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Dossiê História institucional
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A biotecnologia em saúde no Brasil

Reúne 14 entrevistas de História Oral. O objetivo do projeto foi analisar a trajetória científica e profissional de pesquisadores da Fiocruz que atuam na área da biotecnologia. A pesquisa integrou um projeto maior realizado pela Vice-Presidência de Desenvolvimento Institucional da Fiocruz em convênio com a Organização Pan-americana de Saúde, que visou promover uma série de estudos sobre o panorama das instituições de pesquisa em saúde na América Latina, particularmente no que diz respeito a novos mecanismos de gestão e novos padrões de inovação científica e tecnológica. Foram realizadas entrevistas com pesquisadores e dirigentes institucionais da Fiocruz cujas trajetórias profissionais estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento da área de biotecnologia no Brasil e na instituição. Os depoimentos foram colhidos tendo como critério norteador os temas pertinentes à pesquisa, não se constituindo, portanto, em histórias de vida. As informações de natureza qualitativa, obtidas através das entrevistas, serviram como subsídio para a interpretação dos dados quantitativos resultantes de uma pesquisa realizada com o auxílio da plataforma Survey Monkey aplicada inicialmente, da qual participaram cerca de 100 pesquisadores vinculados à sete unidades técnico-científicas da Fiocruz.

Carlos Roberto Oliveira

Entrevista realizada por Nara Brito, Rose Goldschmidt e Wanda Hamilton, no dia 05 de maio de 1987, para obter subsídios para a história da saúde pública do Brasil.
Sumário:
Fita 1 - Lado A
Sobre sua formação em Psiquiatria; sua atuação no internato da UFRJ e as doutrinas psiquiátricas empregadas então; sobre a noção de socialização do atendimento e do doente psiquiátrico; sua especialização na UERJ, em 1977 e o curso de Psiquiatria Social;
referência a Jurandir Freire Costa e Joel Birman e as discussões em torno de métodos preventivos na Psiquiatria; menção à polêmica entre o setor público e o privado na Psiquiatria; o mestrado em Medicina Social da UERJ e o trabalho desenvolvido; o contato da Psiquiatria com a Medicina Social; comentário sobre o papel da pesquisa histórica na década de 1970; nova referência a Jurandir e Joel e sua ida para a Medicina Social; sobre o curso de Ciências Sociais no mestrado de Medicina Social da UERJ, e os professores que nele lecionaram.
Fita 1 - Lado B
Sobre o curso de Ciências Sociais no mestrado de Medicina Social da UERJ; a contribuição das Ciências Sociais para a formação de uma nova geração de sanitaristas; o início da industrialização no país e a criação concomitante do conceito de higiene pela medicina; comentário sobre a tese que desenvolveu acerca da relação da burguesia industrial baiana com a Medicina, no século XIX; referência a Oswaldo Cruz e o início da Medicina Experimental no país; comparação da organização da Medicina na França e na Alemanha; sobre o trabalho de Lombroso na higienização do social, no Brasil; migração de médicos baianos para o sudeste, e suas realizações; referência ao papel de destaque da medicina legal; sobre a tragédia profissional de Afrânio Peixoto e seu trabalho como higienista.

Fita 2 - Lado A
Comentário sobre personalidades que se destacaram na saúde pública; alusão ao trabalho dos especialistas da Medicina Legal; os fundamentos da eugenia e sua introdução no Brasil, com referência a seus defensores e à Liga de Eugenia; os diversos grupos que compõem o movimento sanitarista; referência ao discurso da Liga Eugenista, sua atuação e a ligação com o Integralismo; breve comentário sobre os Pelotões de Saúde; referência a Barros Barreto e outros sanitaristas quanto à saúde pública; as diversas especialidades da medicina e o papel desprestigiado do sanitarista.
Fita 2 - Lado B
Sobre o desprestígio do sanitarista frente a outros especialistas; o papel político desempenhado pela FSESP (Fundação Serviço Especial de Saúde Pública); a importância da III Conferência Nacional de Saúde, em 1963; menção à diferença de objetivos da Previdência Social do Rio de Janeiro e de São Paulo; a III Conferência Nacional de Saúde e a questão da universalização da assistência médica no país; sobre o surgimento de um novo tipo de sanitarista; a existência de um modelo novo de sanitarismo na atualidade e o papel das Ciências Sociais neste processo; a queda paulatina de prestígio do Ministério da Saúde; a Fundação Oswaldo Cruz e a chegada de Sérgio Arouca à instituição: referência ao modelo Leavell-Clark de incorporação das Ciências Sociais à saúde.

