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Cezar Vieira

Entrevista realizada por Carlos Henrique Assunção Paiva e Regina Celie Marques, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 14 de outubro de 2005.

Sumário
FITA 1 / LADO A
Sua vida estudantil e o início de sua trajetória profissional; seu envolvimento com os temas da saúde pública, da medicina social, da medicina comunitária e da saúde coletiva.
FITA 1 / LADO B
A temática do planejamento no campo da saúde e o método CENDES-OPS; suas experiências na Secretaria de Saúde do Estado de Minas Gerais e na SUDENE; o Projeto Montes Claros e o sistema de saúde do Estado de Minas Gerais.
FITA 2 / LADO A
O seu ingresso na cooperação técnica Opas-Brasil em recursos humanos; as diferentes percepções em torno da área de recursos humanos na Opas-Washington e na Opas-Brasil; a criação da ABRASCO; a gestão de Carlyle Guerra de Macedo na OPAS; a criação da Associação Latino-americana de Medicina Social ( ALAMES); o Plano Nacional de Saneamento (PLANASA) e o Banco Nacional da Habitação (BNH); o NUTES/CLATES e os demais centros regionais da OPAS; o Grupo técnico do PPREPS; a ampliação das atividades programáticas do PPREPS; a criação do PREV-SAÚDE.
FITA 2 / LADO B
A relação do PPREPS com a CIPLAN; a organização dos serviços de saúde e o SUS; a proposta do PREV-SAÚDE.
FITA 3 / LADO A
A cooperação técnica Opas-Brasil em RH na primeira metade dos anos 1980; o processo da eleição de Carlyle Guerra de Macedo; o relatório técnico de 1984 e a avaliação da cooperação Opas-Brasil em recursos humanos; sua gestão na coordenação da cooperação Opas-Brasil em recursos humanos; as temáticas etnicidade e saúde na OPAS; considerações sobre a situação atual da cooperação técnica promovida pela Opas; o Programa de Especialização em Residência de Saúde Internacional da OPAS; a dimensão nacional da cooperação técnica Opas-Brasil em recursos humanos; a rede de Observatórios em Recursos Humanos para a saúde.
FITA 3 / LADO B
A representação brasileira na Opas; considerações sobre a cooperação técnica na Opas atualmente; a experiência do Programa Larga Escala e o déficit de pessoal de saúde nas Américas atualmente; a relação do PPREPS com as universidades.
FITA 4 / LADO A
O processo de seleção dos projetos enviados das instâncias estaduais para a equipe central do PPREPS; as diferentes fases de desenvolvimento do PPREPS.

Charlotte Emerick

Entrevista realizada nos dias 03 e 24 de junho de 2003.

Cícero Novaes e João Prezado

Entrevista realizada por Lisabel Klein e Eduardo Thielen, em Belo Horizonte (MG), no dia 28 de agosto de 1990.

Ciro de Quadros

Entrevista realizada por Dilene Raimundo do Nascimento, Eduardo Maranhão, Laurinda Rosa Maciel, Nísia Trindade, Jayme L. Benchimol e Carlos Fidélis da Ponte no dia 12 de março de 2001, no Rio de Janeiro (RJ).

Cláudio Amaral

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida e Laurinda Rosa Maciel nos dias 01 de junho, 13 e 19 de julho e 27 de setembro de 2001, em Niterói (RJ).

Cláudio da Silveira

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida e Laurinda Rosa Maciel no dia 03 de agosto de 2001, em Porto Alegre (RS).

Clóvis Lombardi

Entrevista realizada por Laurinda Rosa Maciel, em Poços de Caldas (MG), no dia 29 de novembro de 2003.

Conceição Lemes

Entrevista realizada por Dilene Raimundo Nascimento e Marcos Roma Santa, em São Paulo (SP), nos dias 28 e 29 de novembro de 1996.
Sumário
1ª Sessão: 28 de novembro
Fita 1 – Lado A
Inicia relatando a infância, composição familiar, influência do caráter solidário do pai, as cobranças dos pais, a precocidade, o impacto da morte repentina do pai e o peso da responsabilidade pelos irmãos menores. O término do ginásio; a escolha pelo curso de formação de professores. As dificuldades financeiras das famílias e a mudança para a escola pública. A decepção com o catolicismo e o descontentamento com o curso de formação de professores. O rompimento com a família de seu pai. A influência intelectual da professora de sociologia durante o curso de formação de professores; o ingresso no curso pré-vestibular; a opção pelo curso de comunicação (jornalismo) na USP. Dificuldades financeiras com a morte do pai e a força da mãe em manter os filhos unidos e estudando. Lamenta o excesso de responsabilidade com a família durante a adolescência. A opção por jornalismo, a seriedade durante a graduação, a despeito das frustrações com a qualidade do curso.

Fita 1 – Lado B
Explica a estrutura do curso de comunicação na USP e o porquê da opção pelo jornalismo. Considerações sobre o papel educativo da informação. Seu compromisso de educar e formar os irmãos. A pouca participação no movimento estudantil de oposição à ditadura militar e menciona um episódio em que, por engano, confundiram-na com uma estudante envolvida com os grupos de resistência à ditadura; o clima de medo que pairava sobre os alunos na época; a ameaça dos agentes da repressão infiltrados na universidade. O momento de hesitação pela carreira acadêmica; as atividades acadêmicas e extra-acadêmicas desenvolvidas no curso de graduação; o ingresso na pós-graduação e o imediato desencanto com as exaustivas teorizações da carreira universitária. O envolvimento profissional com o jornalismo sindical. Ressalta seu compromisso com a transformação; a emoção com o culto ecumênico na Praça da Sé em decorrência do assassinato do jornalista Vladimir Herzog, em 1975; a indignação com a indiferença da turma de pós-graduação diante dos acontecimentos políticos da época. A criação, junto com o marido, do jornal sindical “Hora” na região do ABC paulista; o convívio com os movimentos sindicais do ABC; a importância dessa experiência profissional; a falência do jornal e a ida para a Rádio Globo; as dificuldades políticas e financeiras para estruturar o jornal.

Fita 2 – Lado A
A proposta de uma linguagem voltada para a classe trabalhadora, as matérias mais marcantes e o aprendizado adquirido com o jornal. O trabalho na Rádio Globo; as dificuldades políticas em se ajustar à uma emissora de rádio notoriamente de direita; as conquistas e a abertura de espaço para discussões políticas na rádio; sua liderança nos movimentos reivindicatórios da categoria; a demissão da Rádio Globo e os dois anos de desemprego. Avaliação sobre a mal sucedida greve dos jornalistas de 1979; a falta de compromisso ideológico e ético das pessoas envolvidas no movimento; o desemprego e os primeiros trabalhos, ainda não especializados, como “freelancer”; as primeiras matérias sobre saúde, na Revista Nova, o ingresso na Revista Capricho e a preocupação, independentemente do perfil do veículo, em usar o espaço jornalístico de forma crítica, competente e comprometida com mudança. Os anos de trabalho como redatora na Revista Saúde da editora Abril.

Fita 2 – Lado B
A mudança de chefia na Revista Saúde e o início do descontentamento, que resultaria em seu pedido de demissão. O seu interesse pela Aids, ainda na Revista Saúde e o acompanhamento da epidemia, desde seu início; o primeiro contato com a doença por meio de revistas estrangeiras; as matérias sobre questões relacionadas à Aids e a entrevista com Herbert Daniel. O contato com Stalin Pedrosa, do Grupo Pela Vidda, e a proposta de uma matéria investigativa sobre os chamados tratamentos alternativos contra a Aids; o prêmio Abril de Jornalismo; a matéria sobre Aids, feita sob encomenda pela revista Playboy; as dificuldades na execução do projeto em função das especificidades do público da revista e as particularidades que diferenciam seu estilo jornalístico.

Fita 3 – Lado A
Ainda sobre a matéria publicada na Playboy e a complexidade que envolve a questão; as especificidades do público alvo; as estratégias de convencimento; seu papel como jornalista; implicações éticas das matérias que tratam de saúde; a falta de compromisso da imprensa com as expectativas das pessoas, ao publicizar informações equivocadas e inconsistentes sobre Aids. O interesse profissional pela doença e seu gradativo envolvimento pessoal na luta contra a doença. Longa discussão sobre o papel da mídia na construção do significado social da Aids; crítica à omissão da sociedade civil diante das informações equivocadas sobre Aids veiculadas pela imprensa; o papel político da imprensa. Ressalta aspectos positivos da imprensa, como o compromisso social e a audácia do editor da Playboy que se dispôs a financiar a matéria sobre Aids; a percepção da imprensa como um espaço de mudança.

2ª Sessão: 29 de novembro
Fita 3 – Lado B
Longas considerações sobre o papel da mídia e as responsabilidades do jornalista; o alto custo das matérias; a própria complexidade das questões que envolvem a Aids e que tornam mais difíceis a produção de matérias sérias sobre o assunto. A Conferência Internacional de Vancouver e os equívocos divulgados pela imprensa sobre a eficácia do “coquetel anti-Aids”. O impacto positivo do lançamento do “Coquetel” durante a Conferência de Vancouver; o clima de otimismo e esperança da Conferência. Sua crença na qualidade da imprensa brasileira; a defesa dos “protocolos científicos”; o compromisso ético e científico dos pesquisadores e as expectativas dos doentes que esperam ansiosos por tratamentos eficazes.

