Coleção FOA - Família Ozório de Almeida

Nasceu em 6 de novembro de 1882, em Porto Alegre (RS), filho de Gabriel Ozório de Almeida e Carlota Cardoso Ozório de Almeida. Graduou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1905, quando defendeu a tese Soro lipase. Ainda como estudante, foi auxiliar da clínica médica do Dispensário Moncorvo e interno da cadeira de clínica propedêutica regida por Miguel Couto (1905). Entre 1906 e 1907 esteve em Paris para completar seus estudos. Na ocasião estagiou no Instituto Pasteur com Camille Delezenne, do Laboratório de Fisiologia, e Edouard Poserski de Pomiane. Além disso, frequentou os cursos de química biológica, histologia animal e histologia vegetal do Collège de France. Ao retornar para o Rio de Janeiro tentou criar uma seção de fisiologia no Instituto de Manguinhos, dirigido por Oswaldo Cruz, mas não obteve sucesso. Em seguida instalou um laboratório de fisiologia no porão da casa de seus pais, no bairro do Flamengo, que contou com o apoio dos empresários Cândido Gaffrée e Guilherme Guinle. O laboratório logo se transformou em um local de reuniões, consultas e estudos para pesquisadores brasileiros e estrangeiros, entre eles seu irmão Miguel Ozório de Almeida. Em 1911 foi nomeado professor extraordinário efetivo de fisiologia da Faculdade de Medicina. Ainda nesse ano casou-se com Julieta de Oliveira Botelho, filha de Francisco Chaves de Oliveira Botelho, presidente do estado do Rio de Janeiro, com quem teve cinco filhos. De 1911 a 1912 atou como Inspetor de Higiene e Saúde Pública do estado do Rio de Janeiro, onde instituiu uma campanha pioneira de combate à ancilostomíase. Em 1918 chefiou a Seção do Ensino Profissional do Lloyd Brasileiro e em 1925 tornou-se professor catedrático de fisiologia da Faculdade de Medicina. Com o encerramento das atividades do laboratório em 1932, dedicou-se ao estudo do câncer na Fundação Gaffrée e Guinle. Em 1940 foi catedrático de fisiologia teórica e experimental da Faculdade de Farmácia e Odontologia do Estado do Rio de Janeiro. Ao longo de sua carreira integrou diversas associações médico-científicas dentro e fora do Brasil, como a Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, a Academia Brasileira de Ciências, a Academia Nacional de Medicina e a Société de Biologie de Paris. Morreu em 6 de maio de 1952, no Rio de Janeiro.

Nasceu em 1 de agosto de 1890, no Rio de Janeiro, filho de Gabriel Ozório de Almeida e Carlota Cardoso Ozório de Almeida. Graduou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1911, quando defendeu a tese São os reflexos tendinosos de origem cérebro-espinhal?. Nessa instituição foi interno da cadeira de clínica médica regida por Miguel Couto (1911), preparador interino de fisiologia (1911-1912) e livre-docente de fisiologia (1912), higiene (1915) e física-biológica (1916). Iniciou suas pesquisas científicas com o irmão Álvaro Ozório de Almeida no laboratório de fisiologia por este instalado no porão da casa de seus pais, no bairro do Flamengo, que logo se transformou em um local de reuniões, consultas e estudos para pesquisadores brasileiros e estrangeiros. Entre 1913 e 1917 atuou como subcomissário de Higiene e Assistência Pública no Rio de Janeiro. Na Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária foi professor de fisiologia (1917-1934), membro fundador da comissão de redação do periódico Archivos da Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária (1917) e diretor interino (1924). Em 1919 ingressou no Instituto Oswaldo Cruz, onde atuou como assistente (1919-1921), chefe do Laboratório de Fisiologia (1927-1942), chefe de serviço (1938-1942) e chefe da Divisão de Fisiologia (1942-1953). Ocupou também os cargos de diretor do Instituto de Biologia Animal (1933-1934), de diretor-geral da Diretoria Nacional de Saúde e Assistência Médico-Social (1934-1935) e de reitor da Universidade do Distrito Federal (1935-1936). Integrou a Comissão Brasileira de Cooperação Intelectual, a Comissão Internacional de Cooperação Intelectual da Liga das Nações e a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Foi membro e dirigente da Academia Brasileira de Ciências, da Academia Nacional de Medicina, da Academia Brasileira de Letras, da Société de Biologie de Paris, da Sociedade de Medicina e Cirurgia do Rio de Janeiro, da Sociedade de Biologia do Brasil e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, entre outras dentro e fora do Brasil. Morreu em 2 de dezembro de 1953, no Rio de Janeiro.

Nasceu em 14 de novembro de 1854, na cidade de Pouso Alegre (MG), filho de Aureliano Baptista Pinto de Almeida e Maria da Annunciação Vilhena de Almeida. Em 1878 graduou-se engenheiro civil pela Escola Politécnica do Rio de Janeiro, onde, posteriormente, ocupou os cargos de professor (1895) e diretor (1896-1897). Entre as décadas de 1880 e 1890 atuou na construção de ferrovias nos estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo. Além disso, foi diretor da Companhia Obras Públicas e Empresas no Estado de Minas Gerais (1890-1891), consultor técnico do Ministério da Indústria, Viação e Obras Públicas (1891-1892), presidente do Clube de Engenharia (1900-1902), diretor-geral da Repartição Geral dos Telégrafos (1902-1903), diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil (1903-1906), diretor da Companhia Docas de Santos (1907-1926), intendente e presidente do Conselho Municipal do Rio de Janeiro (1911-1916), presidente do Lloyd Brasileiro (1917-1918), inspetor federal das Estradas (1922-1926), membro do Conselho Superior do Comércio e Indústria (1923-1926) e vice-presidente do Conselho Nacional do Trabalho (1925-1926). Casou-se em 1882 com Carlota Cardoso, com quem teve cinco filhos: Álvaro, Gabriel, Miguel, Nuno, Carlota e Branca. Morreu em 18 de março de 1926, no Rio de Janeiro.