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registro de autoridade

Odair Franco

  • Pessoa
  • 18??-19??

Fundação Rockefeller

  • Entidade coletiva
  • 1913-

A Fundação Rockefeller foi criada em 1913, no contexto da remodelação dos códigos sanitários internacionais vivenciada no início do século XX. Com o objetivo de implantar medidas sanitárias uniformes no continente americano, consolidou-se nessa época uma ampla rede de organizações internacionais, cujo financiamento provinha, em sua maior parte, dos Estados Unidos. Instituição filantrópica e de cunho científico, ela atuou prioritariamente nas áreas de educação, medicina e sanitarismo. Estava associada a um grande grupo industrial e comercial norte-americano, liderado pelo milionário John D. Rockefeller, e priorizou o campo da saúde pública, atuando inicialmente no sul dos Estados Unidos, mas depois estendeu seus métodos de trabalho a outros países que apresentassem necessidade de controle e erradicação de moléstias, tais como ancilostomíase, febre amarela e malária. Por meio da recém-criada Junta Internacional de Saúde e com base em convênios de cooperação com instâncias governamentais federal e estadual em diversos países, teve sua atuação estendida a grande parte da América Latina. Chegou ao Brasil em 1916 e logo entrou em contato com importantes cientistas do país. No entanto, data de 1923 o estabelecimento do seu convênio com o governo brasileiro, que garantiu a cooperação médico-sanitária e educacional para programas de erradicação das endemias, problema grave e caro ao governo, sobretudo em relação às regiões do interior, onde os trabalhos se concentraram no combate à febre amarela e mais tarde à malária. A partir de 1930 intensificou e institucionalizou suas atividades, atuando lado a lado com organismos governamentais, notadamente no combate à febre amarela, doença que acreditavam poder erradicar do país. Esse processo foi simultâneo à sua associação com os serviços constituídos para atuar nesse mesmo cenário – como o Serviço Nacional de Febre Amarela e o Serviço de Malária do Nordeste –, o que concorreu para ampliar o alcance de suas ações, ao mesmo tempo em que propiciou uma troca de experiências e influências entre as instituições brasileiras e a norte-americana. Nesse esforço, mobilizou seu staff em duas grandes áreas de atuação: de um lado, as campanhas de erradicação do mosquito vetor da febre amarela e pesquisas epidemiológicas em campo; de outro, as atividades em laboratório visando aprofundar os conhecimentos sobre a doença e produzir uma vacina eficaz contra ela. A partir de 1940, com laboratório já montado e fabricando a vacina antiamarílica, a Fundação Rockefeller vai paulatinamente transferindo o controle dessas atividades para o já estruturado Serviço Nacional de Febre Amarela, até que, em 1950, retirou-se formalmente do controle dessas atividades, passando a direção do laboratório de pesquisas e de produção da vacina para o IOC.

