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registro de autoridade

Naftale Katz

  • Pessoa
  • 1940-

Laboratório de Hanseníase

  • Entidade coletiva
  • 1946-

As origens do Laboratório de Hanseníase do Departamento de Medicina Tropical do IOC remontam à criação, em 1946, do Instituto de Leprologia do Serviço Nacional de Lepra, então subordinado ao Departamento Nacional de Saúde (DNS). Sua criação visava a constituição de um núcleo de estudos e pesquisas que subsidiassem as ações públicas voltadas ao controle e tratamento da hanseníase, suprimindo a lacuna deixada pelo encerramento das atividades do Centro Internacional de Lepra que, com o apoio da Liga das Nações, funcionou entre 1934 e 1939 no IOC. A partir de 1947, tiveram início as pesquisas e os estudos nas dependências do Hospital Frei Antônio, no bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Em 1952 foi inaugurado, anexo ao hospital, o pavilhão que seria a sede do Instituto até 1976. Porém, somente em 1955, foi definido o regimento do Serviço Nacional de Lepra e com ele uma estrutura para o Instituto de Leprologia. Esta estrutura permaneceu até 1969 e contemplava as seguintes subdivisões finalísticas, denominadas turmas: Anatomia Patológica; Bacteriologia e Imunologia; Bioquímica e Farmacologia e ainda, Clínica e Terapêutica. Através de convênio com a Irmandade do Santíssimo Sacramento da Candelária, o Hospital Frei Antônio funcionava como clínica hospitalar. Neste período, os trabalhos do Instituto orientaram-se pelos seguintes temas básicos, entre outros: hanseníase experimental; Imunologia da hanseníase; diagnóstico e classificação; experimentação de novas drogas e de associações medicamentosas; papel das enzimas na predisposição e no desenvolvimento da doença; patogenia e terapêutica da reação leprótica e, ainda espaços viscerais da hanseníase. O Instituto realizava também o preparo e a distribuição de lepromina e outros reagentes para o diagnóstico da hanseníase. Em maio de 1970, o Instituto de Leprologia passou a integrar a Fiocruz como órgão autônomo, coordenado pelo IOC, permanecendo, porém, sua sede em São Cristóvão. Apesar deste novo posicionamento institucional, o Instituto de Leprologia manteve as mesmas linhas básicas no desenvolvimento de suas atividades. Em 1976, quando um amplo programa de reformulação da Fiocruz foi implementado, o Instituto de Leprologia foi absorvido pelo IOC, e seus trabalhos de estudo e pesquisa passaram, em 1980, a ser realizados pelo Setor de Leprologia, então constituído como uma subdivisão do Departamento de Medicina Tropical. Esta vinculação organizacional permanece até os dias de hoje, mudando apenas a sua denominação para Laboratório de Hanseníase. Operando no campus de Manguinhos, o laboratório atua desde então nas áreas assistenciais, de formação de recursos humanos e de pesquisa, estas voltadas particularmente para a imunopatologia, para os estudos clínico-epidemiológicos e para o diagnóstico precoce da hanseníase.

Ricardo Galler

  • Pessoa
  • 1957-

Nasceu em 1957, na cidade do Rio de Janeiro. Graduou-se em biologia animal, em 1977, pela UnB, concluiu o mestrado em 1980, em ciências biológicas, no Instituto de Biofísica da UFRJ, e, no ano de 1984, defendeu doutorado em ciências da natureza, pela Universitat Heidelberg (Ruprecht-Karls), Alemanha. Cursou pós-doutorados no California Institute of Technology, Estados Unidos, entre 1985 e 1986, e na Washington University, Estados Unidos, entre 1987 e 1989. Em 1987, passou a atuar como pesquisador do IOC/Fiocruz, e, a partir de 1994, iniciou uma parceira mais efetiva com o Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos – Bio-Manguinhos, onde exerceu a Vice-Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico.

