Massacre de Manguinhos

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  • Refere-se aos episódios ocorridos em abril de 1970, durante o regime militar, envolvendo a suspensão dos direitos políticos e/ou aposentadoria compulsória de dez pesquisadores da Fiocruz: Augusto Cid de Mello Perissé, Domingos Arthur Machado Filho, Fernando Braga Ubatuba, Haity Moussatché, Herman Lent, Hugo de Souza Lopes, Masao Goto, Moacyr Vaz de Andrade, Sebastião José de Oliveira e Tito Arcoverde Cavalcanti de Albuquerque. Em 1986, com a redemocratização do país e a gestão de Sergio Arouca, foi realizada uma cerimônia de reintegração desses pesquisadores.

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Manuel Isnard Teixeira

Entrevista realizada por Carlos Roberto Oliveira, Flávio Edler e Rose Ingrid Goldschmidt, na Santa Casa de Misericórdia (RJ), entre os dias 16 de junho e 04 de novembro de 1987.
Sumário
Fitas 1 a 3
A infância no interior do Ceará; o coronelismo e a disputa pelo poder em Itapipoca; o antigo costume da alfabetização doméstica; a formação escolar em Fortaleza; a paixão pelo futebol; o curso preparatório; o apoio familiar na escolha profissional; a participação em movimentos políticos na faculdade; a organização do 1º Congresso Leigo Acadêmico do Brasil realizado na Bahia em 1933; a formação político-ideológica; a participação no movimento Ala Médica Reivindicadora organizado em 1934; impressões sobre a Revolução de 1930; a atuação na Juventude Comunista da Bahia; a penetração da ideologia comunista na classe operária baiana; a participação do PCB na Revolução de 1930 e o posicionamento teórico de seus dirigentes; observações sobre a prisão de Luís Carlos Prestes em 1936 e a posterior perseguição aos comunistas; a passagem pela Aliança Nacional Libertadora (ANL) em 1935; as influências francesa e inglesa no curso médico; referência à reforma de Rocha Vaz; avaliação das reformas curriculares do curso de medicina; o perfil acadêmico da Faculdade de Medicina da Bahia; a influência do jornal Gazeta de Notícias em sua saída da prisão; a indicação para o cargo de chefe de laboratório de Inspetoria de Defesa Sanitária Animal de Fortaleza em 1936; impressões sobre a Constituinte de 1934; a experiência como preso político e a candidatura a deputado federal pela União Sindical da Bahia; defesa da medicina previdenciária.

Fitas 4 e 5
O ingresso no Curso de Aplicação do IOC; impressões sobre o curso de medicina tropical ministrado por Carlos Chagas; a fragilidade dos movimentos sociais na década de 30; a participação no Socorro Vermelho antes do ingresso no PCB; o aperfeiçoamento em bacteriologia no IOC; a pesquisa em leishmaniose realizada na Fundação Gonçalo Moniz; o desenvolvimento da medicina legal na Bahia; a baixa frequência feminina no curso médico nas décadas de 1930 e 1940; o difícil acesso a Manguinhos; comentários sobre a rotina de trabalho de um estagiário no IOC.

Fitas 6 a 8
O ingresso no IOC; a projeção internacional do IOC na primeira metade do século XX; a perda de autonomia científica do IOC com a reforma administrativa do ministro Gustavo Capanema; as diferenças pessoais e ideológicas entre Carlos Chagas e Cardoso Fontes; o perfil de alguns cientistas mineiros do IOC; a administração Carlos Chagas e sua relação com a comunidade científica de Manguinhos; o acelerado ritmo de trabalho dos cientistas do IOC até os anos 1950; o processo de especialização do trabalho técnico nos laboratórios do IOC; as dificuldades financeiras do IOC com o fim da verba da vacina contra a manqueira na década de 1930; a alienação da ciência pura e o processo de aristocratização da ciência no IOC; a influência americana nas medidas sanitárias implantadas por João Barros Barreto; os interesses econômicos da Fundação Rockefeller no Brasil; a reprovação no concurso promovido pelo Departamento de Administração do Serviço Público (DASP) por motivos políticos; a experiência como aluno do Curso de Aplicação do IOC e o aproveitamento dos alunos desse curso por organismos públicos e privados; o perfil profissional de Genésio Pacheco; o trabalho do DNSP nos anos 1940; a importância de Barros Barreto na formação dos profissionais da área de saúde pública; o perfil político e profissional de Mário Magalhães.

Fitas 9 a 11
O perfil profissional de Evandro Chagas e o desenvolvimento do Serviço de Estudos de Grandes Endemias (SEGE) com o apoio financeiro de empresas privadas; o vandalismo cultural do poder público denunciado pela destruição de prédios públicos; a desistência do exercício da medicina liberal; a expulsão de Carlos Lacerda da Juventude Comunista; a participação na Comissão Jurídica e Popular responsável pela apuração de crimes políticos; o alto índice de tuberculose no Brasil desde o início do século XX; a relação entre a Ordem dos Médicos e o Sindicato dos Médicos; a receptividade às ideias fascistas no meio intelectual e em Manguinhos; a alienação política dos cientistas do IOC; a separação entre ciência pura e ciência aplicada e o consequente declínio de Manguinhos; o fracasso acadêmico da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP); o encontro com a futura esposa em Manguinhos e seu perfil profissional; avaliação da experiência na School of Higiene of Johns Hopkins University como bolsista do Institute of American Affairs; a participação no manifesto pela legalização do PCB em 1945; o convite para dirigir o Instituto Evandro Chagas em Belém; o ingresso no Instituto de Nutrição e a nomeação para assistente de microbiologia da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1944; o trabalho em saúde pública no Nordeste; o trabalho no laboratório Eduardo Bezerra S.A.; a bolsa de estudos para os Estados Unidos; a arcaica tecnologia na preparação da vacina contra a febre aftosa; a supremacia de São Paulo no desenvolvimento da saúde pública brasileira; o contato com Amilcar Vianna Martins e Otávio Magalhães no Instituto Biológico de São Paulo; a nomeação para chefe de laboratório do Serviço Nacional de Tuberculose em 1961; comentários sobre o modelo de pesquisa do Instituto Biológico em São Paulo e do Instituto Ezequiel Dias em Minas Gerais; a influência científico-tecnológica europeia e norte-americana sobre o IOC.

Fitas 12 a 14
A rotina de trabalho na Inspetoria Sanitária de Defesa Animal de Fortaleza; o contato com Raimundo Arraes em Crato (CE) em 1932; observações sobre o clima de guerra fomentado pelo interventor do Ceará durante o Estado Novo; a identificação política do ministro Gustavo Capanema sobre questões sanitárias; perfil de Gustavo Capanema e o brilho intelectual de seus assessores; a diferença entre as atuações de Gustavo Capanema e Barros Barreto; observações sobre a conjuntura política brasileira no pós-64; a convivência com o imperialismo nos anos 1940; Barros Barreto e o projeto de formação de enfermeiras especialistas em saúde pública; o interrogatório sofrido no Departamento de Imigração em sua viagem aos Estados Unidos.

Fita 15
O perfil político do PC americano; o papel desempenhado pelo Institute of Interamerican Affairs durante a Segunda Guerra Mundial; a experiência adquirida na visita a diferentes laboratórios e cursos nos Estados Unidos; a utilização inicial da penicilina no combate ao pneumococo; observações sobre a divisão técnica do trabalho nos laboratórios norte-americanos na década de 1940; o perfil profissional dos professores Adauto Botelho e Jorge Bandeira e Mello.

Fitas 16 e 17
O trabalho no instituto Evandro Chagas nos anos 1940; o programa de combate à malária desenvolvido pelo Serviço Especial de Saúde Pública (SESP) no Norte do Brasil e a utilização do DDT no combate aos focos da malária no fim da década de 1940; o caráter imperialista do SESP no Brasil; o perfil profissional dos funcionários do SESP; o interesse americano pela borracha brasileira durante a Segunda Guerra Mundial; a descontinuidade entre o trabalho sanitário desenvolvido pelo IOC no início do século e o programa do SESP nos anos 1940; o trabalho no Instituto Nacional de Nutrição com Josué de Castro.

Fitas 18 e 19
O perfil profissional de Marcolino Gomes Candau e Ernani Braga; os acordos políticos na obtenção de recursos para o desenvolvimento de programas de saúde pública; o oportunismo político do SESP; críticas às reformas empreendidas por Miguel Couto Filho nos cargos de direção da área de saúde; a atuação de Roberval Cordeiro de Farias na Secretaria Nacional de Fiscalização da Medicina; a candidatura a deputado federal na Assembléia Constituinte de 1946 e a atuação da corporação médica na defesa dos interesses da saúde; o discurso de Alcedo Coutinho na Assembléia Constituinte sobre a organização da saúde pública; a alienação política das associações médicas brasileiras; o estoicismo dos comunistas brasileiros; a grande aceitação popular do movimento comunista brasileiro após a Segunda Guerra Mundial; o trabalho como professor assistente da cadeira de microbiologia da Faculdade Nacional de Medicina.

Fitas 20 e 21
A atuação na campanha de helmintoses dirigida pela Divisão de Organização Sanitária de 1947 a 1954; o levantamento epidemiológico de helmintoses nas escolas nordestinas; o impacto do desenvolvimento da indústria farmacêutica sobre a saúde pública na década de 1940; a formação de quadros na área de saúde pública como obstáculo à burocratização dos serviços; a defesa da medicina liberal pelos médicos conservadores; a criação da AMDF, em 1950, com a participação de comunistas e previdenciários.

Fitas 22 e 23
A constituição dos institutos de aposentadoria e pensões nos anos 1930; Castelo Branco e a unificação da assistência médico-previdenciária com a criação do Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência Social (INAMPS); o perfil profissional de Erlindo Salsano na direção do DNSP; a importância social do Serviço Nacional de Lepra; a falta de especialização do corpo profissional da Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM); a experiência como chefe de laboratório do Serviço Nacional de Tuberculose; o perfil profissional de Bichat de Almeida Rodrigues; a tese do professor José Oliveira Coutinho sobre a semelhança entre malária e esquistossomose; o trabalho de Mário Pinotti no Departamento Nacional de Endemias Rurais (DNERu); os gastos do Serviço Nacional de Tuberculose; a renúncia de Jânio Quadros.