Fita 4 – Lado A
As especificidades da epidemia da Aids; seu impacto político, ao despertar uma série de movimentos reivindicatórios e tornar possível uma reorientação da relação médico/paciente. A preponderância do perfil dos primeiros infectados, a maioria pertencente à uma elite pensante e ativista, na condução diferenciada da luta institucional contra a Aids no mundo; os possíveis desdobramentos do processo de pauperização da epidemia; o modismo em torno das discussões sobre a doença. Sua experiência profissional com o jornalismo e os aspectos subjetivos inerentes à produção jornalística séria. O oportunismo que cerca a doença, o número crescente de profissionais que veem na Aids uma oportunidade de projeção; ou mesmo de pacientes, que usam a doença para fazer “chantagem”. Numa reconsideração, exclui a classe jornalística dessa categoria de profissionais oportunistas. Longa discussão a respeito do papel e dos equívocos da imprensa na construção do significado social da Aids; a assimilação e a divulgação pouco crítica de informações, com grande carga de juízo moral, produzidas pela comunidade científica no início da epidemia; a repercussão destes estereótipos na percepção do risco da doença na sociedade em geral. Considerações em torno da polêmica camiseta produzida pelo Grupo Pela Vidda para marcar o Dia Mundial de Luta Contra a Aids: uma estampa envolvendo o Sagrado Coração de Maria em uma camisinha, despertando a indignação do prefeito da cidade do Rio de Janeiro, César Maia que, como católico, entrou na justiça para proibir a distribuição da camiseta.

Fita 4 – Lado B
Reflete a respeito dos objetivos de uma campanha tão provocativa e, mesmo, agressiva para os católicos; os riscos de campanhas que são elaboradas em cima de símbolos religiosos; os equívocos das campanhas preventivas calcadas no discurso da abstinência sexual e da fidelidade. Considerações sobre o crescente índice de contaminação de mulheres que não apresentam o chamado “comportamento de risco”; as diferenças geracionais na percepção da doença e dos riscos de contaminação. Menciona a pesquisa feita pelo Ibope para dar suporte à matéria da Playboy mostrando que os adolescentes formavam o grupo que mais usava preservativo. Menciona o uso de um broche, que representa a luta contra a Aids, como uma atitude pessoal de desmistificar a doença. Os critérios para a seleção de seus consultores. Sua avaliação sobre a relação entre as Ongs/Aids, os órgãos oficiais e os laboratórios privados.

Fita 5 – Lado A
As implicações, na própria autonomia destas instituições, do maciço financiamento do governo. O financiamento oferecido pelos laboratórios farmacêuticos e exemplo para mostrar os desdobramentos deste tipo de dependência financeira. Menciona sua participação num Comitê Científico do Programa Nacional de DST e Aids; a baixa qualidade de parte dos projetos enviados. Questiona os critérios de avaliação do Ministério da Saúde; seu compromisso pessoal em fazer uma avaliação justa; a interferência dos interesses políticos no processo de distribuição de financiamento.

Constança Arraes de Alencar

Entrevista realizada por Lúcio Flávio Taveira e Rose Ingrid Goldschmidt, na Fiocruz, no dia 08 de agosto de 1989.
Sumário
Fitas 1 a 3
Origem familiar; a formação profissional dos pais; o pioneirismo do avô imigrante; as atividades profissionais da mãe; o desejo pela experiência da maternidade; a infância em Ipanema; a vida escolar; a descoberta da vocação científica; a opção pelo curso médico e a posterior escolha pela biologia; o curso de biologia da UFRJ; a opção pela especialização em genética; o desprestígio do curso de biologia na década de 1970; o ingresso no Instituto Oswaldo Cruz (IOC) por intermédio de Carlos Morel; o fantasma da mão-de-obra barata presente no estágio da FIOCRUZ; o ingresso no curso de mestrado; as dificuldades do desenvolvimento científico em um país subdesenvolvido; comentários sobre as dificuldades advindas das restrições à contratação de pesquisadores e escassez de recursos materiais; os riscos de contaminação no trabalho diário com Trypanosoma cruzi; a gestão de Carlos Morel como chefe do departamento de bioquímica e Biologia Molecular; os vínculos entre os cursos de pós-graduação da UFRJ e da FIOCRUZ.

Cristiane Pacheco

Entrevista realizada por Gleide Guimarães, Fábio de Souza e Michele Soares, no Rio de Janeiro, no dia 04 de maio de 2005.

Cristiano Cláudio Torres

Entrevista realizada por Laurinda Rosa Maciel e Maria Leide W. de Oliveira, em Salvador (BA), no dia 09 de agosto de 2002.

Cyrene dos Santos Alves

Entrevista realizada por Tania Fernandes e Fernando Dumas, em Brasília (DF), no dia 15 de maio de 2001.

Sumário
Fita 1 - Lado A
A formação na área de biologia; o trabalho na CEME (Central de Medicamentos) e a participação na implantação e operacionalização do programa de fármacos e de incentivo a Pesquisa em Plantas Medicinais (PPM); menção ao Projeto Flora e o Banco de Dados de plantas medicinais; referência a Comissão de seleção de plantas coordenada por Carlini e a Portaria 93/92; considerações sobre o orçamento da CEME destinado aos sintéticos e fitoterápicos; a comissão julgadora e o processo de seleção dos projetos da CEME; os convênios da CEME e a participação do CNPq como interveniente; comentários sobre a participação dos laboratórios oficiais para a produção de medicamentos da CEME; a crise em 1990 e 91 e a retomada da pesquisa de 92 a 97; articulação e integração entre químicos e farmacólogos.

Fita 1 - Lado B
A Comissão de Seleção de Plantas e a escolha de 36 projetos e 21 plantas pela CEME; referência as mudanças ministeriais da CEME; as discussões para elaboração do projeto de mudança da CEME para Secretaria de Insumos em 1993; a desativação da CEME e a situação dos laboratórios oficiais; as indústrias farmacêuticas e o investimento em fitoterápicos; referência ao Encontro bi-anual de Avaliação do Programa de Pesquisa em Plantas Medicinais; a CEME e o financiamento de projetos da Fiocruz; menção a legislação da CEME em 1975 e os projetos desenvolvidos em conjunto com a Secretaria de Tecnologia Industrial (STI).

Dalton Mario Hamilton

Entrevista realizada por Jaime Araújo Oliveira, Nara de Azevedo Brito e Rose Ingrid Goldschmidt, na Fiocruz (Rio de Janeiro/RJ), entre os dias 14 de maio e 12 de agosto de 1987.
Sumário
1ª Sessão: fitas 1 a 3
Origem familiar; a infância em Buenos Aires; formação escolar; o estudo em escolas públicas; perfil do pai; a vocação pela medicina; a morte do pai e o trabalho numa companhia de seguros; a experiência em empresas privadas e na administração de saúde pública; o trabalho como pediatra de um hospital público; as características do sistema de saúde argentino; a Escola de Medicina de Buenos Aires e as características do sistema universitário argentino; o governo peronista; o trabalho na campanha de diarréia estival e as primeiras ligações com saúde pública; a experiência de trabalho na província de Jujuy (AR); as opções político-partidárias; o planejamento em saúde pública; o exercício da medicina privada; a criação da Escola Nacional de Saúde Pública na Argentina em 1959; a realização do curso de saúde pública em 1963; as características do curso de saúde pública; a prática hospitalar dos médicos argentinos ligados à saúde pública e a dicotomia entre saúde e atenção médica no Brasil; a implantação do planejamento em saúde na América Latina através do método OPAS/CENDES – Centro Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Venezuela); a implementação de um sistema de informação em saúde na província de Tucumán (AR); a extensão do modelo Tucumán a todo o território argentino; o Modelo Nacional de Programação de Atividades em Saúde da Argentina em 1966; o método OPAS/CENDES e os discursos sobre planejamento; a tradição chilena em saúde pública; a introdução do planejamento em saúde nos países da América Latina; comparação entre o sistema de saúde no Brasil e na Argentina; o planejamento estratégico e o caso Montes Claros; a atividade político-partidária na Argentina; o curso de mestrado na Universidade de Michigan (EUA); o Programa Nacional de Estatística em Saúde na Argentina.

2ª Sessão: fitas 4 e 5
A elaboração do programa de saúde para o Partido Justicialista em 1973; a situação política argentina durante a década de 70; a morte de Perón e as perseguições políticas da Triple A (Aliança Anticomunista Argentina); a demissão do Ministério da Saúde da Argentina em meio à crise política; o trabalho nas obras sociais dos ferroviários; a mudança para o Brasil e o golpe militar em 1976 na Argentina; o trabalho como consultor da OPAS em Brasília; os primeiros contatos com Sérgio Arouca; o Programa de Preparação Estratégica de Pessoal em Saúde (PPREPS); a adaptação da família no Brasil; a experiência profissional de Susana Badino em Buenos Aires e na Escola Brasileira de Administração Pública (EBAP) da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro; a solidariedade brasileira aos exilados argentinos; a mudança para o Rio de Janeiro contratado pela PAPPE; o Projeto de Caruaru.

3ª Sessão: fitas 5 a 7
O Projeto Integrado de Serviços de Saúde em Montes Claros; o Programa de Integração das Ações de Saúde e Saneamento (PIASS); a difusão do modelo Montes Claros; a lógica do planejamento estratégico; a experiência do PIASS na Bahia; a criação do PIASS; a continuidade do projeto em Montes Claros após a sua saída.