Fita 3 - Lado A
Sobre o modelo Leavell-Clark de incorporação das Ciências Sociais à saúde e os estudos de Sérgio Arouca sobre essa questão; referência a teóricos das Ciências Sociais e sua aplicação na formação do sanitarista.

Cartas

Curso Especial de Higiene e Saúde Pública

Eduardo Oswaldo Cruz

Entrevista realizada por Ana Luce Girão Soares de Lima, Eduardo Vilela Thielen, Stella Oswaldo Cruz Penido e Renato da Gama Rosa Costa, em 13 de junho de 2000, a respeito de sua trajetória profissional e familiar, e as lembranças de seu pai e seu avô, Oswaldo Cruz Filho e Oswaldo Gonçalves Cruz.

Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP): 50 anos de história

O projeto, coordenado por Nísia Trindade, teve como objetivo constituir um acervo de entrevistas de História Oral realizadas por profissionais da Casa de Oswaldo Cruz com atores sociais que participaram da criação e organização da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) em comemoração de seu cinquentenário (1953/2003). Foram gravados 10 entrevistas, entre 14/11/2003 e 17/06/2004, com personagens importantes na criação e consolidação da ENSP como espaço de formação e atuação na saúde pública brasileira.

Jaime Araújo Oliveira

Entrevista realizada por Nara Britto, Rose Goldschmidt e Wanda Hamilton, no dia 28 de abril de 1987, para um projeto sobre a Administração de Sérgio Arouca na Fiocruz.
Sumário:
Fita 1 - Lado A
Sobre a criação do PESES (Programa de Estudos Socioeconômicos em Saúde); o perfil do sanitarista tradicional em oposição ao novo sanitarista; os projetos desenvolvidos pelos PESES e referência ao PEPE; a crise da Associação Médica Previdenciária na década de 1960 e a consequente incorporação das Ciências Sociais na formação do novo sanitarista; referência à sua entrada no PESES, através de concurso; sobre cursos de especialização oferecidos pela ENSP, com ênfase em Medicina Social; referência a instituições no país que promovem cursos de especialização na área de Medicina Social; sobre personalidades que se destacaram na Medicina Social com alusão a Sônia Fleury; a carência de técnicos que reformulem o sistema de saúde e previdência social.

Fita 1 - Lado B
A criação de cursos de especialização de administração em saúde pública, com referência a Fundação Getúlio Vargas; sobre a “Reunião de Alma ata”, realizada pela OMS, em 1982, e as propostas da Organização para os sistemas de saúde; alusão à OPS, órgão da OMS para a América Latina; a influência das propostas internacionais para a reforma do sistema de saúde na América Latina; referência aos conflitos que norteiam a política de saúde no Brasil; sua participação em encontro promovido pela OPS para discutir a organização dos sistemas de saúde na América Latina; referência a Ernani Braga, ex-diretor da ENSP; sobre os cursos da OMS levados aos diversos estados, as resistências encontradas e clientela; as resistências da esquerda às propostas do sistema de saúde do país; a VIII Conferência Nacional de Saúde e a posição tomada pela esquerda; sobre a existência de movimentos de reforma em outros setores além da saúde.

