, em 1962. Morreu em 2 de junho de 1999.

Carlos Chagas Filho

  • BR RJCOC CF
  • Pessoa
  • 1910-2000

Nasceu em 12 de setembro de 1910, no Rio de Janeiro, filho de Carlos Ribeiro Justiniano Chagas e Iris Lobo Chagas. Em 1926 ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, onde se formou em 1931. Ainda como estudante estagiou, em sucessão, nos laboratórios de José da Costa Cruz, Miguel Ozório de Almeida e Carneiro Felippe, do IOC. Entre 1933 e 1934 frequentou o Curso de Aplicação do IOC. Foi efetivado em 1932 como assistente da cátedra de anatomia patológica e em 1935 foi aprovado em concurso para livre-docência da cátedra de física biológica daquela Faculdade. Ainda nesse ano casou-se com Anna Leopoldina de Mello Franco, tendo quatro filhas: Maria da Glória, Silvia Amélia, Anna Margarida e Cristina Isabel. Em 1937 alcançou a cátedra de física biológica da Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil. A partir desta, criou em 1945 o Instituto de Biofísica, que hoje leva seu nome, e do qual foi diretor entre 1946-1964 e 1970-1973. Ali, no âmbito pioneiro de um instituto universitário de pesquisas, introduziu métodos e técnicas da física e da físico-química no estudo de fenômenos biológicos. Com a morte do irmão Evandro Chagas em 1940, retornou ao IOC como superintendente interino do Serviço de Estudo das Grandes Endemias (1941-1942). Em 1946 obteve o grau de doutor em ciências pela Universidade de Paris ao apresentar a tese Quelques aspects de l’électrogénèse chez l’Electrophorus electricus. De 1951 a 1955 foi diretor do Setor de Pesquisas Biológicas do Conselho Nacional de Pesquisas e membro de seu Conselho Deliberativo entre 1952 e 1960. No panorama internacional, foi delegado brasileiro nas I, II, XIII, XIV, XV Conferências Gerais da Unesco (1946, 1947, 1964, 1966 e 1968), membro do Comitê Assessor de Pesquisas Médicas da Organização Mundial da Saúde (1951-1962 e 1971-1973), vice-presidente e presidente da I e II Sessão do Comitê Científico das Nações Unidas sobre os Efeitos das Radiações Atômicas (1956), secretário-geral da I Conferência das Nações Unidas para a Aplicação da Ciência e da Tecnologia ao Desenvolvimento (1963), membro do Comitê Consultivo para a Aplicação da Ciência e da Tecnologia ao Desenvolvimento, do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (1964-1980), embaixador e chefe da Delegação Permanente do Brasil junto à Unesco (1966-1970). De 1964 a 1966 foi diretor da Faculdade de Medicina e de 1973 a 1977, decano do Centro de Ciências Médicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Integrou a Academia Brasileira de Ciências (1941), a Academia Nacional de Medicina (1959), a Academia Brasileira de Letras (1974), a Academia de Ciências da América Latina (1982) e a Academia de Ciências do Terceiro Mundo (1983). Membro da Academia Pontifícia de Ciências do Vaticano em 1961 foi seu presidente durante quatro mandatos consecutivos, entre 1972 e 1988, onde se destacou no processo de reabilitação de Galileu Galilei, na datação do Santo Sudário e na elaboração de documento contra a utilização da energia nuclear para fins não pacíficos. Morreu em 16 de fevereiro de 2000, no Rio de Janeiro.

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