4ª Sessão: fitas 8 e 9
O ingresso na ENSP em 1978; o Departamento de Administração e Planejamento; a coordenação do curso básico e dos cursos de especialização da ENSP; a criação dos cursos de mestrado e doutorado e dos cursos regionalizados para dinamizar áreas estratégicas de saúde; a incorporação da política ao planejamento; os cursos regionalizados em Alagoas, Minas Gerais, Pernambuco e Paraíba; a difusão dos cursos regionalizados; o intercâmbio entre o Instituto de Medicina Social (IMS), a EBAP e a ENSP; o primeiro curso de planejamento do IMS em 1976; os cursos de planejamento da ENSP; a busca de respostas às experiências políticas do momento; o papel dos argentinos na introdução do planejamento em saúde pública no Brasil; comparação entre a formação profissional em saúde no Brasil e na Argentina; a criação do curso especializado em planejamento da Escola de Medicina de Buenos Aires em 1973; Brasil e Colômbia: centros de referência em planejamento em saúde para a América Latina; os latino-americanos no Departamento de Planejamento da ENSP; a assessoria na Nicarágua a convite de Sérgio Arouca.

5ª Sessão: fitas 10 e 11
A experiência de Joaquim Moreira Nunes na área de administração hospitalar e na ENSP; o elo entre teoria e prática nos cursos de administração; as características da gestão Vinícius da Fonseca na FIOCRUZ; a gestão Guilardo Martins Alves na FIOCRUZ; o modelo administrativo da FIOCRUZ; a incorporação de unidades isoladas à FIOCRUZ e a dificuldade de implantação de um projeto modernista e integrador; a democratização brasileira e a indicação de Sérgio Arouca para a Presidência da FIOCRUZ; a gestão Arouca; a concentração de informações na Superintendência de Administração Geral (SAG) e a centralização de decisões na presidência devido à ineficácia da área administrativa; proposta de reestruturação do modelo organizacional da FIOCRUZ; a intervenção na SAG; a indicação para chefiar a SAG; o papel do poder burocrático durante o período de reformas.

6ª Sessão: fitas 12 e 13
Avaliação do sistema de saúde brasileiro nos últimos 15 anos; as propostas do “partido sanitário” e as divergências em torno da reforma sanitária; a unificação do sistema de saúde como medida de racionalização; a participação popular visando a melhoria dos serviços de saúde; as divergências entre os membros do “partido sanitário” na Previdência Social, na Comissão de Reforma Sanitária e no Ministério da Saúde; o retorno a Buenos Aires após a abertura democrática; a experiência como gerente de planejamento do Instituto de Servicios de Obras Sociales para Trabajadores Rurales (ISARA); a experiência de Susana Badino no Instituto de Administración Pública (INAP); o regresso ao Brasil.

7ª Sessão: fita 14
Relato de sua posse na SAG; a relação do antigo superintendente com os funcionários administrativos; a proposta de reformas na área administrativa e a adesão gradual dos funcionários; a legitimação no trabalho pelo aumento da eficiência; as mudanças na estrutura organizacional da SAG; a eleição dos funcionários para promoção; a descentralização das decisões administrativas; os problemas do Departamento de Recursos Humanos; a informatização de processos financeiros; as demissões de funcionários devido a irregularidades.

8ª Sessão: fitas 15 e 16
A democratização da SAG com a socialização de informação; a descentralização de programas e orçamentos; a transparência administrativa e a consequente dificuldade do aparecimento de processos ilícitos; os resultados da descentralização dos recursos em nível das unidades; a informatização dos processos como forma de desburocratizar o poder, socializar a informação e adequar tecnologicamente a SAG; as resistências internas ao processo de informatização; a facilidade de acesso às informações e ao acompanhamento de processos através da informatização; a relação das unidades da FIOCRUZ com o processo de descentralização administrativa; as transformações da estrutura organizacional da SAG; a expectativa de irreversibilidade nas mudanças empreendidas na SAG.
NOTA: As 5ª, 7ª e 8ª sessões contaram com a participação de Joaquim Moreira Nunes e Susana Esther Badino.

Daniela Rangel

Entrevista realizada por Cristiane D'Ávila no dia 31 de maio de 2022, em modo virtual pela Plataforma Teams.

Darcy Fontoura de Almeida

Entrevista realizada nos dias 10 e 27 de dezembro de 2002, 28 de março, 11, 23 e 30 de abril e 06 e 18 de junho de 2003.

Dayse de Mello Agra

Entrevista realizada por Ana Paula Zaquieu e Dilene Raimundo do Nascimento, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 24, 30 de outubro, 06 de novembro e 18 de dezembro de 1997.
Sumário
1ª Sessão: 24 de outubro
Fita 1 – Lado A
A composição familiar; a doença do pai; a mudança de São Paulo para o Rio de Janeiro, durante a infância; a mudança para o estado de Minas Gerais, aos 12 anos. A trajetória marcada por problemas de saúde na família e a rejeição a qualquer profissão ligada à área de saúde e educação. O casamento; a boa convivência familiar, a despeito das diferenças pessoais com a irmã; o restrito convívio social da família; as atividades profissionais dos pais; a indefinição profissional e a formação escolar. A volta para o Rio de Janeiro, o abandono da escola e a opção pelo trabalho. As primeiras atividades como comerciária seguida pelo ingresso no serviço público. O ingresso do marido na polícia federal; o casamento no ano de 1955. O nascimento do primeiro filho; as dificuldades em conciliar o trabalho e as atividades domésticas, resultando no pedido de demissão do serviço público. A opção por mais de um filho devido à experiência do marido como filho único. O caráter autoritário e reservado do marido; a origem tradicional de sua família. Considerações sobre a oposição do pai ao seu casamento e as diferenças de valores entre as duas famílias. Os passeios em Paquetá. A transferência do marido para Paquetá e a mudança definitiva para lá com os filhos.

Fita 1 – Lado B
Menciona as funções do marido na ilha, sua autoridade no local, ressaltando sua honestidade no trabalho. Comenta a crise política pela qual estava passando o Brasil, no início dos anos 1960 e a preocupação do marido com uma possível transferência para Brasília. A volta para o apartamento localizado no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Fala longamente sobre o marido; faz referência a seu comportamento, frisando a dificuldade em desobedecer às ordens do pai; sua tensão, diante da possibilidade de uma transferência do Rio de Janeiro; os primeiros sintomas do Mal de Parkinson; o início das dificuldades no trabalho, resultando na aposentadoria por invalidez. As dificuldades no relacionamento com a irmã. A morte da sogra e a mudança para o apartamento do sogro. Relembra as dificuldades em dar assistência à família e cuidar do sogro já idoso e da mãe, devido à negligência da irmã. Sua submissão ao marido, seu temperamento autoritário e as restrições impostas aos filhos. As diferenças de comportamento entre os irmãos: enquanto o mais velho obedecia, sem questionar, às ordens do pai e se dedicava aos estudos, o menor sempre encontrava uma forma de subverter restrições e não demonstrava nenhum interesse pela escola.

Fita 2 – Lado A
O interesse em participar de um trabalho voluntário desenvolvido no posto de saúde do Catete, junto às outras mães do colégio de seus filhos. Volta a mencionar as diferenças de comportamento entre os irmãos. Fala longamente das características do filho mais novo, sua insistência em compará-lo com o irmão e suas iniciativas para estimular o gosto pelos estudos. A opção por trabalhar profissionalmente com barcos no Caribe e reflexão sobre sua postura diante do comportamento dos filhos e da inesperada morte do filho mais velho.

2ª Sessão: 30 de outubro
Fita 3 – Lado A
Longas considerações sobre as diferenças de comportamento entre ela e a irmã; o esforço para obter uma condição de vida mais confortável e a disponibilidade em acompanhar os doentes da família, contrapondo-se ao comportamento omisso e desinteressado da irmã e do cunhado. A mágoa diante do distanciamento da irmã, durante o período de adoecimento do filho. A doença e morte da mãe e sua decisão de não se envolver com os trâmites do enterro. Para explicar a tensão que seguiu o inventário da mãe, volta no tempo para relembrar um episódio, logo após a morte do pai, quando sua irmã se indignou com os termos do testamento deixado pelo pai.

Fita 3 – Lado B
Menciona a restrita composição familiar, ressaltando o comportamento distante da irmã. Longas considerações sobre as diferenças entre os dois filhos; lembranças de episódios da infância de ambos; o comportamento extrovertido e versátil de Anderson e o comportamento sério e estudioso de Jefferson. A trajetória de Jefferson e seu grande interesse por pescaria; o ingresso no curso de Geologia da UFRJ; a viagem a Paris; o desempenho universitário; o estágio na Petrobrás; a mudança para Bahia; a formatura; o ingresso definitivo nos quadros da Petrobrás.

Fita 4 - Lado A
A aprovação do filho para uma pós-graduação em Austin, no Texas, pela Petrobras; a volta para o Brasil depois de dois anos e a decisão de morar sozinho. Os primeiros sinais da doença e a tentativa de omiti-la da família; a negação da doença. A conversa com a médica e a descoberta do verdadeiro diagnóstico do filho; a sua reação e o temor diante da associação Aids/homossexualidade.

