Divisão Nacional de Engenharia Sanitária (DNES)
- Entidade coletiva
- 1970-1977
Divisão Nacional de Engenharia Sanitária (DNES)
Alberto Lima de Morais Coutinho
Serviço Nacional de Malária (SNM)
Dinah de Niemeyer Portocarrero
Estudo Nacional de Despesa Familiar
Pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com assessoria da Food and Agriculture Organization (FAO), entre 18 de agosto de 1974 a 15 de agosto de 1975 (fase de campo). Tinha como objetivo Avaliar o consumo alimentar, a estrutura de despesa familiar e o estado nutricional de uma amostra da população brasileira, representativa dos estados da federação. Procurou atender as necessidades de planejamento governamental e privado, compondo uma visão geral que congrega aspectos distintos da situação. Enfatizou-se a obtenção de informações sobre consumo alimentar, levantando-se elementos para estudos sobre condições de nutrição. As informações alimentares foram coletadas através de pesagem direta, durante sete dias. Também inclui relato dos alimentos que foram consumidos fora do domicílio durante o período. Além das informações sobre alimentos no domicílio, também foram coletados outros dados sócio-econômicos, tais como: composição familiar (sexo, idade, migração e relação com o chefe para todas as pessoas do domicílio), emprego, renda e dados antropométricos das pessoas residentes. Direcionada para a população em geral de todos os estados e regiões metropolitanas (Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte, Salvador, Recife, Fortaleza, Belém e Brasília), e não inclui a área rural na região Norte. Atingiu aproximadamente 55 mil famílias.
Francisco de Paula da Rocha Lagôa
Nasceu em 8 de agosto de 1907, em Belo Horizonte (MG). Ingressou na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte, da atual Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em 1924, trabalhando logo em seguida como auxiliar acadêmico e pesquisador do Instituto Ezequiel Dias, que pertenceu ao IOC. Em 1930, passou a ocupar o cargo de professor assistente da cadeira de fisiologia e, mais tarde, da cadeira de histologia e de parasitologia, da Faculdade de Medicina da UFMG. Em 1937, estagiou em diversos laboratórios norte-americanos para aperfeiçoar-se no estudo das Rickettsias. Dois anos depois, foi aprovado em concurso para livre-docência da cadeira de Parasitologia da Faculdade de Medicina da UFMG. Em 1943, foi convocado para o serviço ativo militar como capitão-médico, sendo designado para chefiar o laboratório e a enfermaria de dermatologia do Hospital Militar de Belém. Integrou também a Força Expedicionária Brasileira (FEB), seguindo para a Itália a fim de prestar assistência médica em diversos hospitais. Ao regressar ao Brasil, em 1945, retomou suas atividades de pesquisa e docência, desligando-se do Instituto Ezequiel Dias, em 1947, para chefiar o Serviço de Endemias Rurais da Secretaria de Saúde de Minas Gerais, onde permaneceu até 1949. Durante o governo Juscelino Kubitschek assumiu a direção do Instituto Nacional de Endemias Rurais (INERu). Mais tarde, passou a dirigir o Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu), sendo também indicado para a direção do IOC, cargo que ocupou de 1958 a 1960. Presidiu a Sociedade de Parasitologia do Brasil, em 1967, e foi membro do Conselho Nacional de Saúde da Academia Brasileira de Ciências. De 1952 a 1977, foi perito em doenças parasitárias da Organização Mundial de Saúde (OMS). Foi ainda diretor do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG, em 1966 e, no ano seguinte, chefiou o Departamento de Parasitologia desse mesmo Instituto. Permaneceu no cargo até 1969, quando foi aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional nº 5 (AI-5). Em 1979, retornou como professor ao Instituto de Ciências Biológicas da UFMG. Morreu em 13 de abril de 1990.
Casado com Marina Batista Xavier. Morreu em 16 de junho de 1975, aos 79 anos, no Rio de Janeiro.
Olympio Oliveira Ribeiro da Fonseca [Filho]
Olympio Oliveira Ribeiro da Fonseca nasceu em 7 de maio de 1895, no Rio de Janeiro, filho de Olympio Arthur Ribeiro da Fonseca e Elisa Oliveira Ribeiro da Fonseca. Em 1915 graduou-se pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. De 1913 a 1914 freqüentou o Curso de Aplicação do IOC, onde atuou posteriormente como pesquisador especializado em fungos, professor, chefe de laboratório e diretor. Foi membro da Academia Nacional de Medicina, Academia Brasileira de Ciências e Sociedade Brasileira de Biologia, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, além de professor catedrático de parasitologia da Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro. Morreu em 19 de abril de 1978, no Rio de Janeiro.
