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Maria do Espírito Santo

Entrevista realizada por Nilson Moraes e Dilene Nascimento, entre agosto de 1987 e outubro de 1988. .

Herman Lent

Entrevista realizada por Flavio Coelho Edler e Wanda Suzana Hamilton, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 12, 20 e 27 de setembro, 11 e 21 de outubro, 8 e 23 de novembro de 1994.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Comparação entre os cientistas da década de 1920 e dos tempos atuais; considerações sobre a trajetória escolar e sua opção pela medicina; alusão ao currículo e aos professores da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (FMRJ), da Universidade do Brasil, no período da graduação no final dos anos 1920; a opção pela carreira científica e o relato da primeira tentativa de ingresso no IOC; a influência de Carlos Chagas em sua matrícula no Curso de Aplicação do IOC.

Fita 1 - Lado B
O ingresso no Curso de Aplicação do IOC, reflexões sobre o ensino neste curso e o perfil de Lauro Travassos; o estágio no Laboratório de Helmintologia, em 1932; breve referência à sua relação com João Ferreira Teixeira de Freitas; o Curso de Aplicação do IOC e seus professores; reflexões sobre o projeto de Oswaldo Cruz para o IOC; a formação em medicina; breve comentário sobre Carlos Chagas Filho, fundador do Instituto de Biofísica, da UFRJ; considerações sobre a FMRJ; o perfil de João Ferreira Teixeira de Freitas; menção às aulas ministradas por Carlos Chagas no anfiteatro da FMRJ.

Fita 2 - Lado A
Comparações entre a FMRJ e o Curso de Aplicação do IOC; a opção pela medicina; o perfil de Haity Moussatché; menção à sua contratação como assistente de Lauro Travassos na cadeira de zoologia da Faculdade de Ciências da UDF, em 1935; comentários acerca da Lei de Desacumulação de Cargos Públicos (1937) e a opção por permanecer no IOC; o perfil do professor Aristides Marques da Cunha, do Curso de Aplicação do IOC; as refeições no IOC; o perfil de Adolpho Lutz, Joaquim Venâncio, Miguel Ozório de Almeida e Carneiro Felipe.

Fita 2 - Lado B
As aulas ministradas por Lauro Travassos no Curso de Aplicação do IOC; considerações sobre o perfil de Lauro Travassos e a influência recebida na opção pela helmintologia; o perfil de Costa Lima; o período em que foi estagiário de Lauro Travassos; o perfil de Carlos Chagas; o trabalho na Seção de Zoologia Médica com Lauro Travassos; referência à importância da Coleção Helmintológica; a evolução da biologia e a influência da tecnologia nas linhas de pesquisa; o perfil de Miguel Ozório de Almeida; a importância da taxonomia para o pesquisador; os tipos conhecidos de helmintos; as excursões de coletas promovidas por Lauro Travassos; comentários sobre a tradição de realizar excursões de coletas de espécies no IOC; breve comentário sobre a doença de Chagas.

Fita 3 - Lado A
A primeira expedição de coleta; breve relato sobre o perfil de M. Cavalcanti Proença; os discípulos de Lauro Travassos no estado de São Paulo; considerações sobre o Boletim Biológico e os procedimentos técnicos após a coleta de material; a importância em publicar a respeito da descoberta de novas espécies; a importância da atualização bibliográfica na pesquisa; o convite de Pedro Wygodzinsky para permanecer em Nova York, com financiamento da Fundação Rockefeller; reflexões sobre o uso da expressão “Escola de Travassos” no IOC; considerações sobre o perfil de Lauro Travassos.

Fita 3 - Lado B
O perfil de Lauro Travassos; as publicações Ciência Médica, Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Memórias do Instituto Butantan e Boletim Biológico, breve relato de sua participação na criação da Revista Brasileira de Biologia, a colaboração como editor da Memórias do Instituto Oswaldo Cruz e Anais da Academia Brasileira de Ciências, o perfil de César Pinto; o convite para participar da Missão Científica Brasileira no Paraguai; considerações sobre o perfil de João Ferreira Teixeira de Freitas, os trabalhos publicados em colaboração com João Ferreira Teixeira de Freitas; a influência de Arthur Neiva no seu interesse pela entomologia; o perfil de Arthur Neiva.

Fita 4 - Lado A
Comentários sobre a helmintologia; o perfil de Gomes de Faria; a personalidade de Adolpho Lutz; as publicações em helmintologia; a importância da Coleção Helmintológica do IOC; as regras de nomenclatura na área de zoologia; as contribuições para a formação das coleções científicas; a importância da Coleção Helmintológica; reflexões sobre o empréstimo e a coleta de espécies; a relação entre o grupo da helmintologia no IOC e o grupo da parasitologia da “Escola do professor Samuel Pessoa”, no estado de São Paulo; a sistemática e a filogenia dos helmintos; comentários sobre o intercâmbio entre helmintologistas.

Fita 4 - Lado B
Os pesquisadores estrangeiros da área de helmintologia; a importância das separatas para a divulgação de trabalhos; a importância da revisão bibliográfica; as publicações internacionais na área de zoologia; a fotografia como novo recurso tecnológico trazido de Hamburgo por Lauro Travassos; críticas ao tratamento dispensado à Coleção Helmintológica do IOC.

Fita 5 - Lado A
A importância das separatas para o pesquisador; os temas publicados na área de helmintologia; comentários sobre os helmintólogos do laboratório de Lauro Travassos e a pesquisa em entomologia; o processo de sua transferência para a entomologia; o período em que chefiou a Seção de Entomologia; o primeiro trabalho em entomologia; o perfil de Arthur Neiva; considerações sobre a transferência para a entomologia e sobre sua contratação pelo IOC; o perfil de Costa Lima; a gestão Vinícius da Fonseca; o contexto da criação da Fiocruz; a definição das linhas de pesquisas prioritárias do IOC; considerações sobre Carlos Alberto Seabra e a formação de coleções entomológicas; o perfil de Fábio Leoni Werneck.

Fita 5 - Lado B
O perfil de Fábio Leoni Werneck; a gestão de Sebastião José de Oliveira como curador da Coleção Entomológica; comentários sobre coleções abertas e fechadas; o processo de aquisição da Coleção Zikán pelo IOC; comentários sobre Carlos Alberto Seabra, Fábio Leoni Wemeck e Hugo de Souza Lopes.

Fita 6 - Lado A
O perfil de Fábio Leoni Werneck e sua coleção depositada no IOC; o momento de ingresso no IOC e a possibilidade de escolha das linhas de pesquisa; considerações sobre Miguel Ozório de Almeida, Lauro Travassos e Costa Lima; comentários sobre troca de espécies e correspondência entre pesquisadores; o perfil de Carlos Alberto Seabra; considerações sobre a Coleção Zikán; o perfil de Costa Lima; comentários sobre a revista Chácaras e Quintais; reflexões sobre o contexto de criação da Fiocruz e o universo de pesquisas; a importância de Manguinhos na formação de profissionais; as Memórias do Instituto Oswaldo Cruz; reflexões sobre as seções científicas do IOC; breve comentário sobre o período inicial do IOC.

Fita 6 - Lado B
Considerações sobre o período inicial do IOC; referência ao projeto de Oswaldo Cruz para Manguinhos; considerações sobre as seções científicas do IOC; os trabalhos publicados com Sebastião José de Oliveira, na Revista Brasileira de Biologia; o processo aberto pelo pesquisador José Jurberg relativo às Memórias do Instituto Oswaldo Cruz; reflexões sobre a passagem por Manguinhos e o envolvimento com a instituição; considerações sobre pesquisadores da área de entomologia; críticas à gestão do IOC no período das cassações; breve análise de sua personalidade; o perfil de Francisco de Paula Rocha Lagoa; comentário sobre sua demissão da Divisão de Entomologia; o perfil de Hugo de Souza Lopes; considerações sobre o Laboratório de Helmintologia e seu papel na assessoria aos pesquisadores de outras instituições.

Fita 7 - Lado A
Menção a Hugo de Souza Lopes e a homenagem recebida por este ao nomear uma espécie com o sobrenome Lent; comentários sobre as atividades na FMRJ.

Fita 8 - Lado A
A importância das publicações científicas; a diversidade de suas publicações desde o período da faculdade; menção ao perfil dos irmãos Álvaro e Miguel Ozório de Almeida; o financiamento de Guilherme Guinle, nos anos 1940, para a publicação da Revista Brasileira de Biologia, comentários sobre a participação como editor da Revista Brasileira de Biologia, menção à eleição como membro titular da Academia Brasileira de Ciências, em 1968; o convite de Aristides Pacheco Leão para editar os Anais da Academia Brasileira de Ciências, considerações sobre a repercussão da sua cassação na Revista Brasileira de Biologia, os perfis de Tito Cavalcanti e Sebastião José de Oliveira; considerações sobre a “doação” da Revista Brasileira de Biologia à Academia Brasileira de Ciências, na década de 1970; as revistas existentes na época da fundação da Revista Brasileira de Biologia.

Fita 8 - Lado B
As revistas existentes na época da fundação da Revista Brasileira de Biologia, o artigo denunciando plágio na revista O Campo, o conhecimento das publicações de referência na área de zoologia; o desligamento da supervisão das publicações da Academia Brasileira de Medicina, em 1981; a Revista Brasileira de Biologia, a parceria com José Jurberg para publicar trabalhos em colaboração nas Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, descrição dos atributos de um periódico científico ideal; o trabalho publicado no boletim do American Museum of Natural History, de Nova York; menção à falta de financiamento dos periódicos científicos nos anos 1940; as instituições de fomento à pesquisa; o financiamento para a participação em eventos científicos no exterior, na gestão de Amilcar Vianna Martins no IOC; o perfil de Olympio da Fonseca, reflexões sobre as opções dos funcionários no momento da Lei de Desacumulação de Cargos Públicos, de 1937.

Fita 9 - Lado A
Considerações sobre sua relação com Olympio da Fonseca; os trabalhos de helmintologia publicados no Boletim Biológico, dirigido por Lauro Travassos e César Pinto; importância da Sociedade Brasileira de Entomologia; considerações sobre a Revista de Entomologia e a Revista Brasileira de Entomologia, homenagem recebida pela contribuição à pesquisa científica.

Fita 9 - Lado B
A participação como editor das Atas do Simpósio da Biota Amazônica; o perfil de José Cândido de Carvalho, do Museu Nacional; considerações sobre a Revista de Biologia e a Revista Brasileira de Biologia, menção à área de editoração científica; indicação para integrar o corpo editorial das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, comentários sobre os critérios de publicação de algumas revistas estrangeiras; considerações sobre a utilização de “estrangeirismos” nas publicações científicas; comentários sobre os diversos diretores do IOC; a gestão de Gustavo Capanema no Ministério da Educação e Saúde; recebimento da verba originada da vacina da manqueira.

Fita 10 - Lado A
O ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema; os cientistas Alcides Godoy e Astrogildo Machado, criadores da vacina contra a peste da manqueira; a situação do IOC com a perda da verba da vacina da manqueira; o gosto pela pesquisa e o estágio no IOC; o convite de Lauro Travassos para ser seu assistente na cátedra de zoologia da UDF, em 1935; a gestão de Cardoso Fontes em Manguinhos; a influência da política na gestão dos diretores do IOC; os reflexos da instabilidade política em 1960 e 1970 no IOC; a gestão de Henrique Aragão; breve comentário sobre o “Massacre de Manguinhos”, em 1970; a participação como presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Niterói, atual Associação Médica Fluminense de Niterói; a experiência como assistente de Lauro Travassos na UDF e comentários sobre os professores; o perfil de Anísio Teixeira; a conjuntura da Lei de Desacumulação de Cargos Públicos, em 1937; o perfil de Costa Lima.

