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Instituto Oswaldo Cruz (IOC) Com objeto digital
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Leon Rabinovitch

Entrevista realizada por Nara Azevedo e Wanda Hamilton, nos dias 6 de dezembro de 1996 e 13 de janeiro de 1997, no Rio de Janeiro.

Leônidas de Mello Deane

Entrevista realizada por Nara de Azevedo Brito, Paulo Gadelha, Rosbinda Nuñes e Rose Ingrid Goldschmidt, na Fiocruz (RJ), nos dias 11 de janeiro de 1987, 20 de janeiro, 02 e 09 de fevereiro, 10 e 17 de março e 17 de junho de 1988.
Sumário
Fita 1
A família e a infância no Pará; a influência da cultura europeia na formação escolar; o curso de desenho; os estudos nos colégios Progresso Paraense e Moderno; a Faculdade de Medicina do Pará; a repercussão da passagem de Oswaldo Cruz por Belém; o contato com Antônio Acatauaçu Nunes Filho e o trabalho no laboratório de análises clínicas da Sana Casa da Misericórdia de Belém em 1930; o contato com Henry Kumm e o interesse pela entomologia.

Fitas 2 e 3
Evandro Chagas e a criação do IPEN; o convite para trabalhar no IPEN; a influência profissional de Antônio Acatauaçu Nunes Filho e de Jaime Aben Athar; a precariedade dos meios de comunicação e transporte no Brasil no início do século; a primeira doença estudada pelo IPEN; a excursão com Evandro Chagas a Abaeté (BA) em 1936 e a pesquisa da leishmaniose visceral americana; a atividade clínica paralela às pesquisas de campo; a liderança de Evandro Chagas; a relação de Evandro Chagas com o IOC; a Fundação Rockefeller e a campanha contra o Anopheles gambiae em 1938 no Nordeste; as conseqüências da morte de Evandro Chagas para continuidade dos trabalhos no IPEN; o apoio de Carlos Chagas Filho à campanha contra o Anopheles gambiae; a chegada de Emanuel Dias a Belém e a formação de um novo grupo de pesquisadores; a contribuição do IPEN para o avanço da ciência; comentários sobre Felipe Neri Guimarães, Leoberto Ferreira e Oliveira Castro; a primeira visita ao IOC.

Fitas 4 a 6
Os resultados das pesquisas em Abaeté; a inoculação voluntária com leishmânia; os diários de campo enviados a Evandro Chagas; a pesquisa sobre o mal de cadeiras em Marajó; a campanha contra o Anopheles gambiae em 1938 e a campanha do Serviço de Malária do Nordeste em 1940; os riscos presentes nas pesquisas de campo; o início dos trabalhos no Serviço de Malária; a participação de Gladstone Deane e de Maria von Paumgartten Deane na campanha; o contato com Marshal Barber e o trabalho no laboratório do Serviço de Malária.

Fitas 7 a 9
A migração do Anopheles gambiae da África para o Brasil em navios franceses durante a Segunda Guerra Mundial; Marshal Barber e o Método do Verde Paris; Carlos Chagas e o combate à epidemia de malária em 1905; a dificuldade na implementação de métodos de erradicação de doenças no início do século; o Serviço de Demarcação de Limites do Anopheles gambiae e o trabalho dos guardas sanitários; comparação entre a atuação da Fundação Rockefeller nos Estados Unidos e no Brasil; Manoel Ferreira e a campanha contra a malária na Baixada Fluminense; considerações sobre as profecias do Padre Cícero e a crendice das populações do Nordeste; comentários sobre Lampião; o prédio da sede do Serviço de Malária na zona rural de Aracati e o estudo sobre a ecologia do Anopheles gambiae em Cumbe; as dificuldades de controle da malária na África devido a questões políticas; a tradição brasileira em campanhas nacionais; a equipe do Serviço de Malária do Nordeste aproveitada pelo SESP em 1942; os guardas sanitários formados em entomologia; o fim da campanha contra o Anopheles gambiae; impressões sobre a cidade de Fortaleza em 1941.

Fitas 9 a 11
A incorporação do Instituto Evandro Chagas ao SESP; o retorno ao Instituto Evandro Chagas em 1942; os estudos sobre doenças tropicais; os cursos de treinamento para técnicos e médicos no Instituto Evandro Chagas; o grau de contaminação da malária no interior do Brasil; o primeiro estudo de campo para verificar o papel preventivo da cloroquina no Pará; as experiências com o DDT no Brasil em 1945; o controle da malária na Amazônia pelo SESP em 1946; o curso de mestrado em saúde pública na Universidade Johns Hopkins em 1942 e a especialização em entomologia na Universidade de Michigan em 1943; o desenvolvimento da área de saúde pública nos Estados Unidos; o interesse pela medicina experimental; o grupo de sanitaristas brasileiros que cursaram a Universidade Johns Hopkins e o seu papel no desenvolvimento da saúde pública; comparação entre as escolas de saúde pública do Rio de Janeiro e de São Paulo; o SESP e a primeira pesquisa sobre filariose no Brasil; a produção de DDT nos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Mundial; as excursões científicas com Maria von Paumgartten Deane pelo Brasil; a participação nas campanhas conta a filariose em 1945 e contra a bouba em 1950; comentários sobre Mário Pinotti.

Fitas 12 e 13
Avaliação do desempenho do SESP; o trabalho no Instituto de Malariologia no Rio de Janeiro em 1949; a administração de Marcolino Candau na OMS; a instrução de professoras primárias pelo SESP; a chefia da Divisão de Malária de São Paulo; a utilização de sal cloroquinado no combate à malária entre 1958 e 1959; as diferenças entre campanhas de controle e campanhas de erradicação de doenças; a passagem do Serviço Nacional de Malária para Campanha de Erradicação da Malária; comentários sobre o funcionamento do Serviço Nacional de Malária; o início das campanhas de erradicação no país; o Instituto de Malariologia e as pesquisas com mosquitos transmissores da malária; os problemas de localização do Instituto de Malariologia; o convite de Samuel Pessoa para lecionar na Faculdade de Medicina de São Paulo em 1953.

Fitas 14 a 16
As pesquisas sobre malária em Ilhéus e Itabuna (BA); a evolução das técnicas na área de epidemiologia; a política de desmatamento no combate à malária em Santa Catarina; as expedições científicas pelo Brasil; o adiamento da tese sobre parasitos em animais da Amazônia e o trabalho na campanha contra o calazar no Ceará em 1953; o Prêmio Oswaldo Cruz em 1955 com o trabalho sobre a campanha contra o calazar; o perfil de Samuel Pessoa e sua equipe de pesquisadores; a prioridade à pesquisa aplicada e o convívio de Samuel Pessoa com a população da zona rural; as fontes de financiamento para as grandes campanhas; as bandeiras científicas e o interesse por saúde pública despertado em seus participantes; o fim das bandeiras científicas com o golpe de 1964; a pesquisa sobre malária em macacos e sua relação com a malária humana.