Antônio Sérgio da Silva Arouca

  • Pessoa
  • 1941-2003

Nasceu em 20 de agosto de 1941, em Ribeirão Preto (SP), filho de José Pereira Arouca e Alzira da Silva Arouca. Formou-se pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo em 1966. Como aluno de medicina intensificou a militância política no campo da esquerda, que nortearia todas as ações empreendidas ao longo de sua trajetória. Em 1967 atuou como professor contratado do Departamento de Medicina Social e Preventiva da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), onde coordenou trabalhos multidisciplinares no Laboratório de Educação Médica e Medicina Comunitária, entre eles o do Centro de Medicina Comunitária de Paulínia, iniciativa considerada precursora do Sistema Único de Saúde. Em 1972 ingressou como consultor na Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), representando o Brasil no Comitê Assessor de Investigações para a América Latina. Atuou no México, Colômbia, Peru, Honduras e Costa Rica. Na Unicamp defendeu a tese “O dilema preventivista: contribuição para a compreensão e crítica da medicina preventiva”, que forneceu fundamentos para a base conceitual da saúde coletiva. Em 1976, após divergências político-acadêmicas com o reitor Zeferino Vaz, saiu da Unicamp e foi para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) como pesquisador da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP), vinculado ao Programa de Estudos Socioeconômicos em Saúde (Peses). No mesmo ano participou da criação do Centro Brasileiro de Estudos em Saúde. Na ENSP atuou como professor concursado, sem abandonar suas atividades no Peses, e chefe do Departamento de Administração e Planejamento em Saúde. Entre 1980 e 1982, como consultor da OPAS, esteve na Nicarágua participando da reorganização do sistema de saúde do governo da Frente Sandinista de Libertação Nacional. Em 1985 foi nomeado presidente da Fiocruz pelo ministro da Saúde Carlos Sant'Anna. Durante sua administração a instituição passou por uma reestruturação interna, direcionada a um modelo de gestão democrática. Também na sua gestão foram criadas unidades técnico-científicas, promovida a reintegração dos dez pesquisadores cassados pelo regime militar e a Fiocruz recebeu a visita de autoridades estrangeiras, como os presidentes da França François Mitterrand e de Portugal Mário Soares. Em 1986 presidiu a VIII Conferência Nacional de Saúde, que contou com ampla participação da sociedade civil e cujo principal legado foi a proposta da criação de um sistema único de saúde no país. De 1987 a 1988 atuou como secretário de Saúde do estado do Rio de Janeiro, no governo de Moreira Franco. Deixou a presidência da Fiocruz em 1989 para concorrer como vice-presidente da República na chapa do Partido Comunista Brasileiro (PCB), liderada por Roberto Freire. Em 1992 candidatou-se a vice-prefeito do Rio de Janeiro na chapa de Benedita da Silva e em 1996 foi candidato a prefeito. Entre 1991 e 1999 foi deputado federal pelo PCB e Partido Popular Socialista, ocupando cargos em comissões de saúde, ciência e tecnologia. Em 2001 comandou a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro, na gestão do prefeito Cesar Maia. Em 2003 assumiu a Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde. Morreu em 2 de agosto de 2003, no Rio de Janeiro.

Hésio de Albuquerque Cordeiro

  • Pessoa
  • 1942-2020

Nasceu em 21 de maio de 1942, em Juiz de Fora (MG), filho de Aílton Cordeiro e Yette de Almeida e Albuquerque Cordeiro. Graduou-se em medicina pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado da Guanabara, atual Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em 1965, e realizou no ano seguinte a residência em clínica médica. Em 1969 viajou aos Estados Unidos como bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (CAPES) e da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para realizar cursos e visitas técnicas a escolas de medicina preventiva. Em 1971 ingressou como docente no Instituto de Medicina Social (IMS), que ajudou a fundar na UERJ com o grupo de sanitaristas de Campinas encabeçado por Sérgio Arouca. Em 1983 obteve o título de mestre em saúde coletiva pelo IMS. Entre 1971 e 1978 trabalhou como consultor da OPAS para atividades de organização de serviços de saúde, tecnologia e recursos humanos. Atuou em vários países, como Argentina, Peru, Equador, Venezuela, Costa Rica, Nicarágua, Honduras, México e República Dominicana. Em 1981 doutorou-se em medicina preventiva pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. De 1983 a 1984 dirigiu o IMS, e no biênio 1983-1985 foi presidente da Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva. Ainda durante o regime militar participou do Simpósio sobre Política Nacional de Saúde, promovido pela Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados, e integrou mais tarde o Grupo de Trabalho para o Programa de Saúde, da Coordenação do Plano de Ação do governo do presidente Tancredo Neves. A atuação no movimento sanitário e no cenário político nacional lhe valeu o cargo de presidente do Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social, que exerceu de 1985 a 1988. Foi responsável pela reestruturação do órgão e pela implantação dos Sistemas Unificados e Descentralizados de Saúde. Em 1986 coordenou e presidiu trabalhos da VIII Conferência Nacional de Saúde, quando foram ratificados os princípios da reforma sanitária iniciada na década de 1970: saúde como dever do Estado, universalização e integralidade na assistência à população, sistema único, descentralização, participação e controle dos serviços de saúde por seus usuários. Em 1988 recebeu o título de doutor honoris causa da Escola Nacional de Saúde Pública por suas contribuições ao movimento sanitário, que culminaram com a implantação do Sistema Único de Saúde no Brasil. Em 1990 candidatou-se a deputado federal pelo Partido Democrático Trabalhista. De 1992 a 1995 foi reitor da UERJ, nomeado após eleição direta. Em 1996 aposentou-se pelo IMS e tornou-se coordenador de saúde da Fundação Cesgranrio e assessor técnico do Ministério da Saúde para o Programa de Saúde da Família. Em 1999 foi secretário de Educação do estado do Rio de Janeiro. De 2000 a 2006 dirigiu o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Estácio de Sá, onde atuou, desde 2004, como coordenador de cursos de pós-graduação em saúde da família. Em 2007 foi nomeado diretor de gestão da Agência Nacional de Saúde Suplementar pelo presidente Luís Inácio Lula da Silva, para um mandato de três anos. Em 2014 recebeu o título de pesquisador honorário da Fundação Oswaldo Cruz. Morreu em 8 de novembro de 2020, no Rio de Janeiro.

