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registro de autoridade

Antônio Pereira da Silva

  • Pessoa
  • 1933-?

Nasceu em 22 de março de 1933, em Pilar, Alagoas, em família numerosa, com 11 filhos. Na infância começou a apresentar sintomas de hanseníase; por falta de tratamento adequado perdeu a sensibilidade dos pés e das mãos. Sua família tratou da doença com medicamentos caseiros, tais como chás fitoterápicos e uma mistura de pólvora com limão para tratar os ferimentos. Mesmo apresentando sinais de avançado estado da doença, trabalhou anos na lavoura com os demais membros da família. Por causa da hanseníase, aos 10 anos foi isolado na casa-grande da fazenda onde trabalhava e lá permaneceu por alguns anos. Ao sair da fazenda passou a trabalhar em engenhos de cana-de-açúcar e na criação de gado. Na década de 1950 foi internado na Colônia Eduardo Rabello, em Alagoas. Quando essa Colônia foi desativada, seus pacientes foram transferidos para a Colônia de Mirueira, em Pernambuco, e nessa mudança Antônio Pereira evadiu-se. Posteriormente, foi para a Colônia Getúlio Vargas, na Paraíba.

Anna Kohn Hoineff

  • Pessoa
  • 1940-

Nasceu em 18 de maio de 1940, na cidade do Rio de Janeiro, é filha de Rosa e Jacob Kohn, ambos imigrantes poloneses. Viveu nos bairros da Tijuca e Flamengo, onde fez toda sua formação básica no Colégio Anglo-Americano. Ao terminar o curso científico, foi convidada por seu professor de Química para trabalhar como assistente, conseguindo assim seu primeiro contrato como auxiliar de laboratório no colégio. Através de convite do professor Roberto Blum, também do Colégio Anglo-Americano, ministrou aulas de ciências no programa "Ciência no Ar" na TV Tupi. Afastou-se do Colégio Anglo-Americano e, durante o curso pré-vestibular, travou conhecimento com grupos do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Fez o curso de História Natural na Universidade do Estado da Guanabara UERJ, ingressando no ano de 1960. Em 1962, concluiu o bacharelado e, no ano seguinte, a licenciatura em História Natural. Seu primeiro contato com o IOC se deu na ocasião em que preparava um dos seus programas sobre ciências na TV Tupi quando conheceu o pesquisador Lauro Travassos que a convidou para estagiar em seu laboratório. Ao longo dos anos de 1961 e 1962, trabalhou com Lauro Travassos na Coleção de Lepidoptera. Incentivada pelo pesquisador, ingressou em 1961, no Curso de Especialização em Helmintologia do IOC, passando em primeiro lugar. Ao longo do curso, optou por estudar parasitos de peixes, afastando-se assim dos trabalhos com borboletas. Seu primeiro artigo publicado foi sobre parasitos de peixes, em 1961. No mesmo ano passou a receber uma bolsa de pesquisa e, em 1964, junto com outros bolsistas da instituição, foi efetivada no IOC. Através de contatos com parentes em Israel, fez estágio durante três meses, em 1963, com os professores G. Wertheim e Ilan Papema, na Hebrew University, em Jerusalém, tendo trabalhado em parasitos de peixe. Neste mesmo ano, estagiou no Musée National d'Histoire Naturelle, em Paris, com os professores Alain Chabaud e Robert Dollfus, voltando para o Brasil em outubro de 1963. Em 1967, convidada por Lauro Travassos, trabalhou na elaboração do Catálogo de Trematódeos do Brasil, publicado em 1970. Foi editora das Memórias do IOC nos anos de 1970 e 1971. Assessorou tecnicamente a gestão de Oswaldo Cruz Filho de 1971 a 1974. Nesta época, passou a trabalhar no laboratório de Helmintologia com a pesquisadora Miriam Tendler, tendo sido ambas responsáveis pela reforma do antigo biotério. Foi convidada, em 1974, a ocupar o cargo de professora de helmintologia no curso de Mestrado em Zoologia do Museu Nacional, UFRJ. Lá, ministrou aulas e orientou teses até 1976, e durante os anos de 1987 e 1990. Também ensinou helmintologia no Curso de Mestrado em Parasitologia Médica da Fiocruz e foi professora dos tópicos autópsia de animais e manuseio de coleções, no curso básico para estagiários da Fiocruz. Tem ministrado vários cursos helmintologia e parasitos de peixes em diversas instituições do país. A transformação estatutária da instituição, em 1970, abriu a possibilidade dela ocupar o cargo de pesquisadora na instituição, o que só veio a ocorrer, de fato, em 1977. Finalmente, em 1987, passou a categoria de pesquisadora titular da Fiocruz. Em seu trabalho na Coleção Helmintológica, com Lauro Travassos e João Ferreira Teixeira de Freitas, foi a responsável pela normalização, assinada pelo então presidente Oswaldo Cruz Filho estabelecendo que os exemplares-tipos não poderiam sair da coleção devido às constantes perdas destes empréstimos para o exterior. Desde 1985, Ana Kohn desenvolve pesquisa de parasitos de peixe em parceria com a ELETROSUL, em reservatórios de usinas hidrelétricas e no Departamento Nacional de Obras contra as Secas, no estado do Ceará. É uma das fundadoras na Fiocruz da linha de pesquisa com helmintos parasitos de peixe. Em 1991, quando a Fiocruz credenciou seus laboratórios, o grupo de trabalho do Laboratório de Helmintologia foi dividido, tendo sido criados o Laboratório de Platelmintos, Parasitos de Peixes e o Laboratório Geral de Parasitos de Vertebrados, tendo ocupado a chefia do Laboraratório de Helmintos Parasitos de Peixes. Em 2014, editou, com Berenice Fernandes, o segundo catálogo de uma série, atualizado com informações sobre todas as espécies de parasitos da classe Trematoda descritas na América do Sul, intitulado ‘South American Trematodes Parasites of Amphibians and Reptiles’.

