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Item História oral
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Simone Maria Borges Lira Bezerra

Entrevista realizada por Ana Paula Zaquieu e Dilene Raimundo do Nascimento, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 22, 27 de janeiro e 08 de fevereiro de 1998.
Sumário
1ª Sessão: 22 de janeiro
Fita 1 – Lado A
A composição familiar, separação dos pais e a ida para Recife com a mãe; o segundo casamento da mãe e sua morte; a volta para o Rio de Janeiro, os amigos; a forte ligação afetiva com uma das irmãs. A volta para o Rio de Janeiro, a vida mais independente do meio familiar; a diferença de idade e o distanciamento dos outros irmãos; as escolas que frequentou no Rio e Recife; a escola de freiras em Recife; a intensa participação nas atividades propostas pelo colégio; o engajamento político e a importância da escola pernambucana. O ingresso na faculdade de medicina veterinária; a morte da mãe.

Fita 1 – Lado B
A volta para o Rio de Janeiro; a interrupção da faculdade; os irmãos; a opção pelo trabalho; longos comentários sobre o emprego atual, a função exercida, o ambiente de trabalho, a relação de prazer com suas atividades. O HIV e a percepção da morte, a vontade de viver bem. Cita livros e filmes que impactaram sua vida afetiva, a busca por uma maior valorização do outro. A relação com o HIV.

Fita 2 – Lado A
Sua condição clínica anterior, a Diabetes descoberta no final da adolescência; a descoberta do HIV; a crença na impossibilidade da contaminação; a relação com os membros do Grupo pela Vidda, o preconceito. Considerações sobre seu distanciamento das questões relacionadas à doença antes do diagnóstico, o descuido com a prevenção, o entendimento da Aids como doença do outro, a dificuldade da sociedade em tratar questões relacionadas à Aids e à sexualidade. O desespero do momento do diagnóstico agravado pela falta de informação sobre a doença, pela omissão da sociedade diante da doença e pelos tabus que cercam a Aids. A imagem do Cazuza como representação do doente de Aids. O doloroso processo até a confirmação do diagnóstico, a solidariedade de uma colega de trabalho. Menção às diferenças individuais no momento do diagnóstico de Aids e às especificidades do significado da doença entre as classes populares. A reação solidária do namorado; as férias na casa da irmã no Recife e o adiamento na confirmação do diagnóstico, vista hoje como uma forma de “fugir” do HIV. A relação distante entre os outros irmãos e a opção em ocultar-lhes o diagnóstico.

Fita 2 – Lado B
Algumas considerações sobre o relacionamento entre os irmãos. O contato com o Grupo Pela Vidda poucos meses depois do diagnóstico; a consulta com um especialista em Aids e a relação de segurança estabelecida com o médico. Considerações sobre as contradições dos relacionamentos amorosos diante da Aids: o silêncio sobre a Aids, o abandono do preservativo a partir do momento em que a relação se torna estável, o uso do preservativo como método anticoncepcional. Comentários sobre a reação do namorado que optou por não fazer o teste anti-Aids. A preocupação em não contaminar o parceiro; crítica aos soropositivos que mantêm relações sexuais sem preservativos. Avaliação da sua vida sexual após o contágio; o medo diante da possibilidade de sexo; menção à um episódio em que a sensação de medo interrompeu um contato mais íntimo com o ex-namorado. Considerações sobre o relacionamento cúmplice e amigo com o ex-namorado. O contato com a experiência individual de outras pessoas e a gradativa superação do bloqueio sexual; a busca por um apoio terapêutico. O impacto do primeiro contato com o Grupo pela Vidda; o diálogo com antigos integrantes do Grupo; a mudança gradativa na relação cotidiana com a doença.

Fita 3 – Lado A
O processo de assumir a doença; a busca do equilíbrio, o gradativo amadurecimento no convívio com a doença e com os outros, o efeito da primeira participação numa manifestação organizada pelo Grupo. O convite de uma revista interessada em depoimentos de mulheres soropositivas para uma entrevista. Parênteses para, contrapondo-se à visão negativa sobre a imprensa, avaliar sua importância estratégica. A elaboração de um texto retratando seus sentimentos em relação à doença. A concessão da entrevista e a publicação do texto. Considerações sobre a repercussão da matéria.

2ª Sessão: 27 de janeiro
Fita 4 – Lado A
O processo de integração no Grupo Pela Vidda, a participação intensa nos debates promovidos pela Tribuna Livre - espaço do Grupo destinado às discussões referentes à Aids. Considerações sobre o que ela chama de “auto-preconceito”, ou seja, a dificuldade do soropositivo em aceitar sua nova condição. A importância da identificação entre os integrantes do Grupo, o despertar de um sentimento de integração e pertencimento. Os receios quanto a um novo relacionamento com um “soronegativo”. A resistência, comum entre as pessoas que, por negarem a doença, não usam preservativo. Comentários sobre os aspectos comportamentais que envolvem a questão do preservativo, tais como: o silêncio, a desinformação que envolve a sexualidade, o amor, a irresponsabilidade, a superficialidade, os tabus sexuais, a pluralidade no processo de assimilação das informações sobre a doença, a percepção do risco. Para ilustrar, cita a participação no evento em comemoração ao dia 1º de dezembro (Dia Mundial de Luta Contra Aids), para avaliar as diferentes reações das pessoas diante da abordagem do Grupo que, na ocasião, distribuía preservativo aos passantes. Questionamento quanto à maneira mais apropriada de estimular a prevenção.

Fita 4 – Lado B
A revelação do diagnóstico entre as amigas. Aponta as fases do processo até a aceitação da doença. A partir de sua experiência pessoal, avalia o importante papel do soropositivo na construção de uma imagem mais positiva da Aids. A falta de autoestima como uma das possíveis explicações para a resistência ao uso do preservativo. Menção a sua experiência pessoal para ilustrar o peso da associação Aids/preservativo; a necessidade afetiva de manter uma relação sexual com um parceiro soropositivo sem preservativo. Considerações sobre a ineficácia das campanhas; longa discussão na busca de caminhos alternativos mais eficazes na luta contra o avanço da doença; menção aos aspectos culturais e identitários que envolvem a percepção do risco da doença.

Fita 5 – Lado A
O efeito exemplar das trajetórias de integrantes do Grupo que aprenderam, ao longo do tempo, a conviver com a doença. O esforço pessoal em tentar viver bem, a despeito da doença; a busca por uma maior autoestima; a vontade de continuar vivendo. A visão do Grupo como um espaço que leva as pessoas a construírem formas mais positivas de conviver com a Aids; ressalta as diferenças individuais na forma de lidar com a doença e na própria convivência no Grupo. Opinião sobre as questões que envolvem a maternidade entre mulheres soropositivas. Considerações gerais sobre o comportamento preconceituoso e radical das pessoas, e de sua busca pessoal por uma vida feliz.

3ª Sessão: 08 de fevereiro
Fita 6 – Lado B
Leitura do texto sobre sua experiência pessoal com o HIV publicado na revista Mulher de Hoje.

Antonio Barbosa

Entrevista realizada por Claudia Trindade e Wanda Hamilton, em Bio-Manguinhos/Fiocruz, nos dias 10 e 12 de agosto de 2005.
Sumário
CD 01
Origem familiar; a vinda para o Rio de Janeiro, em 1978, para estudar; a escolha da carreira; o apoio familiar à sua opção profissional; o ingresso na Escola de Química, em 1979; a escolha pela engenharia bioquímica como área de especialização; o primeiro projeto de pesquisa; o estágio no departamento de química; o mestrado em Tecnologia de Processos Bioquímicos, na Escola de Química; a primeira aproximação com a Fiocruz; os cargos assumidos na COPPE; a relação entre empresa e universidade; a criação do Polo Bio-Rio; sobre o cotidiano no alojamento universitário durante a ditadura militar; a não militância em nenhum grupo político nos tempos do movimento estudantil; o convite para trabalhar na produção de vacinas bacterianas da Fiocruz; o ingresso em Bio-Manguinhos, em 1989; as dificuldades encontradas nos primeiros anos de trabalho em Bio-Manguinhos; a decisão de descontinuar a fabricação das vacinas contra cólera e febre tifoide; as medidas para o crescimento da produção de vacinas bacterianas por Bio-Manguinhos; o processo de implantação da planta para produção de DTP; o contrato para a produção da vacina Hib, em 1998; a precariedade das condições de trabalho verificadas na Fiocruz nos anos 1970-1980; a melhoria das condições de trabalho a partir de meados dos anos 90; os problemas com a vacina de meningite produzida pela Fiocruz nos anos 1990; as dificuldades de implementação de mudanças no setor produtor de vacinas bacterianas, nos anos 1990; o trabalho desenvolvido com a pesquisadora Ellen Jessouroun; as consequências advindas da decisão de não mais se produzir a vacina DTP; o contrato de Bio-Manguinhos com a GlaxoSmithKline, em 1998; do investimento institucional para produção de DTP; o investimento em atualização dos equipamentos e no setor de pessoal; as dificuldades administrativas e de gestão; os cursos destinados ao treinamento de pessoal de Bio-Manguinhos.

CD 02
A reestruturação empreendida em Bio-Manguinhos em meados dos anos 1990; a decisão de se produzir a vacina Hib; o papel de Akira Homma e de Marcos Oliveira no processo de negociação de transferência de tecnologia da Hib; o contrato entre Bio-Manguinhos e a GSK para a produção da vacina Hib; o trabalho do Instituto Butantan e do TECPAR; as mudanças na área administrativa de Bio-Manguinhos; a gestão de Marcos Oliveira como diretor de Bio-Manguinhos; as dificuldades de competir com outros laboratórios produtores de vacina; a desarticulação de Bio-Manguinhos com outros institutos de pesquisa; a saída de Marcos Oliveira e a entrada de Akira Homma na direção de Bio-Manguinhos; a influência de Akira Homma na instituição; o investimento institucional em novas lideranças para Bio-Manguinhos; a implantação de programas matriciais na área de desenvolvimento tecnológico; o processo de avaliação da viabilidade técnico-econômica de um projeto; as prioridades de Bio-Manguinhos na área de produção e desenvolvimento tecnológico; o projeto sobre pneumococos; a necessidade de construção de uma planta de protótipos; a reestruturação da produção e a criação de vice-direções; o projeto dos biofármacos; o contrato de transferência de tecnologia com Cuba; a discussão do planejamento estratégico de Bio-Manguinhos para os anos vindouros; a expectativa otimista para os próximos anos; a formação profissional dos membros do departamento de vacinas bacterianas; o mestrado profissional de Bio-Manguinhos; o curso de doutorado na Escola de Química da UFRJ.

Artur Couto

Entrevista realizada por Carlos Fidelis Ponte e Wanda Hamilton, em Bio-Manguinhos/Fiocruz (RJ), no dia 07 de julho de 2005.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Origem familiar; escolaridade; formação universitária; os cursos de especialização na FGV e na COPPE; o mestrado na Candido Mendes; o ingresso na Fiocruz, em 1976, como auxiliar de biblioteca; gestão de Vinícius da Fonseca na Fiocruz; ingresso na área de custos de Bio-Manguinho

Fita 1 - Lado B
As mudanças operadas em Bio-Manguinhos na década de 1980; o crescimento de Bio-Manguinhos e a contratações de pessoal; considerações a respeito da gestão administrativa da Fiocruz e a relação com Bio-Manguinhos; a busca pela autonomia administrativa de Bio-Manguinhos; o apoio de Bio-Manguinhos à candidatura de Sérgio Arouca para a presidência da Fundação; as dificuldades encontradas ao longo do processo de autonomia de Bio-Manguinhos.

Fita 2 - Lado A
A saída de Bio-Manguinhos durante a gestão de Marcos Oliveira; as diferenças entre a administração de Akira Homma e de Marcos Oliveira; o declínio verificado em Bio-Manguinhos durante a gestão de Otávio Oliva; a estratégia para trazer Akira Homma de volta a Bio-Manguinhos nos anos 1990; as discussões relativas aprovação do contrato de gestão com a Fiocruz; o aumento de produtividade verificado na gestão de Marcos Oliveira; sobre o fato de Bio-Manguinhos ter voltado atrás da decisão de não mais eleger um presidente; sobre o posicionamento de funcionários para a discussão das questões políticas referentes a Bio-Manguinhos.

Fita 2 - Lado B
A relação de Bio-Manguinhos com a área de pesquisa da Fiocruz; os motivos da interrupção da produção vacina contra o sarampo; a relação com o governo federal; situação financeira de Bio-Manguinhos; os produtos que atualmente merecem investimento; as dificuldades de se estabelecer parcerias com outras instituições de pesquisa; sobre os motivos que levaram à reestruturação de Bio-Manguinhos; a política de priorização de projetos.

Fita 3 - Lado A
Sobre a reação dos laboratórios de Bio-Manguinhos frente à reestruturação da Unidade; os setores que atualmente se encontram sob sua responsabilidade; do processo de valorização da área de mercado em Bio-Manguinhos; considerações sobre a inserção de Bio-Manguinhos na Fiocruz; da importância de a Unidade estar sempre preparada para atender a eventuais demandas; sobre a necessidade de se ter flexibilidade dentro do modelo administrativo público; considerações sobre os salários pagos por Bio-Manguinhos.

Fita 3 - Lado B
Sobre o projeto de venda de serviços de Bio-Manguinhos; o maior comprador de Bio-Manguinhos e a venda de produtos para empresas privadas; sobre OMS, UNICEF e OPAS serem outros grandes clientes de Bio-Manguinhos; a relação de Bio-Manguinhos com o Instituto Butantan, o Instituto Tecpar e a Fundação Ataulfo de Paiva; sobre a defasagem da planta de vacinas bacterianas e as preocupações em não cometer os mesmos erros em relação à planta cuja construção atualmente se encontra em pauta; considerações sobre a legislação que envolve a produção, no sentido da garantir a qualidade do produto; de como é dinâmico o trabalho em Bio-Manguinhos.