Pedro Gabriel Godinho Delgado

  • Pessoa
  • 1950-

Nasceu em Minas Gerais, em 26 de agosto de 1950. Em 1975, formou-se em Medicina pela UFJF. Seu interesse pela Psiquiatria nasceu através do estágio voluntário realizado na Colônia de Barbacena, durante os finais de semana, sob a orientação dos professores Silvio Oliveira e Alonso Moreira Filho, no quarto ano da graduação. Em 1976, iniciou o Curso de Especialização em Psiquiatria Social na UFRJ e no ano seguinte ingressou na Residência no Instituto de Psiquiatria da Universidade do Brasil e no mestrado do Instituto de Medicina Social, da UERJ. Trabalhou como bolsista concursado pela Divisão Nacional de Saúde Mental, no Centro Psiquiátrico Pedro II em 1978, no hospital infantil e pronto-socorro do hospital Gustavo Riedel, daquele Centro. Neste mesmo ano, foi aprovado no concurso do INAMPS, indo trabalhar no PAM de Duque de Caxias. Prestou novo concurso para a DINSAM, em 1982, para médico sanitarista e optou por trabalhar na Colônia Juliano Moreira. Defendeu a dissertação de mestrado em agosto de 1983, no IPUB, sobre o desemprego dos operários metalúrgicos de Paracambi e sua psiquiatrização maciça. Foi transferido para o CPP II, em 1984, onde trabalhou como médico da enfermaria feminina no Instituto de Psiquiatria Adauto Botelho (IPAB). Neste período frequentou o curso de Especialização em Planejamento Estratégico de Saúde, oferecido pela Fiocruz . Retornou, no ano seguinte, a Colônia como Diretor de Ensino e Pesquisa, onde fundou o Núcleo de Pesquisa em Psiquiatria Social (NUPSO). Em 1987, presenciou a tentativa de intervenção do Ministério da Saúde na Colônia e participou da resistência composta de funcionários e usuários. Foi o redator da primeira versão do projeto de lei Paulo Delgado, pela extinção dos manicômios no Brasil, encaminhada à Câmara de Deputados neste mesmo ano. Foi aprovado no concurso para professor adjunto de Psicologia Médica da UFRJ, em 1989, e por este motivo se demitiu da Colônia no ano seguinte. Em 1992, defendeu a tese de doutorado, na Universidade de São Paulo, com o título “As razões da tutela". Assumiu, em 1999, a Coordenação de Saúde Mental do Estado do Rio de Janeiro e em 2000, a Coordenação Nacional de Saúde Mental, ligada ao Ministério da Saúde, em Brasília. Fez pós-doutorado na London School of Hygiene and Tropical Medicine, da Universidade de Londres (2008); Coordenador Nacional de Saúde Mental, Álcool & Outras Drogas, do Ministério da Saúde de agosto de 2000 a dezembro de 2010 e presidente da III Conferência Nacional de Saúde Mental (2001) e da IV Conferência Nacional de Saúde Mental – Intersetorial (2010). É professor adjunto da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Faculdade de Medicina e Instituto de Psiquiatria-IPUB) e vice-presidente regional da World Association for Psychosocial Rehabilitation (WAPR).

Orlando Guerra Junior

  • Pessoa
  • 1939-1988

Nasceu em 10 de abril de 1939, no Rio de Janeiro. Em 1960, ingressou no curso de História Natural da Faculdade Nacional de Filosofia da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde teve a oportunidade de participar das atividades do Diretório Acadêmico e dos diversos movimentos estudantis daquela época. Por intermédio do cientista Hugo Souza Lopes, passou a trabalhar no IOC, em 1959, como estagiário na seção de Malacologia. Em 1962, foi nomeado pesquisador do IOC, função que acumulou com a de monitor da cadeira de Zoologia da Faculdade Nacional de Filosofia, onde concluiu licenciatura e bacharelado em História Natural, em 1965. Depois tornou-se professor regente de Ecologia da cadeira de Zoologia dessa mesma faculdade. Em 1967, participou da criação de um curso de preparação de alunos para o vestibular e, entre 1969 e 1974, foi professor assistente de Anatomia Comparada, Anatomia Humana e Bioestatística, na Universidade Gama Filho. Foi nomeado membro da Assessoria de Planejamento (ASPLAN) da Fiocruz, em 1976. Ocupou esse cargo durante um ano, quando decidiu cursar o mestrado em Zoologia da UFRJ, obtendo o grau de mestre com a defesa da tese sobre os poliplacóforos da costa do Rio de Janeiro. Permaneceu como pesquisador da FIOCRUZ e chefe de gabinete adjunto da presidência do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) até sua morte, em 23 de dezembro de 1988.

Nádia Maria Batoréu

  • Pessoa
  • 1957-

Nasceu em 1957, na cidade do Rio de Janeiro. Graduou-se em ciências biológicas, em 1981, pela Faculdade de Biologia e Psicologia Maria Thereza, em Niterói. Concluiu, em 1996, o mestrado em ciências, área de imunologia, pelo IOC. É vinculada, desde 1981, ao Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos – Bio-Manguinhos, onde exerceu a gerência do Programa de Desenvolvimento Tecnológico de Biofármacos.