Attílio Romulo Borriello

  • Pessoa
  • 1905-?

Nasceu em 20 de agosto de 1905, em São Luiz de Paraetinga (SP), na casa da família de Oswaldo G. Cruz. Aos 15 anos mudou-se para o Rio de Janeiro, sendo contratado em maio de 1920 pelo IOC, onde iniciou seu trabalho como tipógrafo. Mais tarde, passou a trabalhar como auxiliar no laboratório de protozoologia, sob a chefia dos cientistas Henrique Aragão, Aristides Marques da Cunha e Júlio Muniz. Paralelamente à atividade profissional, realizou estudos complementares no Colégio Pedro II e no Liceu Literário Português. Em 1931, trabalhou com Carlos Chagas, que na época dirigia o IOC. Com a morte do cientista em 1934, retornou ao laboratório de protozoologia, onde ficou até sua aposentadoria, em 1958.

Odilon Duarte Baptista

  • Pessoa
  • 1910-1998

Nasceu no Rio de Janeiro, em 26 de outubro de 1910, filho de Pedro Ernesto, ex-prefeito da capital fluminense. Realizou os estudos básicos no Colégio Santo Inácio e o curso secundário no Colégio Pedro II. Formou-se, em 1932, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil, atual UFRJ. Iniciou suas atividades profissionais na Casa de Saúde Pedro Ernesto, local em que desde o final dos anos 1920 desenvolviam-se articulações políticas, tornando-o conhecido como “Centro da Revolução de 1930”. Em 1933, foi nomeado para o quadro de médicos da Colônia Juliano Moreira e do recém-criado Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM). Três anos depois, devido à sua participação na Aliança Nacional Libertadora (ANL), foi preso e demitido do IAPM e do Ministério da Educação, ao qual se subordinava a Colônia Juliano Moreira. Em 1938, retornou ao IAPM, passando então a chefiar o Centro Cirúrgico, atividade que exerceu até 1964, quando todos os chefes de clínica do Hospital dos Marítimos foram destituídos de seus cargos. Cirurgião e cancerologista, introduziu no Hospital dos Marítimos procedimentos modernos de diagnóstico do câncer, como a biópsia por congelamento. Em 1943, realizou nos Estados Unidos um curso de especialização em cancerologia. Integrou também a delegação brasileira nos congressos internacionais de câncer, realizados em 1952 e 1962. Em 1953 e 1954, quando ocupava o cargo de presidente da Associação Médica do Distrito Federal (AMDF), foi um dos líderes do movimento nacional pelo enquadramento na letra ‘O”- nível salarial pretendido pelos médicos do serviço público. Além das atividades de caráter sindical, atuou em diversos movimentos políticos, tendo pertencido ao Conselho Mundial da Paz. Morreu em 1998.

Elita Marinho

  • Pessoa
  • 1911-1989
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