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registro de autoridade

Departamento de Vacinas Virais

  • Entidade coletiva
  • 2002-

O Departamento de Vacinas Virais é subordinado à Vice-diretoria de Produção criada em 2002. O Departamento é composto pelo Laboratório de Febre Amarela (LAFAM), Laboratório de Pólio (LAPOL), Laboratório de Antígenos Virais (LAANV), Laboratório de Produção de Células (LAPRC) e pela Divisão de Apoio de Virais (DIAPV).

Olenka Freire Gréve

  • Pessoa
  • 1914-2014

Nasceu em 31 de agosto de 1914 na cidade de Rio Grande (RS), filha do tenente de cavalaria Mario de Campos Freire e de Carlota Saint-Martin Ribeiro Freire. Em 1939, concluiu o curso de arquitetura. Em 1940, casou-se com o engenheiro civil Henrique Ernesto Gréve. Em 1942, ingressou na Divisão de Obras do Ministério de Educação e Saúde, em função destinada a engenheiro, sendo a única mulher na equipe. Na Divisão, projetou escolas, hospitais, maternidades, preventórios para o Serviço Nacional de Lepra, entre outros programas, com destaque para a maternidade Instituto Fernandes Figueira e os Hospitais Gerais de Aracaju (SE) e Caravelas (BA). No Instituto Oswaldo Cruz, foi convidada por Henrique Aragão a projetar o Pavilhão de Patologia. Com a separação dos ministérios da Educação e da Saúde, em 1953, Olenka ficou lotada no novo Ministério da Educação, cuja sede permaneceu no Palácio Gustavo Capanema, no Rio de Janeiro. Depois da mudança da Capital Federal do Rio para Brasília, em 1960, Olenka, tendo o direito de permanecer no Rio de Janeiro -por ser casada com um profissional residente nesta cidade - foi transferida para o Colégio Pedro II, escola subordinada diretamente ao Ministério da Educação. A arquiteta implementou o Serviço de Engenharia e realizou projetos de reforma e de novas construções, como os pavilhões da Administração e Almirante Augusto Rademacker. Fora do serviço público projetou inúmeras construções, inclusive igrejas, sendo na maioria dos casos de forma beneficente. Em 1984, aposentou-se depois de 42 anos de serviço público.

Geraldo Augusto de Faria Baptista

  • Pessoa
  • 1908-?

Nasceu em Belo Horizonte (MG), em 1908, pertencendo a uma família de classe média do interior. Até os 15 anos viveu em Minas Gerais; onde cursou o primário no Grupo Escolar Afonso Pena, e os primeiros anos do curso secundário no Ginásio Mineiro. Em 1924, com a mudança da família para o Rio de Janeiro, concluiu o secundário no Colégio Pedro II. Em 1925, ingressou na Faculdade Nacional de Direito, formando-se em 1929. Iniciou sua carreira profissional no cartório do pai, e em seguida, trabalhou num escritório de advocacia. Em 1931, ingressou no Ministério do Trabalho, Indústria e Comércio (MTIC), como primeiro adjunto do procurador-geral do Conselho Nacional do Trabalho (CNT), atuando na área da Previdência Social. Em 1938, foi requisitado pelo recém-criado Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), para ocupar o cargo de procurador-geral. Em 1942, integrou a delegação brasileira na 1ª Conferência Interamericana de Seguridade Social, realizada em Santiago do Chile. Dois anos depois, voltou à Procuradoria da Previdência Social, do MTIC, e no ano seguinte, após a queda de Getúlio Vargas, presidiu o CNT no governo José Linhares. Em 1947, retornou ao MTIC e, quatro anos mais tarde, participou da Comissão Nacional de Bem-Estar Social, que reviu o primeiro projeto de Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), do então deputado Aluízio Alves. Participou também, em 1953, do processo de unificação das Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAPs), e mais tarde, no final da década de 1950, atuou como consultor de legislação social do Senado, no período de aprovação da LOPS. No início dos anos 1960, integrou a Comissão Permanente de Direito Social (CPDS), que avaliava processos relativos à Previdência Social. Em 1965, apresentou-se e voltou a exercer advocacia. No governo Chagas Freitas (1970/1974), assumiu o cargo de Secretário de Justiça do estado do Rio de Janeiro.

