Cartas de sua filha Elisa e de seu marido Joaquim Vidal, enviadas ao titular após sua volta ao Brasil, quando foi obrigado a deixar a família na Europa por temer uma viagem de navio no período turbulento da Primeira Guerra Mundial e teve que reassumir suas funções em Manguinhos. Dá notícias de todos os familiares, dos cursos de inglês que ela e a mãe faziam, da vida cultural da cidade e da especialização em oftalmologia que, por influência do titular, seu marido está fazendo.
Na primeira parte, referente a viagem à Europa, descreve os pontos turísticos das cidades visitadas, revelando especial predileção pelas obras de arte em museus, além de comentar as homenagens recebidas pelo pai em Dresden. A segunda parte corresponde às cartas enviadas pela mãe às filhas quando a primeira estava em Petrópolis, referindo-se basicamente aos netos que estavam sob sua responsabilidade. A terceira parte deste conjunto diz respeito à sua ida a Belo Horizonte para visitar a irmã por ocasião do falecimento do cunhado, Ezequiel Dias.
Cartas e bilhetes enviados ao sogro, o comendador Manuel da Fonseca, aos cinco filhos, aos cunhados Ezequiel Dias e Miuça, ao amigo Egydio Salles Guerra e a João Batista da Costa, referentes principalmente aos seus períodos de viagem à Europa. Merece destaque o documento mais antigo em que seu pai, Bento Gonçalves Cruz, escreve ao comendador Fonseca pedindo a benção para a união de seus filhos Oswaldo e Emília.
Reúne cartões e envelopes tarjados de preto da família Oswaldo Cruz, cartão pessoal de Lizeta O. Cruz Vidal, recibo de Stern Graveur em nome de Emília Cruz, discurso de Ezequiel Dias em homenagem a Oswaldo Cruz e recorte de revista sobre a inauguração da herma do pesquisador em sua terra natal São Luiz do Paraitinga, entre outros documentos.
Cartas e bilhetes enviados à esposa e filhos referentes, principalmente, ao período em que o titular esteve em várias cidades europeias por conta da Exposição Internacional de Higiene de Dresden.
Cartas e cartões enviados à esposa, Emília, e à filha Elisa por ocasião de sua viagem à Europa em 1907, quando representou o Brasil, através do Instituto de Manguinhos, na XIV Exposição de Demografia e Higiene de Berlim. Foi montado um estande sobre o combate às doenças tropicais, como febre amarela e malária, e o Brasil saiu laureado com o primeiro prêmio. Antes de voltar foi encarregado pelo barão do Rio Branco de representar o Brasil em dois eventos na América do Norte: em Washington entrevistou-se com o presidente Theodore Roosevelt a respeito das condições de saúde no porto do Rio de Janeiro, e no México, participou da Convenção Sanitária Latino-Americana. Aproveitou ainda para conhecer o Instituto de Pesquisas Médicas em Nova York, financiado pela família Rockefeller. As cartas mantidas com sua esposa, que acabara de dar à luz a quinta filha do casal, atestam a boa repercussão obtida pelo sucesso das campanhas sanitárias no Rio de Janeiro ao serem divulgadas naqueles eventos.