Fitas 24 e 25
Os vínculos com a OMS e as viagens ao Canadá, Estados Unidos e México para estudar a técnica de produção de vacina BCG; o contato com a China maoísta como representante da OMS; a importância da medicina popular para o desenvolvimento das instituições médicas da China comunista; o posicionamento do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) quanto às políticas de saúde pública; o perfil profissional de Carlos Gentile de Mello; o golpe militar de 1964; o aparecimento do Movimento Médico Renovador em 1968; a impossibilidade ideológica e prática de trabalhar em Manguinhos; a constante alienação política do pesquisadores do IOC em função da total dedicação ao trabalho; a influência norte-americana na ENSP; o inquérito administrativo do Ministério da Saúde em 1964; a aposentadoria compulsória por motivos políticos; avaliação de sua trajetória de vida; perspectivas em relação ao futuro do país.

Luiz Paulo Ribeiro

Entrevista realizada por Pedro Jurberg, em Nova Friburgo/RJ, com a duração de 55min.

Leon Rabinovitch

Entrevista realizada por Pedro Jurberg e Laurinda Rosa Maciel, no Laboratório de Fisiologia Bacteriana/IOC/Fiocruz – Rio de Janeiro, em duas sessões nos dias 6 de setembro (1h14min) e 27 de novembro de 2017 (48min).

José Jurberg

Entrevista realizada por Anna Beatriz de Sá Almeida e Magali Romero Sá, na Fiocruz (RJ), em 25 e 31 de maio de 1999.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Origem familiar e referência ao irmão Pedro Jurberg, pesquisador do IOC; a trajetória escolar; breve comentário sobre religião e costumes judaicos; o primeiro vestibular para medicina e a influência do pai: o curso ginasial no Instituto Lafayette; a vocação profissional; referência à formação na Faculdade de Farmácia e Odontologia do Estado do Rio de Janeiro, em Niterói; a inscrição no Curso de Entomologia do IOC; o gosto pela fotografia e pelo desenho; menção ao estágio realizado sob a orientação de Herman Lent; o convite para trabalhar com Hugo de Souza Lopes; referência à primeira publicação; o primeiro contato com os triatomíneos e a descoberta de uma nova espécie; menção ao financiamento CAPES para sua manutenção no IOC; referência à contratação como professor da cadeira de higiene e legislação farmacêutica na Faculdade de Farmácia e Odontologia, do Estado do Rio de Janeiro; considerações a respeito da impossibilidade de acumulação de cargos públicos e a opção por permanecer no IOC; a contratação no IOC, em 1963, através de Regime Jurídico Único (RJU); o processo de seleção de pesquisadores no IOC, no passado e no presente; o perfil do professor José Messias do Carmo e o trabalho na Faculdade de Farmácia e Odontologia do Rio de Janeiro; alusão ao período em que foi assistente-estagiário de Hugo de Souza Lopes, na Escola Nacional de Veterinária, da atual UFRRJ; a remuneração no IOC e a necessidade de trabalhar com o pai para se manter; a bolsa do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq) na categoria de pesquisador assistente, em 1965; referência ao Curso de Especialização em Saúde Pública para Farmacêuticos da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz); o período como assistente de Herman Lent na cadeira de parasitologia aplicada, no curso da ENSP; breve referência à cassação de 1970; a gestão de Francisco Paulo da Rocha Lagoa como Ministro da Saúde; o ingresso no mestrado do Museu Nacional, em 1970, sob a orientação de José Cândido de Melo Carvalho.

Fita 1 - Lado B
A diversidade de suas publicações e a habilidade para o desenho; comentários sobre o período dos trabalhos de campo e a interrupção em 1970; o perfil profissional de Herman Lent; os pesquisadores do IOC no momento de seu ingresso; comparação entre pesquisadores do passado e presente; o perfil de Costa Lima e Fábio Leoni Werneck; a ética profissional da nova geração de pesquisadores da Fiocruz; o curso de Histologia de Invertebrados do IOC, ministrado pelo professor Rudolf Barth, em 1964; o mestrado no Museu Nacional; a influência da tecnologia na entomologia; reflexões sobre o grau de dificuldade de aperfeiçoamento dos antigos pesquisadores; a gestão de Vinícius da Fonseca na Fiocruz; sobre a coordenação do Projeto dos Programas Prioritários de Pesquisa da Fiocruz e o Programa de Doença de Chagas, em 1976; a transferência da Coleção Entomológica para o prédio do Castelo, na gestão de Vinícius Fonseca; o crescimento do Departamento de Entomologia após o ingresso de novos pesquisadores; o reingresso na gestão de Sergio Arouca dos cientistas cassados Hugo de Souza Lopes e Sebastião José de Oliveira; a participação como membro do Grupo Executivo do Curso de Mestrado em Parasitologia Médica da Fiocruz, em 1979; a mudança da Coleção Entomológica para o Hospital Evandro Chagas (HEC); o retorno da Coleção Entomológica para o prédio do Castelo na gestão de Vinícius da Fonseca e suas consequências; os problemas institucionais vividos por Sebastião José de Oliveira; a importância da Coleção Entomológica; a atuação no Departamento de Entomologia do IOC; alusão à Vice-Presidência de Pesquisa, sob a direção de José Rodrigues Coura; a gestão de Leonidas Deane como chefe do Departamento de Entomologia; o convite de Leonidas Deane para atuar como chefe substituto do Departamento de Entomologia; considerações sobre Leonidas e Maria Deane; o pedido de demissão do cargo de chefe substituto do Departamento de Entomologia; considerações sobre Wladimir Lobato Paraense e a Coleção Entomológica do IOC.

Fita 2 - Lado A
O perfil de Leonidas e Maria Deane; o período como assessor especial da Presidência da Fiocruz, em 1990; o convite do Ministério da Saúde, em 1988, para a implantação do Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos do Departamento de Entomologia do IOC, com o auxílio do BIRD, em convênio com a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA); considerações sobre a administração dos recursos cedidos pelo convênio; comentários sobre os pesquisadores selecionados no primeiro convênio; a importância da Coleção de Triatomíneos para o Departamento de Entomologia: a aquisição da coleção do argentino Rodolfo Carcavalho; menção ao quantitativo atual de exemplares da coleção; a presença de Rodolfo Carcavalho no laboratório de Entomologia; referência à publicação do Atlas dos Vetores da Doença de Chagas nas Américas, reflexões sobre a definição de coleção institucional; breve relato sobre a Coleção de Arthur Neiva; as coleções emprestadas a pesquisadores cassados em 1970; considerações sobre as coleções que se encontram no Museu Nacional desde o período da cassação.

Fita 3 - Lado A
A Biblioteca da Fiocruz e sua importância para as atividades dos pesquisadores; a participação como secretário do Conselho Técnico Científico da Fiocruz; a gestão de Hermann Schatzmayr na Fiocruz e a reforma da biblioteca; a participação como coordenador da comissão designada para realizar o projeto da biblioteca; a importância da biblioteca para os pesquisadores; comentários sobre a European Community Latin America Triatominae Research Network (ECLAT); considerações sobre a viabilidade da profilaxia de alguns insetos; menção às atas das reuniões quando secretariava o Conselho Técnico Científico da Fiocruz; análise sobre a unificação, nos anos 1970, da Coleção Entomológica e das Coleções Laboratoriais; breve referência a Orlando Vicente Ferreira e sua participação na unificação das coleções; a experiência em trabalhar com os pesquisadores Costa Lima e Hugo de Souza Lopes; referência acerca da designação de curadoria para as coleções; considerações sobre a curadoria de parte da coleção; considerações sobre a gestão de Francisco de Paula da Rocha Lagoa; comentários acerca da transferência da Coleção Entomológica para o HEC e suas consequências; alusão à importância de Orlando Vicente Ferreira para a coleção; considerações sobre a gestão de José Guilherme Lacorte; reflexões sobre o período que a Coleção Entomológica ficou no HEC; nova menção à gestão de Vinícius da Fonseca; breve relato sobre a aposentadoria compulsória de Orlando Vicente Ferreira e sua recontratação; reflexões acerca da atual conservação da coleção; novas considerações à gestão de Vinícius da Fonseca; a normatização da Coleção Entomológica; menção ao professor Costa Lima; a aquisição da Coleção Zikán; comentários sobre o desaparecimento do livro de registro; reflexões acerca das avarias sofridas pela coleção; a postura de alguns dirigentes quanto à Coleção Entomológica; a atuação de Wladimir Lobato Paraense como vice-presidente de Pesquisa da Fiocruz.

Fita 3 - Lado B
O perfil de Wladimir Lobato Paraense e sua postura frente à manutenção da Coleção Entomológica; referência ao papel de José Cândido de Melo Carvalho na manutenção da Coleção Entomológica no IOC; a postura de Francisco de Paula da Rocha Lagoa, Wladimir Lobato Paraense, Leonidas Deane e Paulo Gadelha quanto à Coleção Entomológica; a importância da Coleção Entomológica; o perfil de Sebastião José de Oliveira; as gestões de José Rodrigues Coura e Elói Garcia, na Vice-Presidência de Pesquisa; considerações sobre as técnicas de conservação da Coleção Helmintológica; comparação entre o quantitativo da Coleção Helmintológica e Entomológica; opinião acerca da entomologia vinculada à área médica; a implantação de laboratórios como centros de referência; considerações acerca do Laboratório Nacional e Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos do Departamento de Entomologia do IOC; a estratégia administrativa para os centros de referência criados na Fiocruz; menção à criação da Câmara Técnica de Implantação dos Centros de Referência e de Institucionalização das Coleções do IOC, em 1997; considerações sobre o processo de formação do centro de referência do Departamento de Entomologia; a importância da coleção de triatomíneos; breve relato sobre o fim do convênio com o BIRD; considerações sobre a manutenção do centro de referência apenas com verbas da FUNASA; considerações sobre a formação de coleções particulares e institucionais e sobre o registro de algumas coleções; breve referência à contratação de Dario Mendes pelo IOC para o registro das coleções; o perfil do pesquisador Leonidas Deane; menção ao estágio no The Natural History Museum para desenvolver projeto sobre morfologia e taxonomia de triatomíneos, em 1992; considerações sobre o Laboratório de Taxonomia e Bioquímica; referência ao número de artigos publicados; a abertura de um processo para publicar nas Memórias do Instituto Oswaldo Cruz em português; comentários sobre o periódico Entomologia y Vetores, criada por Rodolfo U. Carcavallo; a participação como 'referee' e editor no periódico Entomologia y Vetores; considerações sobre o perfil do pesquisador Herman Lent.

Fita 4 - Lado A
O perfil de Herman Lent; referência ao estágio na Divisão de Zoologia do Museu Nacional, com José Lacerda de Araújo Feio; reflexões sobre sua experiência profissional e pessoal.