Fita 2 - Lado A
Sobre a importância da VIII Conferência Nacional de Saúde, seus resultados e os setores sociais que dela participaram; a crise financeira da Previdência Social, em 1981; a criação do CONASP, em 1982, e o plano de Ações Integradas de Saúde; referência a Aloísio Sales, seu papel na direção do CONASP (Conselho Consultivo de Administração de Saúde Previdenciária) e a extinção do órgão; o CONASP e suas propostas para a crise da Previdência Social; a VIII Conferência Nacional de Saúde e a tentativa de implementação das Ações Integradas de Saúde; referência à relação de Sérgio Arouca com o 'Partido Sanitário'; breve comentário sobre o status do Ministério da Saúde frente aos demais.

Fita 2 - Lado B
O papel da VIII Conferência Nacional de Saúde no fortalecimento da proposta do Sistema Único de Saúde; sobre a 'Reforma Sanitária Italiana'; referência à criação da Comissão Nacional de Reforma Sanitária; comentário sobre a dificuldade de viabilizar a reforma sanitária no país; comparação entre o Brasil e a Itália no que se refere a reforma sanitária; sobre a entidade 'Grupo Internacional de Economia Política da Saúde' com destaque para a participação brasileira; comentário sobre a incapacidade dos partidos políticos brasileiros refletirem sobre a reforma sanitária; o projeto de reforma sanitária que se desenvolvia na década de 1980; as discussões, na América Latina, em torno da saúde, com referência à OPS (Organização Pan-Americana da Saúde) e algumas personalidades que se destacaram; alusão às Ações Integradas de Saúde e a participação da sociedade civil; sobre a política de saúde dos anos 1980 e as tendências estatizantes e privatizantes.

Fita 3 - Lado A
Sobre a atual política de saúde; a compra de tecnologia para a área da saúde e a questão da administração hospitalar; a prevalência de pesquisas operacionais na área da saúde nos anos 1980.

Mécia Maria de Oliveira

Entrevista realizada por Ruth Martins, no dia 23 de fevereiro de 1987, a respeito de Walter Oswaldo Cruz e sua produção científica.
Sumário:
Fita 1 - Lado A
A ida para estagiar no Laboratório de Hematologia e a seleção feita por Walter Oswaldo Cruz entre os candidatos; breve referência aos estudos feitos por Walter Oswaldo Cruz sobre anemia parasitológica; novos comentários sobre o tipo de seleção feita por Walter Oswaldo Cruz para escolher seus estagiários e lembrança de como foi seu teste; a rotina junto a outros estagiários no Laboratório de Hematologia; referência a Academia do Terceiro Mundo, com sede na Itália; sobre um dos estudos desenvolvidos por Walter Oswaldo Cruz que foi premiado; sobre o trabalho de pesquisa que desenvolve atualmente; os seminários realizados durante seu estágio com Walter Oswaldo Cruz; sobre a administração de Rocha Lagoa.

Fita 1 - Lado B
A destituição de Walter Oswaldo Cruz da chefia do laboratório; as qualidades necessárias a um cientista; a relação de Walter Oswaldo Cruz com seu trabalho; o processo de elaboração de um trabalho científico e sua divulgação; referência a Sílvia Oswaldo Cruz; o processo de trabalho da equipe de Walter Oswaldo Cruz; a atuação de Walter Oswaldo Cruz na área de Hematologia; a dificuldade de se publicar novos trabalhos em revistas científicas; a liderança exercida por Walter Oswaldo Cruz entre os cientistas.

Fita 2 - Lado A
Reflete sobre importância e prestígio da Academia Brasileira de Ciências antigamente.

Membro da Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro

Atas de reunião (volumes 1 e 2), folhas timbradas, fotografias de documentos, publicações, comprovante de pagamento, certidões registro civil de estatutos (volume 2), propostas (volume 3), livro de movimento de caixa, projeto de lei, diário oficial, cartão postal, recortes de jornal, cartas (volume 4), declarações, ofícios, cartão de pedido de artigos, convites, relatório de atividades, ofícios circulares, memorandos, cartão, recibos de pagamento, comunicados, carta circular, orçamentos, prospectos, currículos, apontamentos, bilhetes, estatutos, formulários, envelopes, estatutos, lista de nomes, roteiros (volume 5).

