Fundo OC - Oswaldo Cruz

Amália Taborda de Bulhões Cruz Emília da Fonseca Cruz Anopheles lutzii Cruz, 1901 Anopheles lutzii Cruz, 1901 Anopheles lutzii Cruz, 1901 Anopheles lutzii Cruz, 1901 Desinfectório de Botafogo Desinfectório de Botafogo Diretoria Geral de Saúde Pública, fachada lateral Diretoria Geral de Saúde Pública, seção AB Diretoria Geral de Saúde Pública, fachada principal Diretoria Geral de Saúde Pública, fachada do fundo Diretoria Geral de Saúde Pública, seção CD Diretoria Geral de Saúde Pública, planta do embasamento Diretoria Geral de Saúde Pública, planta do pavimento térreo Diretoria Geral de Saúde Pública, planta do primeiro andar Hospital de Isolamento
Open original objeto digital

Área de identificação

Código de referência

BR RJCOC OC

Título

Oswaldo Cruz

Data(s)

  • 1866-1972 (Produção)

Nível de descrição

Fundo

Dimensão e suporte

Documentos textuais: 2,52 m
Documentos iconográficos: 9 itens (7 desenhos e 2 fotografias)

Área de contextualização

Nome do produtor

(1872-1917)

Biografia

Nasceu em 5 de agosto de 1872, em São Luiz do Paraitinga (SP), filho de Bento Gonçalves Cruz e Amália Bulhões Cruz. Em 1887 ingressou na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, onde se formou em 1892, apresentando a tese de doutoramento “A vehiculação microbiana pelas águas”. No ano seguinte instalou em sua residência um pequeno laboratório de microbiologia. Nesse período, assumiu tanto a clínica que pertencera a seu pai como o ambulatório em que ele cuidava dos funcionários da Fábrica de Tecidos Corcovado. Em 1894, a convite de Egydio Salles Guerra, trabalhou na Policlínica Geral do Rio de Janeiro como responsável pela montagem e chefia do laboratório de análises clínicas que apoiava o Serviço de Moléstias Internas. No mesmo ano, auxiliou o Instituto Sanitário Federal, chefiado por Francisco Fajardo, a diagnosticar o cólera como a epidemia reinante no vale do Paraíba. Em 1897 foi para Paris, onde estudou microbiologia, soroterapia e imunologia no Instituto Pasteur e medicina legal no Instituto de Toxicologia. Retornou em 1899, reassumiu seu cargo na Policlínica e foi convidado para fazer parte da comissão chefiada por Eduardo Chapot-Prévost a fim de verificar a mortandade de ratos responsável pelo surto de peste bubônica em Santos. De volta ao Rio de Janeiro, foi convidado a ocupar a direção técnica do Instituto Soroterápico Federal que estava sendo construído na Fazenda Manguinhos, comandado pelo barão de Pedro Affonso, proprietário do Instituto Vacínico Municipal, e cujo funcionamento se iniciou em 1900. Em 1902, após divergências internas que provocaram a exoneração do barão, passou a dirigir sozinho a instituição. No ano seguinte, assumiu o comando da Diretoria Geral de Saúde Pública (DGSP) com o desafio de empreender uma campanha sanitária para combater as principais doenças que grassavam na capital federal: febre amarela, peste bubônica e varíola. Os métodos utilizados em relação às epidemias abarcaram desde o isolamento dos doentes, a notificação compulsória dos casos positivos, a captura dos vetores – mosquitos e ratos –, até a desinfecção das moradias situadas em zonas de focos. Em 1904, após a aprovação da lei da vacinação antivariólica obrigatória, ocorreu uma revolta popular, seguida da tentativa de golpe por parte dos militares – episódio denominado de Revolta da Vacina. Durou uma semana e foi sufocada com saldo de mortos, feridos e presos, o que levou à revogação da obrigatoriedade. Entre 1905 e 1906 realizou, pela DGSP, uma expedição a trinta portos marítimos e fluviais de Norte a Sul do país com o objetivo de estabelecer um código sanitário de acordo com os preceitos internacionais. Em 1907 recebeu a medalha de ouro em nome da seção brasileira presente no XIV Congresso Internacional de Higiene e Demografia de Berlim. Terminado o evento, foi a Paris, com o objetivo de estreitar laços científicos com o Instituto Pasteur, e em seguida a Nova York, onde conheceu o Instituto de Pesquisas Médicas. Nesse período, cumprindo missão delegada pelo governo brasileiro, reuniu-se com o presidente Theodore Roosevelt para lhe garantir que a esquadra norte-americana poderia desembarcar na capital federal sem temer a febre amarela. Encontrava-se ainda no exterior quando, em 1907, o presidente Afonso Pena transformou o Instituto Soroterápico em Instituto de Patologia Experimental de Manguinhos. Em sua volta ao país, no início de 1908, foi recepcionado como herói nacional, e não mais criticado por sua conduta à frente das campanhas sanitárias. Em 1909 solicitou sua exoneração e optou pela direção do instituto que passou a levar seu nome. Em Manguinhos realizou o levantamento das condições sanitárias do interior do país por meio de expedições científicas promovidas pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC), tais como, em 1910, os combates à malária durante a construção da Ferrovia Madeira-Mamoré, para onde viajou em companhia de Belisário Penna, e à febre amarela, a convite do governo do Pará. Em 1913 ingressou na Academia Brasileira de Letras, e um ano depois foi agraciado com o título de oficial da Ordem Nacional da Legião de Honra da França. Após deixar o comando do IOC no início de 1916, em consequência do agravamento de sua doença renal, foi residir em Petrópolis (RJ), onde ocupou o cargo de prefeito por nomeação de Nilo Peçanha, presidente do estado do Rio de Janeiro. Morreu em 11 de fevereiro de 1917, em Petrópolis.