Hugo de Souza Lopes

Entrevista realizada por Paulo Gadelha, Rose Ingrid Goldschmidt e Wanda Hamilton, na Universidade Santa Úrsula (RJ), nos dias 03 e 09 de abril, 23 de maio e 01 de julho de 1986.
Sumário
Fitas 1 e 2
A infância no sítio do pai; o ginásio no Colégio São Bento; o exame de história natural em Campos (RJ); o curso de veterinária na Escola Superior de Agricultura e Medicina Veterinária; o contato com Lauro Travassos e o estágio no laboratório de helmintologia em 1931; a relação de liberdade que Lauro Travassos mantinha com seus subordinados; perfil de Oswaldo Cruz; observações sobre Arthur Moses; a entomologia médica; a sucessão de Oswaldo Cruz no IOC; perfil de Arthur Neiva e de Adolpho Lutz; os conflitos entre Lauro Travassos e Carlos Chagas; a nomeação para professor da Escola de Veterinária; o museu de anatomia do IOC; o Instituto de Biologia Vegetal no Jardim Botânico; o laboratório de parasitologia da UFRJ; as pesquisas desenvolvidas por Costa Lima e Frei Borgmeier no Instituto de Biologia Vegetal; a contratação no IOC durante a gestão Olympio da Fonseca.

Fitas 3 e 4
As atividades desenvolvidas no IOC; a divisão do IOC em grupos antagônicos; os assistentes de Lauro Travassos; o carteiro entomologista Ferreira de Almeida; a cassação dos cientistas do IOC; observações sobre Costa Lima; a entomologia agrícola; os arredores de Manguinhos no início do século XX; a arquitetura do castelo mourisco; as pesquisas desenvolvidas na seção de entomologia do IOC; a participação de pesquisadores do IOC nas reuniões da Sociedade Brasileira de Biologia; as coleções entomológicas do IOC; as verbas provenientes da venda da vacina contra a manqueira; a importância do Departamento de Entomologia do IOC; as funções dos auxiliares em Manguinhos; os efeitos negativos da pesquisa dirigida no desenvolvimento científico; o Curso de Aplicação do IOC e a decadência de Manguinhos; o Estado Novo e a organização da ciência médica no Rio de Janeiro; críticas à contratação de funcionários na gestão Olympio da Fonseca; a administração de Carlos Chagas; as expedições científicas dos pesquisadores de Manguinhos.

Fitas 5 e 6
Perfil de Cardoso Fontes; o prestígio internacional de Oswaldo Cruz e de Carlos Chagas; comentários sobre César Pinto; as administrações de Henrique Aragão e de Olympio da Fonseca; comentários sobre as instalações da Fundação Rockefeller no campus de Manguinhos; o telegrama de apoio enviado pelos pesquisadores do IOC a Luís Carlos Prestes em 1946; o abaixo-assinado dos pesquisadores do IOC enviado a Getúlio Vargas pedindo a demissão de Olympio da Fonseca; a gestão Francisco Laranja; o CNPq; a campanha “O Petróleo é Nosso”; o movimento pela criação do Ministério da Ciência e Tecnologia e o apoio da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências; a administração de Joaquim Travassos da Rosa; o governo João Goulart e a reforma de base na área de saúde pública; as delações no IOC após o Golpe de 1964 e o inquérito administrativo do Ministério da Saúde.

Fitas 7 e 8
A nomeação de Joaquim Travassos da Rosa para o cargo de diretor do IOC; comentários sobre as áreas de pesquisa antes do Golpe de 1964; perfil de Olympio da Fonseca; considerações sobre a administração de Rocha Lagoa; o “Massacre de Manguinhos”; concepções sobre ciência, pesquisa e educação; perfil de Lauro Travassos; a zoologia no Brasil; as atividades docentes na USU; a reintegração ao quadro de funcionários de Manguinhos em 1986.

Herman Lent

Entrevista realizada por Flavio Coelho Edler e Wanda Suzana Hamilton, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 12, 20 e 27 de setembro, 11 e 21 de outubro, 8 e 23 de novembro de 1994.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Comparação entre os cientistas da década de 1920 e dos tempos atuais; considerações sobre a trajetória escolar e sua opção pela medicina; alusão ao currículo e aos professores da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro (FMRJ), da Universidade do Brasil, no período da graduação no final dos anos 1920; a opção pela carreira científica e o relato da primeira tentativa de ingresso no IOC; a influência de Carlos Chagas em sua matrícula no Curso de Aplicação do IOC.

Fita 1 - Lado B
O ingresso no Curso de Aplicação do IOC, reflexões sobre o ensino neste curso e o perfil de Lauro Travassos; o estágio no Laboratório de Helmintologia, em 1932; breve referência à sua relação com João Ferreira Teixeira de Freitas; o Curso de Aplicação do IOC e seus professores; reflexões sobre o projeto de Oswaldo Cruz para o IOC; a formação em medicina; breve comentário sobre Carlos Chagas Filho, fundador do Instituto de Biofísica, da UFRJ; considerações sobre a FMRJ; o perfil de João Ferreira Teixeira de Freitas; menção às aulas ministradas por Carlos Chagas no anfiteatro da FMRJ.

Fita 2 - Lado A
Comparações entre a FMRJ e o Curso de Aplicação do IOC; a opção pela medicina; o perfil de Haity Moussatché; menção à sua contratação como assistente de Lauro Travassos na cadeira de zoologia da Faculdade de Ciências da UDF, em 1935; comentários acerca da Lei de Desacumulação de Cargos Públicos (1937) e a opção por permanecer no IOC; o perfil do professor Aristides Marques da Cunha, do Curso de Aplicação do IOC; as refeições no IOC; o perfil de Adolpho Lutz, Joaquim Venâncio, Miguel Ozório de Almeida e Carneiro Felipe.

Fita 2 - Lado B
As aulas ministradas por Lauro Travassos no Curso de Aplicação do IOC; considerações sobre o perfil de Lauro Travassos e a influência recebida na opção pela helmintologia; o perfil de Costa Lima; o período em que foi estagiário de Lauro Travassos; o perfil de Carlos Chagas; o trabalho na Seção de Zoologia Médica com Lauro Travassos; referência à importância da Coleção Helmintológica; a evolução da biologia e a influência da tecnologia nas linhas de pesquisa; o perfil de Miguel Ozório de Almeida; a importância da taxonomia para o pesquisador; os tipos conhecidos de helmintos; as excursões de coletas promovidas por Lauro Travassos; comentários sobre a tradição de realizar excursões de coletas de espécies no IOC; breve comentário sobre a doença de Chagas.

Fita 3 - Lado A
A primeira expedição de coleta; breve relato sobre o perfil de M. Cavalcanti Proença; os discípulos de Lauro Travassos no estado de São Paulo; considerações sobre o Boletim Biológico e os procedimentos técnicos após a coleta de material; a importância em publicar a respeito da descoberta de novas espécies; a importância da atualização bibliográfica na pesquisa; o convite de Pedro Wygodzinsky para permanecer em Nova York, com financiamento da Fundação Rockefeller; reflexões sobre o uso da expressão “Escola de Travassos” no IOC; considerações sobre o perfil de Lauro Travassos.

Fita 3 - Lado B
O perfil de Lauro Travassos; as publicações Ciência Médica, Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Memórias do Instituto Butantan e Boletim Biológico, breve relato de sua participação na criação da Revista Brasileira de Biologia, a colaboração como editor da Memórias do Instituto Oswaldo Cruz e Anais da Academia Brasileira de Ciências, o perfil de César Pinto; o convite para participar da Missão Científica Brasileira no Paraguai; considerações sobre o perfil de João Ferreira Teixeira de Freitas, os trabalhos publicados em colaboração com João Ferreira Teixeira de Freitas; a influência de Arthur Neiva no seu interesse pela entomologia; o perfil de Arthur Neiva.

Fita 4 - Lado A
Comentários sobre a helmintologia; o perfil de Gomes de Faria; a personalidade de Adolpho Lutz; as publicações em helmintologia; a importância da Coleção Helmintológica do IOC; as regras de nomenclatura na área de zoologia; as contribuições para a formação das coleções científicas; a importância da Coleção Helmintológica; reflexões sobre o empréstimo e a coleta de espécies; a relação entre o grupo da helmintologia no IOC e o grupo da parasitologia da “Escola do professor Samuel Pessoa”, no estado de São Paulo; a sistemática e a filogenia dos helmintos; comentários sobre o intercâmbio entre helmintologistas.

Fita 4 - Lado B
Os pesquisadores estrangeiros da área de helmintologia; a importância das separatas para a divulgação de trabalhos; a importância da revisão bibliográfica; as publicações internacionais na área de zoologia; a fotografia como novo recurso tecnológico trazido de Hamburgo por Lauro Travassos; críticas ao tratamento dispensado à Coleção Helmintológica do IOC.

Fita 5 - Lado A
A importância das separatas para o pesquisador; os temas publicados na área de helmintologia; comentários sobre os helmintólogos do laboratório de Lauro Travassos e a pesquisa em entomologia; o processo de sua transferência para a entomologia; o período em que chefiou a Seção de Entomologia; o primeiro trabalho em entomologia; o perfil de Arthur Neiva; considerações sobre a transferência para a entomologia e sobre sua contratação pelo IOC; o perfil de Costa Lima; a gestão Vinícius da Fonseca; o contexto da criação da Fiocruz; a definição das linhas de pesquisas prioritárias do IOC; considerações sobre Carlos Alberto Seabra e a formação de coleções entomológicas; o perfil de Fábio Leoni Werneck.

Fita 5 - Lado B
O perfil de Fábio Leoni Werneck; a gestão de Sebastião José de Oliveira como curador da Coleção Entomológica; comentários sobre coleções abertas e fechadas; o processo de aquisição da Coleção Zikán pelo IOC; comentários sobre Carlos Alberto Seabra, Fábio Leoni Wemeck e Hugo de Souza Lopes.

Fita 6 - Lado A
O perfil de Fábio Leoni Werneck e sua coleção depositada no IOC; o momento de ingresso no IOC e a possibilidade de escolha das linhas de pesquisa; considerações sobre Miguel Ozório de Almeida, Lauro Travassos e Costa Lima; comentários sobre troca de espécies e correspondência entre pesquisadores; o perfil de Carlos Alberto Seabra; considerações sobre a Coleção Zikán; o perfil de Costa Lima; comentários sobre a revista Chácaras e Quintais; reflexões sobre o contexto de criação da Fiocruz e o universo de pesquisas; a importância de Manguinhos na formação de profissionais; as Memórias do Instituto Oswaldo Cruz; reflexões sobre as seções científicas do IOC; breve comentário sobre o período inicial do IOC.