Fitas 17 a 20
A experiência adquirida no Departamento de Parasitologia da Universidade de São Paulo (USP); as pesquisas em reservatórios do Trypanosoma cruzi no Norte; os recursos provenientes da OMS para as pesquisas sobre malária em macacos; o Inquérito Policial-Militar (IPM) na Faculdade de Medicina de São Paulo em 1964; o esvaziamento da faculdade depois do inquérito e o fechamento do Departamento de Parasitologia; o exílio da filha na França em 1968; a prisão da filha em Buenos Aires em 1974; o trabalho no Instituto de Medicina Tropical de Lisboa; o exílio na Venezuela em 1976 e o trabalho como orientador de pós-graduação; o retorno ao Brasil em 1979 e o trabalho no Departamento de Entomologia do IOC; avaliação do Departamento de Pesquisa em Parasitologia de Portugal e da Venezuela; o Departamento de Parasitologia organizado por Maria Deane na Venezuela; a participação na Comissão de Consultores em Pesquisa Médica da OMS na Venezuela; as instituições de pesquisa no Brasil durante a ditadura militar; a situação de Manguinhos na década de 1950; a auto-suficiência financeiro-administrativa da Faculdade de Medicina de São Paulo; o curso sobre o método de determinação da idade do mosquito na Universidade de Londres em 1958; a tradição do estudo em parasitologia no Brasil; o papel desempenhado pelo IOC na área de parasitologia; o interesse de Oswaldo Cruz e de Samuel Pessoa pela saúde pública.

Fita 21
A descoberta da tripanossomíase americana e o reconhecimento internacional de Carlos Chagas; os estudos sobre o Trypanosoma cruzi no Brasil e o prêmio do Congresso Internacional de Higiene em Berlim; Gaspar Viana e a descoberta do tártaro emético para o tratamento da leishmaniose tegumentar; Henrique Aragão e o estudo sobre parasitos da malária em pombos; o fenômeno Oswaldo Cruz; Alcides Godoy e a descoberta da vacina contra a manqueira; Rocha Lima e as pesquisas em tifo exantemático; as contribuições de Arthur Neiva e Costa Lima para o desenvolvimento da entomologia no Brasil; considerações sobre as diferentes vocações de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas; o destaque de Adolpho Lutz na área de parasitologia; a oposição de alguns sanitaristas à intervenção da Fundação Rockefeller no Brasil; o convite para a conferência em homenagem a Fred Soper em Los Angeles em 1987.

Fitas 22 a 24
O aspecto militarista da atividade sanitária no Brasil; a filosofia disciplinar da Fundação Rockefeller; os financiamentos e incentivos da Fundação Rockefeller às faculdades de São Paulo; a importância da participação da Fundação Rockefeller nas campanhas de controle de doenças; os trabalhos sobre febre amarela e malária desenvolvidos no Brasil nas décadas de 1940 e 1950; o serviço de combate à malária instalado na Baixada Fluminense pela Fundação Rockefeller em 1922; a contribuição da Fundação Rockefeller na produção de vacinas contra a febre amarela; a falta de confiança da Fundação Rockefeller nos cientistas brasileiros; a importância da viscerotomia para os estudos epidemiológicos; o papel da Universidade Johns Hopkins na formação de uma mentalidade sanitária homogênea; a influência da tradição científica francesa na formação dos sanitaristas brasileiros no início do século; os sanitaristas brasileiros formados pela Universidade Johns Hopkins; os estudos sobre leishmaniose desenvolvidos por Samuel Pessoa; comparação entre as linhas de pesquisa de Barros Barreto, Samuel Pessoa e Mário Magalhães; a saúde pública sob as gestões de Oswaldo Cruz e Carlos Chagas; a deficiência tecnológica para o controle de doenças nos últimos 30 anos do século XX; a utilização de sal cloroquinado no controle da malária; a atuação de Mário Pinotti no Ministério da Saúde nas décadas de 1950, 1960 e 1970.

Fitas 25 a 27
O retorno ao Brasil em 1979 e o convite para trabalhar no Departamento de Entomologia do IOC; comentários sobre o técnico Archibaldo Galvão; os laboratórios do Departamento de Entomologia e as atuais pesquisas em desenvolvimento; as pesquisas de classificação de insetos nas florestas do Rio de Janeiro; o período de estagnação dos estudos sobre doença de Chagas e o desenvolvimento das recentes pesquisas dessa doença; a pesquisa de Maria Deane sobre a transmissão do Trypanosoma cruzi pelo gambá; a valorização do estudo biológico da doença de Chagas em detrimento do estudo clínico; a diferença entre ciência básica e aplicada; os estudos de Antônio Paulino sobre oncocercose na Amazônia; as pesquisas sobre malária na FIOCRUZ; o projeto de estudo sobre malária em macacos; a importância da coleção entomológica da FIOCRUZ; comparação entre o IOC e outras instituições de pesquisa no Brasil; comentários sobre o Instituto Evandro Chagas; as pesquisas sobre doença de Chagas desenvolvidas por Joaquim Eduardo de Alencar na Universidade Federal do Ceará; comentários sobre o Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães; os trabalhos desenvolvidos na Faculdade de Medicina da Paraíba; comentários sobre a Escola Tropicalista Baiana; a polêmica na comunidade científica sobre a utilização racista da teoria darwinista; comentários sobre o Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz e a Fundação Ezequiel Dias; as pesquisas científicas nas instituições do sul do país; comentários sobre o Instituto de Biofísica; comparação entre os institutos de pesquisa do Rio de Janeiro e os de São Paulo; as pesquisas em parasitologia desenvolvidas na FIOCRUZ e sua importância em relação ao Terceiro Mundo; o estágio de desenvolvimento do Instituto Venezuelano de Investigação Científica; avaliação das instituições de pesquisa estrangeiras e seu intercâmbio com o Brasil; as pesquisas em parasitologia no Brasil e sua importância em relação aos países desenvolvidos; as pesquisas em parasitologia desenvolvidas atualmente em Manguinhos; comentários sobre o desempenho da atividade científica.

