O depoente foi fotógrafo na Fiocruz e esta entrevista foi gravada por Aline Lopes de Lacerda, Eduardo Thielen, Maria Alice Franco e Nathacha R. B. Reis, nos dias 14 e 19 de dezembro de 2012, para relembrar aspectos a respeito de sua trajetória profissional e formalizar a entrega de seu arquivo pessoal ao Departamento de Arquivo e Documentação.
Entrevistadores: Aline Lacerda (AL), Eduardo Thielen (ET), Maria Alice Franco (MA) e Nathacha R. B. Reis (NR).
Sumário: Poliana Orosa
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Nascido em Manguinhos, era morador da estrada de Manguinhos e conta que quando criança conseguia enxergar da janela de seu quarto o Castelo e o pavilhão do Quinino; memórias sobre o aterro no mangue, a barreira do Vasco e o aeroclube do Brasil; estudou no colégio Bahia em Bonsucesso, conta que seu pai era severo em relação a sua educação; período em que quando criança passava por baixo da cerca e brincava dentro do espaço da Fiocruz, no antigo aquário; lembrança das vezes em que quando criança e ficava doente, frequentou o Hospital Evandro Chagas para ser atendido; chegava de seu pai ao Brasil na década de 1920, onde posteriormente veio a trabalhar como motorista do Dr. Lauro Travassos e ainda depois como técnico de laboratório na helmintologia.
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Conta que seus pais se conheceram na Fiocruz, quando sua mãe vinha trazer sua avó para tratamento; seus pais casaram em 1935, o depoente nasceu em 25 de fevereiro de 1936; trabalho de seu pai com animais, sendo responsável por sua alimentação e outros cuidados; período de trabalho do pai no Serviço Nacional de Febre Amarela para complementar sua renda; aposentadoria do pai em 1956, que passou a trabalhar como vendedor de terrenos; em 1955 passou a servir no exército, e após um assalto na Avenida Brasil, seu pai comprou um apartamento em Higienópolis e todos passaram a morar lá; compra de outros apartamentos pelo seu pai na área de Manguinhos; descoberta de câncer do pai e a cirurgia no Hospital de Bonsucesso; passou a trabalhar no Instituto Oswaldo Cruz e conseguiu esta oportunidade através de seu pai; o estudo noturno nesse período; o início do trabalho como distribuidor de vacinas e a ida para o setor fotográfico também através do pai.
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No setor fotográfico seu início como servente; a doença de seu chefe, tuberculose, e a aproximação maior do serviço de fotografia; a chefia do Dr. Augusto José de Nin Ferreira, responsável pela área da fotografia por 8 divisões no Instituto; o livro de registro das fotografias que era elaborado por Anadir Fernandes de Queiroz.
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Comenta sobre fotografias do Curso de Aplicação do IOC e também do que incluía pacientes e animais; divisão dos setores de fotografia dentro da Fiocruz; entrada para o serviço da ENSP e posterior aposentadoria em 1977, devido a mudanças legislativas da presidência; o trabalho em horário integral no Hospital das Pioneiras Sociais; retorno em 1986 para a Fiocruz, por convite do dr. Hermann Schatzmayr, para trabalhar no laboratório da Dr. Monika Barth; o surto da dengue e o trabalho na virologia.
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O laboratório fotográfico na ENSP e produção de material didático e diapositivos para aulas, onde trabalhou por sete anos; a saída da Fundação Rockefeller; o trabalho antes da ENSP e no Pavilhão de Cursos durante a década de 1960; comentários sobre a gráfica quando estava começando no térreo do Castelo e os serviços de restauração de livros e publicação de trabalhos.
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Comentários sobre o relatório anual de fotos que enumerava a quantidade de fotografias feitas e preservava todos os trabalhos; sobre as fotografias e fichas antigas para organização dos documentos produzidos; explica o processo de preparação para fotografar doentes; as circunstâncias da morte do irmão na época de seu casamento; comentários sobre o nascimento de sua primeira filha, que faleceu com 42 dias de vida; sua terceira filha que também nasceu doente com galactosemia.
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Conta sobre o período de internação da filha e a dificuldade de tratamento, mas que ao final teve sucesso; comenta sobre a primeira eleição na Fiocruz e os mandatos seguintes; a identificação da Dengue 2 e Dengue 3; sua permanência na área da virologia até sua aposentadoria compulsória.
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Problemas com sua aposentadoria e o retorno pela Fiotec como terceirizado; comenta que na medida em que mudava seu local de trabalho, as fotografias ficavam onde haviam sido feitas; a respeito da origem do serviço de comunicação social da presidência da Fiocruz; a reformulação promovida por Sérgio Arouca na Fiocruz; referência à perda de documentos e fotografias, que foram removidos e levados para outros locais que não o laboratório de fotografia; comentários sobre as casas construídas dentro dos terrenos da Fiocruz; explica o processo de identificação das fichas das fotografias.