Fita 6 - Lado B
Considerações sobre o período inicial do IOC; referência ao projeto de Oswaldo Cruz para Manguinhos; considerações sobre as seções científicas do IOC; os trabalhos publicados com Sebastião José de Oliveira, na Revista Brasileira de Biologia; o processo aberto pelo pesquisador José Jurberg relativo às Memórias do Instituto Oswaldo Cruz; reflexões sobre a passagem por Manguinhos e o envolvimento com a instituição; considerações sobre pesquisadores da área de entomologia; críticas à gestão do IOC no período das cassações; breve análise de sua personalidade; o perfil de Francisco de Paula Rocha Lagoa; comentário sobre sua demissão da Divisão de Entomologia; o perfil de Hugo de Souza Lopes; considerações sobre o Laboratório de Helmintologia e seu papel na assessoria aos pesquisadores de outras instituições.

Fita 7 - Lado A
Menção a Hugo de Souza Lopes e a homenagem recebida por este ao nomear uma espécie com o sobrenome Lent; comentários sobre as atividades na FMRJ.

Fita 8 - Lado A
A importância das publicações científicas; a diversidade de suas publicações desde o período da faculdade; menção ao perfil dos irmãos Álvaro e Miguel Ozório de Almeida; o financiamento de Guilherme Guinle, nos anos 1940, para a publicação da Revista Brasileira de Biologia, comentários sobre a participação como editor da Revista Brasileira de Biologia, menção à eleição como membro titular da Academia Brasileira de Ciências, em 1968; o convite de Aristides Pacheco Leão para editar os Anais da Academia Brasileira de Ciências, considerações sobre a repercussão da sua cassação na Revista Brasileira de Biologia, os perfis de Tito Cavalcanti e Sebastião José de Oliveira; considerações sobre a “doação” da Revista Brasileira de Biologia à Academia Brasileira de Ciências, na década de 1970; as revistas existentes na época da fundação da Revista Brasileira de Biologia.

Fita 8 - Lado B
As revistas existentes na época da fundação da Revista Brasileira de Biologia, o artigo denunciando plágio na revista O Campo, o conhecimento das publicações de referência na área de zoologia; o desligamento da supervisão das publicações da Academia Brasileira de Medicina, em 1981; a Revista Brasileira de Biologia, a parceria com José Jurberg para publicar trabalhos em colaboração nas Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, descrição dos atributos de um periódico científico ideal; o trabalho publicado no boletim do American Museum of Natural History, de Nova York; menção à falta de financiamento dos periódicos científicos nos anos 1940; as instituições de fomento à pesquisa; o financiamento para a participação em eventos científicos no exterior, na gestão de Amilcar Vianna Martins no IOC; o perfil de Olympio da Fonseca, reflexões sobre as opções dos funcionários no momento da Lei de Desacumulação de Cargos Públicos, de 1937.

Fita 9 - Lado A
Considerações sobre sua relação com Olympio da Fonseca; os trabalhos de helmintologia publicados no Boletim Biológico, dirigido por Lauro Travassos e César Pinto; importância da Sociedade Brasileira de Entomologia; considerações sobre a Revista de Entomologia e a Revista Brasileira de Entomologia, homenagem recebida pela contribuição à pesquisa científica.

Fita 9 - Lado B
A participação como editor das Atas do Simpósio da Biota Amazônica; o perfil de José Cândido de Carvalho, do Museu Nacional; considerações sobre a Revista de Biologia e a Revista Brasileira de Biologia, menção à área de editoração científica; indicação para integrar o corpo editorial das Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, comentários sobre os critérios de publicação de algumas revistas estrangeiras; considerações sobre a utilização de “estrangeirismos” nas publicações científicas; comentários sobre os diversos diretores do IOC; a gestão de Gustavo Capanema no Ministério da Educação e Saúde; recebimento da verba originada da vacina da manqueira.

Fita 10 - Lado A
O ministro da Educação e Saúde, Gustavo Capanema; os cientistas Alcides Godoy e Astrogildo Machado, criadores da vacina contra a peste da manqueira; a situação do IOC com a perda da verba da vacina da manqueira; o gosto pela pesquisa e o estágio no IOC; o convite de Lauro Travassos para ser seu assistente na cátedra de zoologia da UDF, em 1935; a gestão de Cardoso Fontes em Manguinhos; a influência da política na gestão dos diretores do IOC; os reflexos da instabilidade política em 1960 e 1970 no IOC; a gestão de Henrique Aragão; breve comentário sobre o “Massacre de Manguinhos”, em 1970; a participação como presidente da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Niterói, atual Associação Médica Fluminense de Niterói; a experiência como assistente de Lauro Travassos na UDF e comentários sobre os professores; o perfil de Anísio Teixeira; a conjuntura da Lei de Desacumulação de Cargos Públicos, em 1937; o perfil de Costa Lima.

Fita 10 - Lado B
A presença de profissionais de outros estados no Curso de Aplicação do IOC; reflexões sobre o Curso de Saúde Pública, na Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP); o projeto de Oswaldo Cruz e de Carlos Chagas para o IOC; as instituições de pesquisa do Estado de São Paulo; a trajetória profissional de Henrique de Beaurepaire Aragão; considerações sobre as atividades de um cientista; a gestão de Cardoso Fontes no IOC, entre 1934 e 1942; os recursos extras cedidos ao IOC por instituições de fomento à pesquisa; os remédios fabricados pelo IOC; comentário acerca da sua ocupação na gestão de Henrique de Beaurepaire Aragão, entre 1942 e 1944; reflexões sobre as expectativas dos profissionais que frequentavam o Curso de Aplicação do IOC e o Curso de Saúde Pública da ENSP; as aulas que ministrou no Instituto Gonçalo Muniz, na Bahia.

Fita 11 - Lado A
A insatisfação com o tratamento dado, pelo IOC, à Coleção Geral Entomológica; a gestão de Rocha Lagoa no Ministério da Saúde; a mudança da Coleção Entomológica para o Hospital Evandro Chagas e suas consequências; referência a Orlando Vicente Ferreira; comentários sobre o papel de José Jurberg na preservação da Coleção Entomológica; o momento em que a coleção retomou ao Castelo, na gestão de Sérgio Arouca na Fiocruz (1985-1989); reflexões sobre as novas intenções de transferência da Coleção Entomológica; o perfil de Rocha Lagoa; considerações sobre a atuação de Costa Lima na preservação da Coleção Entomológica; o quantitativo de espécies da Coleção Entomológica; os motivos que o levam, até hoje, a proteger as coleções; comparação entre as coleções particulares e as institucionais; considerações sobre Orlando Vicente Ferreira; a organização da Coleção Entomológica; os empréstimos de espécies da coleção que não foram devolvidos ao IOC; o papel das coleções científicas e a postura de alguns dirigentes com a mesma; menção à coleção de barbeiros.

Fita 11 - Lado B
O ciclo evolutivo do barbeiro; o perfil de Dario Mendes; referência ao período em que as coleções eram utilizadas para fins didáticos; a importância da Coleção Entomológica do IOC; comparação entre as coleções do Museu Nacional e as do IOC; explicação sobre os elementos que constituem uma coleção; a preferência em Manguinhos por alguns grupos de espécies; a importância da coleção do pesquisador Costa Lima; reflexões sobre coleções abertas e fechadas; considerações sobre Costa Lima e a diversidade dos temas por ele pesquisados; as espécies estudadas por Costa Lima que estão na Coleção Entomológica; o recebimento do prêmio Costa Lima, da Academia Brasileira de Ciências; o intercâmbio de espécies para identificação; considerações sobre as regras internacionais na Nomenclatura Zoológica; o perfil de Antônio Pugas; considerações sobre o intercâmbio de espécies.

Haity Moussatché

Entrevista realizada por Arlindo Fábio Gomez de Souza, Luiz Fernando Ferreira, Paulo Gadelha, Cristina Tavares e Wanda Hamilton, na Fiocruz (Rio de Janeiro/RJ), nos dias 28 de novembro de 1985 e 17 de janeiro de 1986.
Sumário
Fitas 1 a 3
Origem familiar; a influência das condições sanitárias do Rio de Janeiro sobre o fluxo migratório; o curso preparatório no Rio de Janeiro; a influência do professor César Salles na escolha dos estudos em biologia; a faculdade de medicina como instrumento para o estudo da biologia; o interesse pela parasitologia e os primeiros contatos com o IOC; o curso de fisiologia ministrado por Álvaro Osório de Almeida e a decisão de se dedicar à fisiologia; o pedido de Carlos Chagas para trabalhar no IOC; a inexistência de pesquisas em fisiologia no curso de medicina; o laboratório de fisiologia da Álvaro Osório de Almeida na rua Machado de Assis (RJ); a atuação como monitor de Álvaro Osório de Almeida na faculdade de medicina; os estudo de Miguel Osório de Almeida sobre o sinal de Babinsky; perfil dos irmãos Osório de Almeida; o convite de Carlos Chagas a Miguel Osório para instalar o Departamento de Fisiologia no IOC; o desinteresse pelos cursos da faculdade de medicina; a residência médica no Hospital Evandro Chagas; a opção pela fisiologia e o restrito mercado de trabalho; comentários sobre o atual ensino médico; a implantação do laboratório de fisiologia no IOC e as primeiras experiências desenvolvidas por Miguel Osório de Almeida; a saída de Miguel Osório de Almeida do IOC em 1921; o ingresso de Thales Martins no IOC; as pesquisas pioneiras em etologia desenvolvidas por Thales Martins; perfil de Thales Martins; a transferência de Thales Martins para São Paulo em 1934; a participação de Branca Osório de Almeida nos trabalhos do laboratório da rua Machado de Assis; a influência de seu pai e de César Salles na escolha da carreira profissional; o positivismo no Brasil; a precariedade instrumental do laboratório de fisiologia da rua Machado de Assis e do IOC; a habilidade técnica dos irmãos Osório de Almeida; o uso da matemática por Miguel Osório de Almeida em suas pesquisas; o trabalho com cultura de tecidos de febre amarela; o concurso para ingresso no IOC em 1941; as dificuldades de promoção no IOC; crítica aos comentários sobre a decadência de Manguinhos; comentários sobre a qualidade profissional de vários pesquisadores do IOC; a relação entre desenvolvimento socioeconômico e ciência; o movimento pela separação do IOC do Ministério da Saúde; crítica à qualidade dos produtos farmacêuticos produzidos pelo IOC; a participação na discussão sobre o uso da energia nuclear no Brasil; a evasão de pesquisadores do IOC em decorrência das cassações; a desvalorização social da ciência no Brasil; e relação entre desenvolvimento econômico em São Paulo na década de 1930 e o florescimento científico; a falsa distinção entre ciência básica e aplicada; o papel da tecnologia no desenvolvimento da ciência; a luta no IOC pela liberdade de pesquisa.