Fita 10 - Lado B
A presença de profissionais de outros estados no Curso de Aplicação do IOC; reflexões sobre o Curso de Saúde Pública, na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP); o projeto de Oswaldo Cruz e de Carlos Chagas para o IOC; as instituições de pesquisa do Estado de São Paulo; a trajetória profissional de Henrique de Beaurepaire Aragão; considerações sobre as atividades de um cientista; a gestão de Cardoso Fontes no IOC, entre 1934 e 1942; os recursos extras cedidos ao IOC por instituições de fomento à pesquisa; os remédios fabricados pelo IOC; comentário acerca da sua ocupação na gestão de Henrique de Beaurepaire Aragão, entre 1942 e 1944; reflexões sobre as expectativas dos profissionais que frequentavam o Curso de Aplicação do IOC e o Curso de Saúde Pública da ENSP; as aulas que ministrou no Instituto Gonçalo Muniz, na Bahia.

Fita 11 - Lado A
A insatisfação com o tratamento dado, pelo IOC, à Coleção Geral Entomológica; a gestão de Rocha Lagoa no Ministério da Saúde; a mudança da Coleção Entomológica para o Hospital Evandro Chagas e suas consequências; referência a Orlando Vicente Ferreira; comentários sobre o papel de José Jurberg na preservação da Coleção Entomológica; o momento em que a coleção retomou ao Castelo, na gestão de Sérgio Arouca na Fiocruz (1985-1989); reflexões sobre as novas intenções de transferência da Coleção Entomológica; o perfil de Rocha Lagoa; considerações sobre a atuação de Costa Lima na preservação da Coleção Entomológica; o quantitativo de espécies da Coleção Entomológica; os motivos que o levam, até hoje, a proteger as coleções; comparação entre as coleções particulares e as institucionais; considerações sobre Orlando Vicente Ferreira; a organização da Coleção Entomológica; os empréstimos de espécies da coleção que não foram devolvidos ao IOC; o papel das coleções científicas e a postura de alguns dirigentes com a mesma; menção à coleção de barbeiros.

Fita 11 - Lado B
O ciclo evolutivo do barbeiro; o perfil de Dario Mendes; referência ao período em que as coleções eram utilizadas para fins didáticos; a importância da Coleção Entomológica do IOC; comparação entre as coleções do Museu Nacional e as do IOC; explicação sobre os elementos que constituem uma coleção; a preferência em Manguinhos por alguns grupos de espécies; a importância da coleção do pesquisador Costa Lima; reflexões sobre coleções abertas e fechadas; considerações sobre Costa Lima e a diversidade dos temas por ele pesquisados; as espécies estudadas por Costa Lima que estão na Coleção Entomológica; o recebimento do prêmio Costa Lima, da Academia Brasileira de Ciências; o intercâmbio de espécies para identificação; considerações sobre as regras internacionais na Nomenclatura Zoológica; o perfil de Antônio Pugas; considerações sobre o intercâmbio de espécies.

Sebastião de Oliveira

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida e Magali Romero Sá, na Fiocruz (RJ), em 08 de novembro de 2000.
Sumário
Fita 1 - Lado A
O primeiro contato com a Coleção de Dípteros, no Laboratório de Lauro Travassos, chefe da Seção de Zoologia do IOC; referência aos trabalhos realizados por Lauro Travassos, Hugo de Souza Lopes e Ferreira de Almeida em entomologia; a opção de trabalhar com mosquitos; as viagens de coleta de parte do acervo da Coleção Entomológica; relato das primeiras excursões à Fazenda Japuíba, de Lauro Travassos, em Angra dos Reis; breve comentário sobre as habilidades de Francisco José Rodrigues Gomes, o Chico Trombone, auxiliar no IOC; os primeiros mosquitos coletados; o início das coleções da entomologia; comparação entre os procedimentos dos atuais coletores de insetos e dos pioneiros do IOC; o caráter multidisciplinar da organização das excursões para coleta realizadas por Lauro Travassos; o momento da consolidação da Coleção Entomológica do IOC e a atuação de Herman Lent; as coleções dos laboratórios do IOC; as coleções da Fiocruz nos dias atuais; considerações acerca da coleção de Adolpho Lutz; a diferença entre coleções fechadas e coleções gerais; alguns exemplos de coleções que tiveram continuidade mesmo após o falecimento do precursor; considerações acerca da interferência das aposentadorias compulsórias, na década de 1970, durante o processo de organização da Coleção Entomológica; os problemas enfrentados por José Jurberg, pesquisador do IOC, para assegurar a conservação da Coleção Entomológica; a transferência da coleção para o Hospital Evandro Chagas (HEC); comentários sobre a falta de incentivo às coleções científicas; referência à formação e atuação de Leonidas Deane.

Fita 1 - Lado B
Considerações acerca da posição de Leonidas Deane diante da Coleção Entomológica; as tentativas de doação das coleções para outras instituições e a resistência de José Jurberg; as dificuldades enfrentadas atualmente para a manutenção e a classificação da Coleção Entomológica; a necessidade de pessoal para trabalhar na organização da coleção; considerações acerca do perfil dos contratados para tal função; o perfil profissional de Wanda Cunha; a importância de um inventário do material da coleção; a aquisição de novos espécimes para a coleção; o perfil dos antigos coletores de espécimes do IOC; a falta de infra-estrutura para incorporação de novos espécimes; considerações sobre as últimas coleções adquiridas; referência à Coleção Zikán, incorporada à Coleção Geral; considerações sobre o entomologista Carlos Alberto Seabra; breve referência ao entusiasmo de Moacyr Alvarenga, coronel da Força Aérea Brasileira (FAB), para a coleta de besouros; os espécimes de moscas cedidos por Moacyr Alvarenga a Hugo de Souza Lopes; considerações acerca da coleção de Aldo Ferreira de Almeida adquirida pelo Museu Nacional e sua trajetória; referência à Coleção de Mosquitos da Fundação Rockefeller; considerações sobre o método utilizado pela Fundação Rockefeller na coleta e organização dos espécimes; comentário sobre o perfil de Lélio Gomes, coletor de espécimes da Fundação Rockefeller incorporado ao IOC; comentários sobre o destino da Coleção de Mosquitos da Fundação Rockefeller, sob a guarda do Centro de Pesquisas René Rachou.

Fita 2 - Lado A
Comentários acerca da Coleção de Flebótomos, sob curadoria de Olga Falcão no CPqRR; novas considerações acerca da coleção de mosquitos da Fundação Rockefeller; referências ao aprendizado com John Lane e Nelson Cerqueira e seus trabalhos desenvolvidos junto à Fundação Rockefeller; considerações acerca da Coleção de Mosquitos da Faculdade de Higiene e Saúde Pública de São Paulo; a proibição do envio de espécimes, sem autorização, para outros países; a situação atual das Coleções Científicas da Fiocruz.

Edmar de Oliveira

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida, Laurinda Rosa Maciel e Nathacha R. B. Reis, no Centro Psiquiátrico Pedro II, atual Instituto Municipal de Assistência à Saúde Nise da Silveira (Imas Nise), Rio de Janeiro (RJ), nos dias 24 e 31 de maio de 2000.
Sumário
Fita 1 – Lado A
Comentários sobre a importância do trabalho de história oral realizado com a pesquisa. A história de sua família, em Palmerais, Piauí; lembranças da infância, o trabalho do pai e o início de sua formação escolar. O curso ginasial no Colégio Americano Batista, em Terezina, Piauí; lembranças e casos, dificuldades e facilidades nos estudos. O ensino médio e a bolsa de estudos no Colégio Diocesano. Sua participação na fundação do jornal cultural Gamma; nomes de alguns colegas que participaram deste jornal como Arnaldo Albuquerque, Francisco Pereira e Paulo José Cunha.

Fita 2 – Lado A
A influência de Torquato Mendes em sua escolha pela área de Psiquiatria. A formação em medicina na Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Piauí, em 1977; sua participação como presidente do diretório acadêmico e no jornal da faculdade. A vinda para o Rio de Janeiro para fazer a Residência Médica em Psiquiatria, na UERJ, em 1976. A dificuldade de conciliação de suas atividades neste período; a militância política e os grupos de estudo. O mestrado no Instituto de Medicina Social, da UERJ, em 1984, onde cumpriu todos os créditos, mas não defendeu a dissertação. Suas atividades profissionais, as clínicas particulares em Tanguá, Jacarepaguá e Vilar dos Teles, no Rio de Janeiro. Comentários sobre o professor Robalino Tobodeti. Sua entrada na Colônia Juliano Moreira (CJM) para realizar um censo entre os pacientes.

Fita 2 – Lado B
Continuação dos comentários sobre o censo e os recursos da Campanha Nacional de Saúde Mental. A criação do Hospital Jurandir Manfredini para tratar os doentes agudos e impedir novas internações na CJM. As circunstâncias da contratação dos estagiários que trabalharam no censo. A população de pacientes e moradores que invadiram o terreno da CJM. Os primeiros problemas ocorridos em conseqüência das mudanças implantadas na instituição. Comentários sobre a crise política entre os dirigentes da CJM. Sua nomeação como Diretor do Ambulatório Central, do Centro Psiquiátrico Pedro II (CPP II), em 1984. As internações irregulares nas clínicas privadas. A união dos três hospitais, Colônia Juliano Moreira, Hospital Philip Pinel e Centro Psiquiátrico Pedro II, para a criação dos pólos de internação e emergência psiquiátrica para dificultar as internações, principalmente nas clínicas privadas. O trabalho de Juarez Montenegro Cavalcanti como diretor do CPP II. As circunstâncias de sua nomeação como Coordenador Geral de Saúde do CPP II, em 1986. A intervenção do Ministério da Saúde no CPP II nomeando Dr. Pedro Monteiro como diretor, em 1988.

Fita 3 – Lado A
Comentário sobre o artigo de Jurandir Freire Costa “Faca no peito”, contando a história do suicídio de um paciente do CPP II. Os conflitos causados durante a intervenção na CJM; as transferências de funcionários para outras instituições para minar a resistência. A intervenção na CJM. Sua experiência como Diretor do Instituto Psiquiátrico Adauto Botelho (IPAB), no CPP II. O trabalho de Luis Wanderlei e Nise da Silveira na enfermaria do CPP II, no programa Enfermaria Aberta ao Tempo (EAT). As circunstâncias de sua nomeação como Diretor do CCP II, em 1989. A demissão dos diretores das unidades federais no governo do, então, Presidente da República Fernando Collor de Melo; relato sobre acontecimentos curiosos ocorridos durante seu mandato. A criação do Conselho Diretor no CPP II para democratizar a instituição. A experiência de ensino na UERJ, em diferentes momentos de sua trajetória profissional.

Fita 3 – Lado B
O trabalho em 1991 no EAT usando a Literatura como tratamento terapêutico; o jornal O Grito, criado a partir deste projeto, que contava com a colaboração dos pacientes. A experiência de trabalhar com psicóticos no EAT.

Lia Riedel

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida e Ricardo Augusto dos Santos, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 17 de abril de 2000. Trata-se de uma entrevista temática sobre a vida de Gustavo Riedel, pai da depoente.
Sumário
Fita 1 – Lado A
Comentários sobre a vida de seu pai, Gustavo Riedel, saída do Rio Grande do Sul para o Rio de Janeiro cursar a graduação em medicina. Sobre o Congresso do Centenário de Pasteur, realizado em Strasburg, em 1922. Comentários sobre o programa de assistência hétero-familiar na Colônia de Alienados do Engenho de Dentro com o intuito de melhorar o tratamento aos pacientes. Observações sobre o delicado estado de saúde de seu pai. Lembranças de atividades terapêuticas cotidianas desempenhadas pelas internas da Colônia do Engenho de Dentro, como horta e trabalhos manuais. Comentários sobre o Congresso de Higiene Mental, realizado em Washington, em 1930. O recebimento de convite do Dr. Pedro Ernesto para trabalhar na Secretaria de Saúde. As circunstâncias da construção do ambulatório Rivadávia Correa, na Colônia do Engenho de Dentro. Comentários sobre a rotina da vida familiar no período de moradia na Colônia. Citação a alguns médicos ligados ao Dr. Riedel, como Oswaldo Cruz, Miguel Couto e Carlos Chagas.