Fitas 25 a 27
Comparação entre as pesquisas em parasitologia desenvolvidas no IOC e em outras instituições do Brasil; as pesquisas de Patrick Manson sobre filariose; a influência da teoria darwinista na comunidade científica brasileira; Otávio Mangabeira e a direção do Centro de Pesquisas Gonçalo Moniz; comentários sobre a Fundação Ezequiel Dias; as pesquisas em parasitologia realizadas por institutos e universidades brasileiras; a situação da ciência brasileira em relação aos países do Terceiro Mundo; a situação da ciência brasileira em relação aos países desenvolvidos; a qualidade do ensino universitário no Brasil; perspectivas em relação ao desenvolvimento da ciência no Brasil.

Lygia Madeira César de Andrade

Entrevista realizada em duas sessões: 21 de agosto de 2001 e em 29 de abril de 2003; na primeira sessão os entrevistadores foram Laurinda Rosa Maciel, Maria Eugênia Noviski Gallo, Márcio Campista e Vivian Cunha e foram gravadas as fitas 1 e 2 lado A; na segunda sessão, os entrevistadores foram Laurinda Rosa Maciel, Mariana Santos Damasco e Nathacha Regazzini Bianchi Reis e foram gravadas as fitas 2 Lado B e 3.

Maria Inez de Moura Sarquis

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida, Magali Romero Sá, com participação da pesquisadora Gisela Lara Costa, na Fiocruz (RJ), em 08 de fevereiro de 2001.
Sumário
Fita 1 - Lado A
O interesse pela ciência desde a infância; os estudos de medicina na Universidade de Coimbra, em Portugal; a necessidade de voltar ao Brasil e o ingresso na Faculdade de Ciências Biológicas; a expectativa em retomar os estudos de medicina; comentários sobre o primeiro estágio na Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA); as primeiras pesquisas com roedores na área de bacteriologia realizadas na instituição; a importância de Jair da Rosa Duarte, pesquisador da FEEMA, em sua trajetória profissional; a contratação pela FEEMA para trabalhar no Laboratório de Bacteriologia de Vetores; comentário sobre a área de pesquisa na FEEMA; recapitulação dos anos como estagiária na FEEMA; as primeiras pesquisas realizadas no IOC; a transferência para o Departamento de Micologia do IOC; a importância do apoio das pesquisadoras Alia Tubajis Salminto e Pedrina Cunha de Oliveira em sua trajetória profissional; os primeiros trabalhos realizados com fungos no Departamento de Micologia do IOC; breve histórico dos pesquisadores envolvidos com a Coleção de Culturas de Fungos do IOC; a personalidade e o perfil profissional de Pedrina Cunha de Oliveira; considerações sobre o trabalho em consultoria e em treinamentos nos Serviços Técnicos Especializados do Departamento de Micologia do IOC; a necessidade de dedicação integral ao trabalho em taxonomia de fungos filamentosos; o treinamento de estagiários e a dificuldade de mantê-los na área de taxonomia de fungos do IOC; as pesquisas de campo na FEEMA; a identificação de inúmeros fungos arenosos encontrados nas praias do Rio de Janeiro; breve relato de sua dissertação de Mestrado em Microbiologia Veterinária sobre a incidência de fungos encontrados na praia de Ipanema, defendida na UFRRJ; a carência de pesquisadores especializados em taxonomia de fungos no Brasil; relato das atividades docentes atuais visando à preparação de profissionais para a área de micologia; o período do ingresso no Departamento de Micologia do IOC da Fiocruz e o corpo de pesquisadores e estagiários.

Fita 1 - Lado B
O período do ingresso no Departamento de Micologia do IOC e o corpo de pesquisadores e estagiários; a implantação do laboratório da Coleção de Culturas de Fungos, no Departamento de Micologia do IOC; as atividades na área de taxonomia de fungos no laboratório; a curadoria exercida por Pedrina Cunha de Oliveira; as atividades docentes em diversas instituições; as impressões sobre a necessidade de divulgação das pesquisas realizadas na área de micologia; relato do impacto causado pela divulgação dos primeiros resultados de sua dissertação de mestrado; o convite para chefiar o Laboratório da Coleção de Culturas de Fungos; o estágio atual da catalogação da Coleção de Culturas de Fungos; breve relato do histórico do acervo da Coleção de Culturas de Fungos e a incorporação de novas cepas; as estratégias de controle de empréstimos de cepas para a realização de pesquisas em outras instituições; comentários acerca da metodologia de preservação das cepas da coleção; o reconhecimento internacional da Coleção de Micologia do IOC; considerações sobre os cuidados necessários para preservação e reconhecimento das cepas; as dificuldades enfrentadas pelos pesquisadores que atuaram no Departamento de Micologia; o procedimento dos antigos pesquisadores diante das coleções; o despreparo e a falta de incentivo do IOC no passado para a preservação das coleções científicas; considerações acerca do estado atual da Coleção de Micologia; comentários sobre o auxílio prestado a outras instituições para a preservação de coleções micológicas; novos relatos sobre o empréstimo de materiais da Coleção de Fungos para instituições públicas e privadas; o incentivo à pesquisa realizada com fungos no INPA; comentários sobre a divisão de tarefas com Gisela Lara da Costa.

Fita 2 - Lado A
Comentários sobre os esforços em conjunto com Gisela Lara da Costa para manutenção do acervo da Coleção de Culturas de Fungos do IOC; a origem dos recursos para manutenção e conservação da coleção; sua opinião e a de Gisela Iara Costa acerca da gerência das coleções científicas na Fiocruz; as dificuldades financeiras para manutenção da Coleção de Culturas de Fungos; a importância do apoio da Casa de Oswaldo Cruz (COC) aos acervos das coleções científicas da instituição; relato das técnicas e métodos de manutenção e conservação da Coleção de Culturas de Fungos do IOC; relato sobre as atividades de catalogação do acervo da Coleção de Culturas de Fungos do IOC; considerações acerca da nomenclatura das cepas; a importância da cooperação entre unidades da Fiocruz para a manutenção das coleções científicas; considerações acerca das medidas tomadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) em relação ao transporte de espécimes de uma região para outra; considerações de Gisela Lara da Costa sobre a filosofia institucional em relação às coleções na Fiocruz; novas considerações das pesquisadoras Maria Inez Sarquis e Gisela Lara sobre os desafios enfrentados pelo Departamento de Micologia do IOC; a satisfação pessoal de trabalhar na área de micologia.