Fitas 4 a 6
O laboratório de fisiologia do IOC como polo de atração da pesquisa básica; a pesquisa científica e o Instituto de Biofísica da Universidade do Brasil; os estudos realizados no laboratório de fisiologia do IOC por pesquisadores visitantes; o caso Arthur Moses no IOC; as disputas entre os pesquisadores na sucessão de Oswaldo Cruz; o perfil e gestão de Olympio da Fonseca no IOC; a luta pela modernização do IOC nas décadas de 1940 e 1950; a resistência de Henrique Aragão à criação de um conselho auxiliar para a direção do IOC; as diversas concepções no IOC quanto à orientação científica; a dificuldade de obtenção de recursos para a pesquisa básica no IOC; comentários sobre os motivos das cassações; os atuais contatos com o Ministério da Ciência e Tecnologia; a inexistência de investigação nas universidades; o retorno a Manguinhos e a reconstrução do laboratório de fisiologia; a conservação de material e equipamentos de seu laboratório feita por antigos auxiliares desde a cassação; a prisão de Fernando Ubatuba em 1968; os inquéritos policial-militar e administrativo no período pós-1964; as divergências político-ideológicas como explicação para a cassação dos pesquisadores em 1970; o papel de Rocha Lagoa no ato de cassação; a participação na criação da UnB; o exílio e o trabalho desenvolvido na Venezuela; o retorno ao Brasil e as expectativas de trabalho na FIOCRUZ; comentários sobre o atual desenvolvimento do Brasil; a necessidade de relações científicas internacionais para o desenvolvimento socioeconômico da humanidade.

Francisco Laranja

Entrevista realizada por Rose Ingrid Goldschmidt, Jaime Benchimol e Marcos Chor Maio, na Fiocruz, nos dias 26 de novembro, 08, 10 e 17 de dezembro de 1986.
Sumário
Fitas 1 a 3
Origem familiar e a infância no interior do Rio Grande do Sul; formação escolar; o curso ginasial em Porto Alegre; a morte do pai; a experiência como capataz de fazenda na adolescência e as transformações da vida rural; o caráter do homem gaúcho; a influência da migração europeia no Rio Grande do Sul; as personalidades políticas do sul do país; a convivência com personalidades políticas; a Revolução de 1930; a conclusão do ginásio em Porto Alegre; a relação com os pais; o lazer na infância; as relações com a família de Getúlio Vargas; o quadro epidemiológico no interior do Rio Grande do Sul; o interesse pelos estudos e o vestibular para medicina; a cadeira de direito do trabalho criada por Lindolfo Collor; o convívio com os estudantes na pensão em Porto Alegre; o comunismo na década de 1930; o curso médico e o interesse pela psicologia; a primeira viagem ao Rio de Janeiro em busca do melhores condições de trabalho; o concurso para datilógrafo do IAPI; a transferência para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro; o atentado integralista de 1938; o trabalho burocrático no IAPI.

Fitas 4 e 5
O concurso interno do IAPI; as atividades em cardiologia no IAPI; a atividade assistencial do IAPI; comentários sobre as doenças cardíacas no Brasil; a perícia e a consultoria médica do IAPI; a política salarial do IAPI na década de 1930; a questão da saúde pública durante o curso médico; o concurso para cardiologista do IAPI; a relação entre médico e paciente; a organização do posto de Bambuí (MG); a especialidade em cardiologia; o primeiro contato com a doença de Chagas; a profilaxia da doença de Chagas; a divulgação de trabalhos no exterior.

Fitas 6 a 8
O desdobramento do Ministério da Educação e Saúde e a repercussão no IOC; a gestão Olympio da Fonseca no IOC; o ingresso no IOC na gestão Henrique Aragão; críticas à centralização administrativa do IOC; a indicação para a direção do IOC em 1953; as divisões científicas e os pesquisadores do IOC; a descentralização de sua administração no IOC; a produção do IOC; os recursos do IOC; a política científica do IOC; a modificação na estrutura física de Manguinhos; a gestão Antônio Augusto Xavier; o serviço fotográfico do IOC; o Curso de Aplicação do IOC; comentários sobre a sua gestão no IOC; o retorno à pesquisa; comentários sobre o Estado Novo; avaliação da FIOCRUZ; a influência americana e os modelos de pesquisa; saúde pública e educação sanitária.

Fitas 9 a 11
A nomeação para a direção do SAMDU; os vínculos de amizade com João Goulart; a estrutura funcional do SAMDU; o retorno ao IAPI em 1964; referência ao Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS); a padronização dos serviços do SAMDU; definição político-ideológica; adesão ao getulismo e ao juscelinismo; os acordos para as indicações de cargos públicos; a descentralização administrativa de sua gestão no SAMDU; o orçamento do SAMDU; o desligamento do SAMDU no governo Jânio Quadros; a pressão partidária sobre a nomeação nos cargos públicos; o concurso para acadêmico de medicina do SAMDU; o atendimento ambulatorial; a instalação de postos ambulatoriais na região Centro-Oeste no governo Juscelino Kubitschek; a ligação entre o SAMDU e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); a relação ambulatorial entre médico e paciente; a relação entre saúde pública e política salarial; os critérios adotados para a instalação de postos do SAMDU; a direção do SAMDU no final dos anos 1950; o retorno ao IAPI após o golpe de 1964; a viagem com Jango à URSS e Europa Oriental; o regresso ao IOC e os trabalhos desenvolvidos; comentários sobre a FIOCRUZ; a questão dos relatórios administrativos do IOC; o governo João Goulart; a administração da NOVACAP; o retorno à fazenda de Goiás após o golpe de 1964; o casamento e a vida em Brasília na década de 1970; a “cassação branca”; o concurso para cardiologista no Hospital Distrital; a interferência do Serviço Nacional de Informação (SNI) em sua vida profissional.

Francisco Laranja

Entrevista realizada por Jaime Benchimol, Marcos Chor Maio e Rose Ingrid Goldschmidt, no Rio de Janeiro (RJ), nos dias 26 de novembro, 02, 10 e 17 de dezembro de 1986. Esta entrevista foi realizada para o projeto "Memória de Manguinhos".

Resenha biográfica:
Francisco Laranja nasceu em São Borja, Rio Grande do Sul, a 28 de setembro de 1916. Seu padrinho de batismo foi Getúlio Vargas e o melhor amigo de infância, João Goulart. Estes laços de amizade foram de grande importância ao longo de sua vida, especialmente com relação a João Goulart, pois durante o seu governo desempenhou as funções de assessor e médico da família Goulart, chegando a acompanhar o Presidente em viagem oficial à Europa, URSS, China e Nova Zelândia.
Realizou seus primeiros estudos em São Borja e Uruguaiana, e o ginásio em Porto Alegre, cursando mais tarde a Faculdade Federal de Medicina de Porto Alegre. Transferiu-se para o Rio de Janeiro, em 1937, onde concluiu o curso de medicina, em 1940, pela Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Iniciou sua carreira profissional como taquígrafo e datilógrafo autônomo, realizando alguns trabalhos e apostilas sobre cursos diversos, para um grupo de estudantes de direito de Porto Alegre. Em 1938, prestou concurso público para a vaga de auxiliar-administrativo no recém-criado Instituto de aposentadoria e Pensões dos Industriários (IAPI), passando a exercer a função de médico-auxiliar, em 1939, após ser aprovado em concurso interno.
A atividade que exerceu em eletrocardiograma no IAPI despertou-lhe o interesse pelos estudos em cardiologia. Trabalhou com perícia médica, diagnosticando casos de incapacidade para o trabalho, sob a orientação do professor Magalhães Gomes. Em 1941, através de concurso, tornou-se médico cardiologista do IAPI. Em 1944, entrou para o Instituto Oswaldo Cruz (IOC), como pesquisador responsável pelo setor de pesquisas cardiológicas até 1953. Nesse mesmo ano, seu nome foi indicado para a direção do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Foi empossado em janeiro de 1954, permanecendo no cargo até fevereiro do ano seguinte.
Entre 1957 e 1961, dirigiu o Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU), buscando durante a sua administração privilegiar a assistência médica à população do interior do país. Porém em 1961, no início do governo Jânio Quadros, foi exonerado.
Assumiu a presidência da NOVACAP (Nova Capital), companhia construtora de Brasília, por indicação de João Goulart no início do seu mandato presidencial, sendo destituído do cargo pouco antes do golpe militar de 1964, quando retornou ao IAPI como médico cardiologista. Participou também de diversos cursos médicos em nível nacional e pronunciou várias conferências em universidades americanas.
Seu desempenho profissional conduziu-o a vários postos e comissões, tais como delegado da Sociedade Brasileira de Cardiologia, do Conselho Internacional no México, e relator do IV Congresso Internacional de Medicina Tropical e Malária, em Washington, realizado em 1946. Além disso, foi membro das comissões julgadoras do concurso para o Hospital dos Servidores do Estado (HSE) e do concurso para livre docência da Faculdade Nacional de Medicina, em 1952.
Além de um compêndio de patologia cardiovascular, artigos de divulgação e atualização de temas sobre cardiologia, Francisco Laranja realizou trabalhos relativos à clínica, epidemiologia, patologia, experimentação animal e terapêutica da doença de Chagas. Este último foi realizado com a participação de pesquisadores do IOC, entre eles, Emanuel Dias, Genard Carneiro da Cunha Nóbrega, Eithel Duarte e Arnaldo Miranda. Ao desenvolver este trabalho, entre 1945 e 1956, os pesquisadores elaboraram conceitos cardiológicos de grande importância para o estudo da doença de Chagas, servindo inclusive como suporte científico às campanhas de profilaxia desta doença no Brasil, iniciadas na década de 50.
Francisco Laranja atuou como médico cardiologista do Hospital de Cardiologia de Laranjeiras – INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da Previdência social), no Rio de Janeiro, e também como pesquisador titular da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), onde desenvolveu um projeto experimental sobre doenças de Chagas, vindo a falecer em setembro de 1989.