3ª Sessão: 06 de novembro
Fita 5 – Lado A
Seu total desconhecimento sobre a doença e ressalta o despreparo médico em lidar com a Aids, durante o tratamento do filho. Longa descrição da fase posterior ao diagnóstico; o início do tratamento, o diálogo com o marido e, em seguida com o filho, sobre seu diagnóstico e a decisão de voltar para a casa dos pais. A maior atenção ao comportamento do filho, o receio de sua possível homossexualidade. A emoção do momento em que o filho voltou para a casa. Considerações sobre a associação Aids/culpa; a opção por não fazer perguntas sobre a forma do contágio. A aproximação entre os dois irmãos. O agravamento do quadro clínico e a internação. Já no hospital, a curiosidade das pessoas em torno do filho, um dos únicos pacientes de Aids; o preconceito dos profissionais do hospital, que decidiu transferi-lo para o isolamento. Referência a associação Aids/culpa, Aids/homossexualidade. Ressalta o exemplo de luta e resignação do filho diante do avanço da doença.

Fita 5 – Lado B
Longos comentários sobre o período da internação do filho na Beneficência Portuguesa e a solidariedade dos amigos da Petrobrás; o comportamento bem humorado; a ausência da tia; o gradativo agravamento de seu quadro clínico; o tratamento carinhoso e alegre de uma das auxiliares de enfermagem; a visita dos amigos de Paquetá; o sofrimento causado pelas fortes dores noturnas; a decisão de sedá-lo; a sua morte. Retoma o momento em que os amigos da Petrobrás, ao tomarem conhecimento da doença, decidiram consultar uma especialista, da qual ela não recorda o nome; a recusa do filho ao tratamento proposto pela médica.

Fita 6 – Lado A
Retorna à fase que antecedeu a internação filho; o primeiro contado com a real gravidade da Aids. Relembra as últimas vontades do filho; a divisão, em vida, dos seus pertences entre os amigos. Algumas considerações sobre o comportamento firme de ambos diante da doença.

4ª Sessão: 18 de dezembro
Fita 7 - Lado A
A dor pela morte do filho; as primeiras iniciativas para superar sua morte. O impacto do depoimento de Herbert Daniel num canal de televisão sobre as atividades do Grupo Pela Vidda. Considerações sobre sua discriminação contra os homossexuais. A recepção no Grupo. Referência à origem do Grupo; seu processo de organização; sua relação com a ABIA. A gradativa integração no Grupo; o medo dos homossexuais; a organização do Grupo de Mulheres. Considerações sobre a Aids: a forte associação Aids/ homossexualidade; o impacto do contato com mulheres infectadas pelo HIV sobre a sua percepção da Aids como doença de homossexuais; o equívoco do médico que afirmava que as mulheres não transmitiam o HIV; a ausência de informações consistentes sobre a doença e de medicamentos adequados; a busca por vacinas; o surgimento do AZT. A inauguração do Grupo; a influência do espírito de luta dos integrantes do Grupo. As especificidades do Grupo pela Vidda; sua autonomia em relação à ABIA. As consequências da insistência do médico Carlos Alberto Moraes e Sá em afirmar que as mulheres não transmitiam o HIV. Cita o caso de três mulheres que, orientando-se pelas afirmações do médico, além de comprometeram seriamente seu estado clínico ao engravidar, expuseram seus parceiros ao risco do contágio. A comercialização do AZT; as representações negativas sobre a droga; o medo dos seus efeitos colaterais; a experiência de Herbert Daniel com o medicamento.

Fita 7 – Lado B
A decisão de conceder entrevista para um programa televisivo; o apoio do filho mais novo, que lhe conta a discriminação sofrida após a morte do irmão. O crescente envolvimento com o Grupo; a coragem de falar publicamente sobre Aids; a importância do Grupo para os soropositivos. A dinâmica do Grupo de Mulheres; o efeito da troca de experiências. A visibilidade dos soropositivos; o impacto dos depoimentos dados por soropositivos no processo de transformação das representações sobre a Aids. Relembra a mobilização do Pela Vidda contra as primeiras campanhas de prevenção à Aids veiculadas pelo governo; a luta contra a associação Aids/morte e contra o preconceito. A primeira participação do Grupo nas campanhas oficiais de prevenção; a concessão de seu depoimento para uma dessas campanhas. A resistência das instituições escolares e das empresas em abrir espaço para as atividades de prevenção propostas pelo Grupo; seu trabalho de prevenção, chamado “sala de espera”, desenvolvido junto às pacientes do posto de saúde do Catete; suas estratégias de convencimento, os resultados.

Fita 8 – Lado A
As dificuldades para ampliar o trabalho de treinamento oferecido pelo Grupo aos voluntários, afim de adequá-los às linhas de atuação seguidas pela instituição. A proposta do Disque-Aids. A importância do Encontro de Pessoas Vivendo com Aids, organizado anualmente pelo Grupo. Relembra sua denúncia, durante um dos primeiros Encontros do grupo, da discriminação de hotéis da Zona Sul carioca contra as comitivas vindas de outros estados para o evento. O impacto da participação do cientista francês Luc Montagnier em um dos Encontros. Cita algumas das instituições financiadores do Encontro. Considerações sobre a parceria entre o governo brasileiro e o Grupo; as mudanças na relação médico- paciente; as restrições impostas pela medicação; as disputas entre os laboratórios; as implicações éticas das pesquisas que utilizam cobaias humanas; os ótimos resultados nos tratamentos para as crianças; a prevenção à Aids vertical; as campanhas de prevenção; o efeito da parceria entre o governo e as ONG's na mudança no perfil das campanhas; as dificuldades relacionadas à mudança de comportamento e às discussões que envolvem sexualidade; a eficácia dos trabalhos comunitários na prevenção à doença; o vídeo de mulheres produzido pelo Grupo.

Delby Fernandes de Medeiros

Entrevista realizada por Tânia Fernandes e Fernando Dumas, em João Pessoa (PB) nos dias 25 e 27 de março de 1998.

Sumário
Fita 1 - Lado A
Aborda a sua infância, sua família e a farmácia de seu pai no Rio Grande do Norte; sua formação escolar até o curso de graduação na cidade de Recife; seu trabalho na Rhodya e a compra do Laboratório Rabelo; o trabalho de seu pai na farmácia da família e a intenção de escrever um livro de memórias; a criação da Faculdade de Farmácia em João Pessoa.

Fita 1 - Lado B
Referência a equipe de trabalho no Laboratório de Tecnologia Farmacêutica (LTF); o sobrinho que foi estudar farmacologia na França; suas atividades docentes na Faculdade de Farmácia; a criação do LTF e a tentativa de contratação de cientistas brasileiros para trabalhar no laboratório.

Fita 2 - Lado A
Comenta os problemas com os pesquisadores estrangeiros contratados para trabalhar no LTF; compara o curso de Farmácia de seu pai com o que fez e o que está montando; as cadeiras que deveriam ser extintas no curso de Farmácia; a relação do LTF com a Faculdade de Química.

Fita 2 - Lado B
Faz referência as pesquisas realizadas no LTF; as patentes e o convênio da Rhodya com o LTF; as situação atual do LTF: investimentos e financiamentos; a relação das universidades estatais paulistas com o setor privado e a atividade científica no Brasil; a constituição acadêmica da farmacologia e a farmácia; a diferença entre pesquisa básica e aplicada; referência a Laércio e Severino.

Fita 3 - Lado A
Aborda o curso de Limpeza que organizou no LTF e a trajetória de Jonas, aluno do curso; as bolsas de estudo no LTF e a fundação da Faculdade de Farmácia; o Núcleo de Fitoterapia do Centro de Ciências da Saúde e sua relação com o LTF.

Fita 4 - Lado A
Comentário sobre a criação e sua inserção na Faculdade de Farmácia; a mudança de catedrático para titular nas universidades; a relação do Laboratório de Tecnologia Farmacêutica (LTF) com a Central de Medicamentos (CEME); o Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (LAFEP); a produção de fitoterápicos no LTF; o contexto político do período pós-64 e sua saída da direção do LTF; o processo de sucessão na direção do LTF.

Fita 4 - Lado B
Referência ao seu trabalho na comissão de avaliação de projetos de laboratórios universitários; o convite do Estado do Tocatins para organizar um laboratório no Estado; seu trabalho na Universidade de Tocatins; sua indicação e seu trabalho na reitoria da Universidade de Tocatins; o vínculo atual com o LTF; suas atividades atualmente e sua infância na fazenda da família.

Fita 5 - Lado A
Aborda a produção de medicamentos e a política da CEME; o Projeto Flora; a pesquisa com o “Ipê Roxo” e o princípio ativo em plantas.

Fita 5 - lado B
Comenta a diferença entre substâncias solúveis em água e em clorofórmio; o Projeto Plantas Medicinais do Nordeste como fonte de medicamentos; as áreas de interesse para as agências de fomento à pesquisa; o SIMPRONAT.

Fita 6 - Lado A
Sobre o êxito do LTF; o JAICA e a formação acadêmica do farmacêutico; os grupos de pesquisa que trabalham com plantas medicinais no Brasil e fora do país.

