Área de identificação
Código de referência
Título
Data(s)
- 1838-2005 (Produção)
nível de descrição
Coleção
Dimensão e suporte
Documentos textuais: 0,42m
Documentos iconográficos: 600 itens (190 fotografias, p&b e color, com 47 cópias, 243 diapositivos estereoscópicos de vidro, 19 negativos estereoscópicos de vidro, 130 diapositivos, 7 imagens impressas, 2 tiras de negativos flexíveis com 6 fotogramas, 2 álbuns com 264 fotografias, fotografia pintada, ambrótipo e cartão-postal)
Documentos tridimensionais: 5 itens (2 placas de homenagem, 2 visores de negativos e diapositivos estereoscópicos de vidro e xícara)
Área de contextualização
Nome do produtor
Biografia
Nasceu em 25 de outubro de 1933, no Rio de Janeiro, filho de Oswaldo Cruz Filho e Lucilia Veiga Oswaldo Cruz. Em 1954, seguindo os passos do bisavô, avô e pai, todos médicos, ingressou na Faculdade Nacional de Medicina da Universidade do Brasil (FNM/UB). Desde o início da graduação teve contato com laboratórios ligados às cátedras da faculdade, nos quais o aprendizado adquirido muito colaborou no desenvolvimento futuro de sua carreira científica. Primeiramente esteve ligado à cátedra de Histologia, sob a orientação do professor Bruno Lobo, com participação em atividades de ensino e pesquisa. Em seguida, orientado pelo professor Thales Martins, foi monitor da cátedra de Fisiologia, quando se dedicou ao preparo de demonstrações e aulas práticas como auxiliar dos professores Arnoldo da Rocha e Silva e Mário Vianna Dias. Com a vinda da pesquisadora francesa Denise Albe-Fessard para o Instituto de Biofísica (IB) liderado pelo professor Carlos Chagas Filho na FNM, desenvolveu, em colaboração com Carlos Eduardo da Rocha Miranda, o primeiro trabalho em neurofisiologia, publicado em 1956 pela Academia Brasileira de Ciências (ABC). A partir desse ano iniciou sua trajetória no IB, onde trabalhou até 1992 como professor e pesquisador. A convite de Albe-Fessard, estagiou entre 1956 e 1957 no Instituto Marey, de Paris, onde realizou estudos com essa pesquisadora e Rocha Miranda. Em 1959 concluiu a graduação em Medicina e em 1961 defendeu a tese de doutoramento intitulada Córtex “associativo” de Cebus: estudo eletrofisiológico. No mesmo ano foi para os Estados Unidos com bolsa do National Institutes of Health (NIH), para realizar seu pós-doutoramento no Departamento de Fisiologia da Universidade de Johns Hopkins. Em 1963 retornou ao país e, apoiado por recursos provenientes do NIH, desenvolveu importante projeto de estudo sobre o sistema extrapiramidal de marsupiais, mamíferos primitivos. Destacou-se também em estudos de fisiologia e anatomia comparada do sistema visual. Além das atividades desenvolvidas no IB, uniu-se a outros pesquisadores para a criação de novos pólos de investigação científica, como o Laboratório de Neurofisiologia do Departamento de Biologia da Universidade de Brasília e o Laboratório de Fisiologia de Tecidos Excitáveis da Universidade Federal do Pará, que posteriormente levaria seu nome. Em 1971 ingressou na ABC, da qual foi secretário-geral de 1981 a 1983 e representante da instituição no Reino Unido em 1993. Entre 1982 e 1992 dirigiu a Casa do Brasil em Londres e, com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, atuou em projeto de apoio aos bolsistas brasileiros no Reino Unido. Nesse período também frequentou a Vision Research Unit, do Rayne Institute, e foi professor visitante da Saint Thomas Hospital Medical School. Em 1998 recebeu a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico. Morreu em 13 de março de 2015, no Rio de Janeiro.
Nome do produtor
Nome do produtor
Biografia
Nasceu em 29 de julho de 1903. Foi diplomado pela Faculdade Nacional de Medicina em 1925. Ingressou em Manguinhos em 1926. Morreu em Petrópolis (RJ) no dia 7 de março de 1977.