História arquivística

O fundo foi constituído, em primeiro lugar, por documentos que permaneceram no Instituto Oswaldo Cruz após a morte do titular, organizados pelo arquivista Albino Antonio Taveira durante a década de 1940. No início da década de 1970, como parte das comemorações do centenário de seu nascimento, o museólogo Luiz Fernando Fernandes Ribeiro, sob a orientação da chefe da Biblioteca de Manguinhos, Lucília Meyer Friedmann, elaborou uma lista de tombamento dos documentos, que foram novamente abertos à consulta. Alguns ficaram expostos, a partir de 1972, na Sala de Oswaldo Cruz, situada no Pavilhão Mourisco. Posteriormente foram levados para o prédio da Cavalariça, onde se instalou em 1986 o Museu de Oswaldo Cruz, responsável pela preservação da memória institucional. Em 1990 os documentos passaram à custódia do Departamento de Arquivo e Documentação. Além disso, o fundo recebeu doações de documentos que se encontravam sob a guarda de Roberto Marinho de Azevedo Neto e de Stella Oswaldo Cruz Penido, descendentes do cientista.

Procedência

Transferência do Museu de Oswaldo Cruz e doação de Roberto Marinho de Azevedo Neto.

Área de conteúdo e estrutura

Âmbito e conteúdo

Reúne cartas, cartões, bilhetes, ofícios, telegramas, certidões, nomeações, conferências, discursos, relatórios, decretos, prospectos, catálogos, cadernos de aulas, resumos, textos e artigos científicos, orçamentos, projetos, recibos, desenhos e recortes de jornais, entre outros documentos referentes à vida pessoal e à trajetória profissional do titular como pesquisador e diretor do Instituto Oswaldo Cruz, diretor da Diretoria Geral de Saúde Pública e prefeito de Petrópolis, bem como representante do Brasil em eventos no exterior.

Avaliação, selecção e eliminação

Ingressos adicionais

Sistema de arranjo

Série Documentos Pessoais
Série Correspondência
Série Instituto Oswaldo Cruz
Série Diretoria Geral de Saúde Pública
Série Produção Intelectual
Série Prefeitura de Petrópolis
Série Memórias do Instituto Oswaldo Cruz
Série Recortes de Jornais
Série Documentos Complementares

Área de condições de acesso e uso

Condições de acesso

Sem restrição.

Condiçoes de reprodução

Sem restrição.