Maria Inez de Moura Sarquis

  • Pessoa
  • 1952-

Nasceu em 18 de dezembro de 1952. Descendente de família portuguesa, iniciou seus estudos em medicina na Universidade de Coimbra, Portugal. Embora desde a infância desejasse seguir a carreira de cientista, a atração pela medicina prevaleceu na escolha do primeiro curso acadêmico. Por motivos familiares, retornou ao Rio de Janeiro antes de completar seus estudos em Portugal. Em 1976, enquanto aguardava a documentação de transferência, decidiu-se por prestar vestibular para a Faculdade de Ciências Biológicas na Universidade Gama Filho (UGF). Iniciou, logo no primeiro ano de curso, um estágio na Fundação Estadual de Engenharia e Meio Ambiente (FEEMA) e acabou por se engajar em pesquisas na área de hematologia. Com o incentivo de Jair da Rosa Duarte, pesquisador da instituição, manteve o seu estágio e concluiu sua graduação em 1980. Logo que se formou, foi contratada pela FEEMA como auxiliar-técnica no Laboratório de Bacteriologia de Vetores, função que exerceu até 1982. Neste mesmo ano, transferiu-se para o Departamento de Micologia do IOC, quando iniciou os trabalhos em taxonomia e caracterização enzimática no acervo da Coleção de Culturas de Fungos do IOC, junto à pesquisadora Pedrina Cunha de Oliveira, chefe do departamento e curadora da coleção. Em 1990, desenvolveu pesquisas com fungos patogênicos, oportunistas e alérgicos existentes na praia de Ipanema, o que resultou na sua dissertação de mestrado, defendida em 1993, na UFRRJ. A dissertação tornou-se um trabalho de referência na área de micologia, tendo a pesquisadora identificado inúmeras espécies de fungos, levando-a a receber convites para palestras e congressos nacionais e internacionais. Em 1994, assumiu a Chefia do Laboratório da Coleção de Culturas de Fungos do IOC, coleção que possui um grande acervo constituído desde a década de 1920 com a contribuição de várias gerações de pesquisadores da instituição. Contando com aproximadamente três mil cepas vivas e de grande biodiversidade - uma das maiores da América Latina, a Coleção de Culturas de Fungos é referência em teses desenvolvidas no Brasil e no exterior. Em 1997, assumiu a curadoria desta coleção. A prática em técnicas de preservação possibilitaram à pesquisadora receber convites para consultorias visando auxiliar na estruturação de outras coleções de fungos e também em e micologia de diversas instituições. Em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas do Amazonas (INPA) e com a Universidade Federal do Amazonas (UFAM), junto com Gisela Iara da Costa - pesquisadora do IOC em controle biológico - vêm atuando na identificação de cepas oriundas da nica e no enriquecimento da Coleção de Culturas de Fungos com espécies até então desconhecidas. Além dos treinamentos ministrados a partir de 1983, preparando pesquisadores para atuar na área de micologia, especialmente em taxonomia e conservação de fungos, a atividade docente passou a ser uma constante em sua carreira, orientando alunos de graduação e pós-graduação. Em 1995, passou a ministrar aulas de micologia no Curso de Biotecnologia da UFAM, através do Programa de Extensão Universitária promovido pelo IOC, preparando estudantes para o trabalho de coleta e manutenção de fungos encontrados na região. Atualmente, é curadora da Coleção de Culturas de Fungos Filamentosos do IOC.