Marcos da Silva Freire

Entrevista realizada por Carlos Fidelis Ponte, Claudia Trindade e Wanda Hamilton, em Bio-Manguinhos/Fiocruz (RJ), nos dias 03. 17 e 29 de agosto de 2005.
Sumário
CD 1
Origem familiar; as atividades profissionais do pai e da mãe; escolha da carreira; a formação de seus irmãos; o ingresso na UFF em veterinária; a participação nos movimentos estudantis; o estágio no Instituto Vital Brazil, no Departamento de Microbiologia Veterinária; a efetivação no Vital Brazil, em 1982; a crise no Vital Brazil e o ingresso em Bio-Manguinhos em 1984; as atividades no projeto de transferência de tecnologia do sarampo; o contrato como tecnologista de Bio-Manguinhos; a preocupação com o controle de qualidade; as atividades desenvolvidas no infectório; o desenvolvimento de um novo estabilizador para a vacina contra sarampo; o treinamento em Londres; as patentes com os pesquisadores George Mann e Ricardo Galler; o trabalho realizado por George Mann; a tese de doutorado; os estudos com vírus de sarampo e febre amarela; o primeiro trabalho conjunto com Ricardo Galler.

CD 2
O primeiro trabalho de pesquisa realizado com Ricardo Galler; a reestruturação de Bio-Manguinhos, em fins dos anos 1980; considerações sobre disciplina e os problemas administrativos advindos de sua falta; o incentivo dado por João Quental à área de desenvolvimento tecnológico; o trabalho em febre amarela e dengue desenvolvido com Ricardo Galler; sobre a primeira patente obtida com Galler; os casos de reações adversas da vacina de febre amarela; os atuais estudos desenvolvidos por Freire; o ingresso no doutorado do IOC, em 2000; sobre o pouco estímulo de Bio-Manguinhos às tentativas de titulação de seus funcionários, nos anos 1980; a atual preocupação de Bio-Manguinhos com a formação de pessoal; sobre a prioridade dada atualmente ao produto; comentários sobre o PDTIS (Programa de Desenvolvimento Tecnológico em Insumos para Saúde); considerações sobre a necessidade de avaliação dos projetos visando o desenvolvimento de produtos.

CD 3
A crise de Bio-Manguinhos, no fim do período João Quental; a gestão de Marcos Oliveira; as transferências de tecnologia das vacinas MMR e a Hib; o gosto pelo trabalho no laboratório; o papel do gerente de programa de desenvolvimento tecnológico em virais; da necessidade de se trabalhar para obtenção de produtos; os projetos que considera interessantes, atualmente desenvolvidos em Bio-Manguinhos; do atual trabalho desenvolvido com o vírus da caxumba; sobre a ideia de desenvolver uma vacina tríplice em Manguinhos; do seu conhecimento em estabilizadores e em produção de vírus; considerações sobre a necessidade de se construir uma planta de protótipo em Bio-Manguinhos; do surgimento de sua gerência e de como foi chamado para ocupá-la; a criação da Vice-direção de Desenvolvimento Tecnológico; o convite de Akira Homma feito a Ricardo Galler para ocupar a Vice-direção de Desenvolvimento Tecnológico; comentários sobre a necessidade de manter separadas as áreas de desenvolvimento tecnológico, produção e controle de qualidade; sobre o grupo do LATEV e as atividades desenvolvidas nesse laboratório, chefiado por Freire; a criação de uma área de manipulação de vírus no LATEV; a nova reestruturação física pela qual passarão alguns setores de Bio-Manguinhos; considerações sobre a estrutura matricial por programas implantada em Bio-Manguinhos; a questão da propriedade intelectual, em relação à produção de vacinas; da importância de a Fiocruz induzir pesquisas direcionadas para a inovação tecnológica; da política empreendida pelo PDTIS, vinculada à inovação; considerações sobre os recursos financeiros para o desenvolvimento tecnológico; o impacto causado pela produção de biofármacos em Bio-Manguinhos e na Fiocruz; a política de compra de vacinas pelo governo federal; da ideia de transformar o Pavilhão Rocha Lima em um departamento de desenvolvimento tecnológico; a necessidade de diversificar a pauta de produtos para garantir a auto-sustentabilidade de Bio-Manguinhos; considerações sobre o veto ao projeto voltado à obtenção do fator 9 com leite de porcas transgênicas.

Mariza Lima

Entrevista realizada por Claudia Trindade e Wanda Hamilton, em Bio-Manguinhos/Fiocruz (RJ), no dia 15 de agosto de 2005.
Sumário
Origem familiar; escolaridade; sobre a opção pela biologia; o curso de biologia na Universidade Gama Filho; o trabalho como estagiária no Hospital Geral de Bonsucesso; o estágio no Hospital Pedro Ernesto, da UERJ; das pesquisas realizadas pelos grupos do Hospital Pedro Ernesto; a entrada na Fiocruz para trabalhar no projeto de transferência de vacina contra o sarampo; o trabalho que realizou em sarampo nos primeiros anos em Bio-Manguinhos; sobre ter sido chefe do infectório; a participação no laboratório chefiado pelo pesquisador José Roberto Chaves, visando fazer vacina anti-rábica em célula de embrião de galinha; a chefia do laboratório de sarampo; considerações sobre a perda de lotes de vacina contra o sarampo, nos anos 1990, e a estratégia utilizada para combater a crise daí decorrente; a implantação de BPF e dos POPs em Bio-Manguinhos; da reforma nos laboratórios e a troca dos equipamentos, visando a melhora da qualidade dos produtos de Bio-Manguinhos; comparação entre as gestões de Akira Homma e Otávio Oliva; do incentivo dado por Oliva à área de pesquisa e desenvolvimento; a implantação da Garantia de Qualidade, por João Quental; o impacto da crise de Bio-Manguinhos nos anos 1990 sobre os funcionários; considerações sobre a falta de unidade verificada em Bio-Manguinhos durante a crise; a importância da gestão Marcos Oliveira para a reestruturação de Bio-Manguinhos; sobre a queda da procura por vacinas de sarampo, depois do surgimento da vacina tríplice; sobre o intercambio e a reciclagem das equipes da produção; da coesão verificada entre a equipe do sarampo; os passos da produção de vacina contra o sarampo; a construção da planta industrial; o processo de transferência de tecnologia da vacina tríplice viral (TVV); o convite para que assumir a Gerência de Produção de Vacinas Virais; o prêmio por ter colocado a máquina de DTP em funcionamento; de suas expectativas enquanto gerente de vacinas virais; o mestrado profissional realizado em Bio-Manguinhos; sobre a necessidade de Bio-Manguinhos continuar a produção de pólio; sobre as estratégias utilizadas para aumentar a fabricação da vacina contra febre amarela; explicação sobre o PROQUAL; o perfil dos integrantes do departamento de produção de vacinas virais.

Nádia Maria Batoréu

Entrevista realizada por Carlos Fidelis Ponte, Claudia Trindade e Wanda Hamilton, em Bio-Manguinhos/Fiocruz (RJ), entre os dias 15 de junho e 08 de julho de 2005.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Origem familiar; escolaridade; primeiras experiências de trabalho; a escolha da carreira profissional.

Fita 1 - Lado B
O ingresso na Fiocruz em 1981; a estratégia utilizada para conciliar a vida profissional e o exercício da maternidade; a entrada em Bio-Manguinhos, em 1982; o trabalho com anticorpos monoclonais; a montagem do Laboratório de Anticorpos Monoclonais (Latam); considerações sobre Bio-Manguinhos quando de seu ingresso na instituição.

Fita 2 - Lado A
Os projetos realizados pelo Latam; a chefia do Latam; os primeiros trabalhos com HIV, realizados por Bio-Manguinhos; as atividades atualmente desenvolvidas por Bio-Manguinhos para atender os programas de Aids; o crescimento do Latam e sua equipe.

Fita 2 - Lado B
A entrada da Fiocruz no campo dos biofármacos; a especialização em Biologia Médica na UFRJ; o mestrado no IOC; o projeto de desenvolvimento da vacina contra a meningite B; as pesquisas realizadas para sua dissertação.

Fita 3 - Lado A
Os testes clínicos da vacina contra meningite B; a bolsa na Universidad de Biologia Molecular de La Plata, na Argentina; a necessidade de conciliar o mestrado com suas atividades profissionais e domésticas.

Fita 3 - Lado B
O apoio do marido; considerações acerca das diferenças entre a pesquisa acadêmica e de desenvolvimento tecnológico; sobre a implantação de normas de BPL (Boas Práticas de Laboratório).

Fita 4 - Lado A
Criação do Setor de Hibridomas em 1983; produção e importância dos anticorpos monoclonais; humanização de anticorpos monoclonais e os biofármacos; papel de Otávio Oliva na criação do Setor de Hibridomas; a montagem e os trabalhos desenvolvidos pelo Setor de Hibridomas.

Fita 4 - Lado B
O trabalho desenvolvido em Caxambu, em 1998, para implementar a saúde básica do município; as atribuições como chefe do Setor de Hibridomas de Bio-Manguinhos; as expectativas da Fiocruz sobre os biofármacos; os motivos da ida a Caxambu; o retorno para Bio-Manguinhos, em 2003.

Fita 5 - Lado A
O trabalho desenvolvido em Caxambu; o retorno a Bio-Manguinhos, em 2003; o convite de Akira Homma para implantar a produção de biofármacos em Bio-Manguinhos.

Fita 5 - Lado B
O acordo Brasil-Cuba de transferência de tecnologia de eritropoetina e interferon; sobre a construção da planta de biofármacos de Bio-Manguinhos; os usos terapêuticos da eritropoetina e do interferon; considerações acerca da demanda nacional por esses produtos; a diferença entre o interferon clássico e o interferon peguilado.

Fita 6 - Lado A
As pesquisas sobre interferon peguilado de Bio-Manguinhos e a relação com os laboratórios farmacêuticos; descrição das diferentes fases dos testes clínicos, realizados com o objetivo de verificar a eficácia de um produto; as parcerias realizadas para a realização dos testes clínicos; sobre o trabalho do médico Paulo Picon, consultor de biofármacos de Bio-Manguinhos; a relação de Bio-Manguinhos com o INCQS; considerações acerca das normas de qualidade; implantação dos Procedimentos Operacionais Padrão (POP) em Bio-Manguinhos.

Fita 6 - Lado B
O custo financeiro da planta para produção de biofármacos; a estrutura da planta e sua utilidade para a Fiocruz; sobre o financiamento para a construção da planta; o surgimento e expansão do controle e da garantia de qualidade em Bio-Manguinhos ao longo dos anos; sobre a reestruturação de Bio-Manguinhos, no início da década de 2000.

Fita 7 - Lado A
Sobre a reestruturação de Bio-Manguinhos, no início da década; sobre o andamento do projeto referente ao interferon; considerações acerca da estrutura “matricial” de projetos; a questão da propriedade intelectual em Bio-Manguinhos; relação do IOC com Bio-Manguinhos no campo da biologia molecular; as parcerias de Bio-Manguinhos com outras unidades da Fiocruz.

Fita 7 - Lado B
A questão do patenteamento em Bio-Manguinhos; os projetos atuais do setor de biofármacos; os parâmetros utilizados para definir projetos prioritários em biofármacos; as novas descobertas científicas no campo da engenharia genética e o impacto sobre Bio-Manguinhos; considerações sobre os transgênicos.

Fita 8 - Lado A
As dificuldades envolvidas no investimento em transgênicos; a expectativa de produção da planta de biofármacos.

Ricardo Galler

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Wanda Hamilton, em Bio-Manguinhos/Fiocruz (RJ), nos dias 13 de julho e 04 de agosto de 2005.
Sumário
Fita 1
Origem familiar; a ida para Brasília; a opção pelas ciências biológicas; a influência do professor Carlos Morel na escolha da especialização em biologia molecular; sobre o talento dos profissionais da ciência com quem conviveu na UnB; a vinda para o Rio a convite de Carlos Morel; o mestrado no Instituto de Biofísica; a ida para a Alemanha, onde fez doutorado; o trabalho realizado no laboratório do pesquisador Hans Küpper, na Universidade de Heidelberg; a transferência para o Laboratório Europeu de Biologia Molecular, no qual trabalhou com o Jan-Erik Edström; dos procedimentos laboratoriais, até então realizados sem auxílio do computador; a utilização da tecnologia atual nos procedimentos científicos; a necessidade de associação entre os pesquisadores; a importância atual da pesquisa na área de imunologia; o ingresso na Fiocruz, em 1985; o trabalho em virologia com Oscar Souza Lopes; a matrícula no pós-doutorado, visando uma especialização em virologia; o curso de Biologia Molecular realizado na Grécia, em 1983, ministrado pelo pesquisador Richard Palmiter; a importância dos cinco anos que passou na Alemanha para sua carreira; a pesquisa científica realizada em Bio-Manguinhos em 1985; comentários sobre o Centro de Biotecnologia; as atividades de administração que hoje desenvolve em Bio-Manguinhos; sobre o projeto de desenvolvimento de uma vacina para dengue; sobre ter sequenciado o primeiro vírus de dengue, na Califórnia; sobre querer manter a ligação com o Departamento de Biologia Molecular do Instituto Oswaldo Cruz.

Fita 2
O crescimento das atividades de biotecnologia no Brasil; os grupos de pesquisa que desenvolvem projetos de desenvolvimento tecnológico em parceria com Bio-Manguinhos; as instituições que financiam parte do trabalho realizado em Bio-Manguinhos; comparação entre o investimento financeiro em desenvolvimento no Brasil e nas empresas multinacionais que desenvolvem biotecnologia; sobre a terceirização de pessoal em Bio-Manguinhos; a patente conseguida pela Fiocruz em 2005 com a modificação genética de um vírus de febre amarela; a importância da concessão de uma patente para uma instituição de pesquisa científica; as prioridades estabelecidas pela Vice-Presidência de Desenvolvimento Tecnológico em relação aos projetos de desenvolvimento tecnológico; comentários sobre os diversos projetos de desenvolvimento tecnológico da instituição.