Maria José Deane

Entrevista realizada por Lúcio Flávio Taveira e Rose Ingrid Goldschmidt, na Fiocruz (RJ), no dia 12 de setembro de 1989.
Sumário
Fitas 1 e 2
As heranças austríaca, portuguesa e italiana presentes na formação dos pais; observações sobre a morte da irmã por difteria; recordações da infância em Belém; comentários sobre o avô e a busca da riqueza na Amazônia; o desprezo ao título de nobreza da família von Paumgartten; o empobrecimento da família devido à Primeira Guerra Mundial; a disciplina na educação e a valorização da literatura desde a infância; a formação francesa da mãe; o vínculo direto de Belém com a Europa no início do século; a qualidade do ensino público em Belém durante o ciclo da borracha; a organização do Colégio von Paumgartten pelas tias educadoras; a formação do pai; a morte do avô; o casamento por procuração dos pais; o curso normal realizado pela mãe em Paris; a aversão pelos movimentos políticos e ideológicos; críticas ao conceito de vocação nata; a escolha profissional; o desenvolvimento do senso crítico e o desprezo aos dogmas religiosos; a liberdade concedida pela família na escolha profissional; o significativo número de mulheres na turma da faculdade de medicina; o encontro com Leônidas Deane na faculdade e sua influência no interesse pela pesquisa científica; o estágio como interna na Santa Casa da Misericórdia; o ingresso na equipe de Evandro Chagas e a presença feminina em grupo de pesquisadores exclusivamente masculino; a recepção como cientista no interior do Brasil; a questão da virgindade e o questionamento da importância do casamento; o contato com a família Chagas na década de 1930; o choque causado pela morte de Evandro Chagas; as aventuras presentes nas campanhas pelo interior do Brasil; a importância do estágio realizado no Curso de Aplicação do IOC; a ausência de nomes femininos de peso no IOC na década de 1930; o trabalho em hematologia com Walter Oswaldo Cruz; o ingresso na campanha contra o Anopheles gambiae e a briga com Evandro Chagas; a estruturação da Fundação Rockefeller nas campanhas contra a malária; a discriminação em sua carreira profissional; as mudanças profissionais devido à maternidade; as aulas preparadas a partir da narrativa de experiências passada; a opção pela dedicação exclusiva à maternidade durante os primeiros anos da filha; o convite de Samuel Pessoa para ingressar na USP; o envolvimento da filha em movimentos estudantis durante a ditadura militar e a sua fuga para a Argentina; a violência moral sofrida pelos presos políticos; comentários sobre a ditadura militar argentina.

Maria Penna

Entrevista realizada em duas sessões, por Nísia Trindade Lima, Ricardo Augusto dos Santos e Eduardo Thielen, nos dias 2 e 31 de agosto de 1990, no Rio de Janeiro, a respeito do sanitarista Belisário Penna, pai da depoente, enfatizando sua trajetória política e profissional.

Mécia Maria de Oliveira

Entrevista realizada por Ruth Martins, no dia 23 de fevereiro de 1987, a respeito de Walter Oswaldo Cruz e sua produção científica.
Sumário:
Fita 1 - Lado A
A ida para estagiar no Laboratório de Hematologia e a seleção feita por Walter Oswaldo Cruz entre os candidatos; breve referência aos estudos feitos por Walter Oswaldo Cruz sobre anemia parasitológica; novos comentários sobre o tipo de seleção feita por Walter Oswaldo Cruz para escolher seus estagiários e lembrança de como foi seu teste; a rotina junto a outros estagiários no Laboratório de Hematologia; referência a Academia do Terceiro Mundo, com sede na Itália; sobre um dos estudos desenvolvidos por Walter Oswaldo Cruz que foi premiado; sobre o trabalho de pesquisa que desenvolve atualmente; os seminários realizados durante seu estágio com Walter Oswaldo Cruz; sobre a administração de Rocha Lagoa.

Fita 1 - Lado B
A destituição de Walter Oswaldo Cruz da chefia do laboratório; as qualidades necessárias a um cientista; a relação de Walter Oswaldo Cruz com seu trabalho; o processo de elaboração de um trabalho científico e sua divulgação; referência a Sílvia Oswaldo Cruz; o processo de trabalho da equipe de Walter Oswaldo Cruz; a atuação de Walter Oswaldo Cruz na área de Hematologia; a dificuldade de se publicar novos trabalhos em revistas científicas; a liderança exercida por Walter Oswaldo Cruz entre os cientistas.

Fita 2 - Lado A
Reflete sobre importância e prestígio da Academia Brasileira de Ciências antigamente.

Mesa redonda Massacre de Manguinhos

Depoimentos de sete cientistas de Manguinhos, coletados durante a realização de uma mesa redonda a respeito das vivências e versões de cada um dos entrevistados a respeito do episódio conhecido como "Massacre de Manguinhos". Tal episódio, ocorrido na vigência do regime militar brasileiro na década de 1970, implicou no afastamento e cassação dos direitos políticos destes cientistas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC).

Moacyr Vaz de Andrade

Entrevista realizada por Rose Ingrid Goldschmidt e Wanda Hamilton, na Fiocruz, nos dias 14 e 16 de dezembro de 1987, 29 de janeiro e 05 de fevereiro de 1988.
Sumário
Fita 1 e Fita 2 – Lado A

Origem familiar; a importância do meio universitário na formação do indivíduo; a influência do Colégio Batista em sua vida; formação religiosa; o interesse pela leitura; a atividade do pai como líder sindical; o clima de diálogo na família; a descoberta do marxismo; o rompimento com o Partido Comunista Brasileiro (PCB); a militância política no PCB; o ingresso no PCB em 1945; a célula do PCB no IOC; o desligamento do Partido na época da ilegalidade; a preparação para o vestibular de medicina no Colégio Universitário; a reprovação no exame de física; o vestibular para química na Universidade do Distrito Federal (UDF); a encampação da UDF pela Faculdade Nacional de Filosofia em 1937; o interesse pela ciência através do contato com o professor Victor Strawinsky; comentários sobre a UDF; a Segunda Guerra Mundial e o retorno dos professores estrangeiros à Europa; o ingresso na seção de ensaios biológicos e controle do IOC; as dificuldades para se tornar pesquisador; o incentivo do professor Hasselmann e o concurso de Manguinhos; a orientação do curso de química voltada para a formação de professores do segundo grau; os vínculos entre Brasil e Estados Unidos na área de química; o mercado de trabalho na área de química; a convocação para a guerra e o adiamento da contratação no IOC.

Fita 2 – Lado B a Fita 4 – Lado A

O trabalho desenvolvido na seção de ensaios biológicos e controle; a química no IOC; a implantação do ponto obrigatório no IOC; o papel de Gilberto Villela no desenvolvimento da bioquímica no Brasil; a produção de plasma seco durante a guerra; a relação dos pesquisadores do IOC com a Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro; o trabalho de controle de produtos farmacêuticos no IOC; a escassez de mercado de trabalho na área de pesquisa; a produção de penicilina no IOC; a produção de vacinas no IOC; a gestão Henrique Aragão no IOC; o prestígio pessoal como elemento fundamental na distribuição de verbas para o IOC; as irregularidades na administração do IOC; os inquéritos militares e administrativos no IOC e as perseguições aos pesquisadores; o Congresso de Microbiologia realizado em 1950; os desníveis salariais entre funcionários do IOC; o Curso de Aplicação do IOC; a transferência para a seção de micologia a convite de Arêa Leão; as disputas entre os pesquisadores pelo uso de equipamentos científicos.

