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registro de autoridade
Saúde pública

Rubens da Rocha Paranhos

  • Pessoa
  • 1893-1961

Nasceu em 22 de janeiro de 1893, no Rio de Janeiro, filho de Fernando Pereira da Rocha Paranhos e Lydia Amélia da Rocha Paranhos. Formou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1918. Ainda nesse ano foi acadêmico microscopista no Serviço de Saneamento Rural do Distrito Federal, destacado para servir no Posto de Pedra de Guaratiba e posteriormente no da Ilha de Guaratiba. Em 1919 ingressou no Serviço de Saneamento Rural como médico auxiliar, trabalhando nos postos de Campo Grande, Pedra e Ilha de Guaratiba. Em 1920 foi nomeado inspetor sanitário rural. Dessa data até 1933 chefiou os postos de Pedra de Guaratiba, Santa Cruz, Gávea e Madureira, além do Centro de Saúde de Bangu. Suas realizações no período envolveram o combate à malária, febre tifóide, varíola e febre amarela. Entre as décadas de 1930 e 1950 ocupou as funções de chefe da Seção de Epidemiologia e Estatística da Diretoria de Saneamento Rural, e chefe da Seção de Assistência Social, da Seção de Exames Ocasionais do Serviço de Biometria Médica e de diretor do mesmo serviço do Ministério da Educação e Saúde. Foi membro da Associação Médica Brasileira, Associação Médica do Distrito Federal e Sociedade Brasileira de Higiene, sendo as duas primeiras na qualidade de fundador. Morreu em 20 de junho de 1961, no Rio de Janeiro.

Cláudio do Amaral Júnior

  • BR RJCOC CA
  • Pessoa
  • 1934-2019

Nasceu em 1934, na cidade de Araraquara (SP). Formou-se em medicina pela Universidade Federal Fluminense em 1967, onde também atuou como militante estudantil pelo movimento Ação Popular. Nesse ano transferiu-se para o Maranhão e trabalhou na estruturação dos serviços de saúde do estado e na Campanha de Erradicação da Varíola (CEV). Em 1969 ingressou na Fundação Serviços de Saúde Pública (FSESP) e um ano depois passou a coordenar a CEV nos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro e Paraná. De 1973 a 1976 atuou na Índia como consultor em doenças transmissíveis da Organização Mundial da Saúde e entre 1976 e 1980 acompanhou na Etiópia os últimos casos de varíola no mundo. Retornou ao Brasil em 1981 como diretor do Departamento de Epidemiologia da FSESP, exercendo atividades de coordenação de campanhas de vacinação contra poliomielite, sarampo e tuberculose. Em 1983 dirigiu o Departamento de Epidemiologia e Controle de Doenças da Secretaria de Saúde durante a gestão de Leonel Brizola no governo do estado do Rio de Janeiro. Em 1988 trabalhou na Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde (SNABS) como assessor do ministro da Saúde Waldyr Mendes Arcoverde para o Programa Nacional de Imunizações. Com a experiência adquirida com a varíola, colaborou junto à Organização Pan-Americana da Saúde do projeto para a erradicação da poliomielite no Brasil. Morreu em 10 de outubro de 2019, em Niterói (RJ).

Walter Vieira Mendes

  • Pessoa
  • 1914-1969

Nasceu em 26 de dezembro de 1914, no Rio de Janeiro, filho de José Machado Mendes e Adelaide Vieira Mendes. Formou-se em 1940 pela Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Ao longo de sua trajetória profissional teve destacada atuação em instituições de saúde localizadas no Rio de Janeiro, onde foi secretário-geral da Federação das Sociedades de Tuberculose, diretor do Hospital Sanatório Torres Homem, diretor do Hospital Sanatório de São Sebastião e diretor do Departamento de Tuberculose da Prefeitura do Distrito Federal. Em 1953 atuou como professor de curso sobre tuberculose (uso do fármaco isoniazida no tratamento da doença) realizado na Faculdade Nacional de Medicina em colaboração com a Campanha Nacional contra a Tuberculose. Morreu em 22 de dezembro de 1969, no Rio de Janeiro.

