George Agostinho Baptista da Silva
- Pessoa
- 1906-1994
George Agostinho Baptista da Silva
Antônio Augusto de Aguiar Magano
Paschoal Ernesto Américo Senise
Nasceu em 29 de junho de 1918, na cidade de Boa Esperança (MG). Formou-se em Odontologia pela Universidade Federal de Alfenas em 1945 e em Biologia pela Universidade de São Paulo (USP) em 1947. Concluiu em 1960 o doutorado em Biofísica pela Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1946, começou a lecionar na USP, até ser convidado pela Universidade Federal do Paraná em 1951 para suprir a deficiência de professores de Genética. Nessa instituição criou o Laboratório de Genética, que depois se constitui como Departamento de Genética. Morreu no dia 10 de maio de 2002, em Curitiba (PR). Nesse período, estudou características genéticas de populações da drosófila, tipo de mosca encontrada em frutas maduras. Depois passou a dedicar-se à genética humana, especialmente aos casamentos consanguíneos, tema de sua tese. Foi pioneiro em ministrar aconselhamento genético. Estudou também, por muitos anos, as displasias ectodérmicas — doenças devidas a malformação de unhas, dentes, cabelo e glândulas de suor, chegando a criar uma classificação que é usada no mundo todo.
Meton Teixeira Marques Vieira de Albuquerque
Antônio Carlos Hilário Soares Brandão
Nasceu em 1910, no Rio de Janeiro. Seu pai, Renato Pacheco, foi um importante líder médico, tendo atuado no Sindicato Médico Brasileiro nas décadas de 1930 e 1940. Ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1926, tendo concluído seu curso em 1931. Em sua passagem pela faculdade, foi estagiário na Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, no Serviço de Cirurgia do professor Augusto Paulino, em 1927 e interno voluntário da cadeira de propedêutica médica no Hospital São Francisco de Paula, no Serviço do professor Rocha Vaz, em 1929. Apesar de ter tido experiência na área da saúde pública, ainda como estudante, participando da campanha antivariólica de 1929 a 1930 como auxiliar acadêmico do Departamento de Saúde Pública, não abandonou a sua opção pela formação de cirurgião. Desta forma, tornou-se interno efetivo da cadeira de clínica cirúrgica da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, sob o comando do professor A. Figueiredo Baena, de 1930 a 1931. Depois de formado, entre os anos de 1931 e 1934, continuou trabalhando com assistente do professor Figueiredo Baena, tanto no Hospital São Francisco de Assis quanto na Santa Casa da Misericórdia. Entretanto, a maior parte da vida profissional de Renato Pacheco foi desenvolvida no Serviço de Assistência Pública do Distrito Federal, onde foi nomeado cirurgião auxiliar em 1933. Como médico da Assistência Pública do Distrito Federal, trabalhou de 1933 a 1936, em 1938 e de 1940 a 1952, no Hospital Souza Aguiar, onde se aposentou como chefe de cirurgia. Em 1936, foi cirurgião do Hospital Rocha Faria, localizado em Campo Grande. Trabalhou também como cirurgião do Hospital Paulino Werneck de 1936 a 1937. Durante os anos de 1937 e 1938, atuou como chefe de clínica do Serviço de Cirurgia do Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes. Em 1938, atuou como cirurgião do Hospital Getúlio Vargas, hospital que viu ser inaugurado. Trabalhou ainda como cirurgião do Dispensário do Méier de 1939 a 1940. Foi também responsável, como redator, pela publicação da Revista Médica Municipal de 1940 a 1943. Foi presidente do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, no biênio 1955-1957. Durante sua atuação no Colégio Brasileiro de Cirurgiões esta entidade experimentou um considerável crescimento. Por sua iniciativa, o Colégio deixou de ser uma entidade fechada, democratizando-se. Ao invés de ter apenas sua sede no Rio de Janeiro foram estabelecidos também várias representações em todo o território nacional. Participou da Associação Médica Brasileira (AMB), tendo feito parte de seu Conselho Deliberativo no período de 1957 a 1959. Teve também destacada atuação como membro da Associação Médica do Distrito Federal, tendo ocupado, entre outros cargos, o de presidente. Sua gestão à frente da Associação Médica do Distrito Federal (AMDF), entre 1957 e 1959, coincidiu com o momento de aprovação do novo Código de Ética Médica e com a redefinição administrativa dos Conselhos de Medicina, que se transformaram em autarquias com autonomia administrativa e financeira (Decreto-Lei n° 3.268/57).
