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registro de autoridade

Sylvia Ecila Hasselmann

  • Pessoa
  • 1913-1997

Nasceu em 25 de janeiro de 1913, no Rio de Janeiro. Primogênita de Djalma e Lídia Hasselmann, teve seis irmãos. Seu pai foi professor emérito de Química da Universidade do Brasil, atual UFRJ, onde ela iria estudar Medicina, formando-se em 1935. Optou pela carreira de sanitarista, diplomando-se em Higiene e Saúde Pública na mesma universidade, em 1938. Foi a primeira colocada, merecendo a medalha de ouro do Prêmio Carlos Chagas. Adquiriu a primeira especialização IOC. Ela foi a primeira mulher a frequentar o Curso de Aplicação do IOC, em 1931 e 1932, onde foi colega daquele que, anos mais tarde, viria a ser seu companheiro: Walter Oswaldo Cruz. Com ele teve as duas filhas, Isar e Vera. Também no IOC, antes mesmo de formada, iniciou em 1933 sua atividade profissional como auxiliar acadêmica. Depois foi técnica de laboratório do Departamento Nacional de Saúde, onde ainda trabalhou como médica sanitarista concursada de 1942 a 1968. Esteio afetivo e secretária de Walter Oswaldo Cruz, teve também profícua carreira profissional. Enquanto ele se dedicava a pesquisar anemias em geral, em Rochester, Nova Iorque, em 1941, fazia estágio de seis meses no Health Bureau Laboratory e, em 1945, estagiou por dois meses no Statistics Health Bureau de Washington, D.C. Outro curso de estatística que frequentou, em 1951, foi o da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). Na década de 40, dedicou-se também ao ensino. Foi professora assistente dos cursos de estatísticas vitais e registro estatístico de organização hospitalar do Departamento Nacional de Saúde, onde também ensinou técnicas de laboratório. Foi professora de estatísticas vitais na Escola de Saúde Pública de Belo Horizonte. A sólida formação profissional lhe permitiu exercer funções diversificadas, em instituições de peso. Foi técnica de estatística da Fundação Getúlio Vargas, entre 1951 e 1954. Foi médica credenciada do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), entre 1956 e 1962. Foi médica sanitarista do Departamento de Saúde da Superintendência de Serviços Médicos (SUSEME), até 1968. Sylvia Hasselmann ocupou vários cargos de chefia. Foi responsável pela seção de estatística nosocomial do Serviço Federal de Bioestatística entre 1944 e 1952, e chefe da seção de doenças transmissíveis da Divisão de Organização Sanitária, entre 1962 e 1969. Chefiou ainda a seção de classificação e codificação do Serviço de Bioestatística da Divisão de Epidemiologia do Departamento de Saúde Pública da SUSEME, em 1969. Foi diretora da Divisão de Dados Institucionais do Departamento de Análises de Dados Institucionais e de Fatos Vitais do Departamento Geral de Epidemiologia e Controle de Doenças da Secretaria de Saúde do Estado do Rio de Janeiro. Sua última função foi a de diretora do Departamento de Análises Institucionais e Fatos Vitais, da mesma secretaria, até sua aposentadoria em 1988. Morreu em 7 de maio de 1997.

Sylvio Fraga

  • Pessoa
  • 1930-1997

Sylvio Lengruber Sertã

  • Pessoa
  • 1907-?