Fita 4 – Lado B a Fita 6 – Lado A

A amizade com Masao Goto; o trabalho na seção de micologia; a interrupção da pesquisa em conseqüência da cassação e os planos para continuá-la ao retornar a Manguinhos; as pesquisas sobre câncer desenvolvidas por Arêa Leão; a atividade política e comercial da fabricação de vacinas; o perfil de Arêa Leão; a realização profissional na micologia; o veto de Rocha Lagoa à homenagem a Arêa Leão; o afastamento de Olympio da Fonseca do IOC e sua volta como diretor em 1950; a falta de incentivo à pesquisa no Brasil; o desenvolvimento da micologia no IOC; o desenvolvimento da micoteca; os cursos de Manguinhos na área de micologia; as dificuldades profissionais em conseqüência da cassação; o trabalho como professor de fisiologia e bioquímica de fungos; a importância da criação de um conselho administrativo no IOC; opinião sobre a administração de Sérgio Arouca; a ilegalidade do PCB e a apreensão de seus arquivos em 1964; o retorno a Manguinhos depois da cassação.

Fita 6 – Lado B e Fita 7

As aulas de micologia no Curso de Aplicação do IOC; o aproveitamento de alunos do curso como estagiários; a crise do IOC durante a gestão Olympio da Fonseca; a gestão Travassos da Rosa e a exoneração de funcionários; o trabalho desenvolvido na administração do IOC; os conflitos entre os setores de pesquisa e de produção; as dificuldades em conciliar pesquisa e administração; a surpresa pela cassação; o grupo de cassados e o entusiasmo pelo trabalho; a administração de Olympio da Fonseca; a produção de vacinas no IOC; o perfil de José Fonseca da Cunha e seu relacionamento com os pesquisadores; o interesse político-governamental na área de produção; as dificuldades para a realização de pesquisas no Brasil.

Orlando Vicente Ferreira

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida e Magali Romero Sá, no Rio de Janeiro (RJ), em 21 de fevereiro de 2001.
Sumário
Fita 1 - Lado A
O perfil de Fred Soper, dirigente da Fundação Rockefeller no Brasil; comentários a respeito da participação como assistente-técnico e desenhista na Fundação Rockefeller entre 1940 e 1946; a organização do Setor de Entomologia da Fundação Rockefeller e a rotina de trabalho; o destino das coleções científicas da Fundação Rockefeller após a saída da instituição do Brasil; considerações acerca de sua especialização e a necessidade de reconhecer as várias espécies de mosquitos para a realização do trabalho de taxonomia; a participação na coleta de mosquitos em Teresópolis (RJ); considerações sobre as várias espécies coletadas por profissionais da Fundação Rockefeller e levadas para os Estados Unidos; as excursões de coletas organizadas pela Fundação Rockefeller e sua participação nestas; os vários espécimes de mosquitos e larvas coletados nas excursões organizadas pela Fundação Rockefeller; a catalogação e o armazenamento do material coletado pelo Laboratório de Entomologia da Fundação Rockefeller.

Fita 1 - Lado B
O perfil de Nelson Cerqueira e suas funções na Fundação Rockefeller, assim como aquelas exercidas pelos desenhistas contratados; a transferência para o Serviço Nacional de Febre Amarela (SNFA), como auxiliar de entomologia, após a saída da Fundação Rockefeller do Brasil; o destino das coleções de mosquitos organizadas pela Fundação Rockefeller; os atuais curadores de parte das coleções de mosquitos da Fundação Rockefeller, catalogadas no Centro de Pesquisas René Rachou; comparação entre os curadores das coleções científicas atuais e os do passado; o processo de transferência da Fundação Rockefeller para o SNFA; breve comentário sobre as rivalidades entre os funcionários da Fundação Rockefeller e os do IOC; o ingresso no setor de desenhos da Seção de Zoologia Médica na década de 1950 no IOC; referência à formação de grupos na Seção de Entomologia; o perfil profissional de Edith da Fonseca e de Antônio Pugas, desenhistas da Seção de Zoologia Médica do IOC; a formação profissional e os primeiros trabalhos como desenhista.

Fita 2 - Lado A
O investimento profissional na área de desenho científico; o trabalho com a Coleção Entomológica de Costa Lima, pesquisador do IOC; a formação da coleção do professor Costa Lima; os critérios para a incorporação de novos espécimes coletados por pesquisadores do IOC na coleção organizada por Costa Lima; referência à Bertha Lutz; as coleções deixadas por Adolpho Lutz; o perfil profissional de Adolpho Lutz e de Costa Lima; a formação da coleção organizada por Costa Lima; o relacionamento profissional entre os pesquisadores Lauro Travassos e Costa Lima; a formação da Coleção Geral de Entomologia; referência aos
roubos de espécimes das coleções científicas; considerações acerca de sua participação na organização da Coleção Geral de Entomologia; as coletas realizadas pelo coronel Moacyr Alvarenga; a falta de apoio institucional do IOC para a coleta, catalogação e organização das coleções científicas; a idealização de um prédio para armazenar as coleções na Fiocruz; a necessidade de curadores para as coleções científicas; o envolvimento dos pesquisadores na organização das coleções no passado; o perfil profissional de Hugo de Souza Lopes.

Fita 2 - Lado B
Comparações entre os colecionadores do passado e do presente; a necessidade de organizar as coleções científicas da Fiocruz para facilitar o acesso dos pesquisadores de outras instituições; relato das atividades realizadas quando exerceu a curadoria da Coleção Entomológica; reflexão sobre as implicações do "Massacre de Manguinhos" na trajetória de alguns pesquisadores do IOC; comparações entre os curadores de coleções científicas na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil; o perfil profissional de Herman Lent e José Jurberg; a transferência das coleções científicas para o Hospital Evandro Chagas (HEC) na Fiocruz; as questões políticas envolvidas na transferência das coleções científicas para o HEC; a contribuição para organização das coleções científicas da Fiocruz; os prejuízos causados às coleções científicas devido a transferência para o HEC; reflexões acerca do futuro das coleções científicas da Fiocruz.