Memória da biossegurança no Brasil

O projeto realizou 12 entrevistas com profissionais da Fiocruz, com objetivo de abordar o cotidiano dos profissionais de laboratório enfatizando a reconstrução dos conceitos e noções de risco e benefícios das atividades laboratoriais; visões e significados da realização do trabalho científico; recursos teóricos, tecnológicos e metodológicos disponíveis para a prática laboratorial e as políticas institucionais desenvolvidas neste campo. Porém, no acervo do DAD se encontram 8 entrevistas com transcrição parcial, dos seguintes depoentes: Geraldo Leite, Herman Gonçalves Schatzmayr, Italo Rodrigues de Araújo Sherlock, Leila Macedo Oda, Luiz Fernando da Rocha Ferreira da Silva, Sylvio Celso Gonçalves da Costa, Sonia Gumes Andrade e Zilton de Araújo Andrade.

Memória do Centro de Pesquisa René Rachou

Reúne 13 depoimentos orais com pesquisadores e técnicos do Centro de Pesquisa René Rachou (CPRR), cujas trajetórias profissionais permitem subsidiar a reconstituição da história da instituição, sediada em Belo Horizonte (MG) e integrada em 1970 à estrutura organizacional da Fiocruz. Os depoimentos permitem resgatar a atuação do Instituto Oswaldo Cruz no estado de Minas Gerais desde 1906. O período abordado pelo projeto abrange desde a criação do CPRR em 1955 até dezembro de 1991.

Memória familiar de Pedro Affonso

Reúne 6 depoimentos sobre o barão de Pedro Affonso, diretor do Instituto Soroterápico Federal, com Arnaldo Franco de Toledo; Gabriela Fontenelle Loureiro Lima; Guilherme Franco de Toledo; Lea Fontenelle; Jorge Fontenelle e Pedro Franco de Toledo.