Fundação Nacional de Saúde (Funasa)

  • Entidade coletiva
  • 1991-

Surgiu da fusão de vários segmentos da área de saúde, entre os quais a Fundação Serviços de Saúde Pública (Fsesp) e a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (Sucam).

Instituto Estadual de Dermatologia Sanitária (IEDS)

  • Entidade coletiva
  • 1928-

A colônia de Curupaiti, posteriormente denominada Hospital Colônia, foi fundada em 15 de outubro de 1928 para isolar pessoas atingidas pela hanseníase, doença chamada à época como lepra. Em 1985, o hospital foi reconhecido como Centro de Referência Macrorregional em hanseníase. Em 1991 passou a ser vinculado ao Governo Estado do Rio de Janeiro, adotando a denominação atual.

Hospital Central do Exército (HCE)

  • Entidade coletiva
  • 1768-

O Hospital Real Militar e Ultramar foi criado em 1768 com o objetivo de prestar atendimento médico às tropas do Exército, instalando-se inicialmente nas dependências do antigo Colégio dos Jesuítas, no Morro do Castelo. Em 1832, então denominado como Hospital Regimental do Campo, foi transferido para o Quartel do Campo da Aclamação. Em 1844, como Hospital Militar da Guarnição da Corte, retornou à antiga sede no Morro do Castelo. Em 1890 passou a denominar-se Hospital Central do Exército, e ainda funcionava no Morro do Castelo. Em 1902 foi inaugurado seu novo edifício no Bairro de Benfica, na cidade do Rio de Janeiro.

Aleixo Nóbrega de Vasconcellos

  • BR RJCOC AV
  • Pessoa
  • 1884-1961

Nasceu em 5 de setembro de 1884, no Rio de Janeiro, filho de Aureliano Nóbrega de Vasconcellos e Francisca Ramos de Vasconcellos. Ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro no ano de 1901, concluindo o curso em 1908 com a apresentação da tese de doutoramento Contribuição ao estudo bacteriológico do grupo coli-typhico. Em 1911 trabalhou como bacteriologista no Serviço de Veterinária do Ministério da Agricultura, Indústria e Comércio. Em 1915 foi ajudante da Seção Técnica do Serviço de Indústria Pastoril, e entre os anos de 1921 e 1933 exerceu a função de chefe da Seção de Leite e Derivados, subordinada ao Ministério da Agricultura. Nesse período foi representante do Brasil em eventos científicos no exterior, como o Congresso Internacional de Febre Aftosa, em Buenos Aires, em 1920, e o Congresso Internacional de Leite e Laticínios e o Congresso Internacional sobre Nutrição, realizados nos Estados Unidos em 1923 e 1925, respectivamente. Iniciou sua carreira docente em 1913 ao assumir a cadeira de microbiologia da Faculdade Hahnemanniana, no Rio de Janeiro, a convite de seu diretor, Licínio Cardoso. Anos mais tarde, lecionou microbiologia tanto na Faculdade de Medicina como na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade do Estado da Guanabara, onde foi professor catedrático. Dedicou-se também à farmacologia, atividade refletida na criação do Laboratório ALVAS, dedicado a análises químicas e bacteriológicas. Foi membro de diversas associações, como a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, a Sociedade Nacional de Agricultura, a Liga Brasileira contra a Tuberculose e a Academia Nacional de Medicina, onde ocupou, em 1935, a cadeira que pertencera a Carlos Chagas. Morreu em 6 de novembro de 1961, no Rio de Janeiro.

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