Pedrina Cunha de Oliveira

Entrevista realizada por Lúcio Flávio Taveira e Rose Ingrid Goldschmidt, na Fiocruz (RJ), no dia 06 de junho de 1989.
Sumário
Fitas 1 a 3
Origem familiar; o perfil do pai; a infância em uma fazenda em Goiás; a personalidade da mãe; as dificuldades de comunicação no interior do Brasil na década de 1940; a educação familiar voltada para o trabalho; a ausência de preconceito na educação informal; a igualdade no trato com os trabalhadores da fazenda; os papéis sociais do homem e da mulher no interior brasileiro em meados do século XIX; o espaço doméstico como locus feminino; a profissionalização como caminho para a emancipação; a generosidade característica da educação materna; os papéis familiares: a mãe educadora e pai provedor; a população “encardida” de Goiás; os primeiros estudos realizados na comunidade local; o ingresso no colégio interno feminino; a rígida disciplina de uma instituição religiosa; o cotidiano no internato; a “disciplinarização” do diálogo e a preocupação com a higiene na escola; a vigilância do corpo nos banhos no internato; a preocupação das freiras com a educação humanitária; a censura à literatura; o ingresso em colégio leigo de Goiânia; a liberdade na escolha profissional; a opção pelo curso de farmácia; o desejo inicial de retornar a Goiás após a graduação; a fascinação pelo trabalho laboratorial; o curso de farmácia da UFRJ na década de 1950; a ausência de preconceito sexual na faculdade; as qualidades da Faculdade de Farmácia da UFRJ; a opção por não retornar a Goiás e o primeiro contato com o IOC; o ingresso em Manguinhos como estagiária e o trabalho desenvolvido com Oswaldo Lazzarini Peckolt no Departamento de Química; a rápida efetivação no IOC; os trabalhos realizados com Fernando Ubatuba nos laboratórios das Pioneiras Sociais e o seu abandono devido ao trabalho no IOC em tempo integral; o preconceito em Manguinhos pelo trabalho feminino; a admiração por Bertha Lutz; a mudança para o Departamento de Micologia; o Curso de Aplicação do IOC; o corpo de pesquisadores do Departamento de Micologia na década de 1960; a qualificação profissional de Adolpho Furtado e sua marginalização em Manguinhos; as dificuldades dos pesquisadores do IOC em optarem pelo regime celetista na década de 70; o casamento em 1970 e a experiência da maternidade; a opção pela família no momento de crise do IOC; as dificuldades em conciliar vida privada e vida profissional; o intercâmbio com o Instituto de Biologia de São Paulo; histórico do desenvolvimento da micologia no Brasil desde a década de 50; a demanda de conhecimento da micologia provocada pelo desenvolvimento tecnológico dos últimos anos; a trajetória profissional no Departamento de Micologia; a situação da mulher nas instituições científicas internacionais; a experiência adquirida no mestrado realizado na Universidade de Sheffield; a conscientização feminina na Inglaterra; os grandes nomes da micologia brasileira: Antônio Arêa-Leão e Adolpho Furtado; a organização do Departamento de Micologia a partir da gestão Coura e a demanda de conhecimento dos setores agrícola e industrial do Brasil.

Pedro Jurberg

Entrevista realizada por Laurinda Rosa Maciel e Laís Marçal, no Rio de Janeiro, no dia 12 de dezembro de 2017, com a duração de 1h25min.

Salvatore Giovanni de Simone

Entrevista realizada por Wanda Hamilton, Simone Kropf e Nara Azevedo, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 11 de dezembro de 1996.

Sebastião de Oliveira

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida e Magali Romero Sá, na Fiocruz (RJ), em 08 de novembro de 2000.
Sumário
Fita 1 - Lado A
O primeiro contato com a Coleção de Dípteros, no Laboratório de Lauro Travassos, chefe da Seção de Zoologia do IOC; referência aos trabalhos realizados por Lauro Travassos, Hugo de Souza Lopes e Ferreira de Almeida em entomologia; a opção de trabalhar com mosquitos; as viagens de coleta de parte do acervo da Coleção Entomológica; relato das primeiras excursões à Fazenda Japuíba, de Lauro Travassos, em Angra dos Reis; breve comentário sobre as habilidades de Francisco José Rodrigues Gomes, o Chico Trombone, auxiliar no IOC; os primeiros mosquitos coletados; o início das coleções da entomologia; comparação entre os procedimentos dos atuais coletores de insetos e dos pioneiros do IOC; o caráter multidisciplinar da organização das excursões para coleta realizadas por Lauro Travassos; o momento da consolidação da Coleção Entomológica do IOC e a atuação de Herman Lent; as coleções dos laboratórios do IOC; as coleções da Fiocruz nos dias atuais; considerações acerca da coleção de Adolpho Lutz; a diferença entre coleções fechadas e coleções gerais; alguns exemplos de coleções que tiveram continuidade mesmo após o falecimento do precursor; considerações acerca da interferência das aposentadorias compulsórias, na década de 1970, durante o processo de organização da Coleção Entomológica; os problemas enfrentados por José Jurberg, pesquisador do IOC, para assegurar a conservação da Coleção Entomológica; a transferência da coleção para o Hospital Evandro Chagas (HEC); comentários sobre a falta de incentivo às coleções científicas; referência à formação e atuação de Leonidas Deane.

Fita 1 - Lado B
Considerações acerca da posição de Leonidas Deane diante da Coleção Entomológica; as tentativas de doação das coleções para outras instituições e a resistência de José Jurberg; as dificuldades enfrentadas atualmente para a manutenção e a classificação da Coleção Entomológica; a necessidade de pessoal para trabalhar na organização da coleção; considerações acerca do perfil dos contratados para tal função; o perfil profissional de Wanda Cunha; a importância de um inventário do material da coleção; a aquisição de novos espécimes para a coleção; o perfil dos antigos coletores de espécimes do IOC; a falta de infra-estrutura para incorporação de novos espécimes; considerações sobre as últimas coleções adquiridas; referência à Coleção Zikán, incorporada à Coleção Geral; considerações sobre o entomologista Carlos Alberto Seabra; breve referência ao entusiasmo de Moacyr Alvarenga, coronel da Força Aérea Brasileira (FAB), para a coleta de besouros; os espécimes de moscas cedidos por Moacyr Alvarenga a Hugo de Souza Lopes; considerações acerca da coleção de Aldo Ferreira de Almeida adquirida pelo Museu Nacional e sua trajetória; referência à Coleção de Mosquitos da Fundação Rockefeller; considerações sobre o método utilizado pela Fundação Rockefeller na coleta e organização dos espécimes; comentário sobre o perfil de Lélio Gomes, coletor de espécimes da Fundação Rockefeller incorporado ao IOC; comentários sobre o destino da Coleção de Mosquitos da Fundação Rockefeller, sob a guarda do Centro de Pesquisas René Rachou.