Sumário
Fitas 1 a 3
Origem familiar e a infância no interior do Rio Grande do Sul; formação escolar; o curso ginasial em Porto Alegre; a morte do pai; a experiência como capataz de fazenda na adolescência e as transformações da vida rural; o caráter do homem gaúcho; a influência da migração europeia no Rio Grande do Sul; as personalidades políticas do sul do país; a convivência com personalidades políticas; a Revolução de 1930; a conclusão do ginásio em Porto Alegre; a relação com os pais; o lazer na infância; as relações com a família de Getúlio Vargas; o quadro epidemiológico no interior do Rio Grande do Sul; o interesse pelos estudos e o vestibular para medicina; a cadeira de direito do trabalho criada por Lindolfo Collor; o convívio com os estudantes na pensão em Porto Alegre; o comunismo na década de 1930; o curso médico e o interesse pela psicologia; a primeira viagem ao Rio de Janeiro em busca do melhores condições de trabalho; o concurso para datilógrafo do IAPI; a transferência para a Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro; o atentado integralista de 1938; o trabalho burocrático no IAPI.

Fitas 4 e 5
O concurso interno do IAPI; as atividades em cardiologia no IAPI; a atividade assistencial do IAPI; comentários sobre as doenças cardíacas no Brasil; a perícia e a consultoria médica do IAPI; a política salarial do IAPI na década de 1930; a questão da saúde pública durante o curso médico; o concurso para cardiologista do IAPI; a relação entre médico e paciente; a organização do posto de Bambuí (MG); a especialidade em cardiologia; o primeiro contato com a doença de Chagas; a profilaxia da doença de Chagas; a divulgação de trabalhos no exterior.

Fitas 6 a 8
O desdobramento do Ministério da Educação e Saúde e a repercussão no IOC; a gestão Olympio da Fonseca no IOC; o ingresso no IOC na gestão Henrique Aragão; críticas à centralização administrativa do IOC; a indicação para a direção do IOC em 1953; as divisões científicas e os pesquisadores do IOC; a descentralização de sua administração no IOC; a produção do IOC; os recursos do IOC; a política científica do IOC; a modificação na estrutura física de Manguinhos; a gestão Antônio Augusto Xavier; o serviço fotográfico do IOC; o Curso de Aplicação do IOC; comentários sobre a sua gestão no IOC; o retorno à pesquisa; comentários sobre o Estado Novo; avaliação da FIOCRUZ; a influência americana e os modelos de pesquisa; saúde pública e educação sanitária.

Fitas 9 a 11
A nomeação para a direção do SAMDU; os vínculos de amizade com João Goulart; a estrutura funcional do SAMDU; o retorno ao IAPI em 1964; referência ao Serviço de Alimentação da Previdência Social (SAPS); a padronização dos serviços do SAMDU; definição político-ideológica; adesão ao getulismo e ao juscelinismo; os acordos para as indicações de cargos públicos; a descentralização administrativa de sua gestão no SAMDU; o orçamento do SAMDU; o desligamento do SAMDU no governo Jânio Quadros; a pressão partidária sobre a nomeação nos cargos públicos; o concurso para acadêmico de medicina do SAMDU; o atendimento ambulatorial; a instalação de postos ambulatoriais na região Centro-Oeste no governo Juscelino Kubitschek; a ligação entre o SAMDU e o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); a relação ambulatorial entre médico e paciente; a relação entre saúde pública e política salarial; os critérios adotados para a instalação de postos do SAMDU; a direção do SAMDU no final dos anos 1950; o retorno ao IAPI após o golpe de 1964; a viagem com Jango à URSS e Europa Oriental; o regresso ao IOC e os trabalhos desenvolvidos; comentários sobre a FIOCRUZ; a questão dos relatórios administrativos do IOC; o governo João Goulart; a administração da NOVACAP; o retorno à fazenda de Goiás após o golpe de 1964; o casamento e a vida em Brasília na década de 1970; a “cassação branca”; o concurso para cardiologista no Hospital Distrital; a interferência do Serviço Nacional de Informação (SNI) em sua vida profissional.

Francisco Gomes

Entrevista realizada por Luiz Fernando Ferreira da Silva, Paulo Gadelha, Thereza Cristina Tavares e Wanda Hamilton, na Fiocruz (Rio de Janeiro/RJ), nos dias 09 de dezembro de 1985 e 09 de janeiro de 1986.
Sumário
Fitas 1 e 2
O trabalho aos sete anos com Carlos Chagas em Lassance (MG); o ingresso no IOC em 1925; o estudo e o trabalho com Otávio Magalhães no Instituto Ezequiel Dias (MG); o retorno ao IOC após a morte de Carlos Chagas; o trabalho na seção de fisiologia com Miguel Osório de Almeida; o contato com pesquisadores e moradores locais durante o trabalho de campo; perfil de Carlos Chagas; o entrosamento da equipe de trabalho do IOC e a dedicação às pesquisas; as campanhas no Nordeste com Evandro Chagas, Olympio da Fonseca e Álvaro Lobo; o trabalho com Geth Jansen no combate à esquistossomose; a admiração por Joaquim Venâncio; a descoberta acidental do diagnóstico de gravidez por Joaquim Venâncio; as motivações de caráter pessoal como causa das perseguições de Rocha Lagoa aos pesquisadores; os inquéritos militar e administrativo no IOC e o caso do “vatapá subversivo”; comentários sobre o IOC após 1964; perfil de Walter Oswaldo Cruz, seu trabalho e relacionamento com a administração Rocha Lagoa; a relação do grupo de cassados com outros cientistas do Instituto; os vínculos do IOC com a Fundação Rockefeller durante a gestão Henrique Aragão.

Fitas 3 a 5
A campanha contra a doença de Chagas em Araxá (MG); a relação fraternal entre os pesquisadores do IOC; a experiência de trabalho com Thales Martins; comentários sobre a direção de Cardoso Fontes; a gestão Henrique Aragão; o programa de fabricação de penicilina; a incorporação da Fundação Rockefeller ao IOC; o fim da verba da vacina contra a manqueira; o trabalho com Evandro Chagas; comentários sobre as três primeiras gerações de pesquisadores; a transformação do IOC em Fundação em 1970; os inquéritos militares no IOC após o golpe de 1964; os motivos de caráter pessoal das cassações; a transferência dos pesquisadores não cassados em 1970; a decadência do IOC como consequência das cassações e da transferência de pesquisadores; o pedido de aposentadoria devido às perseguições sofridas; o trabalho voluntário com Gilberto Villela após a aposentadoria; a proibição de entrar no IOC depois de aposentado; opinião sobre a recuperação do Instituto durante a gestão Sérgio Arouca.

Fotografias dos cientistas cassados, com exceção de Haity Moussatché, recebendo o troféu Estácio de Sá e sendo homenageado pela Associação de Docentes, Pesquisadores e Tecnologistas da Fundação Oswaldo Cruz (ADFOC)

Destaque para imagens de Sebastião José de Oliveira com familiares e amigos do dia da cerimônia de reintegração a Manguinhos e com Domingos Arthur Machado Filho, Moacyr Vaz de Andrade, Masao Goto e Hugo de Souza Lopes em entrevista realizada no terraço do Pavilhão Mourisco.

Filmes

  • BR RJCOC HL-VP-MA-25
  • Dossiê
  • s.d
  • Parte de Herman Lent

Fernando Braga Ubatuba

Sumário: fitas 1 a 4
Origem familiar; a vocação inventiva e a projeção nacional da família; observações sobre a formação cultural brasileira; a vida escolar em Pelotas; observações sobre a Revolução russa de 1917 e sobre a utilização do método científico nas ciências humanas; a opção pela medicina; considerações sobre o desenvolvimento da ciência no mundo; o papel da mãe na formação intelectual; a transferência para a o Rio de Janeiro e o ingresso no curso pré-médico; a influência da ética protestante na vida profissional; a convivência com um tio oftalmologista; perfil profissional dos filhos; a influência exercida pelo IOC e por seus cientistas em toda a América Latina; a formação profissional na medicina norte-americana; a opção por uma visão de mundo materialista e seu significado moral e ético na vida e na ciência; a importância da tecnologia para o desenvolvimento científico; a importância de um maior contato com a literatura científica na formação dos pesquisadores; o caráter individual do trabalho em ciência; o vestibular prestado para a faculdade de medicina e o ingresso no IOC; o trabalho desenvolvido com Carlos Chagas Filho no estudo da cultura de protozoários; a função de professor catedrático da Escola Nacional de Veterinária; as tendências iniciais do desenvolvimento científico do IOC; impressões sobre o Curso de Aplicação do IOC; os estudos desenvolvidos por Humberto Cardoso com óleo de chalmoga; os serviços prestado pelo IOC no “esforço de guerra” e as dificuldades e subversão de seu status científico; o papel de Thales Martins no desenvolvimento do IOC e da endocrinologia brasileira; a proeminência do IOC sobre as instituições científicas de São Paulo na década de 1940; o perfil profissional de Thales Martins; comentários sobre os ciclos evolutivos das instituições de pesquisa; a importância da literatura científica e da organização bibliográfica para a ciência; crítica a Olympio da Fonseca.

Ernesto Hofer

Entrevista realizada por Pedro Jurberg e Laurinda Rosa Maciel, no Pavilhão Rocha Lima/Laboratório de Zoonoses Bacterianas/IOC/Fiocruz – Rio de Janeiro, no dia 23 de maio de 2018, com a duração de 1h16min.

Domingos Arthur Machado Filho

Entrevista realizada por Rose Ingrid Goldschmidt e Wanda Hamilton, na Universidade Santa Úrsula (RJ), entre os dias 19 de junho e 29 de julho de 1986.
Sumário
1ª Sessão: fitas 1 e 2
Origem familiar; formação escolar; influência do professor Mário Eugênio do colégio São José no seu interesse pela biologia; influência do irmão na escolha da profissão; a participação do pai na Revolução de 1930; o curso preparatório e o teste para a Escola Militar; o ingresso na Escola Nacional de Veterinária; as aulas de fisiologia de Miguel Osório de Almeida; o convite de Lauro Travassos para estagiar em Manguinhos; as aulas de parasitologia ministradas por Lauro Travassos na Escola Nacional de Veterinária; o trabalho na Fundação Rockefeller por indicação de Lauro Travassos e a campanha contra a febre amarela no sul de Minas Gerais; o convite de Hugo de Souza Lopes para se tornar seu assistente na Universidade do Brasil; o estágio não-remunerado no IOC e as dificuldades financeiras; o trabalho com Lauro Travassos em Manguinhos; a convocação para a guerra; o vestibular para a Escola de Medicina e Cirurgia.