Fita 3
Sua indicação para assumir o cargo de Vice-Presidente de Desenvolvimento Tecnológico; o enquadramento como tecnologista; a admiração pelo trabalho de Akira Homma e Carlos Morel; comentários sobre o Centro de Biotecnologia; o apoio dado por Otávio Oliva, à época diretor de Bio-Manguinhos, ao desenvolvimento tecnológico; a criação do DEDET; comentários sobre o Centro de Biotecnologia da Fiocruz; considerações sobre o modelo americano de integração entre empresa e universidade; a dificuldade de Bio-Manguinhos em concorrer com multinacionais de biotecnologia; o investimento realizado por Bio-Manguinhos em comércio, mercado e marketing, a partir de última sua reforma institucional; a dificuldade de se credenciar uma vacina no exterior; o orçamento de Bio-Manguinhos; a necessidade de se aliar desenvolvimento tecnológico à produção; os funcionários terceirizados na Fiocruz e em Bio-Manguinhos; a dificuldade de lidar com recursos humanos na instituição; a aposta de Bio-Manguinhos nos biofármacos; as prioridades de Bio-Manguinhos em desenvolvimento tecnológico; comentários sobre o CDTS; comentários sobre as vantagens da associação de Bio-Manguinhos com empresas de biotecnologia; os projetos de produção de vacinas desenvolvidos pela instituição; a relação com as políticas do Ministério da Saúde; comentários sobre a autonomia de Bio-Manguinhos; a competição entre o Instituto Butantan e Bio-Manguinhos; a ameaça que a vinda da GSK para o Brasil representa para Bio-Manguinhos; a produção de energia a partir de biomassa, como alternativa para expansão de Bio-Manguinhos; sobre a possibilidade de transformar parte de Bio-Manguinhos numa empresa; o avanço da área de Garantia de Qualidade da instituição; as perspectivas da Vice-Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico para os próximos anos.

Aníbal Muniz Silvany Neto

Entrevista realizada por Tania Fernandes, Eliene Rodrigues e Joel Nolasco, no Instituto de Saúde Coletiva, da Universidade Federal da Bahia, em Salvador, no dia 6 de maio de 2016.

Agenor Mendes Filho

Entrevista realizada por Maria Eugênia Noviski Gallo, em Recife (PE), no dia 25 de setembro de 2002.

Euzenir Nunes Sarno

Entrevista realizada por Laurinda Rosa Maciel e Mariana Santos Damasco, na Vice-Presidência de Pesquisa e Ensino da Fiocruz (Rio de Janeiro/RJ), no dia 16 de fevereiro de 2005.

Clóvis Lombardi

Entrevista realizada por Laurinda Rosa Maciel, em Poços de Caldas (MG), no dia 29 de novembro de 2003.

Fuad Abílio Abdala

Entrevista realizada por Laurinda Rosa Maciel e Maria Leide W. de Oliveira, em Guarulhos (SP), no dia 04 de maio de 2002.

Dora Martins Cypreste

Entrevista realizada por Maria Leide W. de Oliveira, em Vitória (ES), no dia 09 de setembro de 2003.

Zoica Bakirtzief

Entrevista realizada por Laurinda Rosa Maciel e Maria Leide W. de Oliveira, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 13 de maio de 2005.
Sumário de assuntos
Fita 1 – Lado A
Nascimento e infância em Porto Alegre, Rio Grande do Sul; considerações sobre a irmã e os pais; comentários sobre a imigração do pai, vindo para o Brasil da antiga Iugoslávia; as atividades no movimento estudantil desde o ensino fundamental até a graduação; o ensino médico na área técnica de laboratorista de Análise Clínica e o interesse pelas Ciências Médicas; a ida do pai para Nova Jersey, Estados Unidos, em 1968, com intuito de, posteriormente, levar a família; o retorno do pai ao Brasil em 1975 e os conflitos com ele; a opção de ir para os Estados Unidos, durante a adolescência, e o vestibular para a Faculdade de Administração.

Fita 1 – Lado B
O período em que trabalhou no hotel da família, na Macedônia; relato de algumas atividades profissionais não vinculadas com a área médica; a graduação em Psicologia e Sociologia, na Rutgers University of New Jersey, nos Estados Unidos, finalizada em 1985, e sua atividade no movimento estudantil; o primeiro contato com a ALM e com a hanseníase; o retorno ao Brasil em 1986, logo após seu casamento; o trabalho como psicóloga no Colégio Batista, em São Paulo, de 1986 a 1990; o trabalho como coordenadora técnica do projeto social para pessoas com deficiência e hanseníase da Sociedade para a Reabilitação e Reintegração do Incapacitado (Sorri), em São Paulo, em 1990, e comentários sobre Thomas Frist; críticas ao trabalho desenvolvido com os pacientes pelo Morhan; relatos sobre alguns pacientes e casos de assistencialismo em detrimento da reinserção social do ex-paciente de hanseníase.

Fita 2 – Lado A
Sobre o término do mestrado e o projeto “Barreiras psicossociais para aderência ao tratamento da hanseníase” realizado com apoio da ONG “Palavra e Ação”, entre 1994 e 1995; o International Leprosy Congress, realizado em Orlando (Flórida/EUA) em 1992; depoimento sobre a fundação da International Association For Dignity And Economic Advancement (IDEA), em 1995; a aprovação
de um projeto de pesquisa pela Kellog Foundation em 1995; a estrutura da IDEA e as dificuldades encontradas; a fundação da Sorri, em Sorocaba, com suas novas propostas e atuação; sobre a dissertação de mestrado em Psicologia Social, que trata do estigma da doença.

Fita 2 – Lado B
Algumas críticas ao Morhan nacional e a atuação deste Movimento em Sorocaba; a tese de doutorado defendida em 2001, pela PUC/SP, na área de Psicologia Social; o trabalho em parceria com a ALM, em 2001, e a atuação como coordenadora nacional da Associação; sobre o trabalho desenvolvido com as ONGs; sobre o adoecimento, após o contágio da hanseníase descoberto no Natal de 2002; a confirmação do diagnóstico, os primeiros sintomas e as reações e complicações apresentadas pelo uso da Sulfona.

Fita 3 – Lado A
Continuação do relato sobre sua doença, o medo da transmissão, o uso dos medicamentos e as reações causadas; a possibilidade de estudos sobre os aspectos emocionais relacionados às reações da hanseníase; discussão sobre a identidade do portador de hanseníase; outros comentários sobre os medicamentos; o estigma e o preconceito que envolvem a hanseníase.

Fita 3 – Lado B
Outras considerações sobre o temor de transmissão; longo relato acerca sobre a experiência de ser paciente de hanseníase, desde 2001; aproximação com os outros doentes; os problemas enfrentados pelas ONGs diante dos governos municipais e estaduais; as orientações de pós-graduação; a atuação da ALM em alguns países na África; discussão sobre a afirmação de alguns governos, de que as ONGs controlam os programas de hanseníase no Brasil; a participação em congressos, e comentários sobre planos para futuros projetos sobre o estigma da doença.

Hortêncio Maciel

Entrevista realizada por Laurinda Rosa Maciel, na Colônia Getulio Vargas, em Bayeux (PB), no dia 04 de agosto de 2003.

William John Woods

Entrevista realizada por Maria Elisa Ribeiro Lenzi, em Rio Branco (AC), no dia 04 de maio de 2002.
Sumário de assuntos
Fita 1 – Lado A
Sobre a origem de seu apelido, ‘Bill’, criado por Maria Leide W. de Oliveira; data e local de nascimento; lembranças da família; comentários a respeito da Segunda Guerra Mundial e da profissão dos pais; a influência da religião em sua vida; o primeiro contato com a hanseníase e as ONGs que ajudavam seus portadores; formação escolar e a passagem por um seminário Batista; a vinda para o Brasil em 1960 como missionário; o trabalho como paramédico e a opção pela Medicina para ajudar os habitantes da Vila de Canutama, na Amazônia; o ingresso na Universidade Federal do Amazonas em 1968 e os colegas de faculdade; o estágio com o professor René Garrido Neves no Hospital Frei Antônio, no Rio de Janeiro, em 1973; a escolha pela especialização em oftalmologia; a mudança do Amazonas para o Acre em 1979; observações sobre a oficina de calçados que montou em Manaus, em 1969, para prevenir as deformidades causadas pela hanseníase, e as oficinas montadas em outras regiões como Marituba, em Belém, e no ILSL, em Bauru; seu trabalho como gerente do Programa de Dermatologia do Acre a partir de 1981; comentários sobre o Leprosário
Souza Araújo e o isolamento compulsório; a situação precária do Leprosário, com cerca de 400 pacientes; ceticismo em relação à municipalização do serviço de hanseníase no Acre; a utilização da Sulfona e a poliquimioterapia no combate à doença; a respeito das 12 doses medicamentosas e os casos de recidivas; sua dúvida em relação à cura da hanseníase.

Fita 1 – Lado B
Relatos sobre pacientes e ex-pacientes e as dificuldades no atendimento a essas populações; comentários sobre o papel das ONGs internacionais e o Morhan no Brasil; observações sobre Francisco Augusto Vieira Nunes, o Bacurau, e o caminho errado que, segundo o depoente, o Morhan vem seguindo; o prêmio de Cavaleiro da Ordem do Império Britânico, concedido pela Rainha da
Inglaterra, em 1997, por seu trabalho no combate à hanseníase no estado do Acre; os congressos de que participou, os planos de aposentadoria e a equipe de trabalho.

Rubem David Azulay

Entrevista realizada por Laurinda Rosa Maciel, Maria Leide W. de Oliveira e Márcio Campista, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 09 e 17 de outubro de 2001.

Silvia Vecellio

Entrevista realizada por Maria Eugênia Noviski Gallo, em Campo Grande (MS), no dia 27 de Maio de 2002.

Francisco Eduardo Campos

Entrevista realizada por Tania Dias Fernandes, em Brasília/DF, no dia 28 de agosto de 2019, em duas sessões.

José Fonseca da Cunha

Entrevista realizada por Jaime Benchimol, Nara de Azevedo Brito e Wanda Hamilton, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 13 de agosto, 03, 10, 17, 24 de setembro, 01 de outubro de 1987, 25 de fevereiro, 03, 16 de março, 31 de agosto, 09 de setembro, 14, 21 e 21 de outubro de 1988.
Sumário
Fitas 1 e 2
Origem familiar; a tradicional família mineira; a infância em Itanhandú (MG); o desejo de ingressar na Marinha quando criança; a opção pelo curso de medicina no Rio de Janeiro; o rigor da educação familiar; os primeiros estudos em Minas Gerais; os hábitos formais da vida universitária nos anos 1930; os trotes na faculdade de medicina; o primeiro contato com a medicina; as aulas de anatomia e histologia; a experiência com o professor de anatomia patológica Leitão da Cunha; a descrença na eficácia da medicina; o estágio com o professor Augusto Paulini na Santa Casa de Misericórdia; comentários sobre as aulas de parasitologia do Professor Olympio da Fonseca; o concurso para estagiário da Assistência Municipal do Rio de Janeiro; os métodos do ensino universitário nos anos 1930; a superficialidade atual da formação médica; o ingresso na Fundação Rockefeller; o trabalho no Serviço Nacional de Febre Amarela na década de 1940.

Fitas 3 e 4
O treinamento profissional na Fundação Rockefeller; as dificuldades de conservação das vacinas no interior do país na década de 1940; os métodos de convencimento da população utilizados nas campanhas de vacinação; os efeitos colaterais da vacina contra a febre amarela; os problemas criados pela prática da vicerotomia no interior do país; a descoberta da hepatite virótica; descrição do processo de preparo da vacina antivariólica com a utilização de animais; a importância do estudo em Londres para a introdução do processo de liofilização na produção de vacinas no Brasil; o avanço tecnológico na produção de vacina antivariólica; histórico da erradicação da varíola no Brasil e no mundo.

Fitas 5 e 6
A estrutura e o funcionamento do Serviço Nacional de Febre Amarela; a contribuição de Magarinos Torres para o estudo da febre amarela; o índice de contaminação na produção de vacina contra a febre amarela; o arcaísmo de terapêutica da sífilis e da bouba antes do aparecimento da penicilina; a utilização eleitoral das campanhas de vacinação pelos políticos do interior; comentários sobre a precariedade do sistema viário do país; o desconhecimento da população interiorana em relação às doenças; a atuação da Fundação Rockefeller no interior do país; a utilização comercial de medicamentos fornecidos gratuitamente pelas campanhas de vacinação.

Fitas 7 e 8
O quadro epidemiológico da Amazônia; o auxílio técnico-financeiro da Fundação Rockefeller ao Serviço de Malária do Nordeste; resistência popular à vacinação e as precárias condições de conservação das vacinas; aspectos e características da febre amarela urbana e silvestre; as dificuldades de erradicação do Aedes aegypti nas grandes cidades; a eficiência administrativa das instituições americanas; perfil de Fred Sopper e de Hugo Schmidt; o descaso das atuais autoridades com relação à saúde pública; a experiência da Ford Corporation na produção da borracha no Norte do país; o trabalho desenvolvido pela Fundação Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) na Amazônia e no Mato Grosso; as dificuldades enfrentadas na campanha de vacinação antiamarílica em Cuiabá.

Fitas 9 a 11 (Lado A)
O auxílio técnico-financeiro prestado pela Fundação Rockefeller ao Serviço Nacional da Malária; o êxito da Fundação Rockefeller devido a rigidez disciplinar do seu trabalho; a descoberta da febre amarela silvestre; a importância científica da captura dos animais portadores do vírus da febre amarela; comentários sobre os integrantes da OPAS; o ingresso no Curso de Aplicação do IOC; influência de Henrique Pena em sua formação profissional; o trabalho desenvolvido na direção do Hospital Evandro Chagas; histórico da atuação da Fundação Rockefeller no Brasil; a admiração por Henrique Aragão; a transferência das instalações da Fundação Rockefeller para o IOC no final dos anos 1940; o descaso do IOC para com as pesquisas em febre amarela.