Fita 2 - Lado A
Comentários acerca da Coleção de Flebótomos, sob curadoria de Olga Falcão no CPqRR; novas considerações acerca da coleção de mosquitos da Fundação Rockefeller; referências ao aprendizado com John Lane e Nelson Cerqueira e seus trabalhos desenvolvidos junto à Fundação Rockefeller; considerações acerca da Coleção de Mosquitos da Faculdade de Higiene e Saúde Pública de São Paulo; a proibição do envio de espécimes, sem autorização, para outros países; a situação atual das Coleções Científicas da Fiocruz.

Sylvia Hasselmann

Entrevista realizada por Paulo Gadelha e Ruth B. Martins, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 17 de março de 1987.
Sumário
Fitas 1 a 3
Perfil de Walter Oswaldo Cruz; o encontro de Sylvia Hasselmann com Walter Oswaldo Cruz no Curso de Aplicação do IOC; as dificuldades burocráticas enfrentadas por Walter Oswaldo Cruz no IOC para o desenvolvimento de pesquisas; o círculo de amizades de Walter Oswaldo Cruz; a seriedade no relacionamento com os colegas de trabalho; a amizade com Haity Moussatché e Herman Lent; as dificuldades impostas pela gestão Cardoso Fontes às pesquisas de Walter Oswaldo Cruz; a opção de Sylvia Hasselmann pela família em detrimento da carreira científica; o perfil boêmio de Walter Oswaldo Cruz; o apoio na administração do laboratório do marido; a captação de recursos financeiros externos para a pesquisa no IOC; comentários sobre a utilização política do mito Oswaldo Cruz; as relações entre Walter Oswaldo Cruz e o pai; a personalidade competitiva do marido; a vida familiar; o auxílio financeiro de Guilherme Guinle às pesquisas de Walter Oswaldo Cruz; a crítica de Walter Oswaldo Cruz aos diretores do IOC; os motivos que levaram Walter Oswaldo Cruz a assinar o telegrama de apoio a Luís Carlos Prestes; a ligação de Walter Oswaldo Cruz com o Partido Comunista Brasileiro (PCB); a crença de Walter Oswaldo Cruz na libertação nacional através do desenvolvimento tecnológico; o boicote às pesquisas de Walter Oswaldo Cruz em Manguinhos; a defesa da pesquisa básica e direcional; o relacionamento de Walter Oswaldo Cruz com o desenvolvimento tecnológico; o processo de seleção enfrentado pelos estagiários do laboratório de Walter Oswaldo Cruz; a admiração profissional por Walter Oswaldo Cruz dos pesquisadores cassados; os métodos educacionais de Walter Oswaldo Cruz; o processo de perseguição a Walter Oswaldo Cruz no IOC e o boicote às suas pesquisas após 1964.
Nota: A entrevista de Sylvia Hasselmann é sobre Walter Oswaldo Cruz e contou com a participação de sua filha Vera.

Wladimir Lobato Paraense

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida e Magali Romero Sá, na Fiocruz (RJ), entre os dias 03 de junho e 05 de novembro de 1998.
Sumário
Fita 1 - Lado A
A descoberta de caramujos infectados com esquistossoma em um córrego no IOC e as medidas profiláticas adotadas; considerações acerca dos trabalhos pioneiros de Adolpho Lutz com moluscos no IOC e a introdução desta espécie no IOC; as aulas de histologia ministradas por Jaime Aben Athar na Faculdade de Medicina e Cirurgia do Pará e seu perfil profissional; a experiência no Laboratório de Biologia da Santa Casa da Misericórdia; a aquisição da primeira coleção de lâminas; a viagem a Recife e a procura por emprego; o primeiro contato com a Faculdade de Medicina de Recife.

Fita 1 - Lado B
Os contatos com Aloísio Bezerra Coutinho e Jorge Lobo e o interesse despertado pela Coleção de Lâminas trazidas de Belém do Pará; o concurso para o internato no Hospital Oswaldo Cruz, em Pernambuco; a transferência para a Faculdade de Medicina de Recife; o ingresso no Hospital Oswaldo Cruz; a importância do trabalho realizado no hospital em sua formação profissional; o primeiro contato com Aggeu Magalhães e breve referência ao seu perfil e trajetória profissional; a aquisição de bolsa de estudo em anatomia patológica na USP, concedida por Assis Chateaubriand em 1938; a viagem para São Paulo; breve alusão ao encontro com Assis Chateaubriand, no Rio de Janeiro, e os métodos utilizados por ele para angariar recursos para a concessão de bolsas de estudo.

Fita 2 - Lado A
O trabalho realizado na USP e a orientação de Jorge Queiroz Teles Tibiriça; breve referência ao estudo autodidata sobre o sistema nervoso humano; considerações acerca das precárias condições de vida dos imigrantes nordestinos em São Paulo, tendo como consequência um alto índice de mortalidade; lembrança do transtorno ao diagnosticar casos de esquistossomose e doença de Chagas em autópsias realizadas em corpos de imigrantes e as discussões travadas com Cunha Mota sobre estes diagnósticos; a decisão de escrever uma tese sobre esquistossomose; a continuidade da pesquisa na área de patologia; breve referência aos convites de Evandro Chagas para trabalhar no estado do Pará e no estado de Pernambuco; a opção pelo IOC; o ingresso no laboratório de Evandro Chagas; as pesquisas realizadas sobre leishmaniose visceral; as iniciativas de Evandro Chagas para a criação do Instituto de Patologia Experimental do Norte (IPEN); relato da coleta de material para autópsias no estado do Pará; a decepção dos que voltaram para Recife após o estágio na USP e a decisão de permanecer no Rio de Janeiro.

Fita 2 - Lado B
O convite de Evandro Chagas para participar de um curso de malária no estado do Pará, em 1940; lembranças da morte de Evandro Chagas; a alternativa encontrada por Carlos Chagas Filho para financiar sua permanência no IOC; a necessidade de prestar esclarecimentos a Assis Chateaubriand da sua recusa em retornar a Recife; menção às primeiras publicações sobre leishmaniose visceral; o curso ministrado no Estado do Pará e os primeiros estudos do ciclo da malária; as intenções de Evandro Chagas ao indicar o professor Antônio Emeriano de Souza Castro para a direção do IPEN; a primeira publicação sobre malária; considerações sobre a importância dos desenhistas no trabalho científico; menção ao pioneirismo de seu trabalho sobre o ciclo da malária; comparação entre as condições de trabalho no Brasil e na Alemanha; a sua decisão de reiniciar os estudos de leishmania; a importância do seu estudo sobre a dispersão da Leishmania enriettii em cobaia e o auxílio para a compreensão da leishmaniose humana; a ida para Belo Horizonte; o convite para trabalhar no SESP; breves comentários sobre a criação do SESP; considerações sobre a esquistossomose na região do Vale do Rio Doce.