Delir Corrêa Gomes

Sumário
Fita 1 - Lado A
Origem familiar; os estudos primário e secundário realizados no colégio da Irmandade das Freiras Servas do Espírito Santo; o incentivo do pai para o estudo da Medicina e o interesse pela área de Biologia; primeiros contatos com o IOC, encontro com Lauro Travassos; incentivo para que prestasse vestibular para história natural; a opção pelo curso de história natural na UEG; o início do estágio no IOC e a importância deste no seu aperfeiçoamento profissional; breve comentário sobre os cursas e professores da UEG; reflexões sobre os cursos de entomologia e helmintologia realizados no IOC durante a graduação; comentários sobre a opção pela helmintologia; referência aos pesquisadores dos Laboratórios de Entomologia e Helmintologia, em 1961; a presença das mulheres no IOC e na UEG e as relações estabelecidas entre homens e mulheres; comentários acerca das cobranças de Lauro Travassos e João Ferreira Teixeira de Freitas em relação às avaliações dos estagiários nos cursos universitários; a importância do Curso de Aplicação do IOC em sua formação, as disciplinas e exigências curriculares; comentários sobre a questão da remuneração de estagiários do IOC; menção às bolsas fornecidas pelo CNPq; referências ao primeiro trabalho publicado em 1964; comentários sobre o estágio no IOC e as expectativas de contratação; referência à matrícula no primeiro Curso Avançado de Protozoologia, realizado na Universidade de Brasília (UnB), em 1970; o Curso de Imunoparasitologia, realizado no Instituto Castelo Branco, atual Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz), em 1973; o interesse pela área de imunoparasitologia; breve comparação dos cursos de especialização e de pós-graduação, a partir dos anos 1970.

Fita 1 - Lado B
Considerações sobre os cursos de pós-graduação no início dos anos 1970; as exigências de títulos de pós-graduação; a opção pelo curso de pós-graduação na área de parasitologia na UFRRJ; o interesse por novos temas de pesquisa; referência ao convite de João Ferreira Teixeira de Freitas para ministrar curso de helmintologia no Curso de Aplicação; comentários acerca da prática na pesquisa e no magistério; breve relato das experiências no ensino de helmintologia; comparação dos requisitos para frequentar os cursos de medicina tropical e de parasitologia médica, ministrados na Fiocruz nos anos 1970; a experiência no ensino secundário durante a gestão de Vinícius da Fonseca, na Fiocruz; dificuldades enfrentadas para conciliar o Curso de Mestrado na UFRRJ e atividades profissionais do magistério; breve relato da efetivação na Fiocruz em fins dos anos 1970; considerações acerca da sua chefia no Departamento de Helmintologia; o perfil profissional dos pesquisadores Lauro Travassos e João Ferreira Teixeira de Freitas e as viagens de coleta realizadas por eles; a organização de excursões de coleta e sua importância na formação de várias coleções; a utilização do material da Coleção Helmintológica para as pesquisas da dissertação de mestrado; dificuldades financeiras enfrentadas nos 1970 para a realização de novas excursões de coleta; as coleções da Fiocruz e os materiais coletados por pesquisadores de outras instituições; reflexões acerca do período em que foi curadora da Coleção Helmintológica, entre 1982 e 1989; o acesso ao cargo de curadora, seu trabalho na recuperação e organização do material e a questão da falta de apoio institucional.

Fita 2 - Lado A
A situação das coleções científicas da Fiocruz na gestão Vinícius da Fonseca (1975-1979) e a ameaça de sua transferência para o Museu Nacional; comentários acerca do quadro de pesquisadores da Fiocruz durante a gestão de Vinícius da Fonseca; considerações sobre o trabalho de pesquisadores com espécimes da Coleção Helmintológica; relatos sobre o cotidiano do uso da Coleção Helmintológica; as trocas de materiais da coleção com pesquisadores de outras instituições; considerações acerca das medidas tomadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), em relação à entrada e saída de espécimes no país; comentário sobre a importância do Projeto das Coleções Científicas da Fiocruz promovido pela Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz) e pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz); sua participação na Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro; origem das verbas destinadas à manutenção da Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro e publicação dos trabalhos nas Atas da Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro, breves reflexões sobre a importância das coleções científicas.

Delir Corrêa Gomes Maués da Serra Freire

Entrevista realizada por Pedro Jurberg e Laurinda Rosa Maciel, no Laboratório de Helmintologia, no IOC/Fiocruz, Rio de Janeiro, no dia 16 de março de 2018, com a duração de 53min.

Dely Noronha

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida, Laurinda Rosa Maciel e Nathacha Regazzini Bianchi Reis, na Fiocruz (RJ), no dia 01 de fevereiro de 2000.
Sumário
Fita 1 – Lado A
Origem familiar e o fascínio pelo pai; os primeiros estudos; a sensação quando pela primeira vez foi ao Teatro Municipal; o prêmio recebido do presidente Dutra; resultado de um concurso promovido entre estudantes de jardim de infância; lembranças da infância; o desejo de fazer um concurso para integrar o corpo do balé do Teatro Municipal e a reação da família; as disciplinas durante o curso básico e seu interesse por História e, principalmente, Química, a partir da vivência em laboratórios; as aulas de ciências com Domingos Arthur Machado Filho, pesquisador do IOC; o primeiro pré–vestibular em Química e o motivo de sua desistência; a segunda opção, História; a opção por Medicina e as aulas de Biologia com Fritz de Lauro.

Fita 1 - Lado B
Influência de Fritz de Lauro e o primeiro contato com uma coleção científica; a desistência da Medicina e a escolha por História Natural; comentários sobre o estágio no Departamento de Bacteriologia do IOC e a importância de Arthur Machado Filho; o convite de Lauro Travassos para trabalhar na coleção de borboletas e o início de sua carreira em pesquisa científica; a reação da família por sua opção pelo trabalho no IOC e pelo vestibular em História Natural; o trabalho na coleção de borboletas e sua relação com Lauro Travassos, Hugo de Souza Lopes e outros pesquisadores, neste período; a experiência como aluna na Faculdade de História Natural no período do golpe militar de 1964; as várias disciplinas e os professores da faculdade; comentários sobre as diferenças entre História Natural e Biologia; as bolsas de estudo para pesquisa; a repressão política na Faculdade Nacional de Filosofia.

Fita 2 – Lado A
Comentários sobre a repercussão do período de repressão política na década de 1960, no IOC; o início do trabalho na helmintologia junto a João Ferreira Teixeira de Freitas e o aprendizado com desenhos microscópicos; as atividades como professora de ciências na rede particular e estadual de ensino; o trabalho no IOC ainda como bolsista; comentários sobre as atividades de Delir Corrêa Gomes na Coleção Helmintológica e sobre a situação dos pesquisadores bolsistas no IOC; a contratação efetiva em 1983 para trabalhar com Míriam Tendler no Laboratório de Esquistossomose Experimental; o trabalho como responsável pelo moluscário; a difícil situação das Coleções Científicas na mudança do IOC para Fundação Oswaldo Cruz, na década de 1970 e o desejo da transferência para o Museu Nacional; mulheres cientistas no IOC e dificuldades do campo profissional feminino em ambiente majoritariamente masculino; as reuniões realizadas mensalmente para discussão de trabalhos na Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro; a publicação de trabalho próprio nas Atas da Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro, sua importância como periódico de divulgação científica e o processo de extinção; detalhamento das rotinas de trabalho no moluscário, cuidados com a temperatura ambiente e a cloração da água; o retorno para a helmintologia e o trabalho de rotina na manutenção da coleção; a atividade docente no IOC.

Fita 2 – Lado B
Continuação da abordagem sobre a atividade docente no IOC e a predileção pela área de pesquisa em laboratório; considerações sobre o início da constituição da Coleção Helmintológica com Adolpho Lutz e Gomes de Faria; importância histórica e científica das amostras do Instituto Bacteriológico de São Paulo, do Instituto Pasteur, do Butantan e da Escola Baiana de Medicina, incorporadas posteriormente à coleção do IOC; depósitos, empréstimos e doações entre instituições e o trabalho de agregar novas amostras coletadas nas excursões científicas à Coleção Helmintológica; informatização das coleções e o trabalho do curador; viagens para coleta de novas amostras; a divulgação e o envio de material das coleções para outras instituições; as condições ideais para a existência e manutenção de uma coleção; o apoio do IOC às coleções; a falta de quadros na Fiocruz e a necessidade de realização de concurso público.

Fita 3 – Lado A
A carência de funcionários para um tratamento adequado à Coleção Helmintológica; a descontinuidade nas atividades cotidianas de bolsistas e seu vínculo precário com a Fiocruz; a utilização da coleção por um pequeno grupo de pesquisadores do departamento; o apoio do IOC na participação em congressos e o incentivo às publicações; diversidade e particularidade da Coleção Helmintológica; considerações sobre o nome da coleção e sua correta designação como Coleção Parasitológica; trabalhos desenvolvidos em equipe e seus resultados; os procedimentos de informatização e acondicionamento da coleção; a abrangência da formação de Lauro Travassos; comentário sobre as metas de trabalho dos pesquisadores; a importância da informatização das lâminas e dos cadernos da coleção; breve comentário sobre o período pós-64 e o trabalho na Coleção Helmintológica.

Demisthóclides Baptista

Entrevista realizada por Marcos Chor Maio e Nara Brito, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 08, 14 e 22 de maio de 1986.

