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registro de autoridade

Osmar Mattos

  • Pessoa
  • 1917-2006

Nasceu em 26 de janeiro de 1917, em Maceió, Alagoas. Em 1932, mudou-se para Recife com a família, de cinco irmãos. Optou pelo curso de Medicina por sugestão do pai, Oscar Mattos. Fez a graduação na Faculdade de Medicina de Recife, entre 1934 e 1939. O primeiro contato com a hanseníase ocorreu na década de 1940, quando Celso Lima Verde, diretor de Saúde do Amazonas, o convidou para trabalhar na Colônia Antônio Aleixo, em Manaus. Trabalhou também em Fortaleza, com lepra, sífilis e doenças venéreas. Foi aprovado no Curso de Especialização em Leprologia realizado em 1945 e promovido pelo Departamento Nacional de Saúde e pelo Serviço Nacional de Lepra (SNL), no Rio de Janeiro. Concluído esse curso, retornou ao Amazonas e trabalhou durante 10 anos como diretor do Leprosário Antônio Aleixo e chefe do Serviço de Lepra do Amazonas. Em 1949 ajudou a fundar a Associação Brasileira de Leprologia. Em 1954, transferiu-se para o Rio de Janeiro a convite do Diretor do SNL, Thomaz Pompeu Rossas, e iniciou sua participação na Campanha Nacional contra a Lepra (CNCL), promovida pelo SNL e pelo Ministério da Saúde. Essa Campanha foi uma ação extremamente importante e estratégica na descentralização dos serviços de atendimento aos doentes de hanseníase. O estado do Rio de Janeiro iniciou uma campanha piloto que, posteriormente, foi colocada em prática em todo o território nacional. A atuação nessa Campanha exigia viagens e deslocamentos constantes de seus diretores e, por isso, trabalhou em Cabo Frio, Saquarema, Macaé e Santa Maria Madalena, pois o estado foi dividida em vários setores geográficos. Em 1955, deixou o trabalho com a Campanha e foi trabalhar no Instituto de Leprologia (IL), em São Cristóvão, no Rio de Janeiro, como chefe da ‘Turma de Clínica e Terapêutica’; turma era a forma de designar as seções de trabalho. Em 1962, voltou a trabalhar na Campanha, e nela permaneceu até 1966. Entre 1961 e 1964, foi professor do tópico “Propedêutica Dermatológica”, do Curso de Lepra da Escola Nacional de Saúde. Além disso, ministrou um curso de Lepra no Departamento de Profilaxia da Lepra do estado de São Paulo, de 1965 a 1966, e foi chefe de clínica do Departamento de Dermatologia da Policlínica Geral do Rio de Janeiro. Foi assistente do professor Ramos e Silva na cátedra de Dermatologia da Escola de Dermatologia e Cirurgia do Rio de Janeiro, atual UniRio, e trabalhou na Saúde dos Portos até aposentar-se em 1970, mas continuou atuando em clínica particular, no Rio de Janeiro, até 1975. Sua produção científica tem como marco a experiência com o uso da Talidomida na hanseníase e no prurido nodular de Hyde. O resultado foi apresentado na VI Jornada Brasileira de Leprologia, realizada em Niterói e em Nova Friburgo, em outubro de 1972, e ele foi o primeiro cientista a fazê-lo. Alguns dermatologistas estrangeiros presentes se interessaram entusiasticamente por sua pesquisa; pouco tempo depois, soube que sua experiência tinha sido publicada em um periódico estrangeiro e que o dr. Jacob Sheskin, dermatologia israelense, intitulava-se o autor da experiência exitosa. Morreu em 17 de novembro de 2006, em Niterói (Rio de Janeiro).