Paulo Duarte de Carvalho Amarante

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida e Laurinda Rosa Maciel, na Fiocruz (RJ), nos dias 11 e 16 de fevereiro, 02, 09 e 23 de março de 1998.
Sumário
Fita 1 – Lado A
Comentários sobre a cidade natal, Colatina, no interior do Espírito Santo; incursões à literatura na juventude e o trabalho do pai no primeiro escritório do IAPC (Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Comerciários). A convivência familiar, atividades sociais da mãe, lembranças da infância e de amigos.

Fita 1 – Lado B
Lembranças, casos, atividades e interesses na adolescência; a mudança com os pais para a capital, Vitória, aos 16 anos de idade em 1968; a adaptação à nova realidade; vida escolar, formação e o grupo de estudos no colégio Marista.

Fita 2 – Lado A
A opção pela Medicina diante de outras como a música e o jornalismo. A atividade de médico plantonista do Centro Psiquiátrico Pedro II (CPP II) em 1978; as várias denúncias sobre maus tratos aos pacientes e falta de recursos que fez junto de outros estagiários como Leon Chor e José Carlos Souza Lima. Ainda sobre a opção por medicina: o prestígio que o próprio curso teria, a influência do irmão e o gosto pelos cuidados médicos. Formação universitária na Escola de Medicina da Santa Casa de Misericórdia de Vitória (EMESCAN), de 1971 a 1976. Como era o curso de medicina entre 1960-1970, a privatização da educação. Sobre o curso em uma instituição particular: a opção pela EMESCAN, alunos, professores e disciplinas. O interesse pela Psiquiatria a partir da Psicanálise, a proximidade com a filosofia e as Ciências Sociais. A expulsão do Serviço Psiquiátrico de Urgência (SPU), da Clínica Mayer Gross, assim como do CPP II e do Instituto de Psiquiatria, da Universidade do Brasil (IPUB). Trabalhos realizados durante a residência no CPP II: vídeo intitulado “Crônicas” e o texto “Pedagogia da loucura”, sobre a internação compulsória e violenta de um pintor homossexual e negro, chamado Alcebíades. Prêmio recebido no I Festival Brasileiro de Vídeo, no Museu de Arte Contemporânea de São Paulo, em 1984. Sua vivência como Acadêmico Plantonista do Hospital Colônia Adauto Botelho, da Fundação Hospitalar do Espírito Santo, em Cariacica, entre outubro de 1974 a junho de 1975, ainda no quarto ano da faculdade. Sobre os plantões realizados e o problema da morte de uma paciente na ausência de um médico–plantonista para o atendimento.

Fita 2 – Lado B
Continua narrativa sobre o problema no plantão no Hospital Adauto Botelho, falta de medicamentos e a repercussão na mídia; afastamento do depoente do plantão pelo Sr. Paulo Bonadis, diretor clínico. Ameaça de processo do hospital que o demitiu por denunciar negligência médica. Retorno ao plantão do hospital Adauto Botelho e a intenção de implantar atividades de musicoterapia naquele hospital e mais tarde no IPUB. A experiência de ter sido aluno do primeiro curso de musicoterapia feito no Rio de Janeiro, com Rolando Beneson, em 1972. Residência no IPUB, a obrigatoriedade do uso de uniforme de acordo com a profissão e pedido dos alunos da UFRJ para que as vagas fossem preenchidas prioritariamente pelos próprios alunos. Referência aos profissionais Renato Veras, Alfredo Schechterman, João Ferreira da Silva Filho e o convívio na Residência. A saída de Vitória e a vinda para o Rio de Janeiro, em 1976, para o sexto ano no Internato em Psiquiatria, no Instituto de Psiquiatria, do Departamento de Psiquiatria e Medicina Legal, da UFRJ. Primeiro emprego como plantonista no Serviço Psiquiátrico de Urgência, clínica particular no Rio de Janeiro. Início da narrativa de um caso do garoto chamado Paulinho e tratado com insulinoterapia, método chamado de Von Meduna, denominado pelo depoente como um método arcaico e radical.

Fita 3 – Lado A
Continuação da narrativa sobre o caso de Paulinho, contato com as drogas e tentativas de fuga. A denúncia no Conselho Regional de Medicina e sua ligação com o governo da ditadura. Sobre os movimentos democráticos que começaram a aparecer a partir de 1976. O Centro Brasileiro de Estudos em Saúde (CEBES) e o Movimento de Renovação Médica (REME), os inquéritos contra médicos torturadores e cúmplices da ditadura. A tentativa de denúncia sobre o tratamento de insulinoterapia. O encontro com o cartunista Ziraldo e informações sobre o caso Paulinho, que acarretou sua demissão do SPU. O trabalho na clínica Mayer Gross, no Rio de Janeiro, vinculada ao SPU, de onde também foi demitido. Sobre o início do mestrado no Instituto de Medicina Social (IMS), em 1976. A orientação e co-orientação recebidas no mestrado por Madel Luz e Roberto Machado, respectivamente; a importância de Roberto Machado em sua formação e seu papel prático de orientador. Breve comentário sobre a expulsão de Joel Birman e Jurandir Costa Freire. A criação em 1976, de um núcleo de estudos de saúde mental, um espaço para seminários abertos, onde autores como Massimo Canevatti, Claude Lévi-Strauss, Georges Canguilhem, Gaston Bachelard, eram discutidos. A procura dos alunos por esse curso, com uma Psiquiatria mais reflexiva e sua importância para outros colegas como Pedro Gabriel Delgado e Magda Vaisman. A opção por este mestrado naquele momento e sua insatisfação com a prática psiquiátrica, além da oportunidade de estudar com Jurandir Freire Costa e Joel Birman. Sua decepção ao encontrar o CCP II, no Rio de Janeiro, tão ruim no que se refere às práticas psiquiátricas, o abandono aos pacientes e do próprio hospital, tanto quanto o Adauto Botelho, no Espírito Santo. O trabalho de conclusão do curso sobre pedagogia da loucura, que deu origem ao vídeo “Crônicos” e ao texto “Pedagogia da loucura”. Entrada no mestrado com o incentivo de Renato Veras; o trabalho de curso “Política de nutrição no Brasil”, sobre o Instituto Nacional de Alimentação e Nutrição (INAN), que refletia o autoritarismo no Plano Básico de Suplementação Alimentar. A experiência de trabalho no IMS, de 1978 a 1982. Considerações sobre o curso de Medicina do Trabalho em 1980. O curso de música na Escola Villa Lobos e a experiência de tocar na “Banda de Lá”, com músicos como Ricardo Rendt e Fátima Guedes e o interesse pela área da musicoterapia atrelado à preocupação do relacionamento com os pacientes.

Fita 3 – Lado B
Observações sobre uma paciente rica internada pela família; o trabalho no IPUB com terapias mais alternativas, como a musicoterapia, e a aceitação deste tratamento na instituição. Breve referência à definição de recrudescimento neobiológico. A implantação de terapias para elevar o número de pontos dados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e o aumento da verba destinada às instituições e hospitais. A experiência como bolsista da Divisão Nacional de Saúde Mental (DINSAM), em 1976, no Rio de Janeiro. Comentários sobre as campanhas de saúde pública e o funcionamento do Ministério da Saúde, cuja ação seria mais de normatização. Como eram resolvidos os problemas através de campanhas, como se constituíam e comentário sobre a Campanha de Combate à Lepra e Campanha Nacional de Combate ao Câncer. A criação da Campanha Nacional de Saúde Mental, a partir de 1967 e o Plano de Saúde Mental do governo de John Kennedy, nos Estados Unidos da América em 1963, inspirado no livro de Gerald Kaplan, “Princípios de Psiquiatria Preventiva”.

Fita 4 – Lado A
Sobre a DINSAM e o conceito de saúde mental. A criação do Curso Integrado de Saúde Mental (CISME), oferecido pela Fundação Oswaldo Cruz, e realizado no Hospital Phillip Pinel, na Colônia Juliano Moreira (CJM), no CPP II e no Hospital Custódia de Tratamento Psiquiátrico Heitor Carrilho. Sobre a bolsa de saúde mental, para graduados e graduandos; comentários sobre o colega de graduação, Benilton Bezerra, também bolsista da DINSAM, e a insatisfação com as condições de trabalho, culminadas com a entrega da bolsa em 1976. Retorno por concurso em 1978, com José Carlos Souza Lima e Leon Chor. Crise da Previdência Social desencadeada a partir de 1980. A entrada de Paulo da Costa Mariz para a DINSAM entre 1980 e 1985, para modernizar alguns hospitais públicos. Comentários sobre a co-gestão entre o Ministério da Saúde e a Previdência. Seu afastamento em 1978, juntamente com alguns colegas devido às denúncias. Publicação de um artigo na Revista DEBATE, nº 10, denunciando a política nacional de saúde mental. A demissão de 200 médicos e bolsistas do CPP II, Pinel e IPUB em solidariedade à demissão dos colegas. Sobre a abertura na imprensa para as denúncias no programa da Rede Globo de Televisão, Fantástico, nos jornais Folha de São Paulo e O Globo e as manifestações de apoio às denúncias. O distanciamento da música como opção profissional. Comentários sobre a experiência da criação do Movimento Nacional de Trabalhadores em Saúde Mental, a nível nacional em 1978, no Congresso Brasileiro de Psiquiatria e sobre o Encontro Nacional do Trabalhador de Saúde Mental, no Instituto Sedes Sapeintiae, São Paulo, em 1979, cujo tema foi: “Por uma sociedade sem manicômios”.

Fita 4 – Lado B
Escolha do tema para a dissertação de mestrado intitulada “Psiquiatria social e colônia de alienados no Brasil” defendida em 1982, no IMS/UERJ. Comentários sobre o artigo escrito em parceria com Jurandir Freire Costa a respeito de psicoterapia em classes populares, publicado em 1984, no Cadernos de Psiquiatria Social, da CJM. A realização da pesquisa “A determinação social dos acidentes do trabalho”, no Instituto de Medicina Social em 1978 e a verba conseguida na Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP). Sobre o projeto da co-gestão nas instituições Pinel, CCP II e CJM; o tratamento psiquiátrico na CJM e CPP II: a “clientela” de cada instituição e a situação dos presos políticos. O CPP II como principal serviço da DINSAM e seu papel estratégico, porém completamente abandonado; a situação da CJM. O convite através de Paulo Mariz para retornar ao CPP II em 1982, com autonomia para compor equipe que se constituiu de Benilton Bezerra, Renato Veras e Jurandir Freire Costa. A saída do serviço ocupacional da UERJ. O trabalho sobre as colônias de alienados com Magda Vaz e José Carlos Souza Lima. O retorno ao CPP II, o curso integrado de saúde mental, o acesso ao acervo bibliográfico do CPP II que inspirou a questão da história da psiquiatria no Brasil e a biblioteca daquela instituição.