Fitas 11 (Lado B) a 13
A Revolução de 1930 e a fuga para a fazenda da família Scarpa em Minas Gerais; a vida de estudante no bairro do Catete (RJ); os protestos conta o aumento do preço do bonde; a vida cultural carioca na década de 1930; observações sobre a Revolução de 1932 em São Paulo e o movimento comunista de 1935; a admiração por Juscelino Kubitschek; o choque emocional da população com o suicídio de Vargas; os problemas familiares e o segundo casamento; os métodos de trabalho do administrador financeiro do IOC Teófilo Abreu; a administração da área de produção em Manguinhos e as dificuldades na obtenção de verbas; as condições de vida da população brasileira e sua relação com o quadro sanitário; as dificuldades orçamentárias da gestão Olympio da Fonseca no IOC.

Fitas 14 e 15 (Lado A)
A participação na organização do Simpósio Internacional sobre Febre Amarela realizado no Brasil em 1988; a primazia da FIOCRUZ na produção de vacina antiamarílica; os custos da FIOCRUZ com a produção de vacinas; origem da Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM); o trabalho na Divisão de Virologia do IOC na década de 1950; a questão da incorporação da Fundação Rockefeller ao IOC; o conflito entre pesquisa e produção em Manguinhos.

Fitas 15 (Lado B) a 17
Avaliação da produção de vacinas no IOC a partir de 1950; a impossibilidade de produzir vacina contra a poliomielite na FIOCRUZ; a admiração pela gestão Vinícius da Fonseca e seu caráter centralizador; a bolsa concedida pela OPAS para o aperfeiçoamento das técnicas de produção de vacina antivariólica; comentários sobre as campanhas de vacinação no Brasil; o avanço tecnológico na produção de vacinas no Brasil a partir de 1960; comparação entre a produção de vacinas no Império e na década de 1960; a importação tecnológica para produção de vacinas; a tradição do Curso de Aplicação do IOC; a personalidade de Olympio da Fonseca e a suspeita de desvio de verbas durante a sua gestão; comentários sobre a administração de Francisco Laranja; a gestão Vinícius da Fonseca no IOC.

Fitas 18 e 19
A divisão do IOC em grupos; o cargo de secretário do IOC; as dificuldades orçamentárias na gestão Antonio Augusto Xavier; a distribuição desigual de recursos entre as áreas de produção e pesquisa; a pesquisa no Hospital Evandro Chagas e sua posterior deterioração; a falta de autonomia científica no IOC.

Fitas 20 e 21
A extinção do Conselho Consultivo na gestão Antonio Augusto Xavier; a utilização do Hospital Evandro Chagas pela Legião Brasileira de Assistência (LBA) dirigida por Sarah Kubitschek; a divisão dos pesquisadores de Manguinhos em grupos antagônicos; a "politicagem" nas instituições públicas brasileiras; a campanha de erradicação da varíola na gestão Amilcar Vianna Martins e os recursos procedentes da Fundação SESP para o IOC; ausência de práticas "eleitoreiras" na Campanha Nacional de Erradicação da Varíola; a separação do Ministério da Educação e Saúde Pública em 1953; consideração sobre a atuação do Ministro da Saúde Raimundo de Brito; o prestígio político do IOC decorrente da produção de vacinas; a centralização administrativa do IOC defendida por Rocha Lagoa; as excursões ao Planalto Central em 1964 para o levantamento epidemiológico da região; o incremento da produção de vacinas na gestão Rocha Lagoa; a perseguição política aos funcionários durante a gestão Rocha Lagoa; a falta de reconhecimento social da ciência no Brasil.

Fitas 22 e 23
A liderança da FIOCRUZ na produção de vacinas antiamarílica e antivariólica; a importância da venda de vacinas para a aquisição de equipamentos tecnologicamente avançados; o papel político das campanhas de vacinação nos períodos eleitorais; o crescimento da produção de vacinas no IOC entre 1962 e 1972; o prestígio político e familiar de Rocha Lagoa; a influência da divisão político-partidária na formação de grupos no IOC; a participação compulsória nos inquéritos administrativos do IOC; as motivações de caráter pessoal como causa das perseguições políticas no IOC; o telegrama de apoio a Luís Carlos Prestes enviado por pesquisadores de Manguinhos em 1946 e sua utilização nos inquéritos instaurados no IOC pós-1964; a participação nas investigações contra Walter Oswaldo Cruz.

Fitas 24 e 25
A nomeação de Rocha Lagoa para Ministro da Saúde e o convite para a chefia de gabinete; as preocupações de Rocha Lagoa com o saneamento básico; os inconvenientes decorrentes do aparato de segurança em torno dos funcionários do primeiro escalão do governo; a deficiência orçamentária do Ministério da Saúde na gestão Rocha Lagoa; as prioridades da gestão Rocha Lagoa no Ministério da Saúde; as concessões às multinacionais da área de saúde e sua influência no governo na década de 1970; a tentativa de Rocha Lagoa de unificar o Ministério da Previdência e o da Saúde; as dificuldades enfrentadas pela assistência médica no Brasil; a atuação da Fundação SESP no planejamento sanitário brasileiro; os recursos provenientes do Ministério da Saúde e da OMS nas campanhas de vacinação realizadas no Brasil; as tentativas de controle de natalidade no Brasil no início da década de 70 e a oposição da Igreja; a transformação do IOC em Fundação em 1970; a relativa autonomia da FIOCRUZ; as dificuldades de relacionamento entre o Ministro Rocha Lagoa e o governo militar; a participação no Inquérito Policial-Militar (IPM) em Manguinhos.

Fitas 26 e 27
A invulnerabilidade do laboratório de febre amarela diante das oscilações políticas da instituição; perfil profissional de Osvino Pena; a incorporação da seção de produção de soros e vacinas à FIOCRUZ; a carência de verbas e tecnologia na FIOCRUZ; as atuais perspectivas de construção do laboratório de produção de vacina contra a poliomielite; a dispersão do corpo de pesquisadores durante a gestão Oswaldo Cruz Filho; o projeto de auto-suficiência imunobiológica de Bio-Manguinhos na gestão Vinícius da Fonseca; os problemas administrativos na gestão Oswaldo Cruz Filho; o incentivo de Vinícius da Fonseca à área de produção da FIOCRUZ; o trabalho desenvolvido pela Fundação Ataulfo de Paiva na produção de vacinas; comentários sobre o fortalecimento da assistência médica privada na década de 1970.

Fitas 28 a 30 (Lado A)
A necessidade da realização de pesquisa tecnológica na área de produção de vacinas; o debate sobre pesquisa básica e pesquisa aplicada; as diferenças entre os processos de produção de vacinas bacterianas e virais; a superioridade imunológica da BCG intradérmica em relação à oral; a hegemonia da Fundação Ataulfo de Paiva na produção da BCG; a polêmica interna causada pelo fim da gestão Vinícius da Fonseca; o acordo assinado entre a FIOCRUZ e o governo japonês para a produção de vacina contra sarampo em 1980; as dificuldades burocráticas para receber as gratificações dos cargos de chefia na FIOCRUZ; a presença de militares na FIOCRUZ durante a gestão Guilardo Martins Alves; a polêmica sobre a validade da vacina anti-herpética; as atuais necessidades tecnológicas da área de produção de imunobiológicos da FIOCRUZ.

Amilcar Vianna Martins

Sumário
1ª Sessão: fitas 1 a 3 Lado A
O ingresso no Instituto Ezequiel Dias; a diversificação das áreas de pesquisa e as atividades científicas desenvolvidas nesse Instituto; a escassez de recursos financeiros para o Instituto; o projeto de Otávio Magalhães para a construção do Instituto Ezequiel Dias; o aprendizado das técnicas de produção de soros e vacinas no IOC; a produção de soro antiescorpiônico e sua paralisação em consequência da exoneração de Otávio Magalhães do Instituto; a introdução de novas técnicas para a produção do soro antiescorpiônico; a produção de soros antidiftérico e antiofídico; a fabricação de vacina antivariólica e de produtos veterinários no Instituto Ezequiel Dias; comentários sobre a criação do Instituto Ezequiel Dias; as reuniões entre os pesquisadores para escolha dos temas de pesquisa; o recrutamento de pesquisadores na faculdade de medicina; o interesse pela área de parasitologia; a autonomia e o ecletismo das pesquisas; o trabalho com doença de Chagas; perfil de Carlos Chagas; a importância das filiais do IOC; o intercâmbio entre o Instituto Ezequiel Dias e instituições estrangeiras de pesquisa; a viagem aos Estados Unidos para o estudo da febre maculosa das Montanhas Rochosas; a contaminação e as lesões causadas pela doença de Chagas.

2ª Sessão: fitas 3 lado B a 6
A nomeação para a diretoria do DNERu em 1959; a participação no diretório regional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); comentários sobre a Segunda Guerra Mundial e sua atuação como médico da FEB; a indicação de Juscelino Kubitschek para diretor do IOC; a crise interna no IOC; comentários sobre o Hospital Evandro Chagas; a oposição à sua administração no Instituto; a questão da distribuição de verbas aos laboratórios do Instituto; a inauguração do refeitório e a duplicação de recursos durante a sua gestão; o trabalho com esquistossomose na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte; a criação do Instituto René Rachou; a relevância da produção de vacinas antiamarílica e antivariólica; comentários sobre a decadência de Manguinhos; a falta de interesse dos pesquisadores pelas doenças parasitárias e endêmicas; a constituição do INERu e do DNERu; o pedido de exoneração do IOC; a direção do DNERu; o problema da liberação de verbas públicas para a pesquisa científica; a relação de amizade com Juscelino Kubitschek; a pesquisa em doenças de Chagas no município de Bambuí (MG); a proibição de trabalhar com essa doença; a cassação em 1969 e o trabalho no exterior; comentários sobre a transmissão da leishmaniose e o combate a essa doença; comentários sobre a biblioteca do IOC.

Odilon Baptista

Entrevista realizada por Luiz Octávio Coimbra, Marcos Chor Maio e Nilson Moraes, no RIo de Janeiro (RJ), nos dias 10, 15, 22 de julho e 05 de agosto de 1986.

Resenha biográfica
Odilon Duarte Baptista nasceu no Rio de Janeiro, em 1910. Filho de Pedro Ernesto, recebeu forte influência do pai, tanto na sua formação profissional, em que valoriza o sentido humanitário da medicina, como em suas concepções éticas e políticas. Casado, Odilon Baptista tem uma filha e três netos.
Realizou os estudos básicos no Colégio Santo Inácio e o curso secundário no Colégio Pedro II. Formou-se, em 1932, pela Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Iniciou suas atividades profissionais na Casa de Saúde Pedro Ernesto, local em que desde o final dos anos 20 desenvolviam-se articulações políticas, tornando-o conhecido como “Centro da Revolução de 1930”.
Em 1933, foi nomeado para o quadro de médicos da Colônia Juliano Moreira e do recém-criado Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM). Três anos depois, devido à sua participação na Aliança Nacional Libertadora (ANL), foi preso e demitido do IAPM e do Ministério da Educação, ao qual se subordinava a Colônia Juliano Moreira.
Em 1938, retornou ao IAPM, passando então a chefiar o Centro Cirúrgico, atividade que exerceu até 1964, quando todos os chefes de clínica do Hospital dos Marítimos foram destituídos de seus cargos.
Cirurgião e cancerologista, introduziu no Hospital dos Marítimos procedimentos modernos de diagnóstico do câncer, como a biópsia por congelamento. Em 1943, realizou nos Estados Unidos um curso de especialização em cancerologia. Integrou também a delegação brasileira nos congressos internacionais de câncer, realizados em 1952 e 1962.
Em 1953 e 1954, quando ocupava o cargo de presidente da Associação Médica do Distrito Federal (AMDF), foi um dos líderes do movimento nacional pelo enquadramento na letra ‘O”- nível salarial pretendido pelos médicos do serviço público.
Além das atividades de caráter sindical, Odilon Baptista atuou me diversos movimentos políticos, e hoje pertence ao Conselho Mundial da Paz.
Na ocasião da entrevista, exercia a medicina em seu consultório e também como chefe de cirurgia da Ordem Terceira da Penitência.