Nasceu em Manaus (AM), em 12 de março de 1924. Filho de Pompeu Lino de Almeida, um próspero comerciante português, e de Eulália da Silva Aguiar. Iniciou seus estudos em casa, prática usual entre a classe média alta da cidade naquela época. Terminou o primário no Colégio Dom Bosco e o curso ginasial no Ginásio Amazonense. No início da década de 1940, estudou dois anos no Colégio Militar de Fortaleza. Após esse período, já no Rio de Janeiro, completou o curso secundário no Colégio Jurema, onde participou ativamente do grêmio estudantil. Cursou medicina na atual UFF, graduando-se em 1951. Iniciou sua carreira profissional no ano seguinte, na Leite de Rosas S.A., e também no Hospital Moncorvo Filho, como auxiliar de ensino. Ainda em 1952, foi indicado para integrar o quadro de médicos do Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU). Neste órgão, desempenhou as funções de plantonista no posto Matoso, chefe de equipe no posto de Deodoro, e a partir de 1964, assumiu a direção do Hospital Getúlio Vargas, permanecendo no cargo até 1967, quando o serviço foi extinto devido à unificação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs). Em 1957, ingressou também no quadro de médicos do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários (IAPC), em Niterói, através de concurso público. Em 1964, foi transferido para o Hospital dos Comerciários, em Ipanema, onde exerceu o cargo de diretor no período de 1966 a 1978, quando então passou a dirigir o Departamento de Administração Médica da Previdência Social (INAMPS). Ao assumir a direção do Hospital de Ipanema, abandonou a medicina liberal, dedicando-se exclusivamente ao serviço público. Quanto à política, participou do processo de formação do Partido Socialista Brasileiro (PSB), ao qual foi filiado até 1964. A partir daí, não desenvolveu mais nenhuma atividade político-partidária. Em 1967, foi delegado brasileiro na 16ª Assembleia de Seguridade, em Leningrado, onde pôde observar importantes experiências no campo da medicina preventiva. Durante a gestão de Reinhold Stephanes na presidência do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), no período de 1974 a 1977, foi indicado como representante deste instituto, no estabelecimento do protocolo MEC/MPAS, que substituiu o sistema de pagamentos por unidades de serviço em subsídio mensal, relativo ao número e ao tipo de altas nos hospitais de ensino. Em 1980, passou a atuar no Ministério da Saúde, na assessoria do Ministro Dirceu Arcoverde, participando da implementação do sistema de co-gestão entre o Ministério da Previdência Social e o Ministério da Saúde, em suas unidades de assistência médica, como o Instituto Nacional do Câncer (INCA) e o Hospital Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz). Faleceu em 04 de julho de 2010.
Nasceu em 23 de maio de 1930, em Taubaté, São Paulo. O início de sua formação foi no Grupo Escolar Cruzeiro, um colégio particular pois era desejo de seu pai que ele não se formasse professor, única qualificação dada no colégio público da região. Aos 16 anos saiu de São Paulo com o intuito de estudar no Rio de Janeiro determinado a cursar medicina. Ingressou na Universidade do Brasil e concluiu a graduação em 1954. Devido a problemas financeiros de sua família, que o obrigariam a deixar a faculdade, no segundo ano, começou a trabalhar como plantonista em hospital psiquiátrico possibilitando a continuidade dos estudos por conta própria. Foi neste momento seu primeiro contato com a doença mental e apesar de ter grande interesse pela área de cirurgia, decidiu seguir carreira na Psiquiatria. Após concluir a formação no Rio de Janeiro, voltou para São Paulo e assumiu a direção de um posto de saúde, mas por motivos políticos, foi obrigado a fugir para o Uruguai diante da ameaça de prisão em 1956. No retorno ao Brasil, foi trabalhar na Casa de Saúde Santa Helena; algum tempo depois, foi nomeado para trabalhar no Centro Psiquiátrico Pedro II, do Serviço Nacional de Doenças Mentais, e conseguiu montar um laboratório para produzir os remédios usados naquele hospital que foi fechado logo após sua inauguração. Logo depois transferiu-se para a Colônia Juliano Moreira. Após sua aposentadoria prestou concurso para livre docente de Psiquiatria na UERJ, em 1970. Neste mesmo ano, defendeu sua tese de doutorado na UFRJ, intitulada "O Problema da Identidade Médica". Em 1977, foi nomeado Professor Titular de Psicologia Médica substituindo o Professor Leme Lopes.