Resenha biográfica:
Demistóclides Baptista nasceu em Cachoeiro do Itapemirim, Espírito Santo, a 18 de outubro de 1925. Batistinha, como é mais conhecido, é filho de um ferroviário da Estrada de Ferro Leopoldina e teve 11 irmãos, dos quais sete morreram de tuberculose na infância.
Aos 16 anos, ingressou na Estrada de Ferro Leopoldina, onde trabalhou até ser demitido por motivos políticos, em 1964. Foi eleito presidente do Sindicato dos Ferroviários da Leopoldina, em 1954, quando então comandou uma greve que resultou na intervenção do sindicato pelo Ministério do Trabalho. Participou também da articulação do Pacto da Unidade e Ação (PUA), movimento que congregou portuários, ferroviários e marítimos, e posteriormente o Comando Geral dos Trabalhadores (CGT).
Com a promulgação da Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), em 1960, e a instituição da direção colegiada nos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs), atuou como representante dos trabalhadores na Junta de Julgamento e Revisão (JJR) do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários e Empregados do Serviço Público (IAPFESP).
Em Cachoeiro do Itapemirim, além de atuar no movimento sindical, foi também professor secundário, diretor da Casa do Estudante e jornalista do Correio do Sul, o Arauto e Sete Dias.
Eleito deputado federal com 38 mil votos, por uma coligação integrada pelo Movimento Trabalhista Renovador (MTR), Partido Socialista Brasileiro (PSB) e pelo Partido Social Trabalhista (PST), cumpriu apenas 14 meses de mandato. Casado em abril de 1964, foi incluído no Inquérito Policial Militar (IPM) da Leopoldina, entre outros processos.
Formado em direito pela Universidade Federal de Vitória, em 1958, passou a exercer advocacia no Rio de Janeiro, durante o regime militar. Atuou ainda na reorganização do movimento sindical dos ferroviários e, nas eleições de 1986, foi candidato ao Senado Federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT).

Sumário
1ª Sessão: 08 de maio
Fita 1
Origem familiar; o ingresso na Companhia da Estrada de Ferro Leopoldina; o curso de direito em Vitória; visão política do pai; influência política do irmão mais velho; as primeiras impressões políticas; características do pai; origem dos pais; a morte de sete irmãos por tuberculose; a importância atribuída ao estudo; posicionamento político-ideológico; explicação sobre o acesso à universidade; a participação dos filhos de operários na economia doméstica; referência ao casamento com uma tecelã; influência do irmão mais velho; a doação do anel de graduação pelos ferroviários da Leopoldina; a condição de negro e a discriminação racial; a interferência da mãe em seu ingresso na Estrada de Ferro Leopoldina; articulação da chapa vencedora nas eleições para o Sindicato dos Ferroviários da Leopoldina, em 1954; o movimento operário em Cachoeiro do Itapemirim; a indicação para candidato a presidente do Sindicato dos Ferroviários da Leopoldina; atuação como presidente do sindicato; as conquistas dos ferroviários durante a sua gestão no sindicato; a greve dos ferroviários da Leopoldina, em 1954; a transferência para São Geraldo; a orientação do Partido Comunista (PC) na greve de 1954; a formação política de Café Filho; a composição de Café Filho com os setores anti-getulistas; a relação do movimento sindical com Getúlio Vargas; impressões sobre o líder sindical Roberto Morena.

2ª Sessão: 14 de maio
Fita 2
A tradição familiar de trabalho entre os ferroviários; Associação Mútua e Auxiliadora dos Empregados da Estrada de Ferro Leopoldina; atuação solidária dos ferroviários na complementação dos benefícios da Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários e Empregados do Serviço Público (CAPFESP); a incidência de tuberculose entre os ferroviários; as doenças profissionais entre os ferroviários; os problemas visuais entre os maquinistas; atuação da CAPFESP no afastamento dos trabalhadores com base na constatação de deficiência visual; a importância da política habitacional na CAPFESP; resistência dos ferroviários diante da transformação da CAPFESP em IAPFESP; atuação como representante dos ferroviários na Junta de Julgamento e Rescisão (JJR) do IAPFESP; a relação dos funcionários da Previdência com os trabalhadores; os acidentes de trabalho e a atuação de companhias privadas de seguro; as questões encaminhadas à JJR; atuação de líderes ferroviários na luta pela aprovação da LOPS; a criação do grupo PUA; a greve pela paridade entre servidores públicos civis e militares; o PUA como embrião do CGT; o pacto de unidade intersindical; o crescimento de novas lideranças em oposição aos 'pelegos'; atuação sindical de Clodsmisth Riani; a relação com o PC; atuação em Cachoeiro do Itapemirim entre 1954 e 1957; a colaboração nos jornais cachoeirienses Correio do Sul e Sabatina; o movimento sindical e o governo Juscelino Kubitschek.

Fita 3
O movimento sindical e o governo Kubitschek; o movimento sindical e o governo João Goulart; o desvio de recursos da Previdência para a construção de Brasília; avaliação do desenvolvimento da Previdência social após a década de 1950; a defesa da estatização dos serviços de saúde; atuação do Sindicato dos Ferroviários da Leopoldina na fiscalização do atendimento médico previdenciário; a unificação e o controle da Previdência pelos trabalhadores; as reivindicações dos trabalhadores no início da década de 1960, a perda de conquistas trabalhistas após 1964; a reforma agrária; a candidatura a deputado federal; a eleição de líderes sindicais para o Parlamento, em 1960; atuação parlamentar; o governo Jânio Quadros, a greve nacional dos ferroviários pela posse de Jango; a tradição de mobilização dos ferroviários; resistência ao golpe de 1964; a solidariedade dos ferroviários de Cachoeiro do Itapemirim; a cassação do seu mandato e direitos políticos; o exílio no Uruguai; os problemas com a Embaixada do Brasil no Uruguai; o período de clandestinidade; a prisão em 1966.

3ª Sessão: 22 de maio
Fita 4
O exílio no Uruguai; os contatos com lideranças políticas dos exilados no Uruguai; as propostas de resistência ao regime militar; avaliação das perspectivas da luta democrática no Brasil; a solidariedade do movimento sindical durante o período de clandestinidade; as torturas sofridas na prisão; o retorno à clandestinidade após o Ato Institucional nº 5 (AI-5); o período de prisão na Polícia do Exército (Barão de Mesquita); o apoio familiar e a consciência política de sua mulher; o depoimento na Auditoria Militar; atuação do promotor da Auditoria Militar, Manes Leitão; o contato com o advogado Modesto da Silveira, em 1968; atuação como advogado de presos políticos; o escritório de advocacia como ponto de referência para ferroviários, marítimos e portuários; as lideranças sindicais dos portuários e marítimos nas décadas de 1950 e 1960; a posição da vanguarda do movimento sindical sobre a Previdência Social; avaliação da cooperativa de consumo dos ferroviários; a relação entre movimento sindical e Previdência Social; a direção colegiada dos IAPs; o julgamento e prisão no processo da Leopoldina; as perseguições sofridas após a absolvição no processo da Leopoldina; atuação no movimento sindical durante o regime militar; comentário sobre a atenção dedicada à família após 1964.

Fita 5
Comentário sobre a atenção dedicada à família após 1964; referência aos filhos; atuação recente no movimento dos ferroviários; posicionamento ideológico e concepção sobre comunismo; atuação nas eleições para o Sindicato dos Ferroviários da Central do Brasil; atuação na reorganização do movimento sindical no ABC; referência ao Partido dos Trabalhadores (PT); defesa da formação de uma frente sindical progressista.

Denise Lobo

Entrevista realizada por Cristiane D'Ávila no dia 8 de junho de 2022, no Rio de Janeiro/RJ.

Dermeval Santana

Entrevista realizada por Luiz Octávio Coimbra e Nilson Moraes, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 19 e 26 de agosto de 1986.

Resenha biográfica: Dermeval Santana nasceu no Rio de Janeiro, a 6 de março de 1911. Seu pai, Álvaro Felipe Santana, foi condutor de trem da Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB), tendo participado da administração da Caixa dos Jornaleiros (trabalhadores diaristas) e da Associação de Auxílios Mútuos, ambas na EFCB.
Dermeval Santana realizou seus estudos básicos em escolas públicas e o curso de perito-contador, concluído em 1939, na Escola Superior de Comércio, no Rio de Janeiro.
Em 1934, ingressou na EFCB como manipulador e revisor de bilhetes, passando depois a trabalhar como revisor de gráfica. Em 1939, foi aprovado em concurso para a Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Empregados da EFCB. Nesta Caixa, iniciou sua carreira como auxiliar de escritório, assumindo a chefia da Carteira de Empréstimos após a unificação, em 1953, e posteriormente, a chefia da seção de documentação da Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários e Empregados do Serviço Público (CAPFESP). Quando da transformação da CAPFESP em Instituto, ocupou o cargo de assistente-técnico do Conselho Administrativo, aposentando-se como chefe da secretaria, em 1964.
Após participar da União dos Previdenciários do Distrito Federal (UPDF), desde a fundação, em 1947, liderou o movimento que originou a Associação Brasileira de Funcionários da Previdência Social (ABFPS), entidade que passou a presidir a partir de 1960.