Fita 5 – Lado A
Sobre a contratação de Jurandir Freire Costa para o CPP II, a dissertação de mestrado de Benilton Bezerra e a sua. Comentários sobre a criação do Museu da História da Psiquiatria em 1982 e 1983, no CPP II, as mudanças ocorridas no período e o concurso para a contratação de 460 novos funcionários, entre especialistas e técnicos. A experiência da co-gestão no Instituto Philipe Pinel, inspirada em outros projetos, tais como o Projeto Niterói e o Projeto Montes Claros. Sobre as fraudes na Previdência Social, antecedentes que poderiam explicar a crise na pasta. A implantação de Planos como o Nacional de Reorientação da Assistência Médica, feito pelo CONASP e o Plano de Ações Integradas em Saúde. As mudanças feitas no CPP II e algumas de suas conseqüências, como o livro “Psicanálise e Contexto Cultural”, de Jurandir Freire Costa e a criação do Primeiro Programa de Regionalização.

Fita 5 – Lado B
O início do movimento da Reforma Psiquiátrica em 1978 e a resistência encontrada no CPP II à Reforma, como eram feitas as internações neste estabelecimento e na CJM. Comentários sobre o significado de ‘cronificar o leito’, as divisões das enfermarias do CPP II em ‘agudos’, ‘subagudos’ e ‘crônicos’ e o significado dos sintomas positivos e negativos. Como eram feitas as internações no Hospital Odilon Galote e no Hospital Pinel. O CPP II como hospital de maior peso assistencial no Estado, os encaminhamentos para o setor privado, os diferentes posicionamentos dos médicos em relação ao tratamento dos pacientes, a discussão sobre a psiquiatria clássica, o funcionamento dos hospitais na década de 1970. A descrença e a resistência no CPP II ao movimento de reforma psiquiátrica. O funcionamento do Pinel e seu corpo de funcionários. A escolha de pacientes, com quadros clínicos específicos para serem usados como exemplos nas salas de aulas. Alguns exemplos de quadros clínicos, das aulas na graduação e o que é ‘humor delirante’. A mudança da estrutura do hospital Pinel que deixou de ser um hospital universitário para se adaptar ao Sistema Único de Saúde (SUS). O Sr. Ângelo, um dos pacientes “usados” nas provas práticas da graduação.

Fita 6 – Lado A
Circunstâncias da criação do CEBES a partir de reuniões, no segundo semestre de 1976, discussão sobre sua origem no Partido Comunista Brasileiro e breve comentário sobre David Capistrano. O começo do movimento sindical e a necessidade de sua atuação sindical pela decadência do trabalho médico, com comentários sobre as distinções entre os dois movimentos. Sobre o REME (Movimento de Renovação Médica) e o ECEM (Encontro Científico de Estudantes de Medicina) de realização bianual. As mudanças no mercado com novas turmas de graduados de faculdades de medicina privadas e o aumento da oferta de emprego com novas clínicas particulares. O CEBES, sua divisão em núcleos municipais, estaduais ou regionais. Comentários sobre a APERJ (Associação de Psiquiatria do Estado Rio de Janeiro), AMERJ (Associação Médica do Rio de Janeiro) e seu posicionamento diante da reforma psiquiátrica. As reuniões no Núcleo de Saúde Mental, a convivência com Gentile e outros nomes da medicina brasileira. A importância em manter o movimento de saúde mental como luta ideológica, alinhada ao pensamento de Franco Basaglia. A criação do Instituto Franco Basaglia, no Rio de Janeiro, idealizado pelo jornalista Cláudio Cordovil, como um instituto de defesa de direitos do doente mental. Considerações sobre a influência deste Instituto no movimento de saúde mental do Rio de Janeiro; funcionamento, organização, atuação e localização no Instituto Philipe Pinel.

Fita 6 – Lado B
O surgimento do lema “Por uma sociedade sem manicômios” em reunião paralela à Conferência Nacional de Saúde Mental, no Rio de Janeiro, em 1987, no bojo do Encontro dos Trabalhadores de Saúde Mental. A mudança de denominação de "Movimento de Trabalhadores em Saúde Mental" para "Movimento social por uma sociedade sem manicômios". Considerações sobre a atuação do Movimento em São Paulo e suas diferenças com o Rio de Janeiro. As expectativas das pessoas em relação à continuidade do movimento de Franco Basaglia, mesmo após sua morte em 1978. Breve comentário sobre as mudanças feitas por Franco Rotelli, como Coordenador de Saúde Mental em Laso, Itália e sobre sua vinda ao Brasil, em 1986. As circunstâncias da criação do Plenário de Trabalhadores de Saúde Mental, rompendo com o movimento anterior e se diferenciando pelo nome. A participação popular no Movimento de Saúde Mental e os projetos de Niterói, de Lages, de Montes Claros e alguns trabalhos ligados aos movimentos eclesiais de base (MEBs). Suposições sobre a forma de participação e busca de reintegração do “louco” à sociedade e do convívio do “manicômio” com a comunidade; observações sobre a reforma psiquiátrica deixando de ser apenas um conjunto de transformações técnicas para englobar um espaço de construção social de maior solidariedade. As possibilidades de ajuda através da musicoterapia e a interação entre o paciente e o terapeuta.

Fita 7 – Lado A
O início da abertura política no Brasil, em 1978, e considerações e avaliação pessoal sobre o I Congresso do Instituto Brasileiro de Psicanálise de Grupos e Instituições. As Sociedades Brasileiras de Psicanálise, sobre seu formato institucional mais tradicional e quais os critérios de filiação. A "Esquerda Freudiana", criadores do Movimento de Trabalhadores de Saúde Mental, na Argentina, e responsáveis pela publicação do livro "Questionamos" que denuncia a participação de psicanalistas em torturas. A trajetória da líder do movimento Mary Lander, perseguida nos EUA, e também na Argentina, em 1974. O critério usado para ser psicanalista e a possibilidade que os participantes do "movimento" perceberam de romper com esta prática psiquiátrica tradicional e institucional. O impacto do discurso de Franco Basaglia no Hotel Copacabana Palace. Sobre a atuação do movimento, a revista "Saúde em debate". A criação do IBRAPS (Instituto Brasileiro de Psicanálise de Grupos e Instituições), críticas a seu funcionamento e a posição de Thomas Tsaz no debate.

Fita 7 – Lado B
Comentários sobre o contexto histórico do 4º Congresso Brasileiro de Psiquiatria, as discussões sobre o modelo de psiquiatria. A importância e a atuação da revista RADIS. Comentários sobre vários momentos em 1978. Considerações sobre a organização e os objetivos do I Encontro Nacional do Movimento dos Trabalhadores em Saúde Mental. As colônias de alienados, tema do livro "Legitimação da loucura no Brasil". A atuação de Luiz Cerqueira, Coordenador de Saúde Mental de São Paulo, no Movimento. O livro "A Indústria da Saúde no Brasil” como um exemplo de crítica à privatização da saúde, mais especificamente na área de saúde mental. As denúncias de Gentile de Mello no Jornal Folha de São Paulo e no Jornal do Brasil, e a importância de uma linguagem de fácil compreensão por todos. O primeiro livro de Basaglia publicado no Brasil, “Psiquiatria alternativa, o otimismo da prática contra o pessimismo da razão”, a partir das conferências proferidas por ele; o segundo livro, “Instituição negada”, publicado em 1985.

Fita 8 – Lado A
Sobre o Congresso da Sociedade de Psiquiatria e a Associação Brasileira de Psiquiatria, Neurologia e Higiene Mental e o uso de financiamento privado para realização de atividades desta natureza. Datas, nomes e finalidades de alguns congressos entre 1979 e 1997. Objetivos do II Encontro Nacional dos Trabalhadores em Saúde Mental, em agosto de 1980, em Salvador. A luta pelas eleições diretas para presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria. Comentários sobre a co-gestão, um convênio entre o Ministério da Saúde e Ministério da Previdência e Assistência Social. A participação do depoente durante a co-gestão, no CPP II.

Fita 8 – Lado B
O que aconteceu com a casa que era residência oficial de Juliano Moreira durante a ditadura. Comentários sobre nova realização da Campanha Nacional de Saúde Mental, motivos e conseqüências. Seu retorno ao CPP II, em 1984. O cargo de Assessor de Saúde Mental, da Superintendência Regional do Rio de Janeiro, do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social, em 1985. Os conflitos internos na CJM e no CPP II e alguns resultados alcançados a partir da co-gestão. Nomes que participaram da equipe da co-gestão, tais como Rosana Kushnir, Francisco Braga e Francisco de Paula. O concurso para técnicos realizado no CPP II, em 1984.

Fita 9 – Lado A
A difícil aceitação das mudanças propostas de fim dos manicômios por aqueles que não participavam do movimento e a importância destas transformações. Como era vista a instituição manicomial e seus pressupostos básicos. O trabalho de reconstrução do conceito de loucura e tratamento pelos novos teóricos da Psiquiatria e forma de realização destas transformações de maneira progressiva. Comentários sobre o atendimento ambulatorial. O projeto de transformações propostas para o CPP II no prazo de 10 anos e as resistências encontradas. Breve comentário sobre a Casa de Engenho e o Espaço Aberto ao Tempo (EAT). O significado das nomeações de Hésio Cordeiro para o INAMPS e Luis Antônio Santini para a UFF. Considerações sobre sua própria nomeação no cargo de Assessor de Saúde Mental, da Superintendência Regional do Rio de Janeiro, do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social, em 1985. Como era desenvolvido o trabalho de Diretor do Centro de Estudos do CPP II durante o mesmo período e as conseqüências do trabalho. A experiência da co-gestão e a reforma no serviço de atendimento; mudanças e a descentralização com divisão por áreas para atendimento de acordo com a localização do hospital. Cursos oferecidos no CPP II e o convênio com outras instituições como a UERJ. As dificuldades encontradas para o movimento de saúde mental, tais como as nomeações de Cláudio Macieira para o cargo de Diretor Nacional de Saúde Mental e Paulo Pavão para diretor do CPP II, respectivamente, com a proposta de acabar com o curso multidisciplinar. A nomeação de Maria Tereza Palácios para o Hospital Pinel. Sua demissão do INAMPS e exoneração do cargo de Diretor do Centro de Estudos do CPP II, num período de muitas transferências, exonerações e mudanças que desarticularam o Movimento. A criação do grupo de pagode “Tem jabuti no pagode” como uma forma de resistência e militância contra as mudanças.

Fita 9 – Lado B
O apoio popular para a nomeação de Hésio Cordeiro como Presidente do INAMPS, o contexto político e atos de seu mandato. Sua nomeação para Coordenador do Grupo de Trabalho para o planejamento e a implantação do Centro Brasileiro de Documentação da Memória da Psiquiatria, com apoio de Maurício Viana, Frank Hobstein, Maria Tereza Palácios, Paulo Pavão e Cláudio Macieira. Breve comentário sobre a invasão militar na CJM e as reuniões na casa de Valnei de Moura. A situação no CPP II após a invasão militar com repressão, provocações e ameaças. A fuga de Luiz Roberto Tenório, caçado pela polícia e acobertado pelo depoente. Seu apoio à nomeação do Diretor Nacional de Saúde Mental, Marcos Ferraz, com o compromisso de efetivar a proposta da Estadualização; definição e função desta. A quebra deste acordo e demissão dos três diretores responsáveis por efetivar a estadualização. Os problemas encontrados quando era Coordenador Estadual de Saúde Mental, da Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro. A criação de uma segunda Coordenadoria Estadual de Saúde Mental, da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, pelo, então, Diretor Nacional de Saúde Mental, Marcos Ferraz.