Mulheres na Fiocruz: trajetórias

Resumo: O objetivo do projeto foi a produção de registros audiovisuais visando documentar, preservar e divulgar a memória coletiva da instituição, especialmente tendo em vista as comemorações de seus 120 anos, em 2020. O projeto privilegiou trajetórias de mulheres buscando revelar aspectos da organização e dinâmica institucionais e, de forma mais abrangente, das próprias condições de emergência de profissionais dedicadas aos campos da saúde e da ciência no Brasil. Foram estabelecidas duas linhas de ação: a produção de um documentário sobre as mulheres “pioneiras” envolvidas em atividades de pesquisa/ensino (1940-1980), intitulado ‘Mulheres na Fiocruz: pioneiras’ e a produção de vídeos sobre a trajetória de 21 mulheres representativas dos campos do ensino, pesquisa, produção e assistência (1980-2020), cada uma delas com atuação em uma das unidades da Fiocruz. As três primeiras entrevistadas foram Maria da Luz Fernandes Leal, Yara Maria Traub-Cseko e Liléia Gonçalves Diotaiuti. A produção de registros sobre a presença feminina na Fiocruz contemplou duas linhas de ação: 1) a produção de um documentário sobre as mulheres “pioneiras” envolvidas em atividades de pesquisa/ensino (1940-1980); 2) a produção vídeos sobre a trajetória de 21 mulheres representativas dos campos do ensino, pesquisa, produção e assistência (1980-2020), cada uma delas com atuação em uma das unidades da Fiocruz.
O documentário Mulheres na Fiocruz: pioneiras foi integralmente produzido a partir de fontes arquivísticas, sobretudo do vasto acervo documental sob a guarda do Departamento de Arquivo de Documentação (DAD) da COC que contempla, além das mais de 3000 horas de entrevistas já realizadas com pesquisadoras da Fiocruz, um vasto conjunto de documentos como currículos, notícias de jornal, publicações, fotografias, documentos textuais, diários de viagens e de laboratório, entre outros. Para produção do documentário utilizamos 7 entrevistas gravadas oriundas dos projetos “Memória das Coleções Científicas do Instituto Oswaldo Cruz da Fiocruz”, liderado por Magali Romero de Sá, e “Gênero e ciência: carreira e profissionalização no IOC, Museu Nacional e Instituto de Biofísica”, liderado por Nara Azevedo. Através de um intenso trabalho de escuta, elaboração de roteiro, pesquisa histórica e edição, o filme contempla a trajetória das pesquisadoras Anna Kohn, Delir Correa Gomes Maués da Serra Freire, Dyrce Lacombe, Luiza Krau, Monika Barth e Ottilia Affonso Mitidieri, que ingressaram na instituição entre as décadas de 1950 e 1960.
As protagonistas das três primeiras entrevistas realizadas pelo projeto foram concedidas por Maria da Luz Fernandes Leal (Bio-Manguinhos), Yara Maria Traub-Cseko (Instituto Oswaldo Cruz) e Liléia Gonçalves Diotaiuti (Fiocruz Minas) . Entre 2020 e 2021, por força da pandemia de Covid-19, os depoimentos foram realizados remotamente seguindo a mesma dinâmica das entrevistas presenciais, com dois entrevistadores, a documentarista e a depoente. Foram ouvidas nesta fase Alzira Maria de Paiva Almeida, Keyla Belizia Feldman Marzochi, Marilda de Souza Gonçalves, Maria Cecilia de Souza Minayo, Nubia Boechat Andrade, Rachel Niskier Sanchez e Tizuko Shiraiwa. Essa reorientação da pesquisa direcionou para registrar diferentes formas de intervenção das cientistas da Fiocruz nas situações de emergências sanitárias, tanto em seus laboratórios quanto em sua relação com a sociedade. Assim, foram entrevistadas Valdiléia Veloso, Rita Nogueira, Maria Elena Caride, Marilda Siqueira, Simone Monteiro, Denise Valle e Celina Turchi, totalizando 17 depoimentos para o projeto.
A equipe de pesquisa foi constituída por Luiz Otávio Ferreira, Nara Azevedo, Simone Petraglia Kropf, Luciana Quillet Heymann, Aline Lopes de Lacerda e Denise Pimenta, dos bolsistas recém-doutores André Lima, Daiane Rossi e Polyana Valente, e da documentarista Cristiana Grumbach.

Nísia Trindade

Depoimento gravado on line por Angela de Castro Gomes, Kaori Kodama Flexor e Patricia Raffaini para integrar o dossiê: 'Mulheres intelectuais: práticas culturais de mediação', da Revista Ibero-Americana publicada pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Integra o projeto de pesquisa coordenado por Kaori Kodama intitulado “Divulgação científica em impressos: mediação e público no Brasil (1870-1930)”. O objetivo central da entrevista é levar aos leitores da citada revista EIA, a trajetória, atuação e considerações como intelectual mulher, e assim, abrir um espaço de reflexão em torno da questão de gênero através da produção intelectual e das diferentes experiências e práticas exercidas ao longo do percurso profissional da depoente.

O Campus da Fundação Oswaldo Cruz: Construções, registros, intervenções

Este projeto teve como objetivo principal organizar e divulgar o acervo de plantas arquitetônicas da instituição utilizadas tanto para os trabalhos de manutenção das construções da Fiocruz como para a pesquisa em outras áreas de interesse. Foi elaborado um inventário com a descrição dos documentos, suas principais características e a organização dada, além de imagens de algumas plantas significativas; foi feita uma exposição, um seminário e duas entrevistas. Os depoimentos tiveram a intenção de estabelecer uma comparação entre os dois períodos da arquitetura produzida em Manguinhos: o das décadas de 1940 a 1980 (representativo da era pós-heróica) e o da arquitetura produzida nas décadas de 1980 a 2010 (representativo da expansão e do crescimento do campus de Manguinhos). Os dois arquitetos escolhidos vivenciaram cada um destes períodos, Floroaldo Albano e Jorge de Azevedo Castro.