Heráclides César de Souza-Araújo

  • Pessoa
  • 1886-1962

Nasceu em 24 de junho de 1886, em Imbituva (PR), filho de Júlio César de Souza Araújo e Manoela Alves de Souza Araújo. Em 1912 formou-se pela Escola de Farmácia de Ouro Preto. No ano seguinte transferiu-se para a capital federal e ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro e no Curso de Aplicação do IOC, onde foi aluno de Adolpho Lutz e trabalhou com doenças venéreas. Nesse período, por indicação de Adolpho Lutz, especializou-se em dermatologia na Universidade de Berlim, onde apresentou um trabalho sobre a lepra no Brasil. De volta ao Rio de Janeiro, concluiu em 1915 a graduação em medicina com a tese Estudo clínico do granuloma venéreo: casos observados no Brazil, Uruguay e Argentina e permaneceu no IOC, além de ter estagiado no Hospital dos Lázaros. Em 1916 conheceu o presidente do Paraná, Affonso Alves de Camargo, que tinha interesse em implantar políticas de saúde contra a lepra no estado. O programa elaborado pelo cientista com esse objetivo foi transformado em lei em 1917. No ano seguinte, juntamente com Adolpho Lutz e Olympio da Fonseca Filho, participou da expedição científica ao rio Paraná e a Assunção para analisar as condições de saúde da população da região Sul do país. Ainda em 1918 foi nomeado chefe do Serviço de Saneamento Rural no Paraná, onde permaneceu até 1921, quando foi transferido para o Pará, na mesma função. Inaugurou o hospital colônia Lazarópolis do Prata e exerceu a clínica atendendo aos portadores dessa doença e de sífilis. Em 1924 retornou ao IOC e ao grupo de trabalho coordenado por Adolpho Lutz, e no mesmo ano teve início sua viagem ao redor do mundo, que durou três anos. A partir das observações que obteve na ocasião, publicou o livro A lepra: estudos realizados em quarenta países (1924-1927). No retorno à instituição, inaugurou o Laboratório de Leprologia, que dirigiu até sua aposentadoria, em 1956. Em 1928 começou a lecionar no Curso de Aplicação do IOC e a atender pacientes no Hospital Oswaldo Cruz, em Manguinhos. Em 1931 especializou-se em dermatologia pela Escola de Dermatologia de Londres. De 1936 a 1958 foi professor de leprologia das universidades do Distrito Federal, do Brasil e do Rio de Janeiro. Após a criação do Serviço Nacional de Lepra, em 1941, ministrou cursos de reciclagem para leprologistas pelo Departamento Nacional de Saúde. Entre 1941 e 1956 foi editor das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz e exerceu a chefia da Seção de Bacteriologia e da Divisão de Microbiologia e Imunologia do IOC. No ano seguinte e até sua morte, foi perito da Organização Mundial da Saúde em leprologia. Participou de associações acadêmicas e profissionais em todo o mundo, tendo contribuído para a criação da Sociedade Internacional de Leprologia, em que ocupou o cargo de vice-presidente entre 1932 e 1956. Após a aposentadoria continuou seu trabalho no IOC. Morreu em 10 de agosto de 1962, no Rio de Janeiro.

Raphael de Paula Souza

  • Pessoa
  • 1902-1999

Nasceu em 19 de maio de 1902, em São Paulo, filho de Calixto de Paula Souza e Elfrida Pacheco de Paula Souza. Enquanto aluno da Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro, em 1923, foi acometido pela tuberculose, doença que o afastaria temporariamente dos estudos. Mudou-se para Belo Horizonte, onde, mesmo em tratamento, conseguiu concluir os estudos na Faculdade de Medicina da Universidade de Minas Gerais, em 1927. Dois anos depois seguiu para a França a fim de fazer o Curso de Aperfeiçoamento em Tisiologia na Faculdade de Medicina de Paris com o professor Leon Bernard. De volta ao Brasil, em 1930, assumiu a direção do Sanatório São Paulo, atividade que exerceu até 1932. O sucesso de sua administração resultou na organização de um conjunto de sanatórios beneficentes, voltados para pacientes de tuberculose, denominado Associação de Sanatórios Populares (Sanatorinhos), do qual foi presidente de honra. Nesse mesmo período exerceu a clínica particular, atividade que desempenhou até 1945. Ainda em São Paulo, ingressou, como assistente voluntário, na Clínica do Instituto de Higiene de São Paulo, tornando-se funcionário efetivo em 1938. Quando, em 1945, o instituto transformou-se em Faculdade de Higiene e Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), passou a professor catedrático de tisiologia, tendo sido diretor da faculdade em 1953-1959 e 1961-1962. Organizou, ainda, o Serviço de Inspeção de Saúde de estudantes e funcionários da USP, onde respondeu pela área de pneumologia. Posteriormente, quando o serviço transformou-se em Instituto de Saúde e Serviço Social da Faculdade de Higiene e Saúde Pública, assumiu sua direção. Em 1945, mudou-se para o Rio de Janeiro a fim de dirigir o Serviço Nacional de Tuberculose (SNT) a convite de Ernesto de Souza Campos, ministro da Educação e Saúde. Condicionou sua ida para o SNT à autonomia na elaboração e gestão de uma campanha de cunho nacional contra a doença. Uma vez traçadas as linhas básicas de trabalho, foi criada a Campanha Nacional Contra a Tuberculose (CNCT), em 1946, da qual ocupou a superintendência até 1951. Ao deixar nesse ano o SNT e a CNCT, retornou a São Paulo, onde, paralelamente às atividades desenvolvidas na faculdade, assumiu a Divisão dos Serviços de Tuberculose da Secretaria de Saúde do estado. Ficou no cargo de 1967 a 1968, e foi responsável pela Coordenadoria de Saúde da Comunidade de 1968 a 1970. Foi também diretor da Divisão dos Serviços de Tuberculose da Secretaria de Saúde de São Paulo, membro da Comissão Técnica da Divisão Nacional de Tuberculose, da Comissão Científica da Federação Brasileira de Tuberculose, da Comissão de Peritos sobre Tratamento da Tuberculose e da Divisão Nacional de Pneumologia Sanitária, além de consultor da Organização Pan-Americana da Saúde no Curso de Pós-Graduação de Sanitaristas da Escola de Saúde Pública do México, em 1962. Morreu em 2 de junho de 1999.