Sumário
1ª Sessão: 19 de agosto
Fita 1
Nascimento; origem familiar; atividade profissional do pai; referência à mãe; o Rio de Janeiro de sua infância e o da década de 1980; formação escolar; lembrança das brincadeiras de infância; os surtos de gripe espanhola e de febre amarela; a participação do pai nas associações mutualistas dos ferroviários; a formação da Caixa dos Jornaleiros (trabalhadores diaristas) da Estrada de Ferro Central do Brasil (EFCB); a criação das Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAPs); referência à cirurgia realizada pela mãe através da Caixa de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários da Central do Brasil (Caixa da Central); a Previdência Social antes de 1930; a participação dos trabalhadores nas CAPs; a importância das associações mutualistas; assistência médica nas associações mutualistas; referência ao desvio de medicamentos e de material em associações mutualistas; lembranças da primeira professora no curso primário; comentário sobre as escolas públicas; o interesse pela leitura; referência à Sociedade Bibliotecária Progresso do Engenho de Dentro; comentários sobre a Revolução de 1930; o apoio do pai e de lideranças ferroviárias a Júlio Prestes; influência dos comunistas no movimento dos ferroviários; o ingresso na EFCB; as categorias de trabalhadores da EFCB; o trabalho como manipulador e revisor de bilhetes; referência ao trabalho como revisor de gráfica; referência ao movimento integralista; relato de um caso ilustrativo do clima de terror durante o Estado Novo; referência à simpatia por Luiz Carlos Prestes; o concurso para a Caixa da Central do Brasil; o trabalho no cálculo de benefícios; os critérios para a concessão de aposentadoria por invalidez; a situação funcional dos trabalhadores das CAPs.

Fita 2
A direção colegiada nas CAPs; o atendimento médico nas CAPs; o cálculo de aposentadoria nas CAPs; o cálculo de aposentadoria na Caixa da Central do Brasil; o recurso à aposentadoria por invalidez quando da suspensão da aposentadoria por tempo de serviço; a trajetória profissional até 1964; avaliação dos trabalhadores sobre a transformação da Caixa de Aposentadoria e Pensões Ferroviários e Empregados em Serviços Públicos (CAPFESP) em Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Ferroviários e Empregados em Serviços Públicos (IAPFESP); opinião sobre Getúlio Vargas; as condições de trabalho dos ferroviários; as reivindicações dos funcionários das Caixas; referência à gestão de Raul Milliet na presidência da Caixa da Central; a política habitacional da Previdência Social; a massificação atual da Previdência; o não-cumprimento da gestão tripartite e a falência das Caixas; comentários sobre a direção colegiada no IAPFESP; a criação da CAPFESP; o não-cumprimento das obrigações financeiras do Estado e das empresas com a Previdência; referência às relações entre os funcionários das CAPs e os ferroviários; os ambulatórios próprios das Caixas; referência à Carteira de Empréstimos da Caixa da Central; a criação do IAPFESP; opinião sobre os serviços médicos da Caixa da Central do Brasil; o atendimento domiciliar na Caixa da Central; os ambulatórios da Caixa da Central no interior.

Fita 3
O trabalho no setor de documentação da Caixa da Central; referência às intervenções do Ministério do Trabalho na CAPFESP e no IAPFESP; referência à Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS); o processo de unificação dos sindicatos na direção colegiada do IAPFESP; a intervenção no IAPFESP, em 1964; o predomínio do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI) na administração da Previdência; o trabalho como assistente-técnico do IAPFESP; a gestão colegiada nas CAPs e nos IAPs; comentário sobre o depoimento prestado em 1964 no Estado Maior do Exército; referência à Associação Brasileira dos Funcionários da Previdência Social (ABFPS); a participação na União dos Previdenciários do Distrito Federal (UPDF); a criação da ABFPS; referência às lideranças e reivindicações da UPDF; os benefícios e os serviços prestados pela ABFPS.

2ª Sessão: 26 de agosto
Fita 4
A Junta Administrativa da Caixa da Central, em 1939; comentários sobre Bento Viana de Andrade Figueira; a presença de comunistas na oficina do Engenho de Dentro; a concessão de aposentadoria e pensões pelo sistema de montepio; aprovação da dupla aposentadoria aos ferroviários que contribuíram para o montepio; a situação dos trabalhadores jornaleiros (diaristas) quanto à assistência previdenciária; a importância de Eloy Chaves e Frota Aguiar entre os ferroviários; a composição da Junta Administrativa da Caixa da Central, em 1939; referência à candidatura de Raul Milliet para a Câmara Federal; o fim da aposentadoria concedida pelo Governo Federal aos ferroviários, em 1922; lembrança do pai; as comemorações cívicas nos 'clubes dramáticos'; referência ao centro cívico da Boca do Mato; a participação do pai na Caixa dos Jornaleiros da Central do Brasil; a implantação do serviço médico, da Carteira Hipotecária e da Carteira de Empréstimos com a criação da CAP; a contribuição dos trabalhadores para a Caixa da Central; a implantação de cooperativas de consumo na EFCB; comentário sobre a Caixa-Geral do Pessoal Jornaleiro; referência a outras associações que congregavam ferroviários; a incidência de tuberculose entre os ferroviários; o tratamento médico à tuberculose na Caixa da Central; referência à compra de sua casa pela CAP; o entrosamento entre os médicos e demais funcionários da Caixa da Central; a contratação dos serviços hospitalares da Casa de Saúde Pedro Ernesto e do Hospital Gaffrée Guinle; o atendimento aos ferroviários dos demais estados.

Fita 5
Resistência dos ferroviários à criação do IAPFESP; a predominância da Caixa dos Aeroviários na CAPFESP; a preocupação com o serviço médico no momento da fusão das Caixas; o estabelecimento da paridade salarial dos previdenciários com os demais setores do funcionalismo público após a LOPS; a mobilização dos previdenciários pela paridade; a UPDF; comentários sobre a organização do IAPI; os problemas na contribuição para as Caixas das empresas e do Estado; as despesas do IAPFESP com o serviço médico; a criação de novas carreiras e as nomeações sem concurso nas CAPs após 1945; admissão em massa de funcionários no IAPFESP e queda na qualidade de serviço; os conflitos entre as facções que disputavam o controle da UPDF; defesa das associações representativas desvinculadas da política partidária; os benefícios e a prestação de serviços pela ABFPS; a cassação de funcionários do IAPFESP após o golpe de 1964; o desaparecimento de documentos dos IAPs no momento da unificação; comentário sobre a utilização dos serviços próprios da Previdência; os problemas referentes ao arquivamento de processo na seção de documentação do IAPFESP;

Fita 6
Os políticos na Primeira República; a luta pelo poder econômico entre os políticos de hoje; a constatação de fraudes no pagamento de benefícios pelo IAPFESP; a honestidade como qualidade dos funcionários; referência ao destino no arquivo do IAPFESP; a fundação da UPDF; parábola que ressalta a importância da não-passividade; referência às perspectivas da Previdência Social no Brasil; comentário sobre a manifestação coletiva após o suicídio de Getúlio Vargas.

Deusdete Soares

Entrevista realizada por Tânia Fernandes, no Rio de Janeiro, no dia 02 de junho de 2004.

Diva Vitória Cardim

Entrevista realizada por Antonio Torres Montenegro e Tânia Fernandes, em Recife (PE), no dia 10 de maio de 1996.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Lembranças da infância e da família; a vida no sítio; o curso primário; o estudo dos irmãos; o diploma de professora; o primeiro emprego de secretária; o curso de especialização para professoras na Secretaria de Educação; o ingresso na profissão de educadora; o trabalho no preventório Bruno Veloso; a atuação como diretora de uma creche em Beberibe (Recife/PE); trabalho na Campanha Pernambucana Pró-Infância; o trabalho na Secretaria de Educação fora da regência de cadeira; a função como assistente social e a chefia das caixas escolares; a dificuldade na sala de aula por alergia ao giz; as viagens em Pernambuco como chefe de Caixa Escolar; a proposta de trabalho de controle da esquistossomose; o ingresso no DNERu como educadora sanitária; a proposta de participação no curso de educação em saúde; referência à Hortência Holanda; a campanha contra a filariose; o tratamento da filariose na época; o contato com Rinaldo de Azevedo; referência ao chefe Airton; a elaboração de material audiovisual; as palestras de educação preventiva contra a filariose; o trabalho de visitadora sanitária; a divulgação dos métodos preventivos em filariose; o apoio da companhia de eletricidade, da imprensa etc; a ideia da produção de um filme sobre prevenção da filariose.

Fita 1 - Lado B
A produção de um filme sobre filariose; a dúvida sobre o paradeiro do filme hoje; descrição do filme; o levantamento de recursos para a realização do filme educativo; a busca de um cineasta; as dificuldades para a produção do filme e problemas com a administração do DNERu; a finalização do filme; a utilização por várias instituições; as dificuldades em continuar o trabalho; a indicação de transferência para o sertão; as desavenças no DNERu; a participação na secretaria do XV Congresso Brasileiro de Higiene; o ingresso no Instituto de Higiene como secretária; o retorno ao DNERu; a intervenção na direção do DNERu; o ingresso no CPqAM como educadora sanitária; o trabalho com Frederico Simões Barbosa; o trabalho na Escola de Química; a tentativa de mudança do Ministério da Saúde para o de Educação; a campanha de desratização na Prefeitura de Recife; a elaboração de uma cartilha.