Nome do produtor
Biografia
Nasceu em 5 de agosto de 1872, em São Luiz do Paraitinga (SP), filho de Bento Gonçalves Cruz e Amália Bulhões Cruz. Em 1889 ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde se formou em 1892, apresentando a tese de doutoramento “A vehiculação microbiana pelas águas”. No ano seguinte instalou em sua residência um pequeno laboratório de microbiologia. Nesse período, assumiu tanto a clínica que pertencera a seu pai como o ambulatório em que ele cuidava dos funcionários da Fábrica de Tecidos Corcovado. Em 1894, a convite de Egydio Salles Guerra, trabalhou na Policlínica Geral do Rio de Janeiro como responsável pela montagem e chefia do laboratório de análises clínicas que apoiava o Serviço de Moléstias Internas. No mesmo ano, auxiliou o Instituto Sanitário Federal, chefiado por Francisco Fajardo, a diagnosticar o cólera como a epidemia reinante no vale do Paraíba. Em 1897 foi para Paris, onde estudou microbiologia, soroterapia e imunologia no Instituto Pasteur e medicina legal no Instituto de Toxicologia. Retornou em 1899, reassumiu seu cargo na Policlínica e foi convidado para fazer parte da comissão chefiada por Eduardo Chapot-Prévost a fim de verificar a mortandade de ratos responsável pelo surto de peste bubônica em Santos. De volta ao Rio de Janeiro, foi convidado a ocupar a direção técnica do Instituto Soroterápico Federal que estava sendo construído na Fazenda Manguinhos, comandado pelo barão de Pedro Affonso, proprietário do Instituto Vacínico Municipal, e cujo funcionamento se iniciou em 1900. Em 1902, após divergências internas que provocaram a exoneração do barão, passou a dirigir sozinho a instituição. No ano seguinte, assumiu o comando da Diretoria Geral de Saúde Pública (DGSP) com o desafio de empreender uma campanha sanitária para combater as principais doenças que grassavam na capital federal: febre amarela, peste bubônica e varíola. Os métodos utilizados em relação às epidemias de febre amarela e peste bubônica abarcaram desde o isolamento dos doentes, a notificação compulsória dos casos positivos, a captura de mosquitos e ratos, até a desinfecção das moradias situadas em zonas de focos. Em 1904, após a aprovação da lei da vacinação antivariólica obrigatória, ocorreu uma revolta popular, seguida da tentativa de golpe por parte dos militares – episódio denominado de Revolta da Vacina. Durou uma semana e foi sufocada com saldo de mortos, feridos e presos, o que levou à revogação da obrigatoriedade. Entre 1905 e 1906 realizou, pela DGSP, uma expedição a trinta portos marítimos e fluviais de Norte a Sul do país com o objetivo de estabelecer um código sanitário de acordo com os preceitos internacionais. Em 1907 recebeu a medalha de ouro em nome da seção brasileira presente no XIV Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim. Terminado o evento, foi a Paris, com o objetivo de estreitar laços científicos com o Instituto Pasteur, e em seguida a Nova York, onde conheceu o Instituto de Pesquisas Médicas. Nesse período, cumprindo missão delegada pelo governo brasileiro, reuniu-se com o presidente Theodore Roosevelt para lhe garantir que a esquadra norte-americana poderia desembarcar na capital federal sem temer a febre amarela. Encontrava-se ainda no exterior quando, em 1907, o presidente Afonso Pena transformou o Instituto Soroterápico Federal em Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos. Em sua volta ao país, no início de 1908, foi recepcionado como herói nacional, e não mais criticado por sua conduta à frente das campanhas sanitárias. Ainda em 1908 o instituto foi denominado Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Em 1909 solicitou sua exoneração da DGSP e optou pela direção do IOC. Em Manguinhos realizou o levantamento das condições sanitárias do interior do país por meio de expedições científicas promovidas pelo IOC, tais como, em 1910, os combates à malária durante a construção da Ferrovia Madeira-Mamoré, para onde viajou em companhia de Belisário Penna, e à febre amarela, a convite do governo do Pará. Em 1913 ingressou na Academia Brasileira de Letras, e um ano depois foi agraciado com o título de oficial da Ordem Nacional da Legião de Honra da França. Após deixar o comando do IOC no início de 1916, em consequência do agravamento de sua doença renal, foi residir em Petrópolis (RJ), onde ocupou o cargo de prefeito por nomeação de Nilo Peçanha, presidente do estado do Rio de Janeiro. Morreu em 11 de fevereiro de 1917, em Petrópolis.