Sumário
1a Entrevista
Data: 10/07/1986
Fita 1 – Formação universitária; a carreira profissional; a prisão do pai, em 1936; a viagem aos Estados Unidos para o estudo da planta do Hospital dos Empregados Municipais (atual Instituto do Câncer); a demissão da Colônia Juliano Moreira e do IAPM; referência à documentação existente sobre Pedro Ernesto no Centro de Pesquisa e Documentação em História Contemporânea da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC/FGV); origem familiar; dados biográficos de Pedro Ernesto; nascimento; formação escolar básica; lembrança do movimento OS 18 do Forte; a participação de Pedro Ernesto no movimento tenentista de 1924; o movimento no terceiro regimento de infantaria, em 1926; lembranças de Copacabana na década de 20; a chegada de Pedro Ernesto no Rio de Janeiro; o ingresso de Pedro Ernesto na Saúde Pública; a resistência à vacinação antivariólica na Favela; atuação de Pedro Ernesto na erradicação de focos de febre amarela no morro da Favela; resistência à vacinação contada por Pedro Ernesto; comentário sobre a defesa de tese de medicina; atuação de Pedro Ernesto na Santa Casa da Misericórdia e na Policlínica de Botafogo; o primeiro consultório de Pedro Ernesto numa farmácia da Rua Riachuelo; o prestígio do médico nos anos 20; referência à qualidade de atendimento do Hospital São Francisco de Assis e da Santa Casa da Misericórdia; a vocação para medicina; os convênios firmados pela Casa de Saúde Pedro Ernesto; lembrança da gripe espanhola; o vestibular para a faculdade de Medicina da Universidade do Brasil na década de 20; lembrança dos professores da faculdade; os movimentos de esquerda da faculdade, entre 1928 e 1932.
Fita 2 – O discurso do orador da turma em que se formou; as reivindicações dos estudantes da faculdade de medicina; características do curso de medicina da sua época; a Casa de Saúde Pedro Ernesto e o tenentismo; a vinculação ao Partido Comunista Brasileiro (PCB); a ligação entre Luiz Carlos Prestes e Pedro Ernesto antes da Revolução de 1930; a nomeação para o corpo médico do IAPI a ligação de Pedro Ernesto com o movimento dos marítimos na década de 30; assistência médica no IAPM; atuação de Anísio Teixeira como Secretário de Educação na administração Pedro Ernesto; ampliação hospitalar durante a administração Pedro Ernesto; a ligação com líderes marítimos;

2a Entrevista
Data: 15/07/1986
Fita 2 (continuação) – A ligação de Pedro Ernesto com Getúlio Vargas; as bases populares de Pedro Ernesto decorrentes da sua trajetória como médico; o contrato da Casa de Saúde Pedro Ernesto com a Sul América para o atendimento aos acidentes de trabalho; atuação de Pedro Ernesto como mediador na greve dos marítimos em 1934; a posição antiintegralista de Pedro Ernesto; comentários sobre a ANL; a participação dos médicos na ANL; ampliação do atendimento ambulatorial e hospitalar na administração Pedro Ernesto no Distrito Federal; o contrato do IAPM com o Hospital Graffrée Guinle.
Fita 3 – Opinião sobre a unificação da Previdência Social; o atendimento ambulatorial e hospitalar do IAPM; descrição do Hospital do IAPM no Andaraí; a relação entre médico e paciente no Hospital dos Marítimos; referência à qualidade dos profissionais da área de saúde no Hospital dos Marítimos; as condições salariais dos profissionais de saúde no IAPM; atuação dos assistentes sociais no Hospital dos Marítimos; a prisão em 1937; o retorno ao IAPM através de Luiz Aranha, em 1938; realização do curso de cirurgia do câncer nos Estados Unidos, em 1943; a participação no Congresso Internacional do Câncer, em 1954, a958 e 1962; o atendimento de urgência no Hospital dos Marítimos; admiração dos marítimos pelo serviço médico do IAPM; o atendimento aos marítimos durante a Segunda Guerra Mundial; a especificidade do atendimento aos marítimos; a greve dos médicos do serviço público, em 1953; as características das associações médicas do Rio de Janeiro, Ceará e Fortaleza; influência do PCB na AMDF; a dedicação dos médicos de esquerda ao movimento médico do Distrito Federal; o apoio dos jornais Última Hora e Diário de Notícias ao movimento dos médicos; referência às gestões de Homero Mesquita e Eduardo Ribeiro no IAPM; referência à gestão de Armando Falcão no IAPM; o prestígio dos sindicatos dos bancários e dos marítimos; as decisões sobre assistência médica no Hospital dos Marítimos; o desenvolvimento da biópsia por congelamento no Hospital dos Marítimos; o contrato do Hospital dos Marítimos com Cosolano Machado para serviços de radioterapia e cobaltoterapia; o Centro de Estudo do Hospital dos Marítimos; o papel do Centro de Estudos na identificação de erros de tratamento médico.
Fita 4 – O impacto do movimento de 1964 sobre a equipe médica do Hospital dos Marítimos; a demissão dos chefes de clínica do Hospital dos Marítimos, em 1964; o inquérito devido à participação no Congresso Internacional do Câncer realizado em Moscou, em 1962; a queda de qualidade do atendimento do Hospital dos Marítimos no pós-1964; a recusa ao convite para dirigir o Hospital dos Marítimos; comentários sobre José Bica, médico do Hospital Miguel Couto; comentário sobre Armando Amaral, diretor do Hospital da Casa de Saúde Santa Teresinha; assistência médica previdenciária e assalariamento dos médicos; os centros de estudos dos hospitais previdenciários e o aprendizado médico; atuação do médico como conselheiro familiar no período de predomínio da medicina liberal; comentários sobre a profissão médica; opinião sobre a socialização da medicina; avaliação da Colônia Juliano Moreira e do Hospital Central do Hospício; o atendimento às doenças infecto-contagiosas na Previdência Social; a resistência médica no Hospital dos Marítimos;

3a Entrevista
Data: 22/07/1986
Fita 4 (continuação) – A conquista da letra “O” pelos médicos do Distrito Federal, em 1953; o movimento nacional dos médicos pelo enquadramento na letra “O”; a heterogeneidade do grupo médico; a importância do setor público na assistência médica na década de 50; a utilização dos serviços médicos do IAPM pelos marítimos; atuação na AMDF; oposição de Carlos Lacerda ao movimento dos médicos; origem social do médico e sua dificuldade de mobilização.
Fita 5 – Assistência médica gratuita até a década de 30; opinião sobre a socialização da medicina em países capitalistas; a evolução tecnológica e o alto custo da assistência médica; comentários sobre os contratos da Previdência Social com o setor privado; comentário sobre as fraudes nos contratos com o setor privado e a posição dos médicos; o crescimento populacional e o atendimento médico; conseqüências da unificação da Previdência na relação entre médico e paciente; a perda da qualidade do Hospital dos Marítimos após 1964; o atual trabalho como chefe de cirurgia no Hospital da Ordem Terceira da Penitência; modelo filantrópico de assistência médica; atual atividade como médico no consultório particular e no Hospital da Ordem Terceira da Penitência; posição sobre os convênios com empresas de medicina de grupo; comentário sobre a família; comentário sobre o neto Pedro Ernesto; a crença na evolução da medicina.

4a Entrevista
Data: 05/08/1986
Fita 6 – A evolução da cancerologia; referência ao desenvolvimento da medicina preventiva em Cuba e na China; a relação entre medicina e política; influência do sentido humanitário da atuação de Pedro Ernesto na carreira médica do bisneto; comentário sobre a atitude dos médicos que se negavam a trabalhar no Hospital da Posse, em Nova Iguaçu (RJ); o empastelamento do Diário Carioca, em 1933; o julgamento de Odilon Baptista e Pedro Ernesto pelo Tribunal de Segurança Nacional, em 1937; a primeira prisão de Pedro Ernesto em 1937; a prisão em 1937, na Casa de Correção onde estavam Otávio Mangabeira, Euclides Figueiredo, Arturzinho Bernardes e Carlos Lacerda; impressões sobre Euclides Figueiredo; o contato com Spencer Bittencourt e José Oiticica na prisão; a libertação após 45 dias de prisão; o contexto histórico do golpe de 1937; a posição antiintegralista de Pedro Ernesto; influência de Góes Monteiro, João Gomes e Eurico Gaspar Dutra na prisão de Pedro Ernesto; a permanência de Pedro Ernesto no interior de Minas Gerais após sua saída da prisão; o retorno de Pedro Ernesto ao Rio de Janeiro; a doença e morte de Pedro Ernesto; defesa da entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial por Pedro Ernesto; comentários sobre a posição de Getúlio Vargas; a participação no Conselho Mundial da Paz; comentários sobre a transição para o socialismo no Brasil; avaliação da atuação do Sindicato dos Médicos; opinião sobre a unificação da Previdência.

Salvatore Giovanni de Simone

Entrevista realizada por Wanda Hamilton, Simone Kropf e Nara Azevedo, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 11 de dezembro de 1996.

José Dias Corrêa Sobrinho

Entrevista realizada por Luiz Octávio Coimbra e Marcos Chor Maio, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 14, 28 de agosto e 04 de setembro de 1986.

Resenha biográfica:
José Dias Corrêa Sobrinho nasceu em Itaúna, Minas Gerais, a 9 de maio de 1914, filho do comerciante português Manoel Dias Corrêa e de Maria da Fonseca Corrêa. Iniciou seus estudos na cidade de São João Del Rei (MG).
Ingressou na Faculdade de Direito de Belo Horizonte, em 1930, bacharelando-se em 1935. Nesse mesmo ano, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde exerceu a profissão de copista. Em 1936, de volta a Belo Horizonte, passou a trabalhar como representante farmacêutico.
Em 1939, após a aprovação em concurso público, foi nomeado fiscal do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI). Durante seis anos, participou do esforço da administração do IAPI em inscrever os trabalhadores industriais na Previdência Social.
Foi designado chefe do serviço de arrecadação do IAPI, em 1944, e em 1951 passou para a carreira de procurador.
Em 1964, foi nomeado presidente do Conselho de Administração do IAPI, e em setembro do mesmo ano, presidente da Junta Interventora. Dois anos depois, passou a presidir o Conselho Diretor do Departamento Nacional de Previdência social (DNPS), exonerando-se em 27 de março de 1967.
Durante o processo de unificação da Previdência Social, José Dias Corrêa Sobrinho teve atuação marcante ao percorrer todo o país para organizar e consolidar a nova estrutura da Previdência. Participou também, em 1967, da elaboração das normas do Plano de Ação para a Previdência Social (PAPS), que disciplinava as atividades iniciais do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
Além do trabalho no escritório particular de advocacia, José Dias Corrêa Sobrinho atuou na Consultoria da República, entre 1981 e 1985.

Sumário
1ª Sessão: 14 de agosto
Fita 1
Nascimento; origem familiar, lembranças da infância em Itaúna (MG); referência a Tancredo Neves; lembranças do pai; referência aos irmãos; o curso de direito em Belo Horizonte; o trabalho como propagandista de produtos farmacêuticos; a ida para o Rio de Janeiro, em 1935; o trabalho de copista; o convívio com Pedro Aleixo; o concurso do IAPI, em 1937; o trabalho como fiscal do IAPI em São Paulo; lembranças dos pais; a vida escolar no internato de São João Del Rei; os professores do internato; comentários sobre a sua educação; o trabalho com o advogado Octacílio Brasil; o fechamento do Congresso por Getúlio Vargas, em 1937; opinião sobre o primeiro governo Vargas; comentário sobre o concurso do IAPI; a reação do pai diante do seu ingresso no IAPI; a ida a São Paulo para trabalhar como fiscal do IAPI, em 1939; o trabalho como fiscal; os artifícios utilizados pelos empregadores para não inscrever os trabalhadores na Previdência Social; as dificuldades na fiscalização; o problema da sonegação; assistência médica no IAPI; a transferência para Cabo Frio (RJ), em 1941; a inscrição dos salineiros de Cabo Frio no IAPI; o casamento; as penalidades impostas pela fiscalização; lembranças de fatos políticos; posicionamento como liberal; os vínculos com o catolicismo; a participação na elaboração da legislação previdenciária; as matérias do concurso do IAPI; a diferença entre IAPI e demais institutos.

Fita 2
A organização do IAPI; comentários sobre João Carlos Vital e seu trabalho como organizador do IAPI; o falecimento do pai; referência a Plínio Cantanhede; a relação pessoal com João Carlos Vital e Plínio Cantanhede; referência a Hélio Beltrão; o trabalho de inscrição dos empregados das salinas de Cabo Frio no IAPI; os problemas criados pela autuação dos proprietários das salinas; método utilizado para calcular o número de empregados que trabalhavam numa salina; a rigidez no trabalho de fiscalização; as promoções; comentários sobre o irmão Oscar Dias Corrêa; a punição de fiscais; a participação em inquéritos contra fiscais e políticos; a carreira na Previdência Social; as revistas Industriários e Inapiários; a participação na elaboração das principais leis e decretos da Previdência Social; a criação da Associação dos Funcionários do IAPI; comentário sobre Sinval Palmeira; os conflitos pessoais gerados pelo trabalho de fiscalização; os funcionários do IAPI; a perda de autonomia dos institutos; ação do Departamento de Administração do Serviço Público (DASP); o funcionalismo dos institutos; a Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS); o Instituto de Serviços Sociais do Brasil (ISSB); os atuários do IAPI; a relação entre funcionários e segurados do IAPI; o trabalho como chefe de arrecadação do IAPI; os problemas com o patrimônio do IAPI; a política habitacional do IAPI; o regime de capitalização.

Fita 3
A utilização do patrimônio da Previdência Social; os atuários do Ministério do Trabalho; os benefícios da Previdência Social; o processo de requisição de benefícios no IAPI; o crescimento da massa segurada; assistência médica na Previdência social; o tratamento de tuberculose no IAPI; a criação dos ambulatórios do IAPI; a construção de habitações para operários industriais; referência a Alim Pedro; localização das moradias dos trabalhadores; o Serviço de Alimentação da Previdência social (SAPS); a utilização das reservas financeiras do IAPI; opinião sobre o Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU); a situação financeira privilegiada do IAPI; atuação do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); as agências dos institutos; atuação como interventor e presidente do IAPI após 1964; os conflitos devido a pedidos de nomeação de políticos; a saída da presidência do IAPI; as normas PAPS; retorno ao escritório de advocacia; o convite do Ministro Nascimento Silva para retornar à Previdência Social; o Plano de Pronta Ação; incumbência pessoal dada pelo Presidente Castelo Branco para unificar a Previdência Social; o processo de unificação da Previdência Social; a resistência à unificação; unificação e reforma administrativa; a indicação de Nazaré Teixeira Dias para ser o primeiro presidente do INPS.

Fita 4
As razões do malogro das várias tentativas de unificação da Previdência Social; a necessidade da unificação; atuação na aprovação da LOPS; comentário sobre a direção colegiada; concepção de política; o tratamento individualizado do segurado da Previdência Social; formação profissional; formação universitária e especialização; Associação dos Funcionários do IAPI; a situação de conflito social no governo Goulart; crítica à ação dos sindicatos; a relação com os militares; a participação em comissões de inquérito; o contato com Golbery do Couto e Silva; acusação de ser comunista; o apoio de militares ao seu trabalho; o inquérito contra a gestão de Juscelino Kubitschek; os ganhos dos deputados do PTB com a Previdência Social; o dia 31 de março de 1964; comentários sobre a atuação do Ministro Arnaldo Sussekind; a perda de poder dos trabalhadores na Previdência Social; as cassações; a exoneração de funcionários do IAPI por motivos políticos; a patronal do IAPI; críticas ao nepotismo; os convênios com empresas para prestação de serviços médicos aos segurados; crítica à Previdência privada.