José Gomes Talarico

  • Pessoa
  • 1915-2010

Nasceu na cidade de São Paulo, em 11 de novembro de 1915. Descendente de imigrantes italianos e portugueses, seu pai era arquiteto e amigo do Presidente Washington Luís (1926-1930) e de várias personalidades do Partido Republicano Paulista (PRP). Estudou no Ginásio Moura Santos e fez o curso de criminologia na Escola de Polícia do Instituto Paulistano. Mais tarde, ingressou na Faculdade de Filosofia de São Bento, mas não chegou a completar o curso. Em 1932, assumiu a direção administrativa do Centro Acadêmico Oswaldo Cruz, da Faculdade de Medicina de São Paulo, e foi secretário do grêmio universitário do PRP. Partidário do governo provisório chefiado por Getúlio Vargas, trabalhou nesse período no gabinete do presidente do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM), Luis Aranha, e no gabinete do Ministro da Fazenda, Oswaldo Aranha. Iniciou sua carreira jornalística ainda em 1933, como repórter do Correio Paulistano, tendo trabalhado na sucursal paulista do jornal carioca "A Noite" por dois anos. Foi um dos fundadores da União Nacional dos Estudantes (UNE), em 1937, sendo nomeado inspetor federal do ensino secundário no ano seguinte. Em 1939, foi eleito presidente da Confederação Brasileira de Esportes Universitários, exercendo na mesma época o cargo de secretário-geral da Federação Universitária Paulista de Desportos (FUPD). Mudou para o Rio de Janeiro, em 1941, e passou a trabalhar na redação do jornal "A Noite". Em 1942, durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), participou das manifestações públicas – organizadas pela UNE e por outras entidades antifascistas – em favor da entrada do Brasil no conflito contra a Alemanha e Itália. Nesse mesmo ano, foi nomeado inspetor do trabalho, passando a desempenhar papel relevante na burocracia do Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio (MTIC). Em 1944, participou da luta pela regulamentação da profissão de jornalista e ajudou a fundar o sindicato da categoria no Rio de Janeiro, sendo eleito seu representante junto à Federação Nacional dos Jornalistas, então criada. Foi presidente da comissão organizadora da federação e, em seguida, seu primeiro vice-presidente. Em 1945, participou da fundação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Apoiou o Presidente Getúlio Vargas, sendo preso ao tentar organizar resistência quando de sua queda em outubro daquele ano. Em 1950, participou da campanha de Vargas às eleições presidenciais e, com a sua vitória, chefiou o Comitê de Imprensa do Ministério do Trabalho até 1964. Em 1951, participou da delegação brasileira no I Congresso Ibero-Americano de Seguridade Social na Espanha, onde teve um estreito contato com a Previdência social espanhola, considerada na época uma das mais avançadas do mundo. Em 1954, nos últimos meses do governo Vargas, presidiu a Comissão do Imposto Sindical, por designação do Ministro Hugo Faria. Em outubro do mesmo ano, candidatou-se a deputado federal pelo Distrito Federal, na legenda do PTB, obtendo uma suplência. De novembro de 1955 a janeiro de 1956, presidiu a Comissão Técnica de Orientação Sindical, por designação do Ministro do Trabalho Nelson Omega. Logo depois, foi convocado para exercer o mandato na Câmara Federal, de setembro de 1956 a maio de 1957, tendo participado da Frente Parlamentar Nacionalista (FPN). No ano seguinte, Talarico voltou à Comissão Técnica de Orientação Sindical como substituto do presidente. Em outubro de 1958, candidatou-se mais uma vez a deputado federal pelo Distrito Federal, na legenda do PTB, e obteve novamente uma suplência, exercendo o mandato de setembro a outubro de 1960. Ainda nesse ano, foi nomeado assessor subchefe do gabinete do Ministro do Trabalho e assessor-técnico do Vice-Presidente João Goulart, além de Presidente da Associação de Servidores do Ministério do Trabalho. De novembro de 1961 a fevereiro de 1962, voltou a exercer o mandato na Câmara, e foi eleito deputado estadual do então estado da Guanabara, na legenda do PTB, sendo empossado em fevereiro de 1963. Com o golpe de 1964, teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos pelo Ato Institucional nº 1 (AI-1). Em 1966, após diversas prisões, colaborou na formação da Frente Ampla. Anistiado em 1978, filiou-se ao Partido Democrático Trabalhista (PDT) e foi reintegrado ao Ministério do Trabalho. Em 1982, foi eleito deputado estadual, cumprindo o mandato até 1986. Em 1988, filiou-se ao Partido do Movimento Democrático Brasileiro. Afastado da política e da vida partidária, tornou-se membro da diretoria da Associação Brasileira de Imprensa. Diretor da Confederação Brasileira de Des­portos (CBD) e membro de seu conselho téc­nico durante 12 anos, foi também diretor da Federação Paulista de Futebol, da Federação Paulista de Atletismo, secretário da Federação Paulista de Esportes e presidente da Confede­ração Brasileira de Esportes Universitários. Foi ainda delegado do Brasil em sessões da Conferência Internacional do Trabalho, em Ge­nebra, na Suíça, da Assembleia das Nações Unidas, em Nova Iorque, e do Conselho Mun­dial da Paz. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 6 de dezembro de 2010.

