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registro de autoridade
Pessoa

Luís Gonzaga do Nascimento e Silva

  • Pessoa
  • 1915-2003

Nasceu em Itajubá (MG), em 24 de janeiro de 1915, filho do advogado Francisco Eulálio do Nascimento e Silva e de Maria do Rosário do Nascimento e Silva. Cursou o primário no Colégio São José e o secundário no internato do Colégio Pedro II, bacharelando-se, em 1936, pela Faculdade Nacional de Direito, dando continuidade à tradição familiar. Em 1937, logo após terminar a faculdade, viajou para a Europa, onde permaneceu por quase um ano. Ao retornar ao Brasil, passou a trabalhar no escritório de advocacia de seu pai. Nesta ocasião, participou da oposição ao Estado Novo, sendo redator e signatário do “Manifesto da Resistência Democrática”, publicado na revista do Centro Dom Vital. No início da década de 1950, foi presidente da Fábrica Pneus-Brasil, de propriedade da família de Wilma de Carvalho Brito do Nascimento e Silva, com quem se casara em 1947. Além disso, foi presidente do Sindicato Nacional das Indústrias de Artefatos de Borracha. Advogado e diretor de várias empresas, Nascimento e Silva chegou a ser cogitado para ocupar o cargo de procurador-geral no governo Kubitschek. Em 1957, foi convidado para chefiar o Departamento Jurídico do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), cargo que ocupou até 1961. No BNDE, participou do esforço pela mudança nas relações do empresariado nacional com as agências estatais de financiamento. Em 1964, atuando como consultor-jurídico do Ministério do Planejamento e Coordenação Econômica, participou do grupo de trabalho que esboçou o Estatuto da Terra, Lei nº 4.504, promulgada em 30 de novembro de 1964. Em 1965, aceitou o convite do Presidente Castelo Branco para presidir o Banco Nacional de Habitação (BNH). Enquanto presidir o Banco Nacional de Habitação (BNH). A utilização da correção monetária nos reajustes das prestações do Sistema Financeiro de Habitação (SFH) foi regulamentada durante a sua gestão. O projeto de criação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que substituiu a estabilidade no emprego após dez anos de trabalho numa empresa, foi encaminhado ao governo por Nascimento e Silva. O projeto previa a utilização dos recursos do FGTS, pelo BNH, para o financiamento de habitações. Em 27 de julho de 1966, assumiu o Ministério do Trabalho e Previdência Social, substituindo Peracchi Barcelos. Quanto à sua atuação na legislação trabalhista, destaca-se a aprovação do projeto que instituiu a correção monetária nos débitos trabalhistas. No campo da Previdência Social, o ato mais importante foi a unificação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs), com a criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). Ao deixar o ministério, em 15 de março de 1967, por ocasião da posse do Presidente Costa e Silva, foi nomeado embaixador plenipotenciário do Brasil, na posse de Oscar Gestido como Presidente do Uruguai. Entre 1970 e 1974, foi membro do Conselho de Administração do BNH, e de 1972 a 1974, membro do Conselho de Administração do BNDE. Neste período, também dirigiu a Fábrica Nacional de Motores. Em 1974, participou do grupo que assessorou, informalmente, o General Ernesto Geisel, em questões relativas à política econômica. Em julho desse ano, assumiu o recém-criado Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS), tendo como primeira tarefa criar e organizar sua estrutura administrativa. Em sua atuação no MPAS, destaca-se a criação do salário-maternidade e a concessão de renda mensal vitalícia aos maiores de 60 anos e aos inválidos, visando com isto a ampliação da cobertura da Previdência Social. Em 1977, foi criado o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS), que significou uma nova reorganização na Previdência Social. O SINPAS congrega o INPS, o Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), a Legião Brasileira de Assistência (LBA), o Instituto de Administração Financeira da Previdência Social (IAPAS) e a Empresa de Processamento de Dados da Previdência Social (CATAPREV) – criada em 1974. Com a posse do Presidente Figueiredo, em 15 de março de 1979, foi convidado para ser embaixador do Brasil na França, permanecendo nesse país até 1984. Deixou a embaixada em Paris em dezembro de 1984, no final do governo Figueiredo, sendo subsituído por Antônio Correia do Lago. De volta ao Brasil, instalou-se no Rio de Janeiro, onde retomou suas atividades de advogado em seu escritório particular. Nascimento e Silva foi ainda professor de direito civil da PUC-Rio. Colaborou também em várias revistas jurídicas e publicações diversas em suas áreas de especialização. Membro do conselho superior do Instituto dos Advogados Brasileiros e da Sociedade Brasileira de Direito Internacional, participou do Conselho de Direito dos Advogados do Brasil, seção Guanabara. Faleceu no Rio de Janeiro no dia 2 de janeiro de 2003.