Fita 10 – Lado A
As dificuldades encontradas durante sua gestão na Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro, em 1986. O I Encontro de Coordenadores de Saúde Mental da Região Sudeste, realizado em Vitória/ES, em 1985, dificuldades e resultados, como a elaboração de um documento final denominado “Carta de Vitória”. A influência deste Encontro na I Conferência Estadual de Saúde, Rio de Janeiro, em 1987. Breve comentário sobre a desarticulação do movimento de reforma da psiquiatria. A proposta de municipalização e a situação da CJM, do Instituto Phillipe Pinel e do CPP II, atualmente. O contato com Antônio Slavich feito no XVIII Congresso de Neurologia, Psiquiatria e Higiene Mental, em Fortaleza, em 1987. Sobre sua ida para a Itália, com bolsa de doutorado sanduíche, onde conheceu Franco Rotelli, Ernesto Venturini e Franca Basaglia. A realização em 1989 do I Encontro Ítalo-Brasileiro de Saúde, em Salvador, com a presença de Franco Rotelli. Os objetivos e a realização do I Encontro do Fórum Internacional de Saúde Mental e de Ciências Sociais (INFORUM), em 1988.

Fita 10 – Lado B
O enfraquecimento do INFORUM. A importância do II Fórum Internazionale de Salute Mentale e Sciencie Sociali, em Genova, Itália, em 1992, um encontro de renovação do movimento da reforma da psiquiatria para os italianos.

Fita 11 – Lado A
Considerações sobre sua permanência no posto de Coordenador Estadual de Saúde Mental e as dificuldades encontradas para a realização da proposta de estadualização dos hospitais. A entrada no NUPES (Núcleo de Pesquisa em Saúde Mental), com o intuito de organizar uma área de pesquisa sobre a reforma psiquiátrica no Brasil. Sobre os problemas existentes no Curso de Especialização em Psiquiatria Social: realização, seminários, aulas expositivas, duração e clientela. As primeiras atividades na linha de pesquisa, memória da psiquiatria, criada pelo depoente dentro do NUPES e a coleta de material para criação de um centro de documentação. Comentários sobre outras pesquisas, tais como “Análises determinantes e estratégias da reforma psiquiátrica no Brasil”. A permanência na Itália e o doutorado, contatos e convênios assinados no período. A criação do Laboratório de Pesquisas em Saúde Mental (LAPS). As mudanças implantadas no Curso de Especialização em Psiquiatria Social após assumir a Coordenação e os professores visitantes para compor o quadro docente, tais como José Delaqua, Antonio Slavit, Ernesto Venturini etc. O convênio com o Instituto Philippe Pinel e o CPP II. A criação, na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, do Curso de Acompanhamento Domiciliar.

Fita 11 – Lado B
As novas propostas de mudança no curso de mestrado em Saúde Pública, na ENSP. Sua saída da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, em 1996. A suspensão da subárea Saúde Mental, do mestrado em Saúde Pública da ENSP. Razões da mudança do Curso de Especialização tornar-se bianual. Sobre a falta de cursos de mestrados em Saúde Mental no país. As atividades do LAPS em 1997 e comentários sobre as disciplinas que ministra no mestrado em Saúde Mental, da ENPS.

Fita 12 – Lado A
A importância da formação teórica para a compreensão do papel da psiquiatria. Considerações sobre as mudanças no convênio do Curso Integrado em Saúde Mental, do CPP II, em 1990. A transformação na concepção do que é a psiquiatria e quais suas bases. A responsabilidade de formar professores sob os pressupostos da reforma psiquiátrica. Como é a atual situação do movimento de reforma psiquiátrica especialmente em Santos e no país, em geral. A distribuição de verba do governo de acordo com a classificação dos hospitais. Comentários sobre a vinculação do movimento às políticas públicas. Desabafo quanto à angústia vivida pelo quadro de retrocesso em relação às conquistas alcançadas durante o Movimento, tais como as eleições para diretor dos hospitais e a contratação através de concurso público.

Fita 12 – Lado B
Sobre a Comissão Nacional de Reforma Psiquiátrica e a eleição de seus representantes. A substituição desta Comissão e do cargo de Coordenador de Saúde Mental por uma Comissão composta pelos diretores das instituições psiquiátricas. A importância do Rio de Janeiro no Movimento de Reforma Psiquiátrica, os problemas políticos e os interesses privados; sobre os trabalhos realizados nas instituições públicas. Comentários sobre o que são e como funcionam os Centro de Atenção Psico-Social (CAPS).

Alda Falcão

Entrevista realizada por Lisabel Espellet Klein (LK), Eduardo Vilela Thielen, em Belo Horizonte (MG), no dia 28 de agosto de 1990.

Ivan Ricciardi

Entrevista realizada por Lisabel Spellet Klein (LK), Eduardo Vilela Thielen, no Rio de Janeiro, no dia 04 de outubro de 1990.

João Carlos Pinto Dias

Entrevista realizada por Eduardo Vilela Thielen e Lisabel Espellet Klein, em Belo Horizonte (MG), no dia 29 de agosto de 1990.

Laurinda Francisca de Oliveira

Entrevista realizada por Maria Leide W. de Oliveira, Laurinda Rosa Maciel e Marilene Galdino, em Belmonte (BA), no dia 02 de agosto de 2010.

Nilza Maria Quirino Costa

Entrevista realizada por Laurinda Rosa Maciel e Maria Leide W. de Oliveira, em Belmonte (BA), no dia 02 de agosto de 2010.

Floroaldo Albano

Entrevista realizada pelos pesquisadores Renato Gama Rosa, Laurinda Rosa Maciel e Renata Silva Borges, e pelos estagiários do projeto Rafael Allam e Luciana Campos, na cidade do Rio de Janeiro, no dia 26 de março de 2010.
Sumário
O min à 6min e 25seg
Identificação do local e data da entrevista; data de nascimento e composição familiar do
entrevistado, assim como a atividade de formação de cada um.
6 min e 25seg a 11 min e 47seg
Descrição do período em que estudou no Colégio Pedro II (São Cristóvão): informações sobre
a turma, os professores e as disciplinas cursadas.
11 min e 47seg a 35 min e 02 seg
Sobre a entrada no curso de Arquitetura na Escola Nacional de Belas Artes; considerações
sobre a faculdade: professores, perfil dos alunos, disciplinas.
35 min e 47seg à 40min e 11 seg
Sobre o contexto político na época de sua graduação e o impacto causado sobre si.
40min e 11 seg à 57min e 25seg
Descrição sobre seu ingresso na Divisão de Obras, do Ministério da Educação e Saúde como
desenhista; menção ao trabalho na Divisão de Obras e sobre o quadro de funcionários; o ofício
de arquiteto dentro da Divisão, o interesse em projetos de hospitais; menção à criação das
instituições de saúde no governo Vargas.
57min e 25seg à 1h 4min e 53seg
Sobre o fechamento do Departamento Administrativo do Serviço Público (DASP) pela
ditadura; considerações sobre a organização do serviço público; as sessões da Divisão de
Obras; sobre a consulta a outros ministérios.
1h 4min e 53seg à 1h 10min e 27seg
A transferência da Divisão de Obras para Brasília e considerações sobre a criação da cidade; a
terceirização do serviço arquitetônico.
1h 10min e 27seg à 1h 17min e 44seg
4
Menção à relação entre engenheiros, arquitetos e médicos na construção dos prédios da
FIOCRUZ e da ENSP; sobre o processo de construção da ENSP; a submissão dos projetos à
autorização do DASP.
1h 17min e 44seg à 1h 20min e 49seg
Referência ao escritório particular em parceria com colega de turma; descrição dos tipos de
projetos realizados.
1h 20 min e 49seg à 1h 39min e 23 seg
Considerações sobre os diretores/presidentes da FIOCRUZ; a nomeação como diretor da
Divisão de Obras; sua participação da obra no Hospital Souza Aguiar; a reforma do cais onde
Oswaldo Cruz desembarcava para chegar a Manguinhos no início do século XX; o prédio da
Expansão da FIOCRUZ, inicialmente construído para a delegacia de saúde no Rio de Janeiro.
1h 39min e 23seg à 1h 43min e 17seg
Menção ao trabalho na construtora Oxford após sua aposentadoria do serviço público;
comparação entre os funcionários dos setores público e privado; sobre o curso realizado no
DASP de Administração de Obras Públicas e o curso no IDORT sobre hospitais.
1h 43min e 17seg à 1h 47min e 42seg
Menção à participação no diretório estudantil na época da graduação; considerações sobre
congressos de arquitetura; sobre sua sociedade no IABE.
1h 47min e 42seg à 1h 58min e 50seg
Considerações sobre a FIOCRUZ e a construção dos prédios atualmente; como era o terreno
de Manguinhos, os salários, narração do caso da pavimentação das vias internas do Instituto
Oswaldo Cruz (IOC); sobre seus filhos.
1h 58min e 50seg à 2h 7min e 55seg.
Sobre a formação profissional de seus filhos; a produção de projetos para o Brasil inteiro;
agradecimentos finais.

Nísia Trindade

Entrevista realizada por Cristiane D'Ávila no dia 4 de outubro de 2022, na cidade do Rio de Janeiro/RJ.

Nuno Crespo

Entrevista realizada por Cristiane D'Ávila no dia 28 de março de 2022, na sede do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge, localizado em Lisboa, Portugal.

Mariza Campos da Paz

Entrevista realizada em duas sessões nos dias 04 e 10 de junho de 2003

Constança Arraes de Alencar

Entrevista realizada por Lúcio Flávio Taveira e Rose Ingrid Goldschmidt, na Fiocruz, no dia 08 de agosto de 1989.
Sumário
Fitas 1 a 3
Origem familiar; a formação profissional dos pais; o pioneirismo do avô imigrante; as atividades profissionais da mãe; o desejo pela experiência da maternidade; a infância em Ipanema; a vida escolar; a descoberta da vocação científica; a opção pelo curso médico e a posterior escolha pela biologia; o curso de biologia da UFRJ; a opção pela especialização em genética; o desprestígio do curso de biologia na década de 1970; o ingresso no Instituto Oswaldo Cruz (IOC) por intermédio de Carlos Morel; o fantasma da mão-de-obra barata presente no estágio da FIOCRUZ; o ingresso no curso de mestrado; as dificuldades do desenvolvimento científico em um país subdesenvolvido; comentários sobre as dificuldades advindas das restrições à contratação de pesquisadores e escassez de recursos materiais; os riscos de contaminação no trabalho diário com Trypanosoma cruzi; a gestão de Carlos Morel como chefe do departamento de bioquímica e Biologia Molecular; os vínculos entre os cursos de pós-graduação da UFRJ e da FIOCRUZ.