Dalton Mario Hamilton

  • Pessoa
  • 1932-2008

Nasceu em 15 de agosto de 1932, em Buenos Aires, Argentina. Formado em Medicina pela Universidade de Buenos Aires, em 1958, especializou-se em pediatria, clinicando em hospital da rede pública e participando das campanhas de combate à diarreia estival. Seu interesse pela saúde pública levou-o a realizar o curso de pós-graduação da Escola Nacional de Saúde Pública de Buenos Aires, em 1963, e o Master of Science em População na Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. Desde então, sua atuação profissional se desenvolveu em três áreas intimamente relacionadas: sistemas de informação, investigação e planejamento em saúde. Ainda em 1963, foi contratado pelo Ministério da Saúde Pública para implantar, na província de Tucumán, o Programa de Estatísticas Vitales e Información Básica para los Servicios Públicos de Salud, experiência que foi estendida a todo o território argentino. De 1969 a 1973, participou do Projeto Estudio sobre Salud y Educación Médica, inicialmente como chefe da equipe de demografia e depois como diretor executivo, desenvolvendo pesquisas relacionadas ao planejamento global de atenção médica, estudos sobre a formação e oferta de recursos humanos e sobre a rede de serviços de saúde. A crise política na Argentina e o consequente golpe militar, ocorrido em 1976, levou-o a exilar-se no Brasil onde, após uma rápida passagem como consultor da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), foi convidado pela Unidade de Planificação, Pesquisa e Programas Especiais (PAPPE) do Ministério da Saúde, para assessorar a programação do Sistema Integrado de Prestação de Serviços de Saúde de Montes Claros, em Minas Gerais, e de Caruaru, em Pernambuco. De setembro de 1978 a 1986, foi pesquisador titular da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Fiocruz, exercendo atividades de pesquisa e docência na área de planejamento em saúde. Entre 1986 e 1989, ocupou os cargos de superintendente de administração geral e superintendente de planejamento da FIOCRUZ. Foi vice-diretor da ENSP em 1991 e 1992 e vice-presidente de desenvolvimento institucional da FIOCRUZ de 1993 a 1996. Faleceu em 25 de julho de 2008.

Francisco José Rodrigues Gomes

  • Pessoa
  • 1911-1991

Conhecido por muitos como Chico Trombone, nasceu em 17 de março de 1911, no Rio de Janeiro. Em 1918, seu tio, técnico de laboratório do IOC, levou-o a Lassance, Minas Gerais, região endêmica onde Carlos Chagas descobriu o Trypanosoma cruzi, parasito causador da enfermidade batizada com seu nome: doença de Chagas. Nesta ocasião, Francisco Gomes capturou um gambá que ameaçava a tranqüilidade dos cientistas. Carlos Chagas, ao examinar o sangue colhido da orelha do animal constatou a presença do Trypanosoma cruzi, que até então supunha-se ter o tatu como único hospedeiro. Após essa experiência, alguns anos se passaram e, em 1925, com 14 anos, Ingressou no IOC, onde iniciou suas atividades como técnico de laboratório. Trabalhou em várias seções e oficinas, como as de entomologia, fisiologia, carpintaria e vidraria. Em 1932, foi para Belo Horizonte, onde durante um ano estudou e trabalhou ao lado de Otávio Magalhães, desenvolvendo pesquisa com cobras para a produção de soro antiofídico no Instituto Ezequiel Dias. Voltou para o Rio de Janeiro após a morte de Carlos Chagas, em 1934, e permaneceu no IOC até 1970, quando requereu sua aposentadoria. Depois de aposentado continuou no IOC, trabalhando sem remuneração com Gilberto Villela, na Divisão de Química. Trabalhou como auxiliar de ensino da Faculdade de Medicina de Teresópolis e da Universidade Federal Fluminense (UFF) e, em 1986, como auxiliar de pesquisa no Departamento de Fisiologia e Farmacodinâmica da Fiocruz, ao lado do cientista Haity Moussatché. Morreu em 27 de maio de 1991.