2ª Sessão: fitas 3 e 4
O vestibular para o curso de história natural da UDF; comentários sobre professores e colegas de turma da UDF; a participação acidental na fundação da Ação Integralista Brasileira de 1933; o trabalho como professor de nível médio; o convite de Hélio Carvalho de Oliveira para a direção da Escola Técnica Visconde de Mauá; o telegrama enviado pelos pesquisadores do IOC apoiando Luís Carlos Prestes em 1946; a célula do Partido Comunista nos arredores do IOC; a contratação para o quadro permanente do IOC durante a gestão Olympio da Fonseca; comentários sobre César Pinto e Lauro Travassos; o financiamento de Guilherme Guinle à Revista Brasileira de Biologia; o trabalho como chefe de laboratório na Escola de Medicina e Cirurgia; a incorporação de Mário Vianna Dias na área de fisiologia da Escola de Medicina e Cirurgia; comentários sobre as faculdades da área biomédica no Rio de Janeiro; o ingresso no corpo docente da Faculdade de Medicina de Valença (RJ); opinião sobre o ensino universitário no Brasil; o exercício do magistério em detrimento da atividade de pesquisa; a homenagem prestada por Darcy Ribeiro, em 1985, aos cientistas cassados do IOC; o exercício da atividade clínica em Manguinhos.

3ª Sessão: fitas 5 e 6
A relação do IOC com os moradores da região próxima ao campus; o trabalho na seção de helmintologia; comentários sobre os auxiliares técnicos; as administrações de Cardoso Fontes e Henrique Aragão; a produtividade científica de Manguinhos; opinião sobre o desenvolvimento da ciência brasileira; os cursos de doutorado na área biomédica no Rio de Janeiro; a relação entre pesquisa pura e aplicada na helmintologia; a importância da ciência pura para a ampliação do conhecimento; a falta de verbas para a pesquisa no IOC; o trabalho de combate à malária e febre amarela na Fundação Rockefeller; a relação entre a Fundação Rockefeller e o IOC.

4ª Sessão: fitas 7 e 8
A orientação científica de Oswaldo Cruz para o IOC; a redemocratização da FIOCRUZ na administração Sérgio Arouca e o incentivo à pesquisa; a oposição de Afrânio Peixoto à descoberta da doença de Chagas; o prestígio político de Carlos Chagas; comentários sobre Olympio da Fonseca e o retorno ao IOC como diretor em 1950; os desentendimentos entre Olympio da Fonseca e Lauro Travassos; perfil de Herman Lent; o trabalho das mulheres em Manguinhos; o movimento pela deposição de Olympio da Fonseca; as dificuldade na obtenção de material para pesquisa no IOC; o IOC antes do golpe militar; a relação com Rocha Lagoa até a cassação em 1970; o relacionamento entre os cassados; a transferência de pesquisadores que não foram cassados; a gestão Francisco Laranja; a Lei de Desacumulação de Cargos e o ingresso no quadro permanente do IOC; a participação dos cientistas de Manguinhos na elaboração de dicionários e enciclopédias após a cassação.

5ª Sessão: fitas 9 a 11
Comentário sobre a gestão Antônio Augusto Xavier; o Conselho Deliberativo implantado na época de Francisco Laranja; a política desenvolvimentista de Juscelino Kubitchesk; as deficiências de equipamentos nas universidades do Rio de Janeiro; o pleito acadêmico Potsch-Mello Leitão; perfil de Hugo de Souza Lopes; as administrações de Tito Cavalcanti e Joaquim Travassos da Rosa; comentários sobre o acervo documental e bibliográfico de Manguinhos; ciência e tecnologia no Brasil a partir do governo Juscelino; o incentivo à pesquisa aplicada e à saúde pública no governo João Goulart; a instauração de inquéritos administrativo e militar em Manguinhos durante a gestão Rocha Lagoa; a repercussão do golpe militar no Instituto; a surpresa de cassação; o Inquérito Policial Militar (IPM) presidido pelo General Falcão em 1964; o clima político em Manguinhos após 1964; comentários sobre Geth Jansen; o incremento do setor de produção após 1964; a situação das instituições científicas no Brasil diante das perseguições políticas após o golpe de 1964; o fechamento dos laboratórios do IOC após as cassações dos pesquisadores; comentários sobre o Ministério da Ciência e Tecnologia criado no governo José Sarney; as dificuldades de trabalho e a situação financeira depois da cassação; opinião sobre o desenvolvimento atual da ciência no Brasil; o intercâmbio com cientistas do exterior antes da cassação; expectativas em relação à reintegração ao quadro de pesquisadores da FIOCRUZ.

Diretor da Casa de Oswaldo Cruz

  • BR RJCOC GA-GI-PP-01
  • Dossiê
  • 11/08/1985 - 07/1989
  • Parte de Paulo Gadelha

Outros nomes: Tânia Maria Rodrigues do Nascimento; Jorge Nascimento; André de Souza

Delir Corrêa Gomes Maués da Serra Freire

Entrevista realizada por Pedro Jurberg e Laurinda Rosa Maciel, no Laboratório de Helmintologia, no IOC/Fiocruz, Rio de Janeiro, no dia 16 de março de 2018, com a duração de 53min.

Augusto Cid de Mello Perissé

Entrevista realizada por Wanda Hamilton, na Fiocruz/RJ, no dia 27 de fevereiro de 1986.

Resenha biográfica
Augusto Cid de Mello Perissé nasceu a 30 de abril de 1917, em Barbacena, Minas Gerais. Formado em 1938 pela Escola Nacional de Farmácia da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especializou-se em química orgânica e bioquímica no Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Além disso, é doutor em ciências pela Universidade de São Paulo (USP).
Em 1943, ingressou no IOC como químico analista. Em Manguinhos, foi tecnologista, professor, pesquisador, e organizou o laboratório de química orgânica. Também lecionou química no Instituto de Tecnologia do Rio de Janeiro e na Universidade Federal da Bahia.
Em 1957, viajou para Frankfurt, Alemanha Ocidental, a fim de realizar um curso de pós-doutorado como bolsista do Serviço Germânico de Intercâmbio Acadêmico. Em seguida, passou dois anos no Collège de France, em Paris. Retornou à França, em 1965, como pesquisador visitante do Instituto de Química de Substâncias Naturais, publicando vários trabalhos com o professor Mester.
Membro da Sociedade Brasileira de Química, da Sociedade Brasileira pelo Progresso da Ciência (SBPC), das Sociedades de Química de Londres e da Alemanha, além da Sociedade de Biologia do Rio de Janeiro, Augusto Perissé, em 1970, teve seus diretos políticos cassados e foi aposentado compulsoriamente pelo Ato Institucional nº 5 (AI-5).
Embora tenha sido aprovado em concurso para professor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (SP), foi impedido de ocupar o posto devido a sua cassação. Além disso, foi obrigado a interromper suas pesquisas sobre venenos de Diplopodas (gongolô) brasileiros.
Em 1971, viajou para a França a convite do professor Mester, voltando a trabalhar no Instituto de Química de Substâncias Naturais, onde permaneceu até 1975. Diretor de pesquisa do Instituto de Saúde e Pesquisa Médica de Paris, Augusto Perissé esteve ainda no Instituto Max Planck, de Heidelberg, trabalhando com síntese automática de proteínas, e na Universidade Técnica de Munique.
Em 1976, foi para Moçambique como professor catedrático concursado da Universidade Eduardo Mondlane. Porém, mais tarde, com a esposa gravemente enferma, retornou ao Brasil.
Augusto Perissé recomeçou seu trabalho em Manguinhos, em 1981, como bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), prestando consultoria à Vice-Presidência de Desenvolvimento e retomando suas pesquisas sobre os Diplopodas e sobre química e bioquímica da hanseníase.
Em 1986, foi reintegrado ao quadro de pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ). Devido a problemas de saúde, afastou-se deste cargo em 1994.

Sumário
Fitas 1 a 4
Origem familiar; os problemas financeiros na época em que era estudante de farmácia; a atração pela medicina; o trabalho como tecnologista da Marinha; o emprego numa fábrica de pólvora a convite de um professor; o ingresso no IOC em 1943; considerações sobre o curso de farmácia; o interesse pela botânica e a decisão de permanecer no IOC; o primeiro contato com a química; a proibição de trabalhar com síntese de composto orgânico pelo diretor do IOC, Henrique Aragão; o desenvolvimento da química no IOC e a introdução de novos cursos durante a gestão Olympio da Fonseca; o trabalho no Instituto Nacional de Tecnologia; a transferência para a USP a convite do professor Hauptman e a convivência com químicos alemães; a importância da biblioteca do IOC até 1964; comentários sobre o trabalho do professor Hauptman e de Rheinboldt; crítica à orientação científica do IOC no período pós-1964; comentários sobre o doutorado na USP; o trabalho na Bahia a convite de Edgard Santos; o curso de pós-doutorado na Alemanha; a importância das pesquisas em química experimental na USP; a vida e o trabalho em São Paulo; as dificuldades de desenvolvimento da química no Brasil; o estudo e o trabalho em bioquímica da hanseníase a importância do vínculo entre pesquisa e produção; a interrupção da pesquisa sobre hanseníase em consequência de sua cassação; a reconstrução do laboratório após o regresso a Manguinhos; as atividades profissionais em Paris durante o exílio; o trabalho realizado em Moçambique; a bolsa do CNPq para desenvolver pesquisa em hanseníase; comentários sobre a descoberta da hanseníase; a fase de decadência do IOC após a direção de Carlos Chagas; as atividades exercidas em Manguinhos entre 1943 e 1969; perfil e gestão de Olympio da Fonseca; o incentivo do CNPq à ciência no Brasil; a crença no progresso da humanidade através da ciência; a importância do Ministério da Ciência e Tecnologia para o desenvolvimento científico do país; o impacto das multinacionais sobre o desenvolvimento autônomo da ciência no país; a difícil sobrevivência dos institutos de pesquisa no Brasil; a redemocratização e legalização do Partido Comunista Brasileiro (PCB); a intervenção dos militares na vida política do país; os inquéritos militares e as cassações em Manguinhos; a solidariedade dos colegas do IOC e a repercussão das cassações; o fim do regime militar e a redemocratização na FIOCRUZ durante a gestão Sérgio Arouca; o caráter pessoal das perseguições movidas por Rocha Lagoa; o fechamento do laboratório de química e a perda de seus produtos após a cassação; o conflito ente os pesquisadores de Manguinhos; a paralisação da produção científica no IOC após 1970; o financiamento à pesquisa concedido pela Fundação Ford; a importância da construção de Far-Manguinhos e de Bio-Manguinhos.