Otávio Pieri

Entrevista realizada por Nara Brito e Jaime Benchimol , no dia 25 de agosto de 1988, a respeito da história de vida do depoente abordando aspectos de sua atuação profissional no Instituto Oswaldo Cruz e a zoologia médica, a área da Biologia, a gestão de Wladimir Lobato Paraense, dentre outros temas.

Remanescentes do Massacre de Manguinhos

O projeto foi realizado como parte do pós-doutoramento de Pedro Jurberg, orientado por Laurinda Rosa Maciel, pelo Programa de Pós-Graduação em Gestão e Preservação do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde, da Casa de Oswaldo Cruz. As entrevistas foram realizadas com personagens que trabalhavam nos laboratórios cujos cientistas foram cassados no episódio conhecido como Massacre de Manguinhos. Tem como objetivo narrar como estes laboratórios sobreviveram ao fato de terem seus principais cientistas fora da instituição, mas que, ainda assim, os herdeiros intelectuais destes mestres seguiram adiante em suas pesquisas. As demais atividades realizadas no âmbito do projeto foram uma disciplina eletiva no citado PPG, intitulada 'Instituto Oswaldo Cruz: ascensão, estagnação, queda e recuperação de uma instituição de pesquisa' oferecida no segundo semestre de 2018 e o Seminário “As contribuições das mulheres cientistas na formação da Fundação Oswaldo Cruz”, em novembro de 2019.

Saúde Coletiva, Medicina Preventiva e Saúde Pública- História e Memória

O Projeto intitulado Saúde Coletiva, Medicina Preventiva e Saúde Pública- História e Memória, apresenta como um de seus produtos um conjunto de entrevistas gravadas com 28 personagens que participaram ou, mesmo, lideraram a construção dessas três áreas no Brasil. Este conjunto compõe dois subprojetos, que envolvem os três temas e alguns tópicos de seus processos de institucionalização no país. Um conjunto de entrevistas aborda os temas sob a ótica de entrevistados da Universidade Federal da Bahia, sob a titulação “A Saúde Coletiva na Universidade Brasileira: o Instituto de Saúde Coletiva da UFBA, desde suas origens no Departamento de Medicina Preventiva da UFBA”. O outro conjunto reúne entrevistas de representantes de várias instituições de pesquisa e ensino em Saúde que atuam com o foco nas três áreas compondo o subprojeto “História da Saúde Coletiva no Brasil”.
Coordenação: Tania Maria Dias Fernandes (DEPES/ COC/Fiocruz)
Pesquisadores: Ediná Alves Costa e Ana Cristina Souto (ISC/UFBA)/ Subprojeto “A Saúde Coletiva na Universidade Brasileira: o Instituto de Saúde Coletiva da UFBA, desde suas origens no Departamento de Medicina Preventiva da UFBA”
Auxiliares de Pesquisa/ Bolsistas: André Luiz da Silva Lima; Eliene Rodrigues; Otto dos Santos de Azevedo; Joel Nolasco; Vanêssa Alves Pinheiro. Os depoentes são: Aníbal Muniz Silvany Neto; Everardo Duarte Nunes; Fernando Martins Carvalho; Francisco Eduardo Campos; Gastão Wagner de Souza Campos; Glaucia Maria de Luna Ieno; Heloisa Maria Mendonça de Morais; Ines Lessa; José Carvalho de Noronha; José da Rocha Carvalheiro; José Jackson Coelho Sampaio; José Wellington Gomes de Araújo; Kenneth Rochel de Camargo Jr; Lorene Louise Silva Pinto; Luiz Umberto Ferraz Pinheiro; Maria Andrea Loyola; Naomar de Almeida Filho; Paulo Ernani Gadelha Vieira; Paulo Marchiori Buss; Pedro Miguel dos Santos Neto; Rita de Cássia Barradas; Roberto de Andrade Medronho; Romélio Aquino; Ronaldo Ribeiro Jacobina; Sebastiao Loureiro; Sonia Fleury; Tatiana Wargas de Faria Baptista e Vera Lucia Almeida Formigli.

