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registro de autoridade
Pessoa

Demisthóclides Baptista

  • Pessoa
  • 1925-1993

Nasceu em Cachoeiro de Itapemirim (ES), em 18 de outubro de 1925. Batistinha, como era mais conhecido, era filho de um ferroviário da Estrada de Ferro Leopoldina e teve 11 irmãos, dos quais sete morreram de tuberculose na infância. Aos 16 anos, ingressou na Estrada de Ferro Leopoldina, onde trabalhou até ser demitido por motivos políticos, em 1964. Foi eleito presidente do Sindicato dos Ferroviários da Leopoldina, em 1954, quando então comandou uma greve que resultou na intervenção do sindicato pelo Ministério do Trabalho. Participou também da articulação do Pacto da Unidade e Ação (PUA), movimento que congregou portuários, ferroviários e marítimos, e posteriormente o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT). Com a promulgação da Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), em 1960, e a instituição da direção colegiada nos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs), atuou como representante dos trabalhadores na Junta de Julgamento e Revisão (JJR) do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários e Empregados do Serviço Público (IAPFESP). Em Cachoeiro do Itapemirim, além de atuar no movimento sindical, foi também professor secundário, diretor da Casa do Estudante e jornalista do Correio do Sul, o Arauto e Sete Dias. Eleito deputado federal com 38 mil votos, por uma coligação integrada pelo Movimento Trabalhista Renovador (MTR), Partido Socialista Brasileiro (PSB) e pelo Partido Social Trabalhista (PST), cumpriu apenas 14 meses de mandato. Cassado em abril de 1964, foi incluído no Inquérito Policial Militar (IPM) da Leopoldina, entre outros processos. Formado em direito pela Universidade Federal de Vitória, em 1958, passou a exercer advocacia no Rio de Janeiro, durante o regime militar. Atuou ainda na reorganização do movimento sindical dos ferroviários e, nas eleições de 1986, foi candidato ao Senado Federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Foi assassinado no Rio de Janeiro no dia 05 de julho de 1993, em sua casa, em circunstâncias não esclarecidas.

Dely Noronha de Bragança Magalhães Pinto

  • Pessoa
  • 1942-

Nasceu em 24 de novembro de 1942, no Rio de Janeiro, filha de Décio Noronha e Ottilia Noronha. Com a morte do pai, foi educada por sua mãe e por Manoel Bragança. Fez o curso primário em três instituições de ensino na cidade do Rio de Janeiro, uma delas o Externato Irmã Paula. O curso ginasial foi concluído no Instituto Roccio e o científico na Escola Municipal Souza Aguiar. No pré-vestibular para medicina, conheceu o professor Fritz de Lauro, médico aposentado e futuro padrinho de formatura do Curso de História Natural, e que teve grande influência em sua trajetória profissional. Foi nas aulas deste professor que desenvolveu seu interesse pela biologia. Em 1963 ingressou no Curso de História Natural da Faculdade Nacional de Filosofia, da Universidade do Brasil, concluindo-o em 1968. Ainda em 1963, iniciou seu trabalho como estagiária no IOC, graças à influência de Domingos Arthur Machado Filho, que havia sido seu professor no científico. No IOC trabalhou inicialmente na Seção de Bacteriologia e, depois, na Coleção de Diptera, com Lauro Travassos. Em caráter extraoficial, trabalhou também com a Coleção de Lepidoptera da Seção de Helmintologia, atividade que lhe rendeu vários trabalhos científicos como colaboradora de Lauro Travassos. As atividades de campo promovidas pelo IOC foram prejudicadas devido às alergias que desenvolveu em relação aos insetos. Com o agravamento do estado de saúde de Lauro Travassos, no final da década de 1960, passou a ser orientada por João Ferreira Teixeira de Freitas, especializando-se, dentro da helmintologia, no grupo dos acantocéfalos. Em 1970, após a morte de Lauro Travassos, se recusou a acompanhar a Coleção de Lepidoptera que foi transferida para o Museu Nacional. Por esse motivo, permaneceu como estagiária no IOC. A contratação definitiva como pesquisadora do IOC se deu em 1983, quando por um breve período passou a se dedicar ao estudo dos moluscos. À época, foi responsável por amplas modificações nas instalações do Laboratório de Esquistossomose Experimental do Departamento de Helmintologia, como a implantação do sistema de água corrente para os aquários de moluscos. Em seu retorno ao Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados, passou a auxiliar Delir Corrêa Gomes Maués da Serra Freire, curadora da Coleção Helmintológica do IOC. Em 1989 assumiu a curadoria da Coleção Helmintológica, cargo que ocupou até 2007, mesmo após a sua aposentadoria em 1996. Ao longo deste período, se dedicou à implantação de novos sistemas para a manutenção da coleção, entre eles, a climatização e a conservação da coleção e do acervo bibliográfico, a organização e informatização das separatas e livros e a catalogação de frascos e lâminas.