Haity Moussatché

Entrevista realizada por Arlindo Fábio Gomez de Souza, Luiz Fernando Ferreira, Paulo Gadelha, Cristina Tavares e Wanda Hamilton, na Fiocruz (Rio de Janeiro/RJ), nos dias 28 de novembro de 1985 e 17 de janeiro de 1986.
Sumário
Fitas 1 a 3
Origem familiar; a influência das condições sanitárias do Rio de Janeiro sobre o fluxo migratório; o curso preparatório no Rio de Janeiro; a influência do professor César Salles na escolha dos estudos em biologia; a faculdade de medicina como instrumento para o estudo da biologia; o interesse pela parasitologia e os primeiros contatos com o IOC; o curso de fisiologia ministrado por Álvaro Osório de Almeida e a decisão de se dedicar à fisiologia; o pedido de Carlos Chagas para trabalhar no IOC; a inexistência de pesquisas em fisiologia no curso de medicina; o laboratório de fisiologia da Álvaro Osório de Almeida na rua Machado de Assis (RJ); a atuação como monitor de Álvaro Osório de Almeida na faculdade de medicina; os estudo de Miguel Osório de Almeida sobre o sinal de Babinsky; perfil dos irmãos Osório de Almeida; o convite de Carlos Chagas a Miguel Osório para instalar o Departamento de Fisiologia no IOC; o desinteresse pelos cursos da faculdade de medicina; a residência médica no Hospital Evandro Chagas; a opção pela fisiologia e o restrito mercado de trabalho; comentários sobre o atual ensino médico; a implantação do laboratório de fisiologia no IOC e as primeiras experiências desenvolvidas por Miguel Osório de Almeida; a saída de Miguel Osório de Almeida do IOC em 1921; o ingresso de Thales Martins no IOC; as pesquisas pioneiras em etologia desenvolvidas por Thales Martins; perfil de Thales Martins; a transferência de Thales Martins para São Paulo em 1934; a participação de Branca Osório de Almeida nos trabalhos do laboratório da rua Machado de Assis; a influência de seu pai e de César Salles na escolha da carreira profissional; o positivismo no Brasil; a precariedade instrumental do laboratório de fisiologia da rua Machado de Assis e do IOC; a habilidade técnica dos irmãos Osório de Almeida; o uso da matemática por Miguel Osório de Almeida em suas pesquisas; o trabalho com cultura de tecidos de febre amarela; o concurso para ingresso no IOC em 1941; as dificuldades de promoção no IOC; crítica aos comentários sobre a decadência de Manguinhos; comentários sobre a qualidade profissional de vários pesquisadores do IOC; a relação entre desenvolvimento socioeconômico e ciência; o movimento pela separação do IOC do Ministério da Saúde; crítica à qualidade dos produtos farmacêuticos produzidos pelo IOC; a participação na discussão sobre o uso da energia nuclear no Brasil; a evasão de pesquisadores do IOC em decorrência das cassações; a desvalorização social da ciência no Brasil; e relação entre desenvolvimento econômico em São Paulo na década de 1930 e o florescimento científico; a falsa distinção entre ciência básica e aplicada; o papel da tecnologia no desenvolvimento da ciência; a luta no IOC pela liberdade de pesquisa.

Fitas 4 a 6
O laboratório de fisiologia do IOC como polo de atração da pesquisa básica; a pesquisa científica e o Instituto de Biofísica da Universidade do Brasil; os estudos realizados no laboratório de fisiologia do IOC por pesquisadores visitantes; o caso Arthur Moses no IOC; as disputas entre os pesquisadores na sucessão de Oswaldo Cruz; o perfil e gestão de Olympio da Fonseca no IOC; a luta pela modernização do IOC nas décadas de 1940 e 1950; a resistência de Henrique Aragão à criação de um conselho auxiliar para a direção do IOC; as diversas concepções no IOC quanto à orientação científica; a dificuldade de obtenção de recursos para a pesquisa básica no IOC; comentários sobre os motivos das cassações; os atuais contatos com o Ministério da Ciência e Tecnologia; a inexistência de investigação nas universidades; o retorno a Manguinhos e a reconstrução do laboratório de fisiologia; a conservação de material e equipamentos de seu laboratório feita por antigos auxiliares desde a cassação; a prisão de Fernando Ubatuba em 1968; os inquéritos policial-militar e administrativo no período pós-1964; as divergências político-ideológicas como explicação para a cassação dos pesquisadores em 1970; o papel de Rocha Lagoa no ato de cassação; a participação na criação da UnB; o exílio e o trabalho desenvolvido na Venezuela; o retorno ao Brasil e as expectativas de trabalho na FIOCRUZ; comentários sobre o atual desenvolvimento do Brasil; a necessidade de relações científicas internacionais para o desenvolvimento socioeconômico da humanidade.

Hugo de Souza Lopes

Entrevista realizada por Paulo Gadelha, Rose Ingrid Goldschmidt e Wanda Hamilton, na Universidade Santa Úrsula (RJ), nos dias 03 e 09 de abril, 23 de maio e 01 de julho de 1986.
Sumário
Fitas 1 e 2
A infância no sítio do pai; o ginásio no Colégio São Bento; o exame de história natural em Campos (RJ); o curso de veterinária na Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária; o contato com Lauro Travassos e o estágio no laboratório de helmintologia em 1931; a relação de liberdade que Lauro Travassos mantinha com seus subordinados; perfil de Oswaldo Cruz; observações sobre Arthur Moses; a entomologia médica; a sucessão de Oswaldo Cruz no IOC; perfil de Arthur Neiva e de Adolpho Lutz; os conflitos entre Lauro Travassos e Carlos Chagas; a nomeação para professor da Escola de Veterinária; o museu de anatomia do IOC; o Instituto de Biologia Vegetal no Jardim Botânico; o laboratório de parasitologia da UFRJ; as pesquisas desenvolvidas por Costa Lima e Frei Borgmeier no Instituto de Biologia Vegetal; a contratação no IOC durante a gestão Olympio da Fonseca.

Fitas 3 e 4
As atividades desenvolvidas no IOC; a divisão do IOC em grupos antagônicos; os assistentes de Lauro Travassos; o carteiro entomologista Ferreira de Almeida; a cassação dos cientistas do IOC; observações sobre Costa Lima; a entomologia agrícola; os arredores de Manguinhos no início do século XX; a arquitetura do castelo mourisco; as pesquisas desenvolvidas na seção de entomologia do IOC; a participação de pesquisadores do IOC nas reuniões da Sociedade Brasileira de Biologia; as coleções entomológicas do IOC; as verbas provenientes da venda da vacina contra a manqueira; a importância do Departamento de Entomologia do IOC; as funções dos auxiliares em Manguinhos; os efeitos negativos da pesquisa dirigida no desenvolvimento científico; o Curso de Aplicação do IOC e a decadência de Manguinhos; o Estado Novo e a organização da ciência médica no Rio de Janeiro; críticas à contratação de funcionários na gestão Olympio da Fonseca; a administração de Carlos Chagas; as expedições científicas dos pesquisadores de Manguinhos.

Fitas 5 e 6
Perfil de Cardoso Fontes; o prestígio internacional de Oswaldo Cruz e de Carlos Chagas; comentários sobre César Pinto; as administrações de Henrique Aragão e de Olympio da Fonseca; comentários sobre as instalações da Fundação Rockefeller no campus de Manguinhos; o telegrama de apoio enviado pelos pesquisadores do IOC a Luís Carlos Prestes em 1946; o abaixo-assinado dos pesquisadores do IOC enviado a Getúlio Vargas pedindo a demissão de Olympio da Fonseca; a gestão Francisco Laranja; o CNPq; a campanha “O Petróleo é Nosso”; o movimento pela criação do Ministério da Ciência e Tecnologia e o apoio da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências; a administração de Joaquim Travassos da Rosa; o governo João Goulart e a reforma de base na área de saúde pública; as delações no IOC após o Golpe de 1964 e o inquérito administrativo do Ministério da Saúde.

Fitas 7 e 8
A nomeação de Joaquim Travassos da Rosa para o cargo de diretor do IOC; comentários sobre as áreas de pesquisa antes do Golpe de 1964; perfil de Olympio da Fonseca; considerações sobre a administração de Rocha Lagoa; o “Massacre de Manguinhos”; concepções sobre ciência, pesquisa e educação; perfil de Lauro Travassos; a zoologia no Brasil; as atividades docentes na USU; a reintegração ao quadro de funcionários de Manguinhos em 1986.

José Cunha

Entrevista realizada por Nara de Azevedo Brito e Wanda Hamilton, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 26 de março e 02 de abril de 1987.
Sumário
Fitas 1 e 2
Origem familiar; o perfil do pai; a formação técnica autodidata no início do século; o emprego do irmão como guarda sanitário; impressões sobre o Rio de Janeiro de sua juventude; a epidemia de gripe espanhola em 1918; a família materna; a formação escolar; a morte do pai e a necessidade prematura de trabalhar; o emprego como encadernador; a evolução nas concepções de educação e saúde ao longo do século; o trabalho do auxiliar de laboratório; o curso de admissão; o ingresso no IOC em 1924; o trabalho no laboratório de bacteriologia de Genésio Pacheco; o interesse dos técnicos pela aprendizagem do serviço de laboratório; o trabalho na seção de protozoologia com Júlio Muniz; o relacionamento entre os técnicos de Manguinhos; o conflito entre auxiliares e cientistas; a contribuição de cientistas e auxiliares na sua formação; os conflitos entre os cientistas do IOC; as pesquisas do IOC na área de protozoologia; as diferenças entre os cargos de chefe de serviço e de laboratório; a viagem ao Pará com Evandro Chagas; as primeiras mulheres funcionárias do IOC e o perfil de Bertha Lutz; o aumento salarial concedido por Carlos Chagas; comparação entre os técnicos da Fundação Rockefeller e os do IOC; comentários sobre a gestão Henrique Aragão; o trabalho nos laboratórios privados dos cientistas de Manguinhos; a equipe de Evandro Chagas no IPEN; as diferenças salariais entre auxiliares e cientistas; as pesquisas de Júlio Muniz em diagnóstico da doença de Chagas; a decadência do IOC na década de 40; a gestão Carlos Chagas; o perfil científico de Carlos Chagas e as oposições à descoberta da doença de Chagas.

Fitas 3 a 5
A excursão a Angra dos Reis com Lauro Travassos; a tradição familiar dos técnicos de Manguinhos; o trabalho do fotógrafo J. Pinto no IOC; comentários sobre os arredores de Manguinhos; o salário dos auxiliares e a falta de mobilização política no IOC; a produção de vacinas no Instituto; o significado social do trabalho de Manguinhos; histórias pitorescas sobre os cientistas; comentários sobre a posição do auxiliar de laboratório na publicação de trabalhos científicos; a versatilidade dos técnicos do IOC; comparação entre os auxiliares do IOC e de outras instituições; a formação atual do técnico; o trabalho na Faculdade de Medicina de Nova Iguaçu; a incorporação da Fundação Rockefeller ao IOC em 1950; os conflitos internos em Manguinhos; a reforma administrativa de 1942; a sucessão de Carlos Chagas na direção do IOC e o perfil de Cardoso Fontes; a rigidez hierárquica entre auxiliares e cientistas; a regulamentação do cartão de ponto durante a gestão Henrique Aragão; a gestão Olympio da Fonseca e a contratação de pessoal; a divisão do IOC em grupos antagônicos; a gestão Francisco Laranja; os grupos de oposição e apoio às gestões Amilcar Vianna Martins e Joaquim Travassos; o perfil científico de Rocha Lagoa e sua gestão; o Curso de Aplicação do IOC; a cassação dos cientistas de Manguinhos; o esvaziamento dos laboratórios na década de 1970; perfil de Walter Oswaldo Cruz e o fechamento da seção de hematologia; a transferência para o laboratório de Bernardo Galvão e a perda das culturas de Júlio Muniz; o trabalho na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com preparação de antígenos; a aposentadoria em 1980; a diferença salarial entre o funcionário estatutário e o celetista; a atividade como professor de prática de laboratório na Faculdade de Medicina de Nova Iguaçu; a decadência do IOC e a renovação após a transformação em fundação; a relação dos antigos funcionários com Manguinhos; a premiação pelos 56 anos de serviços prestados à FIOCRUZ; as facilidades do trabalho técnico provenientes do avanço tecnológico; as semelhanças entre os técnicos antigos e os atuais.