Sebastião Patrocínio

Entrevista realizada por Fernando Dumas, Nara Brito e Wanda Hamilton, nos dias 10 e 18 de novembro de 1986.
Sumário
Fita 1 - Lado A
A interrupção dos estudos; o trabalho no setor de envasamento de vacinas e soros fabricados no IOC; referência ao professor Genésio Pacheco, produtor do soro gangrenoso; o depoente mostra à equipe uma relação dos soros e vacinas fabricados pelo IOC;
sobre as palestras ministradas aos estudantes que visitavam o IOC; o depoente mostra à equipe fotografias antigas de funcionários do IOC; lembrança das fortes chuvas ocorridas no Rio de Janeiro em 1966 e a encomenda de vacina anti tifo pelo Ministério da Saúde; relatórios elaborados sobre a produção de vacinas; referência a Moacir de Andrade, seu antigo superior hierárquico; a passagem pelo Instituto Adolpho Lutz e a volta ao IOC; a atuação no Hospital de Engenho de Dentro e a aposentadoria em 1980;
o ritmo de trabalho no IOC em decorrência das fortes chuvas de 1966; referência à visita do Marechal Castelo Branco ao IOC, em 1967; a prova prestada ao DASP para Laboratório; comentário sobre o aprendizado com Álvaro Pinto Pinheiro e Alexandre Amaral;
comentário sobre o trabalho e o processo geral de envasamento de vacinas; os testes das vacinas para detectar contaminação; outras atividades que desenvolveu no IOC, como a sangria de animais.

Fita 1 - Lado B
Referência a seu lado religioso; a relação com Adolpho e Berta Lutz; alusão a seu tio Joaquim Venâncio que buscava animais para experiências de Adolpho Lutz; breve descrição da área de entorno de Manguinhos; origem familiar, referência a fazenda de Carlos Chagas em Minas Gerais; sobre os membros de sua família; a respeito da formação educacional dos filhos.

Fita 2 - Lado A
Alusão ao valor de sua aposentadoria; sobre a mobilização para melhorias salariais no IOC e seu não engajamento em partidos políticos; breve comentário sobre Getúlio Vargas; referência a alguns colegas de trabalho que teve no IOC e a relação entre os técnicos e cientistas; alusão às festas natalinas no IOC; sua relação com Francisco de Paula Rocha Lagoa.

Fita 2 - Lado B
Sobre o trabalho de seu pai como administrador de fazenda; sobre o falecimento de sua mãe; comentário sobre as relações hierárquicas no IOC; sobre sua vida escolar e as oportunidades do ensino na sua época; a formação religiosa.

Fita 3 - Lado A
O temperamento tímido com as mulheres e a relação com os filhos; início de suas atividades no IOC; comentário sobre a enchente de 1966 e a consequente intensificação do trabalho no setor de envasamento; sobre sua atuação na chefia do setor de envasamento, a reestruturação do setor e as alterações técnicas processadas neste período; menção às vacinas produzidas no IOC desde a chefia de Álvaro Pinto Ribeiro.

Fita 3 - Lado B
Menção às vacinas produzidas no IOC; a breve passagem pelo laboratório de química; referência a diversos funcionários que passaram pelo setor de envasamento; sobre as máquinas usadas no setor; a relação com os diretores do IOC; sua substituição na chefia do setor de envasamento em 1968.

Fita 4 - Lado A
Sobre a transferência para trabalhar no Hospital de Engenho de Dentro e a atuação no Laboratório de Patologia.

Sebastião Reis

Entrevista exploratória realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida, Laurinda Rosa Maciel e Federico Orofino, com o intuito de compor o projeto "Memória e história da criação de animais de laboratório e do Centro de Criação de Animais de Laboratório (CECAL/Fiocruz): a constituição de um acervo de depoimentos orais" que, contudo, não teve prosseguimento. Foi gravada no campus Fiocruz Maré, antigo prédio da Expansão, no Rio de Janeiro, dia 4 de abril de 2016. O depoente narrou suas lembranças sobre a Ilha dos Pinheiros, onde o Instituto Oswaldo Cruz fazia a criação de animais para uso em laboratório.