Nasceu em 1907 no Carmo, município localizado na região serrana do Estado do Rio de Janeiro. Lá viveu toda a sua infância e adolescência em uma grande fazenda com o pai, Licínio Sertã, de origem portuguesa, e a mãe, Olímpia Lengruber Sertã, de origem suíça. Seu pai era médico clínico e atendia seus pacientes em sua própria casa, que se transformava em uma espécie de mini-hospital, onde, além das consultas, realizava cirurgias e exames. Sua escolaridade básica sempre foi realizada em estabelecimentos de ensino privado. Cursou os primeiros anos no Ginásio Bittencourt e no Colégio Vieira Lima, ambos no Carmo. Aos 15 anos, veio para o Rio de Janeiro fazer os exames preparatórios para o vestibular no Colégio Pedro II. Seu interesse pela medicina foi despertado quando era ainda um menino e acompanhava o trabalho e a luta do pai, médico do início do século, em um local com tão poucos recursos como era o Carmo. Uma vez, presenciou o pai salvar um menino, asfixiado pela difteria. Este fato foi considerado por ele decisivo em sua opção profissional. Em 1923, foi aprovado no vestibular para a Faculdade Nacional de Medicina, no Rio de Janeiro. Logo que iniciou o curso, foi convidado por seu irmão, também médico, para trabalhar no Hospital São Francisco de Assis, na enfermaria de ginecologia dirigida por Armando Aguinaga. Na verdade, a ginecologia não foi propriamente uma escolha pessoal; ela lhe foi oferecida como uma primeira oportunidade de trabalho na área da saúde. Armando Aguinaga tornou-se para ele uma referência como profissional da medicina, como professor e como amigo. Logo que se formou (1928), associou a atividade docente à clínica, trabalhando na enfermaria de ginecologia do Hospital São Francisco de Assis. De 1928 a 1968 trabalhou neste Hospital, ocupando o cargo de assistente e de chefe de clínica do Serviço de Ginecologia e Obstetrícia. Sem contar os anos em que desenvolveu sua atividade como estudante - sem remuneração - foram 40 anos de trabalho no serviço público. Foi também professor da Escola de Enfermagem Ana Nery. Alguns anos depois, prestou concurso para livre-docente da Faculdade Nacional de Medicina (1935) e na Escola de Medicina e Cirurgia do Instituto Hahnemaniano (1936), na cadeira de clínica obstétrica. Para ele, o magistério foi mais do que uma atividade de ensino, uma experiência de aprendizado, pois, no seu entender, o interesse do aluno leva o professor a se empenhar e a pesquisar. Assim, ele ficou lecionava ao mesmo tempo em três estabelecimentos de ensino superior. Na Escola de Enfermagem Ana Nery, chegou a criar um curso de parteiras. Além dessas atividades, montou também um consultório particular em sociedade com Armando Aguinaga (1935). Sua participação mais efetiva no movimento associativo médico deu-se apenas em 1954, quando aceitou um convite, feito por Roberto Duque Estrada, para ocupar o cargo de tesoureiro da diretoria provisória do Conselho Regiônal de Medicina do Distrito Federal. Naquele momento, o Conselho de Medicina não tinha autonomia financeira, suas verbas vinham do Sindicato dos Médicos. Quatro anos mais tarde (1957), foram realizadas eleições para a nova diretoria do Conselho Regional de Medicina do Distrito Federal. Foi um dos membros da chapa única de composição que venceu as eleições. Esta chapa reuniu médicos do Conselho Provisório, do Sindicato dos Médicos, da Associação Médica do Distrito Federal, da Academia Nacional de Medicina e da Sociedade de Medicina e Cirurgia. Do ponto de vista ideológico, esta composição reunia tendências heterogêneas e até antagônicas.
Na eleição seguinte, esta composição política não teve condições de se manter (1962). A crise do governo João Goulart se evidenciava nos debates sobre a "ameaça" do comunismo na sociedade brasileira. O debate político-ideológico próprio dos anos 60 no Brasil, traduzia-se no seio do movimento médico naquela oportunidade. Encabeçou uma chapa que tinha como lema: "Luta contra o comunismo na classe médica da Guanabara". Seu objetivo era afastar do Conselho as lideranças médicas que, no seu entender, eram simpáticas às ideias comunistas. Para ganhar a eleição, a chapa encabeçada por ele coordenou o trabalho de "cabos eleitorais", que se dividiram entre vários hospitais. Vitorioso, ocupou a presidência em 1963 e 1964, quando ampliou as dependências do Conselho, adquirindo outras salas no Edifício Odeon e criando um consórcio de automóveis para os médicos. Em sua gestão, o Conselho Regional já julgava processos éticos, sem no entanto punir os médicos. Um ano depois, passou a ocupar uma vaga no Conselho Federal de Medicina. Em 1978, a eleição para o Conselho Regional foi impugnada devido à constatação de várias irregularidades da chapa vencedora. Foi convidado pela antiga diretoria a voltar ao Conselho, desta vez como interventor. Assim, ele ficou como presidente provisório do Conselho Regional por mais cinco anos.

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