Delir Corrêa Gomes Maués da Serra Freire

  • Pessoa
  • 1938-

Nasceu em 4 de setembro de 1938, na cidade do Rio de Janeiro, filha de Antônio Corrêa Gomes e Nadya Pinhel Gomes. Conduiu seus estudos secundários em uma escola da Irmandade das Freiras Servas do Espírito Santo, contando como incentivo e esforço de seus pais. Apesar da insistência de seu pai para que optasse pela medicina, o gosto pela biologia surgiu desde muito cedo, quando ainda frequentava o curso ginasial. A visita ao IOC, em 1961, por convite de uma amiga, e o incentivo do pesquisador Lauro Travassos fizeram com que ela contrariasse o desejo paterno e se decidisse pelo curso de história natural. Em 1963, começava a sua graduação na Universidade do Estado da Guanabara (UEG), atual UERJ, onde se formou em 1966. Ao iniciar o curso superior, conseguiu um estágio no IOC, tendo como orientadores Lauro Travassos e João Ferreira Teixeira de Freitas, importantes lideranças na Divisão de Zoologia do Instituto. O contato com estes dois pesquisadores de renome fez com que tomasse gosto pela área da helmintologia, a qual dedicaria a maior parte das atividades exercidas ao longo de sua carreira, seja na prática da pesquisa, da docência ou da gerência. Em 1967, já graduada, frequentou o Curso de Aplicação de Manguinhos, ampliando os seus conhecimentos na área biomédica. Quando estagiária no IOC, publicou os resultados de suas primeiras pesquisas nas Atas da Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro na revista Memórias do lOC. Entre 1963 e 1968, permaneceu como estagiária no Departamento de Helmintologia. A partir de então, recebeu apoio do CNPq, quando assumiu a função de pesquisadora assistente. Em fins dos anos 1970, foi contratada pela Fiocruz. Apesar das dificuldades financeiras e institucionais no decorrer das décadas de 1970 e 1980, concluiu o Curso de Pós-Graduação em Medicina Veterinária, na área de parasitologia, da UFRRJ. Concomitantemente, exerceu atividades docentes e cargos administrativos na Fiocruz. Convidada por Teixeira de Freitas, passou a ministrar aulas de entomologia e helmintologia, no Curso de Aplicação do IOC. A partir de então, a atividade docente se fez permanente em sua trajetória, exercendo-a em várias instituições. Entre 1990 e 1994, além do cargo de professora em helmintologia e parasitologia médica, assumiu a coordenação do Curso de Pós-Graduação em Medicina Tropical no IOC/Fiocruz. Dentre os cargos gerenciais, tornou-se responsável, em 1977, pelo Laboratório de Helmintologia; entre 1985 e 1991 assumiu a chefia do departamento, cargo que retomaria a partir de 1997. Entre 1982 e 1989, foi designada curadora da Coleção Helmintológica, embora sua relação com a mesma tenha começado desde muito cedo. Sempre reconhecendo a importância do acervo para as pesquisas na área da helmintologia, teve participação decisiva, em meados dos anos 1970, para que a coleção não fosse destruída mediante a proposta de transferência do acervo para outras instituições. Atualmente, é chefe do Laboratório de Helmintos Parasitos de Vertebrados (IOC).

David Perlov

  • Pessoa
  • 1930-2003

David E. Davis

  • Pessoa
  • 1913-1994

David Carneiro

  • Pessoa
  • 1904-1990

David Capistrano da Costa Filho

  • Pessoa
  • 1948-2000

Nasceu no dia 7 de julho de 1948, em Recife (PE), filho de David Capistrano da Costa e Maria Augusta de Oliveira. Em 1972 graduou-se pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde atuou na militância do movimento estudantil universitário, estando presente na linha da resistência contra a ditadura militar. Por várias vezes foi preso devido ao seu ativismo e filiação ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Entre 1974 e 1975 fez residência médica no Departamento de Medicina Preventiva e Social da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade de Campinas. Em 1976 especializou-se em Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP) e no mesmo ano foi efetivado no cargo de médico sanitarista da Secretaria de Saúde do estado de São Paulo. Na USP alcançou mais duas especializações: Planejamento do Setor Saúde, em 1978, e Epidemiologia Clínica, em 1987. De 1977 a 1982 atuou como diretor de Estudos e Programas de Divisão Especial de Saúde do Vale do Ribeira e diretor técnico do Centro de Saúde de Vila Prudente. No final da década de 1970 presenciou as greves no ABC paulista e o início da trajetória do Partido dos Trabalhadores (PT). Em 1983 rompeu definitivamente com o PCB, junto com vários membros da executiva paulista do partido. Um ano depois tornou-se secretário de Higiene e Saúde de Bauru (SP), cargo em que permaneceu por dois anos. Na ocasião realizou importante trabalho de redução da mortalidade infantil naquele município. Em 1986 ingressou no PT e nos anos seguintes tornou-se um dos principais formuladores do Sistema Único de Saúde na Constituição de 1988. Em 1989 assumiu a Secretaria de Higiene e Saúde de Santos (SP), da qual se desincompatibilizou em 1992 para concorrer ao cargo de prefeito da cidade, sendo eleito para o período de 1993 a 1996. Entre as suas realizações à frente da Secretaria de Higiene e Saúde e da Prefeitura de Santos destacam-se a gestão de uma política precursora no controle e prevenção do HIV/AIDS, a elaboração de um programa de apoio destinado às famílias de baixa renda e a luta antimanicomial para humanizar o tratamento de pacientes da área de saúde mental. Ao final do mandato como prefeito, voltou a trabalhar como médico sanitarista coordenando o Projeto Qualis, da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, e foi consultor das secretarias municipais de saúde de Porto Alegre e Goiânia, entre outras ações. Morreu em 10 de novembro de 2000, em São Paulo.

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