Manuel Isnard Teixeira

Entrevista realizada por Carlos Roberto Oliveira, Flávio Edler e Rose Ingrid Goldschmidt, na Santa Casa de Misericórdia (RJ), entre os dias 16 de junho e 04 de novembro de 1987.
Sumário
Fitas 1 a 3
A infância no interior do Ceará; o coronelismo e a disputa pelo poder em Itapipoca; o antigo costume da alfabetização doméstica; a formação escolar em Fortaleza; a paixão pelo futebol; o curso preparatório; o apoio familiar na escolha profissional; a participação em movimentos políticos na faculdade; a organização do 1º Congresso Leigo Acadêmico do Brasil realizado na Bahia em 1933; a formação político-ideológica; a participação no movimento Ala Médica Reivindicadora organizado em 1934; impressões sobre a Revolução de 1930; a atuação na Juventude Comunista da Bahia; a penetração da ideologia comunista na classe operária baiana; a participação do PCB na Revolução de 1930 e o posicionamento teórico de seus dirigentes; observações sobre a prisão de Luís Carlos Prestes em 1936 e a posterior perseguição aos comunistas; a passagem pela Aliança Nacional Libertadora (ANL) em 1935; as influências francesa e inglesa no curso médico; referência à reforma de Rocha Vaz; avaliação das reformas curriculares do curso de medicina; o perfil acadêmico da Faculdade de Medicina da Bahia; a influência do jornal Gazeta de Notícias em sua saída da prisão; a indicação para o cargo de chefe de laboratório de Inspetoria de Defesa Sanitária Animal de Fortaleza em 1936; impressões sobre a Constituinte de 1934; a experiência como preso político e a candidatura a deputado federal pela União Sindical da Bahia; defesa da medicina previdenciária.

Fitas 4 e 5
O ingresso no Curso de Aplicação do IOC; impressões sobre o curso de medicina tropical ministrado por Carlos Chagas; a fragilidade dos movimentos sociais na década de 30; a participação no Socorro Vermelho antes do ingresso no PCB; o aperfeiçoamento em bacteriologia no IOC; a pesquisa em leishmaniose realizada na Fundação Gonçalo Moniz; o desenvolvimento da medicina legal na Bahia; a baixa frequência feminina no curso médico nas décadas de 1930 e 1940; o difícil acesso a Manguinhos; comentários sobre a rotina de trabalho de um estagiário no IOC.

Fitas 6 a 8
O ingresso no IOC; a projeção internacional do IOC na primeira metade do século XX; a perda de autonomia científica do IOC com a reforma administrativa do ministro Gustavo Capanema; as diferenças pessoais e ideológicas entre Carlos Chagas e Cardoso Fontes; o perfil de alguns cientistas mineiros do IOC; a administração Carlos Chagas e sua relação com a comunidade científica de Manguinhos; o acelerado ritmo de trabalho dos cientistas do IOC até os anos 1950; o processo de especialização do trabalho técnico nos laboratórios do IOC; as dificuldades financeiras do IOC com o fim da verba da vacina contra a manqueira na década de 1930; a alienação da ciência pura e o processo de aristocratização da ciência no IOC; a influência americana nas medidas sanitárias implantadas por João Barros Barreto; os interesses econômicos da Fundação Rockefeller no Brasil; a reprovação no concurso promovido pelo Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) por motivos políticos; a experiência como aluno do Curso de Aplicação do IOC e o aproveitamento dos alunos desse curso por organismos públicos e privados; o perfil profissional de Genésio Pacheco; o trabalho do DNSP nos anos 1940; a importância de Barros Barreto na formação dos profissionais da área de saúde pública; o perfil político e profissional de Mário Magalhães.

Fitas 9 a 11
O perfil profissional de Evandro Chagas e o desenvolvimento do Serviço de Estudos de Grandes Endemias (SEGE) com o apoio financeiro de empresas privadas; o vandalismo cultural do poder público denunciado pela destruição de prédios públicos; a desistência do exercício da medicina liberal; a expulsão de Carlos Lacerda da Juventude Comunista; a participação na Comissão Jurídica e Popular responsável pela apuração de crimes políticos; o alto índice de tuberculose no Brasil desde o início do século XX; a relação entre a Ordem dos Médicos e o Sindicato dos Médicos; a receptividade às ideias fascistas no meio intelectual e em Manguinhos; a alienação política dos cientistas do IOC; a separação entre ciência pura e ciência aplicada e o consequente declínio de Manguinhos; o fracasso acadêmico da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP); o encontro com a futura esposa em Manguinhos e seu perfil profissional; avaliação da experiência na School of Higiene of Johns Hopkins University como bolsista do Institute of American Affairs; a participação no manifesto pela legalização do PCB em 1945; o convite para dirigir o Instituto Evandro Chagas em Belém; o ingresso no Instituto de Nutrição e a nomeação para assistente de microbiologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1944; o trabalho em saúde pública no Nordeste; o trabalho no laboratório Eduardo Bezerra S.A.; a bolsa de estudos para os Estados Unidos; a arcaica tecnologia na preparação da vacina contra a febre aftosa; a supremacia de São Paulo no desenvolvimento da saúde pública brasileira; o contato com Amilcar Vianna Martins e Otávio Magalhães no Instituto Biológico de São Paulo; a nomeação para chefe de laboratório do Serviço Nacional de Tuberculose em 1961; comentários sobre o modelo de pesquisa do Instituto Biológico em São Paulo e do Instituto Ezequiel Dias em Minas Gerais; a influência científico-tecnológica europeia e norte-americana sobre o IOC.

Fitas 12 a 14
A rotina de trabalho na Inspetoria Sanitária de Defesa Animal de Fortaleza; o contato com Raimundo Arraes em Crato (CE) em 1932; observações sobre o clima de guerra fomentado pelo interventor do Ceará durante o Estado Novo; a identificação política do ministro Gustavo Capanema sobre questões sanitárias; perfil de Gustavo Capanema e o brilho intelectual de seus assessores; a diferença entre as atuações de Gustavo Capanema e Barros Barreto; observações sobre a conjuntura política brasileira no pós-64; a convivência com o imperialismo nos anos 1940; Barros Barreto e o projeto de formação de enfermeiras especialistas em saúde pública; o interrogatório sofrido no Departamento de Imigração em sua viagem aos Estados Unidos.

Fita 15
O perfil político do PC americano; o papel desempenhado pelo Institute of Interamerican Affairs durante a Segunda Guerra Mundial; a experiência adquirida na visita a diferentes laboratórios e cursos nos Estados Unidos; a utilização inicial da penicilina no combate ao pneumococo; observações sobre a divisão técnica do trabalho nos laboratórios norte-americanos na década de 1940; o perfil profissional dos professores Adauto Botelho e Jorge Bandeira e Mello.

Fitas 16 e 17
O trabalho no instituto Evandro Chagas nos anos 1940; o programa de combate à malária desenvolvido pelo Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) no Norte do Brasil e a utilização do DDT no combate aos focos da malária no fim da década de 1940; o caráter imperialista do SESP no Brasil; o perfil profissional dos funcionários do SESP; o interesse americano pela borracha brasileira durante a Segunda Guerra Mundial; a descontinuidade entre o trabalho sanitário desenvolvido pelo IOC no início do século e o programa do SESP nos anos 1940; o trabalho no Instituto Nacional de Nutrição com Josué de Castro.

Fitas 18 e 19
O perfil profissional de Marcolino Gomes Candau e Ernani Braga; os acordos políticos na obtenção de recursos para o desenvolvimento de programas de saúde pública; o oportunismo político do SESP; críticas às reformas empreendidas por Miguel Couto Filho nos cargos de direção da área de saúde; a atuação de Roberval Cordeiro de Farias na Secretaria Nacional de Fiscalização da Medicina; a candidatura a deputado federal na Assembléia Constituinte de 1946 e a atuação da corporação médica na defesa dos interesses da saúde; o discurso de Alcedo Coutinho na Assembléia Constituinte sobre a organização da saúde pública; a alienação política das associações médicas brasileiras; o estoicismo dos comunistas brasileiros; a grande aceitação popular do movimento comunista brasileiro após a Segunda Guerra Mundial; o trabalho como professor assistente da cadeira de microbiologia da Faculdade Nacional de Medicina.

Fitas 20 e 21
A atuação na campanha de helmintoses dirigida pela Divisão de Organização Sanitária de 1947 a 1954; o levantamento epidemiológico de helmintoses nas escolas nordestinas; o impacto do desenvolvimento da indústria farmacêutica sobre a saúde pública na década de 1940; a formação de quadros na área de saúde pública como obstáculo à burocratização dos serviços; a defesa da medicina liberal pelos médicos conservadores; a criação da AMDF, em 1950, com a participação de comunistas e previdenciários.

Fitas 22 e 23
A constituição dos institutos de aposentadoria e pensões nos anos 1930; Castelo Branco e a unificação da assistência médico-previdenciária com a criação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS); o perfil profissional de Erlindo Salsano na direção do DNSP; a importância social do Serviço Nacional de Lepra; a falta de especialização do corpo profissional da Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM); a experiência como chefe de laboratório do Serviço Nacional de Tuberculose; o perfil profissional de Bichat de Almeida Rodrigues; a tese do professor José Oliveira Coutinho sobre a semelhança entre malária e esquistossomose; o trabalho de Mário Pinotti no Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu); os gastos do Serviço Nacional de Tuberculose; a renúncia de Jânio Quadros.

Fitas 24 e 25
Os vínculos com a OMS e as viagens ao Canadá, Estados Unidos e México para estudar a técnica de produção de vacina BCG; o contato com a China maoísta como representante da OMS; a importância da medicina popular para o desenvolvimento das instituições médicas da China comunista; o posicionamento do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) quanto às políticas de saúde pública; o perfil profissional de Carlos Gentile de Mello; o golpe militar de 1964; o aparecimento do Movimento Médico Renovador em 1968; a impossibilidade ideológica e prática de trabalhar em Manguinhos; a constante alienação política do pesquisadores do IOC em função da total dedicação ao trabalho; a influência norte-americana na ENSP; o inquérito administrativo do Ministério da Saúde em 1964; a aposentadoria compulsória por motivos políticos; avaliação de sua trajetória de vida; perspectivas em relação ao futuro do país.

Sylvia Hasselmann

Entrevista realizada por Paulo Gadelha e Ruth B. Martins, no Rio de Janeiro (RJ), no dia 17 de março de 1987.
Sumário
Fitas 1 a 3
Perfil de Walter Oswaldo Cruz; o encontro de Sylvia Hasselmann com Walter Oswaldo Cruz no Curso de Aplicação do IOC; as dificuldades burocráticas enfrentadas por Walter Oswaldo Cruz no IOC para o desenvolvimento de pesquisas; o círculo de amizades de Walter Oswaldo Cruz; a seriedade no relacionamento com os colegas de trabalho; a amizade com Haity Moussatché e Herman Lent; as dificuldades impostas pela gestão Cardoso Fontes às pesquisas de Walter Oswaldo Cruz; a opção de Sylvia Hasselmann pela família em detrimento da carreira científica; o perfil boêmio de Walter Oswaldo Cruz; o apoio na administração do laboratório do marido; a captação de recursos financeiros externos para a pesquisa no IOC; comentários sobre a utilização política do mito Oswaldo Cruz; as relações entre Walter Oswaldo Cruz e o pai; a personalidade competitiva do marido; a vida familiar; o auxílio financeiro de Guilherme Guinle às pesquisas de Walter Oswaldo Cruz; a crítica de Walter Oswaldo Cruz aos diretores do IOC; os motivos que levaram Walter Oswaldo Cruz a assinar o telegrama de apoio a Luís Carlos Prestes; a ligação de Walter Oswaldo Cruz com o Partido Comunista Brasileiro (PCB); a crença de Walter Oswaldo Cruz na libertação nacional através do desenvolvimento tecnológico; o boicote às pesquisas de Walter Oswaldo Cruz em Manguinhos; a defesa da pesquisa básica e direcional; o relacionamento de Walter Oswaldo Cruz com o desenvolvimento tecnológico; o processo de seleção enfrentado pelos estagiários do laboratório de Walter Oswaldo Cruz; a admiração profissional por Walter Oswaldo Cruz dos pesquisadores cassados; os métodos educacionais de Walter Oswaldo Cruz; o processo de perseguição a Walter Oswaldo Cruz no IOC e o boicote às suas pesquisas após 1964.
Nota: A entrevista de Sylvia Hasselmann é sobre Walter Oswaldo Cruz e contou com a participação de sua filha Vera.