Nasceu em 1939, na cidade de Presidente Wenceslau (SP), graduou-se em medicina veterinária em 1967 pela UFF e concluiu o doutorado no Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP, em 1972. No período de 1969 a 1971, cursou o pós-doutorado em virologia e epidemiologia, no Baylor College Of Medicine, EUA. Entre 1974 e 1976, ocupou o cargo de Gerente de setor da Bayer do Brasil Indústrias Químicas S.A., em São Paulo e em Colônia, na Alemanha. Em 1976, foi convidado pelo então presidente da Fiocruz, Vinicius da Fonseca, a ocupar o cargo de superintendente do recém-criado Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos – Bio-Manguinhos. Esteve à frente do instituto por 13 anos consecutivos, desde a sua criação. No período de abril de 1989 a março de 1990, foi presidente da Fiocruz. Entre 1990 e 1991 foi coordenador do Programa de Auto-Suficiência Nacional em Imunobiológicos (Pasni), do Ministério da Saúde. Na Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), atuou como coordenador de Biotérios do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico, Programa Especial de Vacinas e Imunização, entre 1991 e 1997, em Washington, EUA. Retornou ao Brasil no fim de 1997, ocupando o cargo de vice-presidente de Tecnologia da Fiocruz. Em 2001, deixou a função e tornou-se novamente diretor eleito de Bio-Manguinhos, em segundo mandato, cargo no qual permaneceu até 2009.
Nasceu em 9 de dezembro de 1910, em Campos dos Goytacazes (RJ), filho de Lafaiete Manhães de Andrade e Amélia dos Santos Andrade. Graduou-se em 1936 pela Faculdade Fluminense de Medicina, atual Universidade Federal Fluminense. De 1931 a 1938 atuou como auxiliar de laboratório do Instituto de Pesquisas da Fundação Gaffrée e Guinle e, em seguida, como assistente de laboratório do Instituto Neuro-Sífilis (1937-1938) e chefe bacteriologista da Seção de Laboratórios do Instituto Parreiras Horta em Sergipe (1938-1941). Como biologista do Departamento Nacional de Saúde (DNS), de 1941 a 1945, desenvolveu atividades em delegacias federais de saúde dos estados do Pará, Pernambuco, Alagoas e Mato Grosso. Ainda nesse período estagiou na Seção de Bacteriologia do Laboratório de Saúde Pública do Rio de Janeiro (1938), subordinado ao DNS, e realizou o Curso de Saúde Pública do IOC (1945). Ingressou nessa instituição no ano seguinte como médico sanitarista concursado do Ministério da Educação e Saúde e foi designado para os cargos de chefe da Seção de Bioclimatologia da Divisão de Higiene (1946-1962), chefe do Laboratório de Tuberculose da Divisão de Microbiologia e Imunologia (1946-1966), professor (1950-1964) e coordenador (1958) de cursos, secretário e assistente da direção (1959-1961) e chefe do Serviço de Documentação da Divisão de Ensino e Documentação (1962-1964). Além disso, teve atuação no Laboratório de Tuberculose do Instituto de Microbiologia da Universidade do Brasil (1951-1957), no laboratório da Divisão de Biologia e Química do Instituto Vital Brasil (1957-1960) e no Instituto de Saúde Pública da Bahia (1948-1950), sempre em postos de comando. Em 1966 foi removido para o Serviço Nacional de Tuberculose do Ministério da Saúde, onde respondeu pelo Setor de Pesquisas Bacteriológicas do Laboratório Central de Tuberculose até 1974. Entre 1976 e 1979 chefiou a Coordenação da Rede Nacional de Laboratórios de Bacteriologia da Tuberculose da Divisão Nacional de Tuberculose do MS. Em 1977 foi bolsista da Organização Pan-Americana da Saúde para visita a programas de tuberculose na Colômbia, Venezuela e Argentina. Aposentou-se em 1980, mas permaneceu desenvolvendo suas atividades de pesquisa e ensino junto ao Instituto de Tisiologia e Pneumologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio de Janeiro (1979-1987) e à Divisão Nacional de Pneumologia Sanitária do MS (1979-1986). Integrou a Sociedade Brasileira de Higiene, a Sociedade Americana de Bacteriologistas, a Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a Sociedade Brasileira de Microbiologia, a Federação Latino-Americana de Coleções de Culturas Microbianas, o Grupo de Trabalho Internacional sobre Taxonomia Mycobacterial e a União Internacional contra a Tuberculose. Foi casado com Celima Manhães de Andrade. Morreu em 6 de maio de 2003, no Rio de Janeiro.