Carlos Renato Grey

Área de identificação

tipo de entidade

Pessoa

Forma autorizada do nome

Carlos Renato Grey

Forma(s) paralela(s) de nome

Formas normalizadas do nome de acordo com outras regras

Outra(s) forma(s) de nome

identificadores para entidades coletivas

Área de descrição

Datas de existência

1912-?

Histórico

Nasceu no Rio de Janeiro no ano de 1912. Teve uma infância marcada pela perda de três de seus quatro irmãos e de sua mãe. Seu pai era um médico que viajava a cada dois anos à Europa para se aperfeiçoar profissionalmente. O contato com o cotidiano profissional de seu pai, principalmente durante o período da gripe espanhola (1918), influiu na sua opção pela medicina. Outra motivação foi sua admiração pelo seu primo Jorge de Moraes Grey que, na época, gozava de grande prestígio como médico e professor. Durante o período em que frequentou a Faculdade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro (1932/1937), exerceu uma expressiva liderança no movimento estudantil. Participou do Diretório Acadêmico, do qual chegou a ser presidente, e do Diretório Central dos Estudantes, onde ocupou os cargos de diretor de intercâmbio e de vice-presidente. A atividade política na universidade não o impediu de ser monitor da cadeira de Histologia e Embriologia Geral e interno no Serviço de Cirurgia Geral e Urologia do Hospital São Francisco de Assis, chefiado por Jorge Gouvêa. Antes de se formar, tornou-se Auxiliar Acadêmico dos Cursos de Docência Livre de Clínica Urológica de seu primo Jorge de Moraes Grey. Já formado, continuou no Serviço de Cirurgia Geral e Urologia do Hospital São Francisco de Assis, sob a orientação de Jorge Gouvêa. Como as possibilidades de inserção no mercado de trabalho como cirurgião eram então bastante restritas, aceitou uma proposta de seu ex-professor de Medicina Tropical, Evandro Chagas, para trabalhar no convênio firmado entre o governo brasileiro e a Fundação Rockefeller. Assim, trabalhou no Nordeste, no Centro de Estudos da Malária (1940/1942), onde desempenhou importante trabalho e conseguiu erradicar uma espécie de mosquito causador da malária. Apesar do resultado positivo do trabalho desenvolvido no Nordeste, jamais abandonou a sua opção pela cirurgia e pela urologia. De volta ao Rio de Janeiro, com o objetivo de aperfeiçoar sua formação, tornou-se estagiário no Hospital do Pronto Socorro, atual Souza Aguiar. Nos anos seguintes, exerceu suas atividades como médico na Embaixada Americana (1942/1943) e como assistente do Serviço de Cirurgia Geral e Urologia no Hospital Nossa Senhora do Socorro. Seu consultório foi montado no centro da cidade. O trabalho nos dois hospitais era realizado em regime de plantões de 24 horas, o que lhe permitia dedicar bastante tempo ao próprio consultório. Em 1945, foi aprovado, por concurso público, para trabalhar como urologista no Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários (IAPC), atual Hospital de Ipanema. Naquela época, somente médicos com sólida formação eram aprovados em um concurso público. Consequentemente, eles conquistavam grande prestígio, dentro e fora da profissão. A. partir desse momento, ele pôde adquirir a sua autonomia profissional, trabalhando como cirurgião. Durante sua vida profissional, não se ocupou somente de atividade clínica, tendo no seu horizonte alguns objetivos políticos. Sua luta política tinha, segundo suas palavras, três objetivos principais. O primeiro deles era combater o "regime da copa e cozinha": um médico recém-formado só conseguia se inserir no mercado de trabalho se dispusesse de algum tipo de apadrinhamento. O segundo era denunciar a existência de um "feudo na cirurgia": o mercado de trabalho na área da cirurgia estava dominado por um pequeno grupo que ocupava todos os espaços institucionais de atuação. Finalmente, condenava a exploração que os medalhões da Santa Casa exerciam sobre os estudantes. Estas foram as principais motivações que o levaram a ingressar, juntamente com outros médicos jovens, no Sindicato Médico Brasileiro. No Sindicato, acabou sendo designado por Álvaro Tavares de Souza, presidente da entidade, para participar da Comissão Organizadora do IV Congresso Médico Sindicalista, realizado em 1944. Neste Congresso, participou das discussões sobre a constituição de um novo Código de Ética, para substituir o de 1931, e sobre a criação do Conselho de Medicina. Fez parte da Comissão que encaminhou as resoluções do Congresso ao presidente Getúlio Vargas. Sua intensa atividade durante o Congresso lhe valeu a indicação para tornar-se membro do Primeiro Conselho Provisório Federal de Medicina (1945). Este Primeiro Conselho, criado a partir da aprovação da Lei n° 7.955 de 1945, não teve uma atuação efetiva, pois os médicos não sabiam muito bem quais seriam as funções desta nova instituição. Aos poucos, abandonou a atividade associativa, dedicando-se à carreira profissional.

Locais

Estado Legal

Funções, ocupações e atividades

Mandatos/Fontes de autoridade

Estruturas internas/genealogia

Contexto geral

Área de relacionamento

Área de ponto de acesso

Ponto de acesso - assunto

Ponto de acesso - local

Ocupações

Área de controle da descrição

Identificador de autoridade arquivística de documentos

Identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

ISAAR(CPF): norma internacional de registro de autoridade arquivística para entidades coletivas, pessoas e famílias.

Status da descrição

nível de detalhamento

Datas das descrições (criação, revisão e remoção)

Idioma(s)

Escrita(s)

Fontes utilizadas na descrição

Notas de manutenção