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registro de autoridade

Leonídio Ribeiro Filho

  • Pessoa
  • 1893-1976

Nasceu em 4 de novembro de 1893, em São Paulo, filho de Leonídio de Souza Ribeiro e Maria Henriqueta Marcondes Ribeiro. Em 1916 formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Discípulo de Afrânio Peixoto, tomou conhecimento em 1917 de um concurso para o cargo de legista da Polícia Civil. Inscrito e classificado, passou a exercer ainda naquele ano o cargo de médico legista da Polícia Civil do Distrito Federal. Em 1918, devido a divergências dentro do órgão, solicitou demissão e embarcou para a França, na Missão Médica que o Brasil enviou à Primeira Guerra Mundial. Como tenente-médico dirigiu um hospital em Marselha até 1919, quando foi dispensado e condecorado com a Legião de Honra pelo governo francês. Prosseguiu seus estudos na Europa e especializou-se em Cirurgia e Medicina Legal. Em 1925, no Brasil, tornou-se professor de Criminologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Com a Revolução de 1930 foi designado para o cargo de diretor do Gabinete de Identificação da Polícia Civil do Distrito Federal, pelo recém-empossado chefe de Polícia do Distrito Federal, seu amigo Baptista Luzardo. No gabinete permaneceu de 1931 a 1935 e promoveu a modernização da polícia, uma das exigências do governo de Getúlio Vargas. Em sua gestão criou o Laboratório de Antropologia Criminal, onde realizou pesquisas médicas sobre os biótipos de negros, criminosos e homossexuais. Esses estudos, ao lado de investigações sobre impressões digitais, causas endócrinas do homossexualismo masculino e biotipologia de criminosos, renderam-lhe em 1933 o prêmio Lombroso da Real Academia de Medicina da Itália. Ainda em 1933 tornou-se professor de Medicina Legal da Faculdade de Direito do Rio de Janeiro com a tese “O direito de curar” . Lecionou por 35 anos as cadeiras de Medicina Legal e Criminologia. Entre suas publicações destaca-se o livro “Homossexualismo e endocrinologia”, de 1935. Foi eleito membro titular da Academia Nacional de Medicina em 1928 com a memória intitulada “Estudo clínico do protóxido de azoto”, tendo sido saudado em sua posse pelo acadêmico Augusto Paulino Soares de Souza. Em 1960 tornou-se membro emérito da academia. Morreu no dia 27 de fevereiro de 1976, em Petrópolis (RJ).

Leônidas de Mello Deane

  • Pessoa
  • 1914-1993

Nasceu em 18 de março de 1914, em Belém (PA), filho de Leonard Eustace Deane e Helvécia de Mello Deane. Em 1935 formou-se pela Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará, onde ingressou como professor de microbiologia em 1936. Dessa data até 1939, e de 1942 a 1949, foi parasitologista do Instituto de Patologia Experimental do Norte. No primeiro período, fez parte da equipe de Evandro Chagas que realizava estudos pioneiros sobre leishmaniose visceral e outras endemias rurais. De 1939 a 1942 atuou no Serviço de Malária do Nordeste, quando participou da campanha de combate ao mosquito Anopheles gambiae. Desse período até 1949 atuou como parasitologista do Laboratório Central do Serviço Especial de Saúde Pública, em Belém. Entre 1944 e 1945 realizou nos Estados Unidos o mestrado em saúde pública na Escola de Higiene e Saúde Pública da Universidade Johns Hopkins e os cursos de entomologia geral e parasitologia humana na Universidade de Michigan. Retornando ao Brasil, ocupou o cargo de chefe do Laboratório de Entomologia do Instituto de Malariologia, no Rio de Janeiro, até 1953. Ainda nesse ano, a convite de Samuel Pessoa, ingressou na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, onde lecionou parasitologia até 1970 e defendeu a tese de livre-docência "Leishmaniose visceral no Brasil: estudos sobre reservatórios e transmissores realizados no estado do Ceará (1956-1958)". Em 1966 esteve também na Universidade de Carabobo, na Venezuela, como professor visitante de parasitologia. A partir da década de 1960 atuou em instituições médicas e de pesquisa científica internacionais, como a Organização Pan-Americana da Saúde e a Organização Mundial da Saúde. Nessa instituição, além de ter participado de uma viagem ao redor do mundo para estudos relacionados à malária simiana (1964), foi perito em doenças parasitárias (1964-1980 e 1985), membro do Grupo Científico sobre a Parasitologia da Malária (1968) e do Comitê de Conselheiros em Pesquisa Médica (1974-1977) e consultor temporário em doenças tropicais (1978-1979). A partir de 1970 foi professor titular de parasitologia da Faculdade de Medicina do Norte do Paraná, cientista visitante do Colégio Imperial, em Ascot, Inglaterra, além de professor titular de parasitologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais, entre 1971-1973. Em 1968 Luísa, filha única de seu casamento com a pesquisadora Maria José von Paumgartten Deane, deixou o Brasil como tantos outros cujas atividades políticas não foram toleradas depois de 1964. O episódio fez com que o casal Deane buscasse, no exterior, uma colocação que lhes permitisse acompanhar a filha. O exílio voluntário levou-os de volta à Universidade de Carabobo (1976-1979), após um período no Instituto de Higiene e Medicina Tropical de Lisboa (1975). Em 1980, com a Anistia, retornou ao Brasil, e convidado por José Rodrigues Coura, vice-presidente de Pesquisa da Fiocruz, ingressou na instituição como pesquisador titular e chefe do Departamento de Entomologia do IOC. Embora aposentado em 1990, permaneceu desenvolvendo suas atividades como chefe do Laboratório de Transmissores de Hematozoários. Morreu em 30 de janeiro de 1993, no Rio de Janeiro.

Leonid Brejnev

  • Pessoa
  • 1906-1982
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