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Casa de Oswaldo Cruz João Batista Calixto
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Plantas medicinais: história e memória da pesquisa e da política científica no Brasil

Reúne 16 depoimentos orais de cientistas e professores vinculados à universidades e institutos dedicados à pesquisa na área de plantas medicinais. Estes depoentes foram escolhidos em função de sua inserção acadêmica e participação na condução e organização de grupos de pesquisa. Foram entrevistados, ainda, dois técnicos do Ministério da Saúde que tiveram relevante atuação neste processo. Questões de fundamental importância para o tema, como a relação entre ciência e tecnologia, a indústria farmacêutica nacional, a legislação sobre patentes na área, as agências de fomento à pesquisa e os financiamentos de projetos e programas foram abordados no âmbito do projeto.

João Batista Calixto

Entrevista realizada por Tania Fernandes e Fernando Dumas, em Florianópolis (SC) e no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 30 de setembro. 01 e 02 de outubro de 1998 e 13 de dezembro de 2000.

Sumário
Fita 1 - Lado A
Sua origem familiar e infância; a pós-graduação na Faculdade Paulista de Medicina; sua experiência em São Paulo e o interesse pela farmacologia; referência a atividade de pesquisa em farmacologia na Universidade de Brasília; o início das pesquisas em farmacologia na Faculdade Paulista de Medicina; os investimentos da Central de Medicamentos (CEME) em pesquisa com plantas; o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento de Científico e Tecnológico (CNPq) às pesquisas na Escola Paulista de Medicina; a coordenação do projeto sobre plantas em 1979; aborda a trajetória profissional de Rosendo Yunes; a diferença entre o trabalho com plantas e produtos sintéticos; aborda o apoio de Kasper Stainer, reitor da Universidade Federal de Santa Catarina, à pesquisa com plantas.

Fita 1 - Lado B
Continua a referência à Kasper Stainer; os primeiros resultados positivos nas suas pesquisas com plantas; a pesquisa com planta anti-ofídica e o investimento da Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP); a patente e a publicação do trabalho com planta anti-ofídica; sua relação com a indústria farmacêutica e outros grupos de pesquisa.

Fita 2 - Lado A
A repercussão social da pesquisa com planta antí-ofídica e a consolidação do grupo de pesquisa da Universidade de Santa Catarina (USC); o grupo de trabalho na USC; as dificuldades na pesquisa com a planta antí-ofídica; as plantas que trabalhou em seu primeiro projeto de pesquisa científico na USC; a escolha das plantas para a pesquisa científica; o Projeto Flora; a pesquisa fundamental e o treinamento para se trabalhar com plantas medicinais.

Fita 2 - Lado B
A expansão e a importância dos medicamentos fitoterápicos; a utilização das plantas para fins terapêuticos; a elaboração e fabricação dos medicamentos; a fitoterapia na China.

Fita 3 - Lado A
Referência a sua família, sua educação básica e o curso científico; o período pós-64; sua mudança para Brasília e sua entrada na Universidade de Brasília (UnB); suas atividades como bolsista de iniciação científica na microbiologia na UnB; sua transferência para a Escola Paulista de Medicina; sua mudança para a Universidade Federal de Santa Catarina; a relação das reformas universitárias e a criação da área de plantas medicinais.

Fita 3 - Lado B
Comenta a estrutura política e administrativa das universidades; um panorama histórico do financiamento à pesquisa; o Laboratório de Tecnologia Farmacêutica (LTF).

Fita 4 - Lado A
Referência ao investimento da indústria farmacêutica em pesquisa científica e a relação dos pesquisadores com a indústria; a política de patentes no Brasil, Estados Unidos e Europa; aborda historicamente o desenvolvimento de medicamentos sintéticos e fitoterápicos no Brasil e no mundo; a Central de Medicamentos (CEME).

Fita 4 - Lado B
Continua o comentário sobre a CEME; a pesquisa de plantas medicinais e o investimento e apoio da CEME à pesquisa; a relação entre a CEME e as universidades; a Escola de Farmácia do Rio Grande do Sul; a relação do Núcleo de Pesquisas em Produtos Naturais (NPPN) com a população; o desenvolvimento da farmacologia em Curitiba; o papel da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) na coordenação nacional da pesquisa científica.