Anna Kohn Hoineff

Entrevista realizada por Laurinda Rosa Maciel, Magali Romero Sá e Natacha Regazzini Bianchi Reis, na Fiocruz (RJ), nos dias 14 de junho e 05 de julho de 2000.
Sumário
Fita 1 - Lado A
Origem familiar, seus cursos básico e científico; o trabalho como assistente no Colégio Anglo-Americano; as atividades no Programa Ciência no Ar, na TV Tupi; a preparação para o curso de história natural; seus trabalhos com aranhas e cobras no programa Ciência no Ar; referência ao convite para trabalhar com Lauro Travassos no IOC e suas atividades com borboletas; o Curso de Especialização em Helmintologia e seu interesse pelo estudo de helmintos parasitos de peixes por sugestão de Lauro Travassos; a opção por este estudo em detrimento ao de borboletas; o primeiro trabalho publicado sobre helmintos parasitos de peixes e início do trabalho remunerado em Manguinhos; a rotina nos meios de transporte disponíveis para Manguinhos; a efetivação como pesquisadora no IOC; o estágio na Hebrew University, Israel; comentários sobre sua passagem por Paris, no Museu de História Natural, e o contato com os professores Alain Chabaud e Robert Philippe Dollfus.

Fita 1 - Lado B
Continuação dos comentários sobre a passagem por Paris e a pesquisa realizada no acervo do Museu de História Natural; a chegada em Israel e o encontro com os professores Wertheim e Illan Papema; comentários sobre o trabalho com parasitos de peixes do Mediterrâneo e parasitos de peixes de aquário; avaliação do estágio realizado por três meses e a oportunidade de estudar parasitos monogenéticos (parasitos de branquías); o retomo ao Brasil e seu casamento, as pesquisas no IOC e os trabalhos de campo; referência à publicação do catálogo de parasitos de peixes do Brasil; o falecimento de João Ferreira Teixeira de Freitas, de seu pai e de Lauro Travassos, todos no ano de 1970; o convite de Oswaldo Cruz Filho para o cargo de assessora técnica da direção do IOC; o impacto da criação da Fiocruz na atividade de pesquisa; os efeitos do Massacre de Manguinhos; referência ao trabalho de direção de Wladimir Lobato Paraense, no IOC, e de Vinícius da Fonseca, na Presidência da Fundação; a permanência no IOC como estatutária e a reforma no prédio do biotério que propiciou a crianção de caramujos e camundongos; o trabalho com Míriam Tendler; o uso do primeiro microscópio eletrônico no Instituto; referência à administração de José Coura; o credenciamento dos laboratórios do IOC, em 1991; o período do presidente da República, Fernando Collor de Melo, e seu pedido de aposentadoria.

Fita 2, - Lado A
Comentários sobre atividades acadêmicas como docente do curso de mestrado em Zoologia do Museu Nacional e sua orientação na primeira dissertação de Mestrado em Zoologia defendida na instituição; as bolsas do CNPq e a sua efetivação como pesquisadora titular na Fiocruz; o trabalho de orientação de teses; referência à gratificação oferecida aos pesquisadores pós-graduados na Fiocruz e o trabalho de docente no IOC; a criação e o desenvolvimento da Coleção Helmintológica no IOC; a importância das coleções científicas nas atividades de pesquisa; considerações sobre a definição dos tipos nas coleções científicas; os empréstimos de exemplares das coleções científicas do IOC para o exterior; as atividades de pesquisa sobre helmintos parasitos de peixes em reservatórios da usina hidrelétrica Itaipu; a abertura da linha de pesquisa sobre ultra-estrutura dos parasitos de peixes e a orientação de teses e dissertações sobre este tema; a elaboração do catálogo sobre parasitos de peixes da América do Sul; atualização do catálogo de espécies de trematódeos existentes no Brasil, cuja primeira edição foi elaborada com Travassos e Teixeira, em 1969.

Fita 2 - Lado B
Atualização do catálogo sobre parasitos de peixes e as publicações sobre o tema no Brasil; referência à sua equipe de trabalho na Fiocruz; tentativa de transferência da Coleção Helmintológica do IOC para o Museu Nacional na década de 1970; comentários sobre as dificuldades de contratação de pessoal; considerações sobre a questão da remuneração das atividades de pesquisa no país.

Amilcar Vianna Martins

Sumário
1ª Sessão: fitas 1 a 3 Lado A
O ingresso no Instituto Ezequiel Dias; a diversificação das áreas de pesquisa e as atividades científicas desenvolvidas nesse Instituto; a escassez de recursos financeiros para o Instituto; o projeto de Otávio Magalhães para a construção do Instituto Ezequiel Dias; o aprendizado das técnicas de produção de soros e vacinas no IOC; a produção de soro antiescorpiônico e sua paralisação em consequência da exoneração de Otávio Magalhães do Instituto; a introdução de novas técnicas para a produção do soro antiescorpiônico; a produção de soros antidiftérico e antiofídico; a fabricação de vacina antivariólica e de produtos veterinários no Instituto Ezequiel Dias; comentários sobre a criação do Instituto Ezequiel Dias; as reuniões entre os pesquisadores para escolha dos temas de pesquisa; o recrutamento de pesquisadores na faculdade de medicina; o interesse pela área de parasitologia; a autonomia e o ecletismo das pesquisas; o trabalho com doença de Chagas; perfil de Carlos Chagas; a importância das filiais do IOC; o intercâmbio entre o Instituto Ezequiel Dias e instituições estrangeiras de pesquisa; a viagem aos Estados Unidos para o estudo da febre maculosa das Montanhas Rochosas; a contaminação e as lesões causadas pela doença de Chagas.

2ª Sessão: fitas 3 lado B a 6
A nomeação para a diretoria do DNERu em 1959; a participação no diretório regional do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB); comentários sobre a Segunda Guerra Mundial e sua atuação como médico da FEB; a indicação de Juscelino Kubitschek para diretor do IOC; a crise interna no IOC; comentários sobre o Hospital Evandro Chagas; a oposição à sua administração no Instituto; a questão da distribuição de verbas aos laboratórios do Instituto; a inauguração do refeitório e a duplicação de recursos durante a sua gestão; o trabalho com esquistossomose na Faculdade de Medicina de Belo Horizonte; a criação do Instituto René Rachou; a relevância da produção de vacinas antiamarílica e antivariólica; comentários sobre a decadência de Manguinhos; a falta de interesse dos pesquisadores pelas doenças parasitárias e endêmicas; a constituição do INERu e do DNERu; o pedido de exoneração do IOC; a direção do DNERu; o problema da liberação de verbas públicas para a pesquisa científica; a relação de amizade com Juscelino Kubitschek; a pesquisa em doenças de Chagas no município de Bambuí (MG); a proibição de trabalhar com essa doença; a cassação em 1969 e o trabalho no exterior; comentários sobre a transmissão da leishmaniose e o combate a essa doença; comentários sobre a biblioteca do IOC.

Amilcar Arandas Rego

Entrevista realizada por Pedro Jurberg e Laurinda Rosa Maciel, na Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz, no Rio de Janeiro, em 26 de fevereiro de 2019, com a duração de 1h12min.

Amilar Tavares

Entrevista realizada por Rose Ingrid Goldschmidt e Wanda Hamilton, na Fiocruz (Rio de Janeiro-RJ), nos dias 23 e 27 de novembro de 1987.

Sumário
1ª Sessão: fitas 1 e 2
Origem familiar; formação escolar; o trabalho na casa comercial do pai durante as férias escolares; o teste para ingressar na Fundação Rockefeller em 1940; o trabalho inicial no biotério; a admiração pela eficácia administrativa dos americanos; o trabalho como contador na Rockefeller; o pânico causado entre os funcionários da Rockefeller pelas demissões sem indenização; a autonomia administrativa exigida ao governo Getúlio Vargas pela Rockefeller; o trabalho realizado pela Rockefeller no combate à febre amarela e à malária a pedido do governo brasileiro; a inexistência de legislação trabalhista para os empregados da Rockefeller; a organização do biotério; as facilidades concedidas pelo governo brasileiro à Rockefeller; comentários sobre Francisco Laranja e Joaquim Travassos da Rosa; a disparidade salarial entre a Rockefeller e outras instituições brasileiras de pesquisa; o controle da malária no Nordeste realizado pela Rockefeller; a transferência dos funcionários da Rockefeller para o IOC em 1950; a dificuldade de entrosamento entre antigos funcionários da Rockefeller e do IOC; a auditoria financeira conduzida por Rocha Lagoa durante a gestão de Oswaldo Cruz Filho no IOC.

2ª Sessão: fitas 3, 4 e 5
As dificuldades de relação entre antigos funcionários da Rockefeller e do IOC; o trabalho como chefe do escritório comercial de Manguinhos e a burocracia existente; a autonomia financeira do IOC garantida pelo Regimento de 1962; os inquéritos policial e administrativo; a implantação do ponto obrigatório de frequência durante o governo Jânio Quadros; a transformação jurídico-administrativa do IOC em Fundação Oswaldo Cruz em 1970; a contratação de estagiários como funcionários efetivos; o trabalho como chefe da seção financeira do IOC; a intervenção do diretor Rocha Lagoa no convênios interinstitucionais realizados pelos chefes de divisão do IOC; o convite de Rocha Lagoa para trabalhar no Ministério de Saúde como diretor do Departamento de Pessoal; comentários sobre os diretores do IOC e suas administrações; a gestão de Olympio da Fonseca no IOC; as dificuldades para a obtenção de verbas para a pesquisa; o crescimento da seção administrativa na gestão Olympio da Fonseca; a exoneração do Ministério da Saúde devido a desentendimentos com Rocha Lagoa; a transferência para a Superintendência de Campanhas de Saúde Pública (SUCAM) e o trabalho como diretor da Divisão de Segurança e Informação do Ministério da Saúde; as atividades exercidas na Divisão de Segurança e Informação; o trabalho na Escola Superior de Guerra (ESG) e na Delegacia Federal de Saúde; a aposentadoria compulsória devido a problemas de saúde; o IOC durante a gestão de Rocha Lagoa; o desinteresse pela política; opinião sobre os presidentes da República e o regime militar.

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