Luiz Moura

  • Pessoa
  • 1925-

Nasceu no Rio de Janeiro, em 4 de maio de 1925. Teve influência marcante de seu pai, Pedro Moura, que durante muitos anos chefiou a 12ª Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro. Pedro Moura foi também membro ativo da Ação Integralista Brasileira, sendo inclusive preso após a tentativa de golpe, em 1938. Cursou o primário no colégio alemão ("Deutsche Schule") e o secundário nos colégios Lafayette e Santo Antônio Maria Zacaria. Cursou o complementar de medicina no Colégio Santo Inácio e ingressou na Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, atual UFRJ, em 1944, apesar da resistência do pai, que almejava para seu filho a carreira militar, opção de seus três irmãos. A partir do quarto ano da faculdade, passou a ser interno do serviço de clínica da 12ª Enfermaria da Santa Casa da Misericórdia, onde permaneceu até 1949, quando concluiu o curso. Em 1950, ingressou como cirurgião no Hospital General Manoel Vargas, atual Hospital de Bonsucesso, que pertencia ao antigo Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Empregados dos Transportes e Cargas (IAPETC). Paralelamente, manteve clínica médica particular e administrou durante alguns anos uma granja criada por seu pai no início da década de 1950. Em 1960, transferiu-se para o plantão do Hospital do IAPETC e permaneceu lá até 1967. Segundo seu depoimento, neste período, descontente com os rumos do país e com a excessiva interferência dos sindicatos no hospital, aderiu ao golpe de 1964, sendo incumbido de ajudar a controlar o hospital no dia da eclosão, em abril. Dois anos depois, diplomou-se pela Escola Superior de Guerra (ESG). Assistente-técnico do Hospital de Bonsucesso a partir de 1967, foi convidado pelo General Médici, em 1969, para assumir a Secretaria Executiva de Assistência Médica do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), cargo no qual foi empossado em 24 de novembro de 1969. No ano seguinte, com a saída de Walter Graciosa, assumiu a presidência do INPS em 25 de fevereiro. Nos dois cargos que ocupou, procurou implementar uma política de produção e distribuição de medicamentos para a população, a partir da sua experiência com a indústria de medicamentos do Hospital de Bonsucesso. A ênfase na produção e distribuição de medicamentos gerou inúmeros conflitos, provocando a sua exoneração em 4 de agosto do mesmo ano. Apesar do seu afastamento de cargos públicos, continuou denunciando a ação das indústrias farmacêuticas estrangeiras, através do deputado Florim Coutinho. Em 1970, foi transferido para o ambulatório de Cavalcanti e, em 1973, para o Hospital Cardoso Fontes, onde foi assistente de dois diretores e chefe de clínica médica. No final de 1980, foi nomeado diretor nacional da Divisão Nacional de Medicamentos do Ministério da Saúde (DIMED/MS). Dois anos depois, retornou à Previdência Social, trabalhando em projetos especiais da Superintendência Regional do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS), sendo nomeado, posteriormente, diretor do Serviço de Medicina social do município do Rio de Janeiro e coordenador da Administração Médica do estado do Rio de Janeiro, aposentando-se em 1983.