Abrahão Rotberg

  • Pessoa
  • 1912-2006

Filho de imigrantes romenos, nasceu em 12 de janeiro de 1912, no Rio de Janeiro. Iniciou a formação escolar no Colégio Pedro II, mas em 1923 mudou-se para São Paulo. Em 1928, aos 16 anos, ingressou na Faculdade de Medicina de São Paulo, hoje componente da Universidade de São Paulo (USP). Durante o sexto ano da graduação fez estágio no Serviço de Lepra do Sanatório Padre Bento, na região metropolitana de São Paulo. Em 1939, logo depois de formado, fez em Nova York, o curso de Dermatologia no Skin Cancer Hospital. Ainda nos Estados Unidos, foi convidado a apresentar seu trabalho sobre a reação de Mitsuda no National Cancer Institute. Ao retornar para o Brasil, trabalhou na Inspetoria de Profilaxia da Lepra de São Paulo, cuja política de controle para os hansenianos estava fortemente pautada no isolamento compulsório. Pouco tempo depois, em parceria com o colega de turma e também leprologista Luiz Marino Bechelli, escreveu um importante trabalho sobre a ineficiência do tratamento com o óleo de chaulmoogra. Presenciou o início do uso da Sulfona e dos medicamentos químicos no tratamento aos doentes, o qual possibilitaria o fim do isolamento nos leprosários. Igualmente com Bechelli, Nelson de Souza Campos e Flavio Maurano, disputou os concursos de monografia promovidos pelo Serviço Nacional de Lepra (SNL) em 1942 e 1943, e participou da equipe vencedora nos dois anos. Recebeu prêmios e homenagens pelo Tratado de Leprologia, obra clássica no campo da Hansenologia, uma das mais importantes publicações do SNL e do Ministério da Educação e Saúde para subsidiar os estudos na área. Em 1967, a convite do dr. Walter Sidney Pereira Leser, então secretário de Saúde de São Paulo, assumiu a direção do Departamento de Profilaxia da Lepra (DPL), a antiga Inspetoria. Graças à sua direção nesse Departamento, o estado de São Paulo mudou a política de controle de hanseníase, até então amparada no isolamento em leprosários, diferindo da maioria dos estados brasileiros. Concomitante a esse cargo foi professor de Dermatologia na Faculdade Paulista de Medicina, entre 1959 e 1972. Escreveu um importante trabalho sobre a imunização genética da lepra, chamado Fator N de Rotberg. Foi sua a iniciativa de mudança do nome da doença de ‘lepra’ para ‘hanseníase’, cujo objetivo era minimizar o que ele chamava de leproestigma, presente nos termos ‘lepra’ e ‘leproso’. Defendeu essa mudança em nível mundial durante o X Congresso Internacional de Lepra, realizado na cidade de Bergen, na Noruega, em 1973, mas não obteve o sucesso esperado e o Brasil é um dos poucos a usar outra denominação que não ‘lepra’ para a hanseníase. Foi um dos fundadores do periódico Hansenologia Internationalis, em 1975, herdeira direta da Revista Brasileira de Leprologia, criada em 1933. Desde 1940 exerceu também a clínica em seu consultório particular. Morreu em 1° de novembro de 2006, aos 94 anos, em São Paulo.

Elita Marinho

  • Pessoa
  • 1911-1989

Odilon Duarte Baptista

  • Pessoa
  • 1910-1998

Nasceu no Rio de Janeiro, em 26 de outubro de 1910, filho de Pedro Ernesto, ex-prefeito da capital fluminense. Realizou os estudos básicos no Colégio Santo Inácio e o curso secundário no Colégio Pedro II. Formou-se, em 1932, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil, atual UFRJ. Iniciou suas atividades profissionais na Casa de Saúde Pedro Ernesto, local em que desde o final dos anos 1920 desenvolviam-se articulações políticas, tornando-o conhecido como “Centro da Revolução de 1930”. Em 1933, foi nomeado para o quadro de médicos da Colônia Juliano Moreira e do recém-criado Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM). Três anos depois, devido à sua participação na Aliança Nacional Libertadora (ANL), foi preso e demitido do IAPM e do Ministério da Educação, ao qual se subordinava a Colônia Juliano Moreira. Em 1938, retornou ao IAPM, passando então a chefiar o Centro Cirúrgico, atividade que exerceu até 1964, quando todos os chefes de clínica do Hospital dos Marítimos foram destituídos de seus cargos. Cirurgião e cancerologista, introduziu no Hospital dos Marítimos procedimentos modernos de diagnóstico do câncer, como a biópsia por congelamento. Em 1943, realizou nos Estados Unidos um curso de especialização em cancerologia. Integrou também a delegação brasileira nos congressos internacionais de câncer, realizados em 1952 e 1962. Em 1953 e 1954, quando ocupava o cargo de presidente da Associação Médica do Distrito Federal (AMDF), foi um dos líderes do movimento nacional pelo enquadramento na letra ‘O”- nível salarial pretendido pelos médicos do serviço público. Além das atividades de caráter sindical, atuou em diversos movimentos políticos, tendo pertencido ao Conselho Mundial da Paz. Morreu em 1998.

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