Idioma do material

  • alemão
  • espanhol
  • francês
  • inglês
  • italiano
  • português

Forma de escrita do material

Notas ao idioma e script

Características físicas e requisitos técnicos

Instrumentos de pesquisa

FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Casa de Oswaldo Cruz. Departamento de Arquivo e Documentação. Fundo Oswaldo Cruz: inventário analítico. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2003.

Inventário

Área de fontes relacionadas

Existência e localização de originais

Fundo Instituto Oswaldo Cruz
Arquivo Oswaldo Cruz (Arquivo da Academia Brasileira de Letras)

Existência e localização de cópias

Unidades de descrição relacionadas

Fundo Instituto Oswaldo Cruz
Fundo Carlos Chagas
Fundo Belisário Penna
Fundo Clementino Fraga
Fundo Luiz de Moraes
Fundo Casa de Oswaldo Cruz, seção Departamento de Arquivo e Documentação, subseção Serviço de Arquivo Histórico, série Projetos de Pesquisa, A Revolta da Vacina, documentário
Fundo Casa de Oswaldo Cruz, seção Departamento de Arquivo e Documentação, subseção Serviço de Arquivo Histórico, série Projetos de Pesquisa, O Brasil no microscópio, documentário
Fundo Casa de Oswaldo Cruz, seção Departamento de Arquivo e Documentação, subseção Serviço de Arquivo Histórico, série Projetos de Pesquisa, Oswaldo Cruz na Amazônia, documentário
Fundo Casa de Oswaldo Cruz, seção Direção, série Projetos de Pesquisa, Oswaldo Cruz, o médico do Brasil, documentário
Coleção Bibliográfica Oswaldo Cruz
Coleção de Objetos de Oswaldo Cruz
Arquivo Adolpho Lutz (Seção de Memória e Arquivo do Museu Nacional)
Coleção Família Oswaldo Cruz

Área de notas

Nota

O Fundo Oswaldo Cruz foi nominado ao Registro Nacional do Programa Memória do Mundo em 2007.
Fonte: Arquivo Nacional. Programa Memória do Mundo da UNESCO – MoW. Disponível em http://mow.arquivonacional.gov.br/index.php/acervos-brasileiros/registro-nacional/18-acervos-nominados-em-2007.html. Acessado em fevereiro de 2023.

Notação anterior

Pontos de acesso

Ponto de acesso - assunto

Ponto de acesso - local

Ponto de acesso - nome

Pontos de acesso de género

Área de controle da descrição

Identificador da instituição

Regras ou convenções utilizadas

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS. NOBRADE: norma brasileira de descrição arquivística. Rio de Janeiro: Arquivo Nacional, 2006.

Status da descrição

Final

nível de detalhamento

Integral

Datas de criação, revisão, eliminação

2003 (criação)
2010 (revisão)

Fontes utilizadas na descrição

BENCHIMOL, Jaime Larry (coord.). Manguinhos do sonho à vida: a ciência na belle époque. Rio de Janeiro: Casa de Oswaldo Cruz, 1990.
BRITTO, Nara. Oswaldo Cruz: a construção de um mito na ciência brasileira. Rio de Janeiro: Ed. Fiocruz, 1995.
FRAGA, Clementino. Vida e obra de Oswaldo Cruz. Rio de Janeiro: José Olympio, 1972.
GUERRA, E. Sales. Osvaldo Cruz. Rio de Janeiro: Ed. Vecchi, 1940.
OSWALDO Cruz no julgamento dos contemporâneos. Rio de Janeiro: UFRJ/FGV, 1972.
SERPA, Phocion. A vida gloriosa de Osvaldo Cruz. Rio de Janeiro, 1937.

Nota do arquivista

Digitalização iconográfica: Márcio de Oliveira Ferreira
Descrição iconográfica: Natalie Rickli Pimentel

objeto digital (URI externo) zona de direitos

objeto digital (Referência) zona de direitos

objeto digital (Visualização) zona de direitos

Zona da incorporação

Assuntos relacionados

Entidades coletivas, pessoas ou famílias relacionadas

Géneros relacionados

Lugares relacionados