Hamlet William Aor

  • Pessoa
  • 1910-1986

Nasceu em 22 de setembro de 1910, no Rio de Janeiro. Foi o terceiro dos sete filhos do imigrante austríaco Basílio Aor, que trabalhou como mestre-de-obras do arquiteto Luiz de Morais, autor do projeto arquitetônico do complexo de Manguinhos, tombado pela Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (SPHAN), em 1981. Com a morte do pai, em 1919, foi obrigado a trabalhar e ingressou na tipografia do IOC aos dez anos. Durante esse primeiro período em Manguinhos, trabalhou também na seção de embalagem de soros e vacinas, mas, devido a sucessivos desentendimentos com a chefia, abandonou o IOC, em 1924. Nessa ocasião, foi trabalhar numa empresa de fabricação de ampolas que pertencia ao zelador do Instituto, Manuel Gomes. Lá começou o aprendizado da profissão de vidreiro. Retornando ao IOC em 1926, foi incorporado à seção de fabricação de ampolas, onde permaneceu até a sua saída definitiva de Manguinhos, em 1936. Depois disso, começou a frequentar o curso de fabricação de vidro, ministrado por um professor alemão, na Faculdade de Farmácia da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). A partir daí, profissionalizou-se como vidreiro e, nessa condição, refez contato com o IOC, em 1966, quando, a convite de Walter Oswaldo Cruz, passou a prestar serviços ao laboratório de hematologia. Com a morte de Walter Oswaldo Cruz, em 1967 afastou-se de Manguinhos e não mais voltou. Faleceu em 1986, poucos meses após a realização da entrevista para o Programa de História Oral da Casa de Oswaldo Cruz, aos

Posto Avançado de Pesquisa Emmanuel Dias

  • Entidade coletiva
  • 1943-

As origens do Posto Avançado de Pesquisa Emmanuel Dias (PAPED) remontam ao ano de 1943, quando foi instalado, em Bambuí (MG), o Centro de Estudos e Profilaxia da Moléstia de Chagas (CEPMC), por determinação de Henrique Aragão, diretor do Instituto Oswaldo Cruz. Vinculado inicialmente à Divisão de Estudos de Endemias do Instituto, o Centro foi organizado e dirigido por Emmanuel Dias até a sua morte, em 1962. Seu objetivo básico era o estudo da doença de Chagas sob o ponto de vista da profilaxia. Posteriormente o Centro viria a desenvolver pesquisas sobre os demais aspectos da doença, especialmente a clínica, epidemiologia e terapêutica. No início da década de 1950, com a criação do Ministério da Saúde, o CEPMC, como posto avançado do IOC, integrou-se às suas diretrizes e, juntamente com o Departamento Nacional de Endemias Rurais e a Comissão do Vale do São Francisco, participou da campanha contra a doença de Chagas no município de Bambuí, considerada de pleno êxito. A partir da década de 1960, a atuação do CEPMC foi marcada pelo ínicio dos estudos na área da ecologia e biologia dos vetores - barbeiros - e pelos primeiros ensaios que introduziram os inseticidas piretróides no controle dos mesmos, recurso até hoje utilizado. Em meados da década de 1970 o CEPMC passou a vincular-se ao Centro de Pesquisas René Rachou, após a integração deste à estrutura da recém-criada Fiocruz, tornando-se seu posto avançado. Em 1980 recebeu a sua atual denominação.

Zélio Coutinho

  • Pessoa
  • 1908-?

Nasceu no Rio de Janeiro, em 1908, filho de um médico formado na mesma turma de Oswaldo G. Cruz. Estudou em escolas públicas e fez o curso profissionalizante na Escola da Marinha Mercante, além do curso de ciências e letras. Iniciou sua carreira profissional na Marinha Mercante, assumindo, em 1933, o cargo de secretário-geral do Sindicato dos Pilotos e Capitães da Marinha Mercante. No ano seguinte, ingressou no Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM), criado em 1933. No IAPM, chefiou a seção de recrutamento de segurados, entre 1938 e 1945, e também a seção de serviços médicos do estado do Rio de Janeiro, em 1946. Além disso, foi inspetor de segurança do trabalho. Em 1947, foi nomeado delegado do IAPM em São Paulo. Um ano depois, instalou a delegacia do IAPM no antigo estado do Rio de Janeiro, da qual foi o primeiro delegado, incorporando ao instituto o Hospital Orêncio de Freitas de Niterói (RJ). Organizou, nesta ocasião, o Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU) e o Serviço de Parteiras, por bairros, em Niterói e São Gonçalo. Em 1954, foi eleito para a Câmara dos Vereadores de Niterói pela legenda do Partido Republicano (PR), e em 1959, primeiro suplente de deputado estadual pelo Partido Socialista Brasileiro (PSB), exercendo o mandato de 1961 a 1963. De volta à Marinha Mercante, foi nomeado agente da Companhia Lloyd Brasileiro, em Buenos Aires, entre 1959 e 1961. A partir de 1966, passou a presidir a Recíproca Assistência, entidade de Previdência complementar criada inicialmente para atender aos marítimos e posteriormente franqueada a diversos interessados.

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