Entidade custodiadora
História arquivística
Procedência
Doações de Eduardo Oswaldo Cruz, em 2003, e Lilian Margaret Court Oswaldo Cruz e Alexandre Medeiros Correia de Sousa, ambas em 2019.
Área de conteúdo e estrutura
Âmbito e conteúdo
Reúne documentos produzidos e acumulados por Oswaldo Gonçalves Cruz, seus filhos Hercília Oswaldo Cruz e Oswaldo Cruz Filho, e seu neto Eduardo Oswaldo Cruz.
Avaliação, selecção e eliminação
Ingressos adicionais
Sistema de arranjo
Série Oswaldo Cruz
Série Oswaldo Cruz Filho
Série Hercília Oswaldo Cruz
Série Eduardo Oswaldo Cruz
Área de condições de acesso e uso
Condições de acesso
Sem restrição.
Condições de reprodução
Sem restrição.
Idioma do material
- francês
- inglês
- português
Forma de escrita do material
Notas ao idioma e script
Características físicas e requisitos técnicos
Instrumentos de pesquisa
Área de fontes relacionadas
Existência e localização de originais
Existência e localização de cópias
Unidades de descrição relacionadas
Nota de publicação
SANTOS, Ricardo Augusto; VIEIRA, Felipe Almeida; LOURENÇO, Francisco dos Santos. O “Dr. Photographo” Oswaldo Cruz. Brasiliana Fotográfica, Rio de Janeiro, 31 out. 2023. Disponível em: https://brasilianafotografica.bn.gov.br/?p=34024. Acesso em: 20 nov. 2023.
Área de notas
Notação anterior
Pontos de acesso
Ponto de acesso - assunto
Ponto de acesso - local
Ponto de acesso - nome
Pontos de acesso de género
Área de controle da descrição
Identificador da instituição
Regras ou convenções utilizadas
CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS. NOBRADE: norma brasileira de descrição arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2006.
Status da descrição
Final
nível de detalhamento
Integral
Datas de criação, revisão, eliminação
agosto de 2022 (criação)
Fontes utilizadas na descrição
ARAGÃO, Henrique de Beaurepaire. Notícia histórica sobre a fundação do Instituto Oswaldo Cruz (Instituto de Manguinhos). Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, v. 48, p. 1-75, 1950.
BENCHIMOL, Jaime Larry (coord.). Manguinhos do sonho à vida: a ciência na belle époque. Rio de Janeiro: Casa de Oswaldo Cruz, 1990.
BRITTO, Nara. Oswaldo Cruz: a construção de um mito na ciência brasileira. Rio de Janeiro: Editora Fiocruz, 2006.
Dr. Francisco Pereira Passos. Careta, Rio de Janeiro, ano 6, n. 262, p. 41, 20 set. 1913. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/083712/9361. Acesso em: 28 abr. 2024.
Dr. Pereira Passos. Revista da Semana, Rio de Janeiro, ano 14, p. 26, 7 jun. 1913. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/025909_01/17219. Acesso em: 12 abr. 2024.
Exposição floral. Careta, Rio de Janeiro, ano VI, n. 280, p. 20, 11 out. 1913. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/083712/10272. Acesso em: 26 maio 2024.
OSWALDO Cruz: o médico do Brasil. São Paulo: Fundação Odebrecht; Brasília: Fundação Banco do Brasil, 2003.
Pereira Passos. O Paiz, Rio de Janeiro, ano 28, n. 10.464, p. 3, 1 jun. 1913. Disponível em: http://memoria.bn.br/DocReader/178691_04/17140. Acesso em: 13 abr. 2024.
Sport. Derby-Club: as corridas de domingo. Revista da Semana, Rio de Janeiro, ano XIV, n. 697, p. 24, 20 set. 1913. Disponível em: http://memoria.bn.gov.br/DocReader/025909_01/18098. Acesso em: 27 maio 2024.
Nota do arquivista
Equipe: Ana Luce Girão, Felipe Almeida Vieira e Francisco dos Santos Lourenço.
Digitalização iconográfica: Jeferson Mendonça dos Santos Silva e Márcio de Oliveira Ferreira
Revisão e descrição iconográfica: Natalie Rickli Pimentel
objeto digital metadados
Nome do arquivo
BR_RJCOC_FO_01_01_01.jpg
Tipo
Imagem
formato
image/jpeg