Fita 5
As vantagens dos convênios para as empresas e para a Previdência Social; melhoria das condições profissionais dos médicos através da Previdência Social; a expansão da assistência médica; a compatibilização da assistência médica com Previdência Social; os limites financeiros para assistência médica; a Federação Brasileira de Hospitais (FBH); a construção de hospitais por interesses políticos; o apoio aos hospitais e excelência; atuação dos representantes da indústria de equipamentos médicos; as pressões da indústria farmacêutica; a criação da Central de Medicamentos (CEME); os problemas no fornecimento de remédios ao segurado; o apoio à medicina privada; a fiscalização sobre as casas de saúde; comentários sobre o Plano Nacional de Saúde; os problemas da ação do Estado no Brasil.

Fita 6
Crítica ao Plano Nacional de Saúde; o aprimoramento da qualidade da assistência médica; elogio à iniciativa privada; a gestão Luis Seixas no INPS; o crescimento da massa segurada e o aumento da intervenção estatal na assistência médica; as intenções do Ministro Leonel Miranda; os motivos do afastamento da Previdência Social; atuação como assessor do Ministro Nascimento e Silva; a criação do Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social (SINPAS); referência a Murilo Villela Bastos; as dificuldades da assistência médica fornecida pela Previdência Social; referência ao Relatório Beveridge; concepção de seguridade social; as diferenças sociais e a diferenciação no tratamento médico; comentário sobre os limites da ação do Estado e as garantias da individualidade; o plano de emergência do IAPI, em 1964; comentário sobre as comissões de reorganização da Previdência Social; referência a Jorge Lobo; o aumento da arrecadação com o ingresso de novos segurados; a inadimplência dos empresários e a instituição da correção monetária; a instituição da Carteira de Trabalho e Previdência Social; a extinção do DNPS, em 1971; os motivos da criação do Ministério da Previdência e Assistência social (MPAS); referência à denominação “canal 4” ao grupo oriundo do IAPI; a reação dos funcionários contra decisões que contrariavam as normas da Previdência Social; influência de Octacílio Brasil na sua formação profissional.

Fita 7
Revalorização atual do papel dos técnicos; posição em relação à presença das indústrias estrangeiras no Brasil; a necessidade do desenvolvimento tecnológico; pesquisas para quantificar os recursos necessários para a assistência médica; razões pelas quais funcionários do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos comerciários (IAPC) dirigiram a assistência médica na unificação;

2ª Sessão: 28 de agosto
Fita 7 (continuação)
Os problemas da falta de mão-de-obra no IAPI; os primeiros convênios para prestação de serviços médicos; as dificuldades de assistência médica no IAPI; a contratação de pessoal universitário através de prestação de serviços; resistência do IAPI à prestação de assistência médica; a cobrança de contribuição complementar para assistência médica; as dificuldades na arrecadação das contribuições; os convênios com bancos para facilitar a arrecadação; resistência dos médicos ao assalariamento; o surgimento das empresas médicas; os problemas da interiorização da medicina no Brasil; os dois tipos de médicos da Previdência: o perito e o atendente; o esforço na melhoria das condições de trabalho e de salário dos médicos do IAPI.

Fita 8
Assistência médica e redução do absenteísmo; referência a opiniões de Carlos Gentile de Mello; a questão do pagamento dos médicos por unidade de serviço; comentário sobre a expressão “médicos anfíbios”; as dificuldades na melhoria do atendimento médico; os abusos na licença médica; os convênios com indústrias e a diminuição do afastamento do trabalho por motivos de saúde; a fiscalização dos convênios; as tentativas de unificação; a diferença entre os vários institutos; a reduzida presença da Previdência Social no interior antes de 1964; o esvaziamento do Ministério da Saúde; crítica aos convênios com sindicatos; os sindicatos no governo Goulart; João Goulart e a política na Previdência Social; os funcionários do IAPI e a unificação.

Fita 9
A presença dos “cardeais” do IAPI no MTPS; os conflitos com o Ministro Júlio Barata e o afastamento dos funcionários do ex-IAPI; o crescimento das empresas médicas e hospitais privados; os problemas da gestão de Luis Seixas no INPS; o afastamento dos atuários; o aproveitamento dos funcionários do ex-IAPI em outras funções; o retorno dos “cardeais” com o Ministro Nascimento e Silva; os convênios com as universidades; tendência à universalização da assistência médica; a Lei nº 6.170; os problemas gerados pelo não-pagamento da contribuição da União; assistência médica aos institutos; a compra e reforma de agências para o INPS; os convênios com bancos para arrecadação de contribuições e pagamento de benefícios; os convênios com hospitais universitários; a criação da DATAPREV; o SINPAS.

Fita 10
Autonomia das instituições previdenciárias e sua utilização por políticos; ação do DNPS; a criação do SAPS; o funcionamento do SAMDU; a viagem pelo Brasil com os presidentes dos institutos para implementar a unificação; seguridade social e distensão política; o papel da Previdência Social na distribuição de renda; o Estatuto do Trabalhador Rural; a Previdência Social rural; a universalização e interiorização da Previdência Social de 1974 a 1978; os conflitos em função da orientação da assistência médica fornecida pelo MPAS; a CEME; a retomada da política de convênios; a superposição de entidades no atendimento médico ao trabalhador; assistência médica nas empresas; assistência patronal.

3ª Sessão: 04 de setembro
Fita 10
A carreira profissional após 1965; a participação na organização do SINPAS; comentário sobre a gestão de Jair Soares no MPAS; as conseqüências de nomeações políticas para a Previdência Social; a crise da Previdência; a gestão de Hélio Beltrão no MPAS; referência à política adequada de assistência médica; os motivos para a criação do SINPAS; críticas ao SINPAS; a unificação das políticas de bem-estar; críticas aos trabalhos escritos sobre previdência e assistência médica; melhoria nas condições de trabalho dos médicos; os convênios na gestão de Nascimento e Silva; o SINPAS e a assistência médica; comentário sobre as fraudes; atuação como Procurador-Geral do INPS, em 1969; as razões da sua saída da Procuradoria-Geral; o papel do procurador na Previdência Social; as leis de aposentadoria especial.

Fita 12
A utilização de computador na Procuradoria-Geral do INPS; os desvios nos objetivos iniciais da DATAPREV; o trabalho junto à CEME; a cobrança de medicamentos pelos hospitais; resistência à atuação da CEME; posição dos médicos; a criação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS); o Sistema Financeiro de Habitação (SFH); a experiência como proprietário de empresa de construção de habitações populares; a política habitacional dos institutos e do BNH; viagem à URSS para um congresso da Associação Internacional de Seguridade social (AISS); a Previdência Social na URSS; comentário sobre a necessidade de se guardar documentos profissionais; o destino dos documentos da Previdência Social; impressões sobre a URSS.

Fita 13
A Previdência Social na URSS; as relações da Previdência Social brasileira com a AISS; a elaboração da LOPS; o trabalho em Belo Horizonte, em 1935; o déficit da Previdência; os inquéritos no Ministério da Saúde; o Fundo de Assistência Social (FAZ); comentários sobre as mudanças na administração pública; assistência médica após 1964; o esvaziamento do Ministério da Saúde; as empresas médicas; o processo de fiscalização da prestação de serviços médicos; avaliação da sua atuação na Previdência Social; comentário sobre a política previdenciária na URSS; os problemas dos serviços de saúde no Brasil; definição de direito previdenciário.

Fita 14
Abertura política; o papel da administração; comentários gerais sobre a política brasileira; a saída de Hélio Beltrão do MPAS; o papel atual dos economistas; o convênio da Volkswagen com o Serviço Nacional da Indústria (SENAI); comentários finais; a gravação de anúncios de fiscalização do IAPI realizada durante a sua gestão.

Leila Bugalho

Entrevista realizada por Gilberto Hochman, Marcos Chor Maio e Nísia Verônica Trindade Lima, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 28 de maio, 01, 25 de junho, 02 e 13 de julho de 1987.

Resenha biográfica:
Leila Maria Bugalho nasceu em Barão de Monte Alto, Minas Gerais, a 3 de dezembro de 1930. Seu pai, comerciante português, morreu quando ela tinha seis anos. Sua mãe professora e organizadora do primeiro grupo escolar de Barão de Monte Alto, exerceu influência marcante na sua infância e adolescência.
Cursou o primário no grupo escolar de sua cidade natal e os dois primeiros anos de ginásio no Colégio Santa Marcelina, em Muriaé (MG), completando o curso no Colégio Santa Tereza, no Rio de Janeiro, para onde veio aos 13 anos.
Neste colégio, integrou-se ao movimento Ação Católica Brasileira, no qual permaneceu até o curso secundário, quando então passou a atuar na Juventude Universitária Católica (JUC). Durante o período de militância na Ação Católica, desenvolveu atividades em várias fábricas, junto aos operários, visando a organização local dos trabalhadores e sua conscientização.
Em 1948, ingressou no Colégio Pedro II, onde concluiu o curso clássico. Nesta ocasião, participou do movimento estudantil e das atividades do grêmio literário.
Em 1952, ingressou no quadro de funcionários administrativos do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários (IAPB), como escriturária, sendo então designada para trabalhar no serviço social do instituto. O trabalho no serviço social, que começava a se organizar no IAPB, aliado ao seu antigo interesse por problemas sociais despertado nas atividades que desenvolveu junto à Ação Católica Brasileira, influenciaram a opção pelo curso de graduação em serviço social, que realizou na Pontifícia Universidade Católica (PUC), no Rio de Janeiro, e que foi concluído em 1958.
No IAPB, atuou como assistente social na Clínica Psiquiátrica Santa Alice e na supervisão do serviço social das clínicas psiquiátricas conveniadas.
Em 1961, foi designada pelo Departamento Nacional de Previdência Social (DNPS) para participar da Comissão Nacional de Reabilitação Profissional. Três anos depois, foi convidada a ocupar o cargo de superintendente geral da Superintendência de Reabilitação Profissional para a Previdência Social (SUSERPS).
De 1968 a 1972, foi assessora-chefe do serviço social da Secretaria de Bem-Estar do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS). Em 1978, com a implantação do Sistema Integrado de Previdência e Assistência Social (SINPAS), passou a chefiar a Coordenadoria de Serviço Social do INPS, cargo que ocupou até 1981. Nesta ocasião, teve como objetivo a extensão do serviço social nas várias agências regionais do INPS e também a humanização do atendimento aos segurados.
Quanto à atividade docente, iniciou-a em 1958, como monitora na Escola de Serviço Social da PUC-RJ. Nesta mesma instituição, exerce atualmente a função de professora orientadora do curso de mestrado em serviço social.
Em 1975, ingressou também no quadro permanente da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde ocupava o cargo de professora adjunta no curso de mestrado da Escola de Serviço Social até a data da entrevista.

Sumário
1ª Sessão: 28 de maio
Fita 1
Nascimento; lembranças de Barão de Monte Alto (MG); o trabalho educacional da mãe; a organização do primeiro grupo escolar de Barão de Monte Alto; a vida familiar; as condições de ensino no grupo escolar de Barão de Monte Alto; as condições socioeconômicas da família; atividade do pai como comerciante; a morte do pai; status da mãe como professora; as condições socioeconômicas da população de Barão de Monte Alto; influência da mãe; o papel da mulher na sociedade; o ingresso no Colégio Santa Marcelina em Muriaé (MG); as matérias preferidas; o interesse pela literatura; características da Congregação das Irmãs Marcelinas; as doenças em Barão de Monte Alto; a vida política em Barão de Monte alto; visão política da mãe; a educação feminina no Colégio Santa Marcelina; o convívio com as filhas de fazendeiros, em Muriaé; as dificuldades de adaptação em Muriaé; características de Muriaé; a ida para o Rio de Janeiro; as dificuldades econômicas da família na cidade; lembranças do Colégio Santa Tereza; a diferença social em relação às alunas do colégio; a rebeldia durante o período de internato no colégio.

Fita 2
O interesse pela literatura; as preferências literárias na adolescência; a participação no clube literário do Colégio Pedro II; atividade profissional da mãe na Companhia Sul América de Seguros; o predomínio de figuras femininas em sua formação; o contato com a Ação Católica Brasileira; o contato com Alceu Amoroso Lima; o trabalho como datilógrafa; o trabalho na Confederação Católica; o ingresso no Colégio Pedro II; os debates políticos no Pedro II; visão política da Ação Católica; influência das ideias políticas do pensador católico Emanuel Mounier; as preocupações sociais de setores da Igreja Católica; os grupos políticos que atuavam no Pedro II; avaliação dos serviços médicos do IAPB como usuária; o lazer entre os jovens da Ação Católica; posicionamento sobre o catolicismo; o trabalho da Ação Católica nas fábricas; o contato com os operários; a relação com os sindicatos; as orientações intelectuais da Ação Católica; posicionamento da mãe sobre sua atividade na Ação Católica; referência ao namoro e casamento.

2ª Sessão: 01 de junho
Fita 3
O ingresso no IAPB; o contato com o serviço social do IAPB; o serviço social na área de saúde; a organização do serviço social no IAPB; o trabalho do assistente social nos conjuntos habitacionais do IAPB; os centros sociais nos conjuntos habitacionais; o serviço social nos demais Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs) e nas Caixas; a organização do serviço social na Previdência; reflexões sobre a profissão de assistente social; visão dos funcionários do IAPB sobre o assistente social; a promoção de atividades educacionais nos conjuntos habitacionais; o serviço social na área de saúde; ênfase aos aspectos psicossociais do serviço social nos anos 1950; atividade profissional dos bancários e os problemas psiquiátricos; o ingresso na Faculdade de Serviço Social da PUC; as disciplinas cursadas na faculdade; influência do professor de Previdência Social Moacyr Velloso Cardoso de Oliveira; visão dos técnicos da Previdência sobre o serviço social; influência do serviço social norte-americano; o predomínio da concepção psicossocial do serviço social a partir dos anos 1950; visão funcionalista e a proposta de desenvolvimento de comunidade; o movimento estudantil na PUC-Rio.

Fita 4
Lembranças do professor Alceu Amoroso Lima; a eleição de Getúlio Vargas, em 1950; as condições de ingresso no quadro de funcionários do IAPB; a interferência do Sindicato dos Bancários e do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) no IAPB; a dimensão política da atuação do serviço social nos centros sociais; atuação do assistente social na perícia médica; atuação do serviço social na seleção de moradores para os conjuntos habitacionais do IAPB; a ética profissional dos assistentes sociais do IAPB; atuação na supervisão do serviço social; a criação do Departamento de Serviço Social e Reabilitação Profissional do IAPB.

3ª Sessão: 25 de junho
Fita 5
Influência da ideologia desenvolvimentista no serviço social; a gestão financeira da Previdência Social; o trabalho como assistente social na área de saúde; o serviço social nas clínicas psiquiátricas conveniadas com o IAPB; o trabalho com a família dos doentes; o processo de preparação da família para a alta nas clínicas psiquiátricas; o trabalho do assistente social com o empregado em seu retorno ao trabalho; a incidência de tuberculose entre os bancários; os tratamentos usuais nas clínicas psiquiátricas; a supervisão do atendimento nas clínicas psiquiátricas conveniadas; o serviço social nos ambulatórios e hospitais cirúrgicos do IAPB; as situações em que o segurado era encaminhado ao serviço social; atuação do serviço social nas altas hospitalares; atuação do serviço social nas maternidades; o serviço social e a condição feminina; a relação com os médicos; o exercício profissional e a vida particular; referência ao casamento com um médico; a prestação de concurso público para o cargo de assistente social do IAPB; os problemas político-administrativos e a perseguição sofrida no IAPB; a crise no serviço social após a criação do Departamento de Serviço Social e Reabilitação Profissional do IAPB.

Fita 6
A crise no serviço social após a criação do Departamento de Serviço Social e Reabilitação Profissional do IAPB; a direção colegiada no IAPB; a designação para a Comissão Nacional de Reabilitação Profissional, em 1961.

4ª Sessão: 02 de julho
Fita 7
O debate sobre a criação da direção colegiada pela Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS); a reação dos bancários diante da unificação da Previdência; a participação na Comissão Nacional de Reabilitação Profissional; a criação da SUSERPS; o papel da reabilitação na Previdência Social; os centros de reabilitação como unidades próprias da Previdência; a perícia médica e a concessão de benefícios; o debate político nos anos 1960; as dificuldades enfrentadas pelos usuários na obtenção de benefícios; atuação na Secretaria de Bem-Estar (INPS); o regime político instaurado em 1964 e a atividade dos assistentes sociais; atuação dos assistentes sociais vinculados ao movimento de reconceituação na Previdência.

Fita 8
A disputa pela hegemonia no serviço social da Previdência entre grupos originários do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários (IAPC) e do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI); atuação como assessora-chefe do serviço social da Previdência (1968/1972); a participação na Comissão de Estudos sobre Assistência Psiquiátrica da Secretaria de Bem-Estar (INPS); as condições de atendimento nas clínicas psiquiátricas contratadas; a localização das unidades de serviços médicos do INPS; avaliação do SINPAS; atividade como assistente social da Companhia Lopes Sá Industrial de Fumo (1961/1965); a visita domiciliar como procedimento do serviço social; a metodologia tradicional utilizada no serviço social e sua crítica; a influência da concepção psicossocial originária do serviço social norte-americano; o documento de Araxá (MG) como precursor do movimento de reconceituação; influência da perspectiva marxista no serviço social brasileiro.

Fita 9
O movimento de reconceituação e o serviço social na América Latina; a teoria e prática do serviço social; visão da população sobre o serviço social.

5ª Sessão: 13 de julho
Fita 9 (continuação)
Atuação como professora no curso de graduação em serviço social da PUC-Rio; o serviço social na área de saúde e a metodologia utilizada no trabalho com indivíduos; o movimento de reconceituação do serviço social na América Latina; o papel do Comitê Brasileiro na Conferência Internacional de Serviço Social (CBCISS) na crítica e aperfeiçoamento da metodologia tradicional; análise marxista do serviço social; a criação do curso de pós-graduação em serviço social na PUC-Rio; a reavaliação do curso de mestrado da PUC-Rio; a prestação de concurso público para a Escola de Serviço Social da UFRJ; a relação entre atividade profissional e vida pessoal; o retorno à Previdência Social após a designação para a chefia do serviço social do INPS; a implantação do serviço social nas agências do INPS após a criação do SINPAS.

Fita 10
A disciplina "Previdência Social" no curso de serviço social; as dissertações de mestrado na PUC-Rio e UFRJ sobre Previdência Social; as contradições na atuação de assistente social nas instituições; a oposição entre trabalho com a coletividade e trabalho com o indivíduo; a dedicação aos filhos; visão do serviço social sobre o atendimento médico; a discussão sobre a utilização do auxílio supletivo (verba a cargo do serviço social para aplicação junto aos segurados); avaliação da Previdência Social brasileira e as perspectivas quanto à atuação do assistente social; comparação entre os cursos de pós-graduação em serviço social da PUC-Rio e UFRJ.

Fita 11
Comparação entre os cursos de pós-graduação em serviço social da PUC-Rio e UFRJ; a dissertação de mestrado sobre prática do serviço social nas agências regionais do INPS; reflexão sobre a atuação dos assistentes sociais.

Lauro Jurandir de Castro Leão

Entrevista realizada por Luiz Octávio Coimbra, Marcos Chor Maio e Nílson Moraes, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 24 e 29 de julho de 1987.

Resenha biográfica:
Lauro Jurandir de Castro Leão nasceu em Belém, no estado do Pará, no dia 1º de janeiro de 1917, filho de um comandante de embarcações no amazonas. Estudou o primário e o ginásio em sua terra natal e concluiu o curso de contabilidade no Rio de Janeiro.
Começou a trabalhar aos 16 anos em uma sapataria, e mais tarde, como praticante de piloto do rio Amazonas. Aos 18 anos, decidiu seguir carreira militar, mudando para São Paulo em dezembro de 1933. Em 1936, quando terminava o curso para sargento, foi excluído do Exército devido à sua ligação, na época, com a Ação Integralista Brasileira (AIB). Trabalhou durante alguns meses em atividade comercial, em São Paulo, até transferir-se um ano depois para o Rio de Janeiro, quando iniciou sua carreira de bancário.
Em 1937, ingressou no Banco Borges e Irmãos S. A. e filiou-se ao Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro. No final do Estado Novo, tornou-se membro do Partido Comunista Brasileiro (PCB), participando desta agremiação durante o pequeno período de sua legalidade.
Em 1946, foi integrante da Junta Interventora no Sindicato dos Bancários. Na década de 50, exerceu, consecutivamente, quatro mandatos na diretoria do sindicato.
Eleito, em 1957, delegado regional do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Bancários (IAPB), ocupou o cargo até 1962, sendo indicado neste mesmo ano, pela Confederação Nacional de Trabalhadores em Empresas de Crédito (CONTEC), para a direção do setor de arrecadação e fiscalização do IAPB. Em 1964, com o movimento político-militar que derrubou o Presidente João Goulart, foi exonerado e preso, voltando posteriormente às atividades como bancário.
Em 1982, participou, como representante do Sindicato dos Bancários, da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado Federal, para apurar a crise da Previdência Social.
Em 1984, participou da criação do Departamento de Aposentados do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, e no ano seguinte, da Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio de Janeiro. Em 1986, representou essas instituições na VIII Conferência Nacional de Saúde.

Sumário
1ª Sessão: 24 de julho
Fita 1
Nascimento; origem familiar, lembranças da infância; o primeiro emprego; a experiência como piloto de navios; lembranças do pai; referência aos marítimos em Belém; a mudança para o Rio de Janeiro; a entrada para o Exército; a exclusão do Exército; o ingresso na carreira bancária; a identificação com o nacionalismo e o socialismo; o ingresso na AIB; referência ao Golpe Integralista de 1938 e a Gustavo Barroso; atuação na AIB; o ingresso no Banco Borges e Irmãos; a filiação ao Sindicato dos Bancários; a intervenção no Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro; a capacidade de mobilização do Sindicato dos Bancários; a greve dos bancários de 1934, a criação do IAPB e a luta pela estabilidade no emprego; atividade sindical bancária no Estado Novo; as reivindicações dos bancários no Estado Novo; as lutas dos bancários com a redemocratização de 1945; comentários sobre a Caixa de Previdência dos Empregados do Banco do Brasil; a participação dos funcionários do Banco do Brasil na direção do Sindicato dos Bancários; os motivos para o ingresso na carreira militar.

Fita 2
Os motivos para o ingresso na carreira militar; a prisão como bancário e a anistia como militar, em 1964; visão do Exército; os cargos e funções na carreira de bancário; a trajetória no Sindicato dos Bancários e no IAPB; comentários sobre a profissão de bancário; comentários sobre a greve dos bancários de 1946 e 1962; algumas instâncias de organização do Sindicato dos Bancários; o trabalho como delegado regional do IAPB; influência do Sindicato dos Bancários no IAPB; a eleição para delegado regional do IAPB; administração do IAPB antes da Lei Orgânica da Previdência social (LOPS); os critérios para a ocupação de cargos no IAPB; influência de políticos no IAPB; os motivos da ausência de concurso público no IAPB; atuação de Enos Sadoch na presidência do IAPB; as lideranças bancárias; comentários sobre a LOPS; a unificação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs); comentários sobre o Hospital dos Bancários antes e depois da unificação; críticas ao processo de unificação.

Fita 3
A tuberculose entre os bancários; o Sanatório Cardoso Fontes e o ambulatório do IAPB na Avenida 13 de Maio; posição dos bancários frente à unificação da Previdência social; comentários sobre o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI); críticas à assistência patronal do IAPI; comentário sobre o convênio do IAPB com o Hospital do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM); crítica aos convênios do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS) com instituições médicas privadas; comentários sobre os convênios com casas de saúde privadas; assistência médica previdenciária na Espanha; comentários sobre a crise da Previdência Social; o Congresso de Bancários, em 1954, e as principais teses defendidas.

2ª Sessão: 29 de julho
Fita 3 (continuação)
As funções de um delegado regional do IAPB; o regime presidencialista na gestão da Previdência Social; o papel do Conselho Fiscal no IAPB; o processo de escolha do presidente e dos delegados regionais do IAPB; a estrutura interna do IAPB após a LOPS; comentários sobre a direção colegiada; os motivos para o atraso do pagamento da Previdência Social por parte das empresas e do governo; as pressões do IAPB junto ao governo para o pagamento da dívida; a política de aplicação de reservas do IAPB.

Fita 4
A política de aplicação de reservas do IAPB; a utilização dos recursos da Previdência social pelo Governo Federal; comentário sobre a direção colegiada; comentários sobre os projetos de retorno à gestão colegiada na Previdência social; o projeto para o aposentado poder ser eleito para as diretorias dos sindicatos; a importância dos mais experientes dentro do movimento sindical; comentários sobre a direçào colegiada; influência do Sindicato dos Bancários no IAPB; o processo de luta pela LOPS; as questões que mais sensibilizaram os trabalhadores nas discussões sobre a LOPS; a utilização pessoal dos serviços médicos do IAPB; comentários sobre a incidência de tuberculose e de doenças nervosas entre os bancários; a tensão do trabalho em banco; relato da compra do Hospital dos Bancários (atual Hospital da Lagoa); comentários sobre as qualidades do Hospital dos Bancários; a intervenção no IAPB após o golpe de 1964; o processo de unificação da Previdência Social após 1964; o papel do Departamento Nacional de Previdência Social (DNPS); as relações entre o Ministério do Trabalho e o IAPB na década de 1950; referência a Dante Pellacani; comentário sobre a política habitacional do IAPB; os sindicatos bancários mais mobilizados; os líderes bancários que atuaram na luta pela LOPS; as relações entre o IAPB e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); ausência de “partidarização” na vida sindical dos bancários; comentários sobre os convênios do Sindicato dos Bancários com a Previdência Social; os serviços médicos nos sindicatos bancários; a importância dos serviços assistenciais nos sindicatos de trabalhadores; referência ao Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS) e ao Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU); perfil da União Democrática Nacional (UDN) e de Carlos Lacerda; comentários sobre os movimentos grevistas que antecederam o golpe de 1964.

Fita 5
Comentários sobre os movimentos grevistas que antecederam o golpe de 1964; ausência de questões referentes à Previdência nas greves dos trabalhadores; atuação dos bancários em questões relativas à Previdência Social; origem da CPI; da Previdência Social e do Senado Federal; os depoimentos da CPI da Previdência Social; referência ao projeto de Roberto Campos sobre a privatização da Previdência Social; a participação na VIII Conferência Nacional de Saúde; posição contrária à transferência da assistência médica previdenciária para o Ministério da Saúde; as deficiências do Ministério da Saúde; a criação da Comissão de Reforma da Previdência Social; comentário sobre os tecnocratas; comentário sobre a liderança dos técnicos do IAPI no processo de unificação; os motivos para as fraudes na Previdência Social; defesa da posição dos bancários quanto à unificação; origem social dos bancários; a prisão em 1964; referência aos companheiros na prisão; a viabilidade da Previdência Social; a necessidade de punição dos responsáveis pelas fraudes.

Geraldo Baptista

Entrevista realizada por Gilberto Hochman, Luiz Octávio Coimbra e Marcos Chor Maio, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 03, 11 de dezembro de 1986, 26 de fevereiro e 02 de abril de 1987.

Resenha biográfica:
Geraldo Augusto de Faria Baptista nasceu em Belo Horizonte, em 1908, pertencendo a uma família de classe média do interior de Minas Gerais. Até os 15 anos viveu em Minas Gerais; onde cursou o primário no Grupo Escolar Afonso Pena, e os primeiros anos do curso secundário no Ginásio Mineiro.
Em 1924, com a mudança da família para o Rio de Janeiro, concluiu o secundário no Colégio Pedro II. Em 1925, ingressou na Faculdade Nacional de Direito, formando-se em 1929.
Iniciou sua carreira profissional no cartório do pai, e em seguida, trabalhou num escritório de advocacia. Em 1931, ingressou no Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio (MTIC), como primeiro adjunto do procurador-geral do Conselho Nacional do Trabalho (CNT), atuando na área da Previdência Social.
Em 1938, foi requisitado pelo recém-criado Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), para ocupar o cargo de procurador-geral.
Em 1942, integrou a delegação brasileira na 1ª Conferência Interamericana de Seguridade Social, realizada em Santiago do Chile. Dois anos depois, voltou à Procuradoria da Previdência Social, do MTIC, e no ano seguinte, após a queda de Getúlio Vargas, presidiu o CNT no governo José Linhares.
Em 1947, retornou ao MTIC e, quatro anos mais tarde, participou da Comissão Nacional de Bem-Estar Social, que reviu o primeiro projeto de Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), do então deputado Aluízio Alves.
Participou também, em 1953, do processo de unificação das Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAPs), e mais tarde, no final da década de 50, atuou como consultor de legislação social do Senado, no período de aprovação da LOPS.
No início dos anos 60, integrou a Comissão Permanente de Direito social (CPDS), que avaliava processos relativos à Previdência Social.
Em 1965, apresentou-se e voltou a exercer advocacia. No governo Chagas Freitas (1970/1974), assumiu o cargo de Secretário de Justiça do estado do Rio de Janeiro.

Sumário
1ª Sessão: 03 de dezembro
Fita 1
Origem familiar; lembranças da infância em Belo Horizonte; lembranças do Grupo Escolar Afonso Pena; formação religiosa; influência intelectual do pai; a política em Minas Gerais no início do século; a condição econômica da família; origem de Belo Horizonte; a mudança da família para o Rio de Janeiro; precariedade da assistência médica previdenciária em Belo Horizonte no início do século; a capital mineira como local privilegiado para a cura da tuberculose; a nova ocupação do pai; o ingresso no Colégio Pedro II; lembranças do Colégio Pedro II; o primeiro ano da Faculdade Nacional de Direito; a prática de esportes; o ambiente universitário; o trabalho na revista universitária ÉpocaI; os estudos ibero-americanos; comentários sobre o corpo docente da Faculdade Nacional de Direito; influência da esquerda na faculdade; o governo Arthur Bernardes.

Fita 2
A equipe da revista Época; a política na República Velha; ausência de matérias de legislação trabalhista e previdência social na faculdade; as primeiras atividades profissionais; comentários sobre a Revolução de 1930; o ingresso no MTIC; o trabalho com as CAPs no MTIC.

2ª Sessão: 11 de dezembro
Fita 2 (continuação)
A situação das CAPs no início dos anos 1930; comentários sobre as CAPs; a representação dos trabalhadores no CNT; as reuniões do CNT; comentários sobre o Decreto-lei nº 20.465 das CAPs; explicações sobre a origem dos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs); comentários sobre a criação do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Marítimos (IAPM); os conselhos de administração dos IAPs; o papel do CNT.

Fita 3
O trabalho dos médicos no CNT; influência internacional na legislação previdenciária brasileira; assistência médica nos IAPs; origem do IAPI; as funções dos inspetores das CAPs; o regulamento dos serviços médicos das Caixas; perfil de João Carlos Vital; o trabalho como procurador-geral do IAPI; a política habitacional do IAPI; a perícia médica no IAPI; a saúde do IAPI; a 1ª Conferência Interamericana de Seguridade Social.

Fita 4
A Previdência Social e a Seguridade Social; relato da 1ª Conferência Interamericana de Seguridade Social; comentários sobre a Previdência Social no Brasil; o Instituto de Serviço Social do Brasil (ISSB); a unificação das CAPS, em 1953; o trabalho como presidente do CNT; a reforma do CNT, em 1946; a Previdência Social na Constituinte de 1946; referência à LOPS; a Previdência Social para artistas, intelectuais e escritores; a 2ª Conferência Interamericana de Seguridade Social, em 1947; comentários sobre o ISSB.

3ª Sessão: 26 de fevereiro
Fita 5
Comentários sobre o ISSB; o primeiro projeto de LOPS, em 1947; atuação na Comissão Nacional de Bem-Estar Social de 1951; a ideia da direção colegiada na gestão da Previdência social; o trabalho como consultor da legislação social do Senado no período de aprovação da LOPS; conceito de associado, segurado e beneficiário; a Fundação da Casa Popular; a política dos IAPs; o débito da União com a Previdência Social no governo Juscelino Kubitschek; críticas ao projeto da LOPS aprovado pelo Congresso Nacional; o período da administração colegiada na Previdência Social; atuação na CPDS; a encampação do seguro de acidente de trabalho pela Previdência social.

4ª Sessão: 02 de abril
Fita 6
O regulamento da LOPS; trajetória profissional na Previdência Social; a extensão da Previdência Social ao trabalhador rural; avaliação da assistência médica na Previdência Social; comentários sobre a unificação dos IAPs; atuação na CPDS; comentários sobre aposentadoria por tempo de serviço; a dívida da União com a Previdência Social; o movimento de 1964 e as mudanças na Previdência Social; a indicação para Secretário de Justiça no primeiro governo Chagas Freitas; as publicações na área da Previdência Social.

Francisco Laranja

Entrevista realizada por Jaime Benchimol, Marcos Chor Maio e Rose Ingrid Goldschmidt, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 26 de novembro, 02, 10 e 17 de dezembro de 1986. Esta entrevista foi realizada para o projeto "Memória de Manguinhos".

Resenha biográfica:
Francisco Laranja nasceu em São Borja, Rio Grande do Sul, a 28 de setembro de 1916. Seu padrinho de batismo foi Getúlio Vargas e o melhor amigo de infância, João Goulart. Estes laços de amizade foram de grande importância ao longo de sua vida, especialmente com relação a João Goulart, pois durante o seu governo desempenhou as funções de assessor e médico da família Goulart, chegando a acompanhar o Presidente em viagem oficial à Europa, URSS, China e Nova Zelândia.
Realizou seus primeiros estudos em São Borja e Uruguaiana, e o ginásio em Porto Alegre, cursando mais tarde a Faculdade Federal de Medicina de Porto Alegre. Transferiu-se para o Rio de Janeiro, em 1937, onde concluiu o curso de medicina, em 1940, pela Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Iniciou sua carreira profissional como taquígrafo e datilógrafo autônomo, realizando alguns trabalhos e apostilas sobre cursos diversos, para um grupo de estudantes de direito de Porto Alegre. Em 1938, prestou concurso público para a vaga de auxiliar-administrativo no recém-criado Instituto de aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), passando a exercer a função de médico-auxiliar, em 1939, após ser aprovado em concurso interno.
A atividade que exerceu em eletrocardiograma no IAPI despertou-lhe o interesse pelos estudos em cardiologia. Trabalhou com perícia médica, diagnosticando casos de incapacidade para o trabalho, sob a orientação do professor Magalhães Gomes. Em 1941, através de concurso, tornou-se médico cardiologista do IAPI. Em 1944, entrou para o Instituto Oswaldo Cruz (IOC), como pesquisador responsável pelo setor de pesquisas cardiológicas até 1953. Nesse mesmo ano, seu nome foi indicado para a direção do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Foi empossado em janeiro de 1954, permanecendo no cargo até fevereiro do ano seguinte.
Entre 1957 e 1961, dirigiu o Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU), buscando durante a sua administração privilegiar a assistência médica à população do interior do país. Porém em 1961, no início do governo Jânio Quadros, foi exonerado.
Assumiu a presidência da NOVACAP (Nova Capital), companhia construtora de Brasília, por indicação de João Goulart no início do seu mandato presidencial, sendo destituído do cargo pouco antes do golpe militar de 1964, quando retornou ao IAPI como médico cardiologista. Participou também de diversos cursos médicos em nível nacional e pronunciou várias conferências em universidades americanas.
Seu desempenho profissional conduziu-o a vários postos e comissões, tais como delegado da Sociedade Brasileira de Cardiologia, do Conselho Internacional no México, e relator do IV Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária, em Washington, realizado em 1946. Além disso, foi membro das comissões julgadoras do concurso para o Hospital dos Servidores do Estado (HSE) e do concurso para livre docência da Faculdade Nacional de Medicina, em 1952.
Além de um compêndio de patologia cardiovascular, artigos de divulgação e atualização de temas sobre cardiologia, Francisco Laranja realizou trabalhos relativos à clínica, epidemiologia, patologia, experimentação animal e terapêutica da doença de Chagas. Este último foi realizado com a participação de pesquisadores do IOC, entre eles, Emanuel Dias, Genard Carneiro da Cunha Nóbrega, Eithel Duarte e Arnaldo Miranda. Ao desenvolver este trabalho, entre 1945 e 1956, os pesquisadores elaboraram conceitos cardiológicos de grande importância para o estudo da doença de Chagas, servindo inclusive como suporte científico às campanhas de profilaxia desta doença no Brasil, iniciadas na década de 50.
Francisco Laranja atuou como médico cardiologista do Hospital de Cardiologia de Laranjeiras – INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência social), no Rio de Janeiro, e também como pesquisador titular da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), onde desenvolveu um projeto experimental sobre doenças de Chagas, vindo a falecer em setembro de 1989.

Sumário
Fitas 1 a 3
Origem familiar e a infância no interior do Rio Grande do Sul; formação escolar; o curso ginasial em Porto Alegre; a morte do pai; a experiência como capataz de fazenda na adolescência e as transformações da vida rural; o caráter do homem gaúcho; a influência da migração europeia no Rio Grande do Sul; as personalidades políticas do sul do país; a convivência com personalidades políticas; a Revolução de 1930; a conclusão do ginásio em Porto Alegre; a relação com os pais; o lazer na infância; as relações com a família de Getúlio Vargas; o quadro epidemiológico no interior do Rio Grande do Sul; o interesse pelos estudos e o vestibular para medicina; a cadeira de direito do trabalho criada por Lindolfo Collor; o convívio com os estudantes na pensão em Porto Alegre; o comunismo na década de 1930; o curso médico e o interesse pela psicologia; a primeira viagem ao Rio de Janeiro em busca do melhores condições de trabalho; o concurso para datilógrafo do IAPI; a transferência para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro; o atentado integralista de 1938; o trabalho burocrático no IAPI.

Fitas 4 e 5
O concurso interno do IAPI; as atividades em cardiologia no IAPI; a atividade assistencial do IAPI; comentários sobre as doenças cardíacas no Brasil; a perícia e a consultoria médica do IAPI; a política salarial do IAPI na década de 1930; a questão da saúde pública durante o curso médico; o concurso para cardiologista do IAPI; a relação entre médico e paciente; a organização do posto de Bambuí (MG); a especialidade em cardiologia; o primeiro contato com a doença de Chagas; a profilaxia da doença de Chagas; a divulgação de trabalhos no exterior.

Fitas 6 a 8
O desdobramento do Ministério da Educação e Saúde e a repercussão no IOC; a gestão Olympio da Fonseca no IOC; o ingresso no IOC na gestão Henrique Aragão; críticas à centralização administrativa do IOC; a indicação para a direção do IOC em 1953; as divisões científicas e os pesquisadores do IOC; a descentralização de sua administração no IOC; a produção do IOC; os recursos do IOC; a política científica do IOC; a modificação na estrutura física de Manguinhos; a gestão Antônio Augusto Xavier; o serviço fotográfico do IOC; o Curso de Aplicação do IOC; comentários sobre a sua gestão no IOC; o retorno à pesquisa; comentários sobre o Estado Novo; avaliação da FIOCRUZ; a influência americana e os modelos de pesquisa; saúde pública e educação sanitária.

Fitas 9 a 11
A nomeação para a direção do SAMDU; os vínculos de amizade com João Goulart; a estrutura funcional do SAMDU; o retorno ao IAPI em 1964; referência ao Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS); a padronização dos serviços do SAMDU; definição político-ideológica; adesão ao getulismo e ao juscelinismo; os acordos para as indicações de cargos públicos; a descentralização administrativa de sua gestão no SAMDU; o orçamento do SAMDU; o desligamento do SAMDU no governo Jânio Quadros; a pressão partidária sobre a nomeação nos cargos públicos; o concurso para acadêmico de medicina do SAMDU; o atendimento ambulatorial; a instalação de postos ambulatoriais na região Centro-Oeste no governo Juscelino Kubitschek; a ligação entre o SAMDU e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); a relação ambulatorial entre médico e paciente; a relação entre saúde pública e política salarial; os critérios adotados para a instalação de postos do SAMDU; a direção do SAMDU no final dos anos 1950; o retorno ao IAPI após o golpe de 1964; a viagem com Jango à URSS e Europa Oriental; o regresso ao IOC e os trabalhos desenvolvidos; comentários sobre a FIOCRUZ; a questão dos relatórios administrativos do IOC; o governo João Goulart; a administração da NOVACAP; o retorno à fazenda de Goiás após o golpe de 1964; o casamento e a vida em Brasília na década de 1970; a “cassação branca”; o concurso para cardiologista no Hospital Distrital; a interferência do Serviço Nacional de Informação (SNI) em sua vida profissional.

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