Fita 2 - Lado A
O trabalho no CPqAM na época do convênio da SUDENE para pesquisas ligadas à peste e à esquistossomose; considerações sobre Frederico Simões Barbosa e as atividades assumidas com a sua viagem; as responsabilidades na gestão do convênio com a SUDENE; referências ao trabalho na Secretaria de Higiene na Prefeitura; o Curso Básico Regionalizado de Saúde Pública, os professores, os alunos, as exigências; o início dos problemas pessoais de saúde; o trabalho no Centro de Saúde Couto Lessa Andrade; a licença médica; referências a André Furtado; os problemas com o afastamento; o retorno à secretaria dos cursos de saúde pública; a reclassificação na Fiocruz; a criação do NESC; o processo de aposentadoria; o agravamento de seu quadro de saúde; referência a seu processo de aposentadoria; referência a Arcelino e o processo de reclassificação; o criadouro de muriçocas para a realização do filme.

Fita 2 - Lado B
O criadouro de muriçocas e a alimentação dos insetos; o estúdio improvisado na garagem da casa; referência ao trabalho do pai e seus problemas de saúde; lembranças da infância, as brincadeiras e os castigos; comentários sobre a irmã; a doença do pai e o diagnóstico; a cirurgia do pai; a medicação trazida do Japão para o pai; o período com o pai no hospital; o falecimento do pai; o falecimento da mãe; os problemas de saúde e a cirurgia cardíaca; referência ao NESC e à documentação em sua posse; a campanha contra as muriçocas.

Fita 3 - Lado A
O filme sobre filariose: comentários na imprensa, a filmagem.

Djalma Chastinet

Entrevista realizada por Luiz Octávio Coimbra e Marcos Chor Maio, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 16/09, Fitas 1 a 3 (lado A – parte); dia 21/09/1987 – Fitas 3 (continuação) e 4, e 07/12/1987 – Fita 5.

Resenha biográfica:
Djalma Chastinet Contreras nasceu em Salvador, Bahia, em 1912. Estudou o primário no Colégio Padre Antônio Vieira e depois fez o curso preparatório, o que correspondia ao curso ginasial da época. Seu pai era médico e parlamentar na Bahia.
Em 1927, ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia, formando-se em 1933. Neste mesmo ano, transferiu-se com o pai para Belém, capital do estado do Pará, onde trabalhou num pronto-socorro, além de ensinar antropometria em um curso de especialização e professores. Em 1936, entrou para o Exército, onde a princípio fez um curso na escola de saúde. No ano seguinte, serviu no Rio Grande do Sul, onde permaneceu até 1939.
Ao voltar para o Rio de Janeiro, durante dois anos trabalhou como médico no 1º Regimento de Artilharia Montada e, de 1942 a 1944, serviu no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva (CPOR).
De 1944 a 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, foi médico da Força Expedicionária Brasileira (FEB), na campanha da Itália, na função de chefe de equipe cirúrgica do primeiro grupo que trabalhou em hospital norte-americano.
De volta ao Brasil após a vitória dos aliados, tornou-se cirurgião da 14ª enfermaria (de oficiais) do Hospital Central do Exército (HCE), onde trabalhou até 1950.
No início dos anos 50, foi um dos fundadores, presidente e secretário-geral da Associação Médica do Distrito-Federal (AMDF), entidade responsável pela mobilização dos médicos nas greves de 1953 e 1954. Nesse mesmo período, ingressou no Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados em Transportes e Cargas (IAPETC), tornando-se, em 1954, chefe do Serviço da Neurocirurgia do hospital deste órgão (atual Hospital de Bonsucesso), permanecendo no cargo até 1978. Em 1970, ocupou também o cargo de diretor do hospital.
Em 1972, foi um dos fundadores da Sociedade Cooperativa de Serviços Médicos e Hospitalares (UNIMED), do qual é presidente da seção do Rio de Janeiro e presidente da Federação UNIMED dos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo desde 1976. Em 1979, tornou-se vice-presidente da Confederação Nacional das UNIMEDs, cargo que ocupava até a data da entrevista.
Obs.: Entrevista não concluída.

Domingos Arthur Machado Filho

Entrevista realizada por Rose Ingrid Goldschmidt e Wanda Hamilton, na Universidade Santa Úrsula (RJ), entre os dias 19 de junho e 29 de julho de 1986.
Sumário
1ª Sessão: fitas 1 e 2
Origem familiar; formação escolar; influência do professor Mário Eugênio do colégio São José no seu interesse pela biologia; influência do irmão na escolha da profissão; a participação do pai na Revolução de 1930; o curso preparatório e o teste para a Escola Militar; o ingresso na Escola Nacional de Veterinária; as aulas de fisiologia de Miguel Osório de Almeida; o convite de Lauro Travassos para estagiar em Manguinhos; as aulas de parasitologia ministradas por Lauro Travassos na Escola Nacional de Veterinária; o trabalho na Fundação Rockefeller por indicação de Lauro Travassos e a campanha contra a febre amarela no sul de Minas Gerais; o convite de Hugo de Souza Lopes para se tornar seu assistente na Universidade do Brasil; o estágio não-remunerado no IOC e as dificuldades financeiras; o trabalho com Lauro Travassos em Manguinhos; a convocação para a guerra; o vestibular para a Escola de Medicina e Cirurgia.

2ª Sessão: fitas 3 e 4
O vestibular para o curso de história natural da UDF; comentários sobre professores e colegas de turma da UDF; a participação acidental na fundação da Ação Integralista Brasileira de 1933; o trabalho como professor de nível médio; o convite de Hélio Carvalho de Oliveira para a direção da Escola Técnica Visconde de Mauá; o telegrama enviado pelos pesquisadores do IOC apoiando Luís Carlos Prestes em 1946; a célula do Partido Comunista nos arredores do IOC; a contratação para o quadro permanente do IOC durante a gestão Olympio da Fonseca; comentários sobre César Pinto e Lauro Travassos; o financiamento de Guilherme Guinle à Revista Brasileira de Biologia; o trabalho como chefe de laboratório na Escola de Medicina e Cirurgia; a incorporação de Mário Vianna Dias na área de fisiologia da Escola de Medicina e Cirurgia; comentários sobre as faculdades da área biomédica no Rio de Janeiro; o ingresso no corpo docente da Faculdade de Medicina de Valença (RJ); opinião sobre o ensino universitário no Brasil; o exercício do magistério em detrimento da atividade de pesquisa; a homenagem prestada por Darcy Ribeiro, em 1985, aos cientistas cassados do IOC; o exercício da atividade clínica em Manguinhos.

3ª Sessão: fitas 5 e 6
A relação do IOC com os moradores da região próxima ao campus; o trabalho na seção de helmintologia; comentários sobre os auxiliares técnicos; as administrações de Cardoso Fontes e Henrique Aragão; a produtividade científica de Manguinhos; opinião sobre o desenvolvimento da ciência brasileira; os cursos de doutorado na área biomédica no Rio de Janeiro; a relação entre pesquisa pura e aplicada na helmintologia; a importância da ciência pura para a ampliação do conhecimento; a falta de verbas para a pesquisa no IOC; o trabalho de combate à malária e febre amarela na Fundação Rockefeller; a relação entre a Fundação Rockefeller e o IOC.

4ª Sessão: fitas 7 e 8
A orientação científica de Oswaldo Cruz para o IOC; a redemocratização da FIOCRUZ na administração Sérgio Arouca e o incentivo à pesquisa; a oposição de Afrânio Peixoto à descoberta da doença de Chagas; o prestígio político de Carlos Chagas; comentários sobre Olympio da Fonseca e o retorno ao IOC como diretor em 1950; os desentendimentos entre Olympio da Fonseca e Lauro Travassos; perfil de Herman Lent; o trabalho das mulheres em Manguinhos; o movimento pela deposição de Olympio da Fonseca; as dificuldade na obtenção de material para pesquisa no IOC; o IOC antes do golpe militar; a relação com Rocha Lagoa até a cassação em 1970; o relacionamento entre os cassados; a transferência de pesquisadores que não foram cassados; a gestão Francisco Laranja; a Lei de Desacumulação de Cargos e o ingresso no quadro permanente do IOC; a participação dos cientistas de Manguinhos na elaboração de dicionários e enciclopédias após a cassação.

5ª Sessão: fitas 9 a 11
Comentário sobre a gestão Antônio Augusto Xavier; o Conselho Deliberativo implantado na época de Francisco Laranja; a política desenvolvimentista de Juscelino Kubitchesk; as deficiências de equipamentos nas universidades do Rio de Janeiro; o pleito acadêmico Potsch-Mello Leitão; perfil de Hugo de Souza Lopes; as administrações de Tito Cavalcanti e Joaquim Travassos da Rosa; comentários sobre o acervo documental e bibliográfico de Manguinhos; ciência e tecnologia no Brasil a partir do governo Juscelino; o incentivo à pesquisa aplicada e à saúde pública no governo João Goulart; a instauração de inquéritos administrativo e militar em Manguinhos durante a gestão Rocha Lagoa; a repercussão do golpe militar no Instituto; a surpresa de cassação; o Inquérito Policial Militar (IPM) presidido pelo General Falcão em 1964; o clima político em Manguinhos após 1964; comentários sobre Geth Jansen; o incremento do setor de produção após 1964; a situação das instituições científicas no Brasil diante das perseguições políticas após o golpe de 1964; o fechamento dos laboratórios do IOC após as cassações dos pesquisadores; comentários sobre o Ministério da Ciência e Tecnologia criado no governo José Sarney; as dificuldades de trabalho e a situação financeira depois da cassação; opinião sobre o desenvolvimento atual da ciência no Brasil; o intercâmbio com cientistas do exterior antes da cassação; expectativas em relação à reintegração ao quadro de pesquisadores da FIOCRUZ.

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