Ermiro Estevam de Lima

Entrevista realizada por André de Faria Pereira Neto, Patrícia Loyola do Amaral e Sérgio Luiz Alves da Rocha, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 20 e 27 de abril e 01, 04 e 11 de maio de 1995.
Sumário
Fita 1 - Lado A
A infância em Bezerros e Recife (PE); seu fascínio pela engenharia mecânica; sua opção pela medicina: a influência de Paulo Afonso; o cotidiano na Faculdade de Medicina da Bahia; o vestibular para medicina em 1921; a entrada na faculdade; a família: a profissão de seu pai e de seus irmãos; a cidade de Bezerros na sua infância; o curso primário; a formação deficiente dos médicos deste período; os motivos de sua opção pela medicina; sua clientela em Bezerros e nas cidades vizinhas; as razões que o levaram a vir para o Rio de Janeiro: a influência de Álvaro Fróes da Fonseca; seus estudos de anatomia no Rio de Janeiro; a transferência de Fróes da Fonseca da Faculdade de Medicina da Bahia para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro; o concurso; sua vida como estudante na faculdade; sua carreira durante os dez anos em que se dedicou à anatomia; a Faculdade de Medicina da Bahia e o seu prestígio na época; o perfil de Ermiro Lima como estudante e professor; o primeiro concurso de docência na Faculdade de Anatomia.

Fita 1 - Lado B
A importância dos concursos para a docência: sua repercussão profissional e social; o apoio recebido por ocasião de seu primeiro concurso; sua transição para a otorrinolaringologia; as relações entre a anatomia e a cirurgia; a influência de Eduardo Morais na opção pela otorrinolaringologia; a dedicação à clínica de otorrinolaringologia; o trabalho no Hospital Santa Isabel (BA); Eduardo de Morais e o seu prestígio científico e político; as atividades desenvolvidas como auxiliar de ensino de Fróes da Fonseca; Fróes da Fonseca e Morais: símbolos de médicos eruditos; a trajetória de Fróes da Fonseca; o processo de especialização e as polêmicas a respeito; a influência da medicina americana; a trajetória profissional de Morais; sua tese de doutoramento.

Fita 2 - Lado A
O salvamento da vítima de osteonite; o regime de cobrança de honorários; sua recusa em estipular a quantia da consulta; sua clínica em Bezerros: organização do espaço físico, especialidades tratadas, localização; o perfil socioeconômico de sua clientela em Bezerros; o perfil de seus pais; o seu casamento em 1951.

Fita 2 - Lado B
A época de seus estudos em medicina na Bahia; o perfil socioeconômico e cultural dos estudantes de medicina da Bahia nos anos 1920; as diferenças entre a vida universitária em Pernambuco e na Bahia; a entrada na faculdade em 1920; a vida do médico neste período; sua clínica em Bezerros e o grande número de clientes; sua recusa em estipular o preço da consulta; suas atividades associativas no período universitário,. a participação na Sociedade Literária; os reflexos da semana de 1922 na faculdade de medicina; os reflexos da fundação do PCB sobre os estudantes de medicina da Bahia; as influências da atuação de Luís Carlos Prestes, Juarez Távora e Siqueira Campos; o movimento integralista e o comunista e sua repercussão sobre os estudantes de medicina da Bahia; sua amizade com Plínio Salgado; os debates entre as vertentes comunista e integralista na sociedade.

Fita 3 - Lado A
O atentado no Palácio Guanabara e os integralistas; as diferenças entre Gustavo Barroso e Plínio Salgado; a estrutura dos concursos para a faculdade; a remuneração do professor; seu concurso de livre-docência em anatomia no Rio de Janeiro (1928); Fróes da Fonseca e seu interesse pela anatomia e antropologia dos índios; suas relações com Roquete Pinto - diretor do Museu Nacional; seus estudos sobre a conformação nasal dos índios brasileiros; o convite de Fróes para se estabelecer no Rio de Janeiro; o período em que passou a exercer a otorrinolaringologia gratuitamente, visando seu aperfeiçoamento profissional; seu trabalho na Policlínica Geral do Rio de Janeiro; a formação de sua clientela particular; o consultório com Linhares; o consultório com a família Conde; um histórico da otorrinolaringologia; o trabalho no Hospital São Francisco de Assis; a cátedra na Universidade de Farmácia e Odontologia e a cátedra de anatomia da Faculdade de Odontologia da Universidade do Brasil; o prestígio do professor universitário; o concurso de 1944 com David Sanson.

Fita 3 - Lado B
A clientela da Policlínica; as especialidades existentes; a montagem de seu consultório; o mercado de trabalho para a otorrinolaringologia naquela época; a história da otorrinolaringologia no Brasil; a importância dos médicos Hilário de Gouvêa, João Marinho, Hélio Hungria e David Sanzon para o desenvolvimento da otorrinolaringologia no Brasil; seu concurso para a cátedra de anatomia (1939); sua entrada para a faculdade na década de 1950; seu período nos Estados Unidos no fim da Segunda Guerra Mundial.

Fita 4 - Lado A
A cronologia dos concursos realizados por Ermiro Lima: de 1928 a 1944; seu trabalho nos hospitais de Boston, Saint Louis e Filadélfia no ano de 1945; sua nomeação para diretor do Hospital dos Servidores do Estado (1947); sua atividade como docente; o horário do consultório e das aulas na faculdade,- a montagem de seu consultório particular; o prestígio conseguido através do incidente de 1944; o seu novo consultório: a localização; como conseguiu montar este consultório; o mercado de trabalho para o otorrino na época; as modificações feitas no consultório devido aos avanços tecnológicos; a relação entre médico e paciente; a relação entre os próprios médicos.

Fita 4 - Lado B
O prestígio na relação médico/paciente; o perfil teórico e o perfil artesanal dos médicos; as ligações entre a prática médica e a arte; sensibilidade e subjetividade versus tecnologia e objetividade no diagnóstico médico; os debates e controvérsias entre a generalidade e as especialidades em medicina; as relações entre a moral e o prestígio médicos; a concorrência entre a medicina e as outras formas de cura não-cientificas; a existência do charlatanismo diplomado; as condições de trabalho no hospital público; os fatores responsáveis pela cura.

Fita 5 - Lado A
A relação médico/paciente; a propaganda médica; o perfil socioeconômico de sua clientela; o estabelecimento de uma clientela fixa; a relação entre a docência e o consultório privado; o Hospital dos Servidores: tecnologia versus remuneração; o Hospital dos Servidores, local de prestígio médico; sua atividade associativa: a passagem no Sindicato Médico; comentários sobre Alvares Tavares de Souza; como se tornou líder da greve da letra "O"; a posição do Sindicato com relação ao assalariamento; a política classista do Sindicato; os motivos para a fundação da Associação Médica do Distrito Federal (AMDF).

Fita 5 - Lado B
Os motivos da proliferação associativa na categoria; as diferenças entre a AMDF, o Sindicato dos Médicos e a Associação Médica Brasileira (AMB); a posição dos médicos Alípio Correia Neto (cirurgião) e Jairo Ramos (pioneiro da cardiologia em SP), representantes paulistas da AMB contrários à AMDF; os motivos das divergências entre a AMDF e a AMB com relação à realização da greve; a posição do Sindicato contrária à greve; o perfil dos médicos que lideravam o movimento; os motivos para a escolha de Ermiro Lima para a presidência da AMDF; os motivos para a greve da letra "O"; a figura de Alencastro Guimarães, ministro do Trabalho, na época da greve da letra "O".

Fita 6 - Lado A
As razões para a fundação da Associação Médica do Distrito Federal (AMDF); o primeiro presidente da AMDF: Couto e Silva; as relações entre a AMDF e a AMB; a relação entre o associativismo e o prestígio médico; o relacionamento entre médicos e entre estes e seus clientes; a luta da AMDF pela aprovação do projeto de lei n° 1.082/50; o envolvimento do Sindicato dos Médicos, da AMB e da AMDF na campanha de aprovação do Projeto de Lei 1.082/50, que significava para os médicos atingir a letra "O".

Fita 6 - Lado B
Os motivos da greve da letra "O"; remuneração versus prestígio; as divergências no interior da categoria; os motivos que o levaram a liderar a greve da letra "O"; suas atividades associativas posteriores à liderança da greve; o protesto dos médicos no Palácio do Cateter o veto do presidente Café Filho ao Projeto de Lei n° 1.082/50; as concepções dos médicos sobre a greve; o que era a greve simbólica; sua prisão; a influência dos médicos comunistas no movimento; o processo de decisão das greves simbólicas ou jornadas de protesto.

Fita 7 - Lado A
Como foi decidido o início e o fim do movimento da letra "O"; a tendência esquerdista de Afrânio de Alencar Mattos (membro da diretoria da AMDF); a posição dos médicos Isnard Teixeira, Borreli, Júlio Sanderson, Carlos Grey e Renato Pacheco com relação à greve da letra "O" e as suas relações com a AMDF; o posicionamento da Academia Nacional de Medicina em relação à greve; o interesse do governo em rotular a greve como um movimento comunista; o posicionamento da imprensa em relação à greve da letra "O"; o boicote aos laboratórios farmacêuticos de Assis Chateaubriand; o final do movimento: ganhos e perdas; o samba "Maria Candelária" e sua relação com o movimento grevista sobre a letra "O"; o novo Código de Ética proposto pela AMB em 1953.

Fita 7 - Lado B
A AMB em 1953; a origem da AMB; as relações conflituosas entre a AMDF e a AMB; a criação do Conselho de Medicina em 1957 e a aprovação do Código de Ética em 1953; os motivos que levaram a AMB a propor um novo Código de Ética nos anos 1950; a oficialização do código em 1957; a normatização da relação entre os médicos; o desvio de clientes; as relações entre médicos e pacientes; a relação entre o médico especialista e o médico generalista ou antigo médico de família; o processo de especialização da medicina.

Fita 8 - Lado A
As modificações introduzidas na prática médica pela incorporação de novas tecnologias; o funcionamento dos hospitais hoje; o surgimento das especialidades médicas; a contribuição da sofisticação dos instrumentos para a especialização médica; a interrelação entre as várias especialidades médicas; a predominância no código de 1957 do médico generalista sobre o especialista; a relação médico/paciente; o cliente privado e o cliente público; a clínica no Hospital São Francisco e o convívio com clientes de diversas camadas sociais; a primeira diretoria do Conselho de Medicina; as reuniões do Conselho; considerações sobre si mesmo e sobre Álvaro de Mello Dória: os representantes da AMEG na chapa vitoriosa que assumiu o Conselho em 1958.

Fita 8 - Lado B
Os debates nas reuniões do Conselho sobre medicina geral e especializada; a relação médico/médico; a relação médico/paciente; as modificações ocorridas no mercado referente à otorrinolaringologia; a história da otorrinolaringologia; os avanços técnicos e a especialização na otorrinolaringologia; a restrição do campo de atuação na área da otorrinolaringologia; o caso da fonoaudiologia; o perfil do paciente "ideal"; os princípios do exercício da medicina: segredo profissional, liberdade de escolha do paciente em relação ao médico.

Fita 9 - Lado A
Os princípios da medicina: a liberdade de prescrição; a liberdade de ter o seu próprio consultório; o pagamento no ato da consulta; algumas considerações sobre a carga de trabalho médico; a concorrência entre a medicina, o curandeirismo, o charlatanismo e as práticas espíritas; o caso da homeopatia; a distinção entre o curandeiro e o charlatão; a presença do deputado Tenório Cavalcanti nas assembleias sobre a deflagração da greve da letra "O"; agradecimentos e palavras finais.

Diploma de Nomeação

Diploma de Nomeação ao grau de Grã-Cruz da Ordem do Mérito Médico, 27/03/2001.

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