Fita 3 - Lado A
O convite para trabalhar como pesquisador associado do SESP; as primeiras impressões sobre o trabalho e a resistência inicial em aceitar o convite; breves considerações acerca da participação no Conselho do CNPq; a resolução de aceitar o convite para trabalhar no SESP e a montagem do laboratório em Belo Horizonte, em 1954; o início das investigações sobre os focos de esquistossomose em Belo Horizonte; os problemas relacionados à nomenclatura e à classificação de moluscos; a metodologia utilizada na coleta de moluscos; o trabalho sobre os moluscos encontrados em Belo Horizonte; comparação entre as espécies encontradas em regiões do Estado de Minas Gerais; a necessidade de viajar para Pernambuco à procura de espécimes de moluscos; a decisão do CNPq de encerrar as pesquisas com moluscos; os embates e a solução encontrada para a continuidade da pesquisa; lembranças da emoção da descoberta de caramujos albinos; breves referências às pesquisas genéticas realizadas com os moluscos.

Fita 3 - Lado B
O interesse pela malacologia; o trabalho realizado no Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Belo Horizonte; considerações sobre a organização do SESP e suas prioridades durante a Segunda Grande Guerra Mundial; reflexões sobre a boa qualidade dos serviços oferecidos pelo SESP; a necessidade da realização de trabalhos voltados para a esquistossomose na década de 1950; referências ao convite para investigações voltadas à taxonomia de moluscos; reflexões acerca dos problemas relacionados à sistemática dos moluscos; o trabalho realizado no SESP.

Fita 4 - Lado A
A metodologia utilizada no trabalho com os moluscos; referência à trajetória profissional de Nilton Deslandes e sua aptidão para o trabalho científico; considerações sobre o grupo de trabalho no SESP; referência aos problemas enfrentados na classificação de moluscos; a conservação e catalogação das fontes de pesquisas realizadas com moluscos; os problemas enfrentados na publicação dos resultados destas pesquisas; considerações sobre as dificuldades do SESP no combate a determinadas espécies de moluscos no vale do São Francisco e sua contribuição para solucionar o problema.

Fita 4 - Lado B
O procedimento metodológico utilizado nas pesquisas com moluscos; a publicação em inglês do artigo referente à pesquisa em 1954; referência à decisão de se extinguir os moluscos em Belo Horizonte; as espécies de moluscos encontradas na região de Santa Luzia, Minas Gerais; as investigações genéticas realizadas com caramujos; considerações sobre o seu interesse pelas coleções; o encerramento da pesquisa pelo SESP; o convite para trabalhar no Serviço Nacional de Malária; a vinculação das pesquisas em esquistossomose ao Serviço Nacional de Malária.

Fita 5 - Lado A
Comentário sobre a passagem pelo DNERu a partir de 1959; menção à coleta e pesquisa de moluscos planorbídeos realizadas pelo SESP nas regiões Norte e Nordeste do Brasil e na América Latina nos anos 1950; as técnicas e experiências genéticas realizadas com moluscos; os desafios com as pesquisas de moluscos coletados no Brasil; a necessidade de coletar moluscos em diversos países da América Latina; o financiamento recebido do CNPq para coletar moluscos planorbídeos no Peru, Bolívia, México, Cuba e Venezuela; relato das viagens de coletas realizadas em países da América Latina, em 1956.

Fita 5 - Lado B
Relato das viagens de coleta realizadas na América Latina, em 1956.

Fita 6 - Lado A
A passagem por Cuba para coleta de moluscos; a importância do auxílio de professores locais na coleta do material; a diversidade de moluscos encontrados em Cuba; a necessidade de coletar urna espécie de molusco no lago de Valência, na Venezuela; relato de sua estadia na Venezuela.

Fita 6 - Lado B
Considerações sobre a atividade de coleta realizada na Venezuela; a coleta de um exemplar vivo de molusco planorbídeo; as divergências com pesquisadores sobre a espécie coletada; o convite da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) para participar do comitê sobre moluscos e esquistossomose em Washington (EUA); as dificuldades quando da elaboração do guia; a nomeação e gestão na direção do INERu entre 1961 e 1963; o comitê sobre moluscos e esquistossomose em Washington.

Fita 7 - Lado A
Relato da reunião promovida pela OPAS, em Washington; considerações sobre a criação do Centro Nacional de Identificação de Planorbídeos no seu laboratório na década de 1960; as viagens realizadas pela América Latina para identificação de moluscos planorbídeos patrocinadas pela OPAS e Fundação Rockefeller; o estado atual da catalogação do material coletado nesta época; a visita de um pesquisador da Fundação Rockefeller e a oferta para auxilio às pesquisas com moluscos planorbídeos; menção às pesquisas que vem realizando atualmente com pesquisadores norte-americanos; o envio de materiais da coleção para estes pesquisadores; considerações sobre o estado atual da Coleção Malacológica; relato da viagem de coleta feita na cidade de Cochabamba, na Bolívia; a transferência do Centro Nacional de Identificação de Planorbídeos para a Universidade de Brasília (UnB), em 1968.

Fita 7 - Lado B
Considerações sobre a viagem para a Argentina, em 1972, a convite do Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Técnicas (CONICET) para auxiliar na elaboração de um livro sobre a fauna local; as coletas de moluscos realizadas na Argentina; considerações sobre o retomo à Fiocruz, em 1976, e a continuidade das pesquisas com moluscos planorbídeos; relato sobre a passagem pela UNB entre 1968 e 1976; o convite do presidente da Fiocruz, Vinícius da Fonseca, para que retornasse à instituição; considerações sobre o estado atual da Coleção Malacológica: o material catalogado e os cuidados e técnicas para conservação e dissecação do acervo.

Fita 8 - Lado A
Relato sobre as técnicas de conservação dos moluscos planorbídeos; a introdução da metodologia de dissecação de moluscos em Cuba, em 1956; as dificuldades na transferência para o Brasil do material coletado em Cuba; considerações sobre a passagem pela Vice-Presidência de Pesquisa da Fiocruz entre 1976 e 1978; a prática das revistas de carros na gestão de Vinícius da Fonseca; comentários sobre a importância das coleções científicas da Fiocruz; considerações sobre sua responsabilidade para com a Coleção Malacológica; o empréstimo de materiais da coleção para pesquisadores nacionais e estrangeiros.

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