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registro de autoridade

Arthur Moncorvo Filho

  • Pessoa
  • 1871-1944

Nasceu em 13 de setembro de 1871, na cidade do Rio de Janeiro (RJ), filho de Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo, considerado o pai da pediatria brasileira, e Izabel da Silveira Ferreira e Figueiredo. Passou os primeiros anos de vida na Europa, principalmente em Paris, onde seu pai realizou estágios com os médicos Eugène Bouchut e Henri-Louis Roger. Em 1897 diplomou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, defendendo a tese de doutoramento intitulada Das linfangites na infância e suas consequências. Durante o curso médico trabalhou na Policlínica Geral do Rio de Janeiro, instituição criada em 1881 por Carlos Arthur Moncorvo de Figueiredo e outros médicos de renome lotados na cidade. Com a morte do pai, em 1901, ocupou o seu lugar no comando do serviço de moléstias de crianças da policlínica. Desde o início da carreira abraçou a causa da assistência médico-social à criança brasileira de família pobre. Seguindo os passos profissionais de seu pai iniciou uma grande propaganda a favor da higiene infantil e da puericultura. Para isso, criou e dirigiu o Instituto de Proteção e Assistência à Infância (1899), entidade filantrópica e seu principal legado, o Heliotherapium (1914), o Departamento da Criança no Brasil (1919) e o Museu da Infância (1922). Em 1918 atuou ativamente no combate à gripe espanhola na capital federal, quando transformou as dependências do Instituto de Proteção e Assistência à Infância em um posto de assistência aos doentes, localizado na rua Visconde do Rio Branco, n. 22, região central do Rio de Janeiro. Em 1941 transferiu todo o patrimônio do instituto para a prefeitura da cidade. Ao longo de sua trajetória desenvolveu vasta e diversificada produção científica referente a assuntos de sua especialidade, como coqueluche, bacteriologia, higiene profilática, doenças parasitárias, tuberculose, alimentação e mortalidade infantil, difteria e a cura pelo sol. Escreveu ainda livros sobre a história da pediatria no país: Hygiene infantil (1917), Formulário de doenças das creanças (1923) e Histórico da protecção à infância no Brasil (1926). Foi membro da Academia Nacional de Medicina, da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro e da Sociedade Brasileira de Pediatria, entre outras associações médico-científicas. Morreu em 14 de maio de 1944, no Rio de Janeiro.

Arthur Neiva

  • Pessoa
  • 1880-1943

Nasceu em 22 de março de 1880, em Salvador (BA), filho de João Augusto Neiva e Ana Adelaide Paço Neiva. Iniciou o curso superior na Faculdade de Medicina da Bahia, concluindo-o na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1903. Trabalhou para a Inspetoria de Profilaxia da Febre Amarela nas campanhas dirigidas por Oswaldo Cruz visando à erradicação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Em 1906 ingressou no Instituto Soroterápico Federal, posteriormente denominado IOC, onde realizou pesquisas em entomologia e parasitologia. Em 1907 participou ao lado de Carlos Chagas da campanha de profilaxia da malária em Xerém (RJ). Nessa região estudou os hábitos e as características dos mosquitos transmissores da doença e identificou alguns grupos de seus parasitos resistentes à quinina. Em 1908, como pesquisador do IOC, desenvolveu pesquisas sobre os insetos transmissores da doença de Chagas. Em 1910 forneceu informações detalhadas sobre a biologia do Conorhinus megistus – depois denominado Panstrongylus megistus –, que contribuíram para os primeiros conhecimentos sobre o ciclo evolutivo do Trypanosoma cruzi. Ainda sobre a doença de Chagas, realizou a classificação de espécies de barbeiros e explicou o mecanismo de transmissão, formulando a hipótese de que, ao se coçar, o indivíduo introduz em seu corpo, pela pele ou por uma mucosa, as fezes do inseto que contém tripanossomas. Durante a década de 1910 participou de expedições científicas enviadas pelo IOC ao interior do Brasil. Ao lado de Belisário Penna percorreu estados das regiões Nordeste e Centro-Oeste, com recursos do IOC e da Inspetoria de Obras contra as Secas, e publicou, quatro anos depois, um relatório em que são denunciadas as más condições de vida e saúde da população rural. Participou do movimento que congregou cientistas, médicos e intelectuais em prol do saneamento do país. Em 1914, com a tese intitulada "Revisão do gênero Triatoma Lap.", sobre um dos gêneros de barbeiros, tornou-se livre-docente da cadeira de história natural médica e parasitologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. De 1923 a 1927 dirigiu o Museu Nacional do Rio de Janeiro. Entre 1924 e 1927 chefiou a Comissão de Estudos e Debelação da Praga Cafeeira do estado de São Paulo, trabalhando com Angelo Moreira da Costa Lima e Edmundo Navarro de Andrade. Em 1928 o governo paulista o contratou como diretor-superintendente do recém-criado Instituto Biológico de Defesa Agrícola e Animal, denominado, a partir de 1937, Instituto Biológico, onde permaneceu até 1932. Após a Revolução de 1930, ocupou cargos na administração pública, como o de interventor federal na Bahia. De 1935 a 1937 foi deputado federal pelo Partido Social Democrático baiano. Com a implantação do Estado Novo, retomou suas atividades em Manguinhos. Morreu em 6 de junho de 1943, no Rio de Janeiro.

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