Luis Luisi

  • Pessoa
  • 1927-2005

Luis Rey

  • Pessoa
  • 1918-2016

Nasceu na cidade de São Paulo em 26 de março de 1918, filho de Gabino Rey e Maria Perruoli Rey. Médico formado pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) em 1944 iniciou sua carreira como chefe de um posto de saúde do Serviço Especial de Saúde Pública no interior do Pará (1946-1947). De 1948 a 1949 especializou-se em saúde pública pela Escola Nacional de Saúde Pública de Paris. De volta ao Brasil, atuou na Divisão de Organização Sanitária – Setor de Helmintoses, do Ministério da Educação e Saúde (1949-1951). Em 1951 ingressou na Faculdade de Medicina da USP, onde lecionou parasitologia e obteve os títulos de doutor em medicina (1956) e de livre-docente de parasitologia (1961). Em 1959 criou a Revista do Instituto de Medicina Tropical de São Paulo, sendo seu editor até 1964. Militante do Partido Comunista Brasileiro, foi demitido da universidade com base no Ato Institucional nº 1, editado em 1964 pelo regime militar recém-instaurado no país. Entre 1965 e 1969 ensinou parasitologia na Escola de Ciências Biológicas do México, na Faculdade de Medicina de Taubaté, na Universidade do Norte do Paraná e na Faculdade de Higiene e Saúde Pública da USP. Em 1969, de acordo com os termos do Ato Institucional nº 5, teve decretada sua aposentadoria. A partir de 1970, como médico epidemiologista da Organização Mundial da Saúde (OMS), dedicou-se ao desenvolvimento de ações programáticas para o combate e controle da esquistossomose e outras parasitoses em países da África, Oriente Médio e América Latina. Após 13 anos na OMS, ingressou na Fiocruz. Foi chefe dos Departamentos de Helmintologia (1984-1985) e Biologia (1988-1990) do IOC, como também superintendente do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (1985-1989). Aposentado em 1991, transferiu-se para o Departamento de Medicina Tropical do IOC, onde chefiou o Laboratório de Biologia e Controle de Esquistossomose até 2002. Em 2005 recebeu o título de pesquisador emérito da Fundação. Ao longo de sua carreira, publicou livros que se tornaram referências para as ciências biomédicas, como Parasitologia, Bases da parasitologia médica e Dicionário de termos técnicos de medicina e saúde, vencedor do prêmio Jabuti de 2000 na categoria ciências naturais e ciências da saúde. Escreveu também Um médico e dois exílios: memórias. Morreu em 5 de março de 2016, no Rio de Janeiro.

Luis Tranquilino de Lima

  • Pessoa
  • 1932-?

Nasceu em 25 de maio de 1932, em Timbaúba dos Mocós (PE). Desde a juventude trabalhou na agricultura com sua família, e em 1948 mudou-se para Recife e passou a trabalhar como pedreiro. Neste mesmo ano foi para o Rio de Janeiro, para trabalhar no ramo de construção civil, de modo geral. Em 1956, quando residia no Rio de Janeiro, surgiram os primeiros sintomas da hanseníase. Após um corte no pé, sentiu-se mal e decidiu, portanto, fazer alguns exames no Hospital da Cruz Vermelha. Começou a ser medicado com remédios para tratamento de hanseníase, mas não informaram o diagnóstico e a gravidade da doença, tampouco a necessidade de tratamento sem interrupção. Após algum tempo, mesmo estando medicado, seu estado de saúde se agravou e ele foi perdendo gradativamente a visão. Em 1958 foi morar em João Pessoa, Paraíba, na Colônia Getúlio Vargas, para operar os olhos, e conseguiu sua aposentadoria por invalidez. Ao melhorar da visão, continuou em João Pessoa trabalhando como agricultor, mas voltou a apresentar sintomas de hanseníase e foi internado em 1960 na Colônia Getúlio Vargas. Como interno da Colônia, trabalhou como vigilante da área verde que circunda a instituição e adaptou-se totalmente ao cotidiano asilar, e ali reside até hoje. Por causa da doença, aproximou-se da religião espírita e chegou a ser presidente da Federação Espírita daquele estado.

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