Fita 5 - Lado A
O papel dos simpósios de plantas medicinais; a falsificação de medicamentos; controle de qualidade dos medicamentos; PROBEM; a relação da indústria farmacêutica com as plantas medicinais; a Vigilância Sanitária.

Fita 5 - Lado B
A saída de Elisaldo Carlini da direção da Vigilância Sanitária; o papel do Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde (INCQS); grupos de pesquisa de plantas no Estado de São Paulo; a pesquisa de produtos naturais na região nordeste, norte e sudeste do país; o desenvolvimento da farmacologia no Brasil; a relação da indústria farmacêutica com o mercado de trabalho: técnicos e acadêmicos.

Fita 6 - Lado A
Perspectiva da área de plantas medicinais no Brasil; a utilização da fitoterapia como tratamento preventivo; perspectivas de crescimento do mercado consumidor de fitoterápicos; patente de plantas medicinais; a produção de plantas por biotecnologia; crescimento da indústria farmacêutica e a oferta de empregos.

Fita 6 - Lado B
Referência a lei de patente no Brasil; o relacionamento de grupos de pesquisa em plantas com a indústria farmacêutica no Brasil; a extração de plantas e a biodiversidade; o impacto da regulamentação do setor de plantas medicinais na indústria e no uso popular das plantas; a pesquisa com a copaíba; propriedades maléficas das plantas; fóruns internacionais de debate sobre plantas.

Fita 7 - Lado A
Continua abordando os congressos e simpósios sobre plantas; comenta a avaliação da imprensa sobre a pesquisa e produção de medicamentos fitoterápicos no país; a produção de medicamentos fitoterápicos no Brasil; a interação da universidade e a indústria farmacêutica; a política governamental para o setor de plantas medicinais; o papel da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ) na pesquisa e produção de medicamentos; a relação do governo brasileiro com a indústria farmacêutica; o desenvolvimento do mercado de produtos naturais; comenta suas condições de trabalho e a possibilidade de mudança para outro Estado.

Fita 8 - Lado A
A pós-graduação e o trabalho em Florianópolis; considerações sobre a Farmacologia prática; discussão da ética em pesquisa experimental com animais e o Comitê de Ética; a questão da biodiversidade; o PROBEM; referência a ECO-92; comentários sobre a capacitação tecnológica na área de medicamentos no Brasil e a falta de um programa nacional para a área; a lei de registro de medicamentos fitoterápicos.

Fita 8 - Lado B
Continuação dos comentários sobre a lei de registros de medicamentos; definição de fitoterápico; referência ao processo de patente; a questão dos medicamentos genéricos; o custo de produção do laboratório; a situação atual no Brasil de patente, pesquisa e produção de medicamentos fitoterápicos; convênio entre empresas farmacêuticas e universidades; crítica a ausência de programas de desenvolvimento de medicamentos no país; considerações sobre a área de farmacologia no Brasil e o investimento em fitoterápico.

Fita 9 - Lado A
Comentários sobre a questão da biodiversidade, a biotecnologia e as indústrias brasileiras; o produto fitoterápico; menção ao PROBEM; a entrada de multinacionais na área de fitoterápicos; a parceria de indústrias farmacêuticas com universidades; o MCT (Ministério de Ciência e Tecnologia) e os Fundos setoriais; a Finep e a questão do financiamento em pesquisa.

Fita 9 - Lado B
Considerações sobre a competência científica na universidade brasileira e as agências de fomento; o programa de formação de recurso humano criado na década de 70; referência a área de Química, Farmacologia e Botânica; o processo de desenvolvimento de medicamento fitoterápico; a formação na pós-graduação e a demanda de profissionais no mercado farmacêutico; a questão dos trangênicos e a biodiversidade; os Simpósios de Plantas Medicinais; menção ao Pronex (Programa de Apoio a Núcleos de Excelência), SBPC e a Sociedade Brasileira de Plantas Medicinais; a publicação de revistas especializadas na área de plantas.

Fita 10 - Lado A
Continuação dos comentários sobre as publicações em plantas medicinais; referência ao PIBIO (Programa Institucional de Biotecnologia) e a estrutura do Departamento de Farmacologia da UFSC; as indústrias farmacêuticas, a pesquisa e o investimento tecnológico; panorama dos principais grupos de pesquisa que trabalham na área de fitoterápico no Brasil e a questão do financiamento.