Moacyr Velloso Cardoso de Oliveira

  • Pessoa
  • 1913-1992

Nasceu em Vitória (ES), em 25 de julho de 1913, filho de Arthur Cardoso de Oliveira e Teresa Velloso de Oliveira, ambos baianos e de famílias de profissionais liberais. Realizou o curso primário na Escola Olavo Bilac e no Externato Pitanga, no Rio de Janeiro, e o secundário no Externato Santo Inácio, na mesma cidade. Em 1933, bacharelou-se em ciências jurídicas e sociais pela Faculdade de Direito do Rio de Janeiro, doutorando-se em direito público pela mesma faculdade, em 1935. Católico por formação, foi fundador da Ação Universitária Católica, em 1934, e sócio do Centro Dom Vital. Em 1937, ingressou na Previdência Social como assistente-técnico da comissão organizadora do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), participando, entre outras atividades, da elaboração do primeiro concurso público para o ingresso nos quadros técnicos do IAPI, e do seu primeiro regulamento. Procurador do IAPI a partir de 1938, ocupou entre 1941 e 1948 os seguintes cargos: diretor de Previdência Social do Conselho Nacional do Trabalho (CNT), diretor-geral do Departamento de Previdência Social (DPS) e diretor-geral do Departamento de Previdência Social (DNPS). Além dessas ocupações, participou da elaboração do decreto que extingiu a administração das Caixas de Aposentadoria e Pensões (CAPs) e da organização e regulamentação da Justiça do Trabalho, em 1941. Também fez parte da comissão que elaborou e regulamentou a Lei de Acidentes do Trabalho e assinou o decreto que criou o Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU). Em 1945, chefiou a delegação brasileira no I Congresso Pan-Americano de Serviço Social no Chile. Após o fim do Estado Novo, assessorou diversos projetos de Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), desde a primeira versão apresentada ao Congresso Nacional, em 1947, até a versão definitiva, aprovada em 1960, além de participar de sua regulamentação. Em 1950, tornou-se membro da Comissão Permanente de Direito Social do Ministério do Trabalho. Em 1955, foi nomeado chefe de gabinete do Ministro do Trabalho, Indústria e Comércio (MTIC) e, de 1958 a 1959, foi assistente-técnico desse Ministério. Após o golpe de março de 1964, foi designado chefe de gabinete do Ministro do Trabalho Arnaldo Sussekind, assumindo interinamente a pasta em duas ocasiões. No governo Castelo Branco, participou da formulação do projeto de unificação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs) e assessorou o Ministro do Planejamento Roberto Campos, na instituição do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Aposentado do cargo de procurador do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), em 1977, voltou à Previdência Social a convite do Ministro Hélio Beltrão, 1982, afastando-se em 1988, quando já ocupava a Secretaria da Previdência Social do Ministério da Previdência e Assistência Social (MPAS). Professor de legislação social da Escola Técnica de Serviço Social e do Instituto de Direito Social do Rio de Janeiro, foi sócio do Centro Dom Vital, um dos fundadores da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra (ADESG), representante do Brasil várias vezes nas reuniões da Organização Internacional do Trabalho em Genebra, na Suíça, e professor de Direito do Trabalho e Doutrina Social da Igreja na PUC-Rio. Além de artigos técnicos sobre trabalho e Previdência Social, publicou diversas obras, entre elas: Noções de Legislação de Previdência e do Trabalho (1937) e A Previdência Social Brasileira e a Nova Lei Orgânica (1961). Faleceu em São Lourenço (MG) no dia 28 de janeiro de 1992.

Severino Montenegro

  • Pessoa
  • 1911-?

Nasceu em Olinda (PE), em 09 de maio de 1911. Seu pai era dono de uma usina açucareira. Entre seus três irmãos Severino Montenegro é o mais velho. Cursou o primário na usina e o curso secundário no Colégio dos Irmãos Maristas. Em 1928, iniciou seus estudos na Faculdade de Engenharia de Recife, concluindo o curso em 1932. Casou-se em seguida e um ano depois mudou-se para o Rio de Janeiro, ingressando no Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Comerciários (IAPC) como atuário, por indicação do então Ministro do Trabalho Agamenon Magalhães. Nesta ocasião, criou o serviço atuarial do IAPC, que mais tarde transformou-se em Diretoria de Atuária e Estatística, da qual foi seu primeiro e único diretor. Em 1945, participou da Comissão de Estudo sobre a viabilidade atuarial do Instituto de Serviços Sociais do Brasil (ISSB). Com a unificação dos Institutos de Aposentadoria e Pensões (IAPs), em 1967, e face à inexistência de um departamento atuarial no recém-criado Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), passou a trabalhar no serviço atuarial do Ministério do Trabalho e Previdência Social (MTPS). Em 1974, com a criação do Ministério da Previdência Social (MPAS), assumiu a chefia da Coordenadoria Atuarial deste ministério, exercendo diferentes atividades na Previdência Social.

Waldemar Luiz Alves

  • Pessoa
  • 1920-

Nasceu em Paulista (PE), em 1920. Filho de um foguista, ainda criança foi morar em Recife, onde começou a trabalhar como torneiro-mecânico. Mais tarde, aprendeu com um primo o ofício de pespontador e após seis meses tornou-se autônomo, até ser convidado para dirigir a seção de pesponto de uma grande fábrica de calçados em Recife. Em 1942, fez parte da Junta Interventora no Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Calçados de Recife que, após 60 dias, convocou eleições para a nova diretoria, sendo eleito presidente do sindicato. Em 1944, houve eleições para o Conselho Fiscal do Instituto de Aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), na qual foi eleito suplente da representação dos trabalhadores. Continuou como presidente do sindicato por mais dois anos quando, em 1946, tornou-se membro efetivo do Conselho Fiscal do IAPI, transferindo-se para o Rio de Janeiro. Nos anos 1950, participou ativamente na luta pela reforma da Previdência Social e, particularmente, na aprovação da Lei Orgânica da Previdência Social (LOPS), que possibilitava, entre outras coisas, a participação de empregados e empregadores na administração dos órgãos de Previdência Social. Além disso, foi membro da Comissão Ministerial que regulamentou a referida lei. No governo Kubitschek foi assessor do então Ministro do Trabalho João Batista Ramos, para assuntos relacionados à Previdência Social. Logo após a regulamentação da LOPS, quando foram convocadas as eleições para o preenchimento dos cargos de representante classista junto à Previdência Social, concorreu e foi eleito um dos representantes dos empregados no Conselho de Administração do IAPI. Como integrante do Conselho Administrativo, foi eleito pelo mesmo, presidente do IAPI, permanecendo no cargo por um ano, de 1962 a 1963. Participou também das eleições de 1962, como candidato da coligação Partido Social Trabalhista e Partido Socialista Brasileiro (PST-PSB), em Pernambuco, sendo um dos mais votados para deputado federal. Porém, em 09 de abril de 1964, teve o seu mandato cassado pelo Ato Institucional nº 1 (AI-1). Em 1984, atuou no Movimento Nacional Tancredo Neves, na qualidade de coordenador das entidades de classe.

Antonio Jorge Abunahman

  • Pessoa
  • 1913-2001

Filho de imigrantes libaneses, nasceu no município de São Gonçalo (RJ), no dia 20 de agosto de 1913. Seu pai era comerciante e, com esta atividade, sustentava uma numerosa família formada pela esposa e mais 13 filhos. Quando tinha apenas dois anos de idade, sua família transferiu-se para Cachoeiras de Macacu, no interior do Estado do Rio de Janeiro. Aí transcorreu toda a sua infância, marcada pela liberdade e pelo contato com a natureza. Iniciou os estudos em uma escola pública de Cachoeiras de Macacu. O curso secundário foi feito em tradicionais instituições de ensino privado de Petrópolis e Niterói. Seu pai, um homem semi-analfabeto, fazia questão de garantir bons estudos aos filhos. Sua opção pela medicina foi influenciada pela única referência médica com que contou na infância: Almir Madeira, que era professor de pediatria em Niterói, membro da Academia Nacional de Medicina e médico dos funcionários da companhia ferroviária e das famílias de Cachoeiras de Macacu, no início do século. Durante o período em que frequentou a Faculdade Fluminense de Medicina (1931/1937), foi monitor de tisiologia do professor Mazine Bueno, clinicou no Hospital Escola São João Batista e no Hospital de Isolamento do Barreto. Neste, a maioria dos pacientes era formada por doentes terminais de tuberculose. Abunahmam separava os doentes menos crônicos e ministrava-lhes o pneumotórax. Com isso, transformava a espera da morte em esperança de vida. A hemoptise - momento em que o doente tuberculoso vomita sangue, podendo morrer asfixiado ou de hemorragia - passou a ser uma cena habitual em sua vida profissional. No Brasil dos anos 1930, a tuberculose tinha se tornado uma doença que não escolhia classe social: atingia toda a população. O perigo de contágio era iminente; o tuberculoso, socialmente estigmatizado. Quando optou pela tisiologia, a tuberculose ainda não tinha cura. A aplicação de sais de ouro, o pneumotórax e o repouso eram alguns dos procedimentos mais adotados. Nem o risco de contágio nem a letalidade da doença fizeram com que, decisivamente influenciado por seu trabalho com Mazine Bueno, desistisse de se tornar tisiologista. Logo depois de sua formatura, em 1938, foi nomeado diretor do Hospital Ary Parreira. Permaneceu no cargo por oito meses, deixando-o para chefiar o Dispensário de Tuberculose no Centro de Saúde São Lourenço, onde atuou durante 20 anos. Lá, tratava de doentes iniciais, que eram mais facilmente curados. Seu primeiro consultório, ainda em 1938, era sublocado de outro médico. Em 1944, comprou seis salas do último andar de um edifício de escritórios em construção, no centro de Niterói. Este consultório transformou-se em uma pequena clínica privada para o atendimento de tuberculosos. Havia uma sala de espera e dois banheiros; em outra sala, instalou o aparelho de raios X; a do lado servia para revelar as chapas; noutra, realizava o pneumotórax; a seguinte servia para repouso do paciente e a sexta era seu gabinete. A afluência de doentes era enorme. Seu fichário chegou a conter 140 mil nomes de pacientes de Niterói, do Rio de Janeiro e até do interior do Estado. Foi professor de tisiologia e radiologia pulmonar na Faculdade Fluminense de Medicina de 1937 a 1967. Muitos de seus alunos, depois de formados, encaminhavam pacientes para seu consultório. Com tantas atividades, dividia seu tempo da seguinte forma: pela manhã trabalhava no Dispensário de Tuberculose e, um dia por semana, dava aula na Faculdade; à tarde, dedicava-se somente ao consultório, sem ter hora certa para acabar. Além disso, atendia no meio da noite ou nos finais de semana a chamados de pacientes em situação mais grave. Apesar de uma vida profissional muito intensa, dedicou-se também à causa associativa. Em 1956, assumiu a presidência da Associação Médica Fluminense (AMF). Essa entidade, de caráter científico, funcionava como um centro de estudos médicos, onde eram apresentadas comunicações. Com a promulgação do Decreto-Lei n° 3.268/1957, o Conselho Federal de Medicina, sediado na cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal, convocou as diretorias das associações médicas estaduais a organizarem regionalmente o Conselho de Medicina. Como presidente da Associação Médica Fluminense, foi então nomeado presidente da Diretoria Provisória do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, em 1957. Sua função era instalar efetivamente o Conselho, inscrevendo os médicos do Estado. Visitando os médicos nos municípios de Friburgo, Petrópolis, Cordeiro, Campos, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, percebeu que muitos profissionais tinham receio do controle que o Conselho poderia exercer sobre sua vida profissional. Diante desta evidência, ele implementou uma estratégia ao mesmo tempo persuasiva e coercitiva. Por um lado, mostrava que o Conselho estava sendo organizado para ajudar o médico e defendê-lo do mau profissional. Por outro lado, mostrava que, se o médico não se inscrevesse no Conselho, não poderia emitir atestado de óbito nem de saúde. Dessa forma, conseguiu filiar mais de dois mil médicos em todo o Estado do Rio de Janeiro. Todo este trabalho de construção da entidade foi feito sem que o presidente do Conselho conhecesse o Código de Ética que acabara de ser promulgado e que regia a vida profissional do médico no Brasil. Após esse momento de participação no associativismo médico, voltou à atividade clínica e acadêmica no meio dos tisiólogos. Além das reuniões nacionais sobre tuberculose, esteve presente nos encontros internacionais realizados em Nova Delhi (1957) Toronto (1961), Roma (1963), Nova York (1969), Tóquio (1973), México (1975) e Bruxelas (1978). Graças ao trabalho desenvolvido, chegou a ser presidente da Sociedade Fluminense de Tisiologia e Pneumologia em 1965, continuando a conjugar a atividade clínica no consultório particular e no Dispensário de Tuberculose do Centro de Saúde São Lourenço com a de docente na Faculdade de Medicina, em Niterói